Se eu aparentemente sugeri que o ideal fosse necessariamente uma posição conservadora mais tradicional, foi acidente.
Embora eu não tenha uma perspectiva bem definida sobre tudo, de modo geral acho que a promiscuidade talvez possa ser até positiva para o desenvolvimento de relacionamentos estáveis. Experimenta-se mais, se tem mais chance de encontrar compatibilidade, e assim estar em melhores condições para a criação dos filhos num lar ajustado. Mas também não vejo problema na perspectiva de entretenimento puro.
Por outro lado, algumas perspectivas sobre psicologia e os seus aspectos irracionais colocam em dúvida a veracidade disso - mesmo que pareça absurdo, talvez a falta de escolha, a obrigação do casamento, o compromisso, é que desenvolva o amor em vez de ser algo que necessariamente precede, é o que uns dizem constatar no seu trabalho.
Mas reforçando a possibilidade de problema...
Não é uma relação de causa-efeito a promiscuidade e filhos indesejados, apesar de serem correlacionáveis, é claro. Uma garota pode transar com muitas pessoas com camisinha e pronto, sem filhos indesejados.
Sim, se tudo dá certo, nada sai errado. Mas se enxergamos "margens de erro" nas coisas, uma porcentagem de filhos indesejados por relação sexual, no fim das contas, e mantendo todas as outras variáveis iguais, uma cultura menos voltada para o sexo acaba tendo menos filhos indesejados e assim proporciona um melhor ambiente para os filhos de modo geral.
Ainda assim sobra a questão do quanto isso é significativo/verdadeiro, e de que, provavelmente, em termos de engenharia social, talvez seja mais prático, mais eficiente, o governo se concentrar na educação sexual e planejamento familiar do que tentar intervir na cultura, tentando trazer de volta "valores de antigamente" ou algo assim.