Autor Tópico: A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade  (Lida 6244 vezes)

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Offline Contini

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #50 Online: 14 de Maio de 2013, 13:27:57 »
Nahh!! Funk é manifestação cultural....  Sei!  Sou preconceituoso quanto a isso sim, esse "funk" que rola na mídia não é musica, é apologia a objetificação da mulher e violencia.
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Offline Moro

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #51 Online: 14 de Maio de 2013, 13:32:18 »
primeiro me pareceu ofensivo mesmo, parece que extrapolaram o limite da garota. Então os caras estão errados, ponto.

Dito isso, a mulher deveria saber que o risco de ficar se esfregando o show inteiro com dois "manos" em um baile funk na conchinchina era alto. Ela não pode se dizer 100% surpresa.
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Offline Diegojaf

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #52 Online: 14 de Maio de 2013, 13:35:08 »
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Offline Lua

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #53 Online: 14 de Maio de 2013, 13:39:47 »
Acho que a mulher tem o direito de se expor, de se sujeitar a ser tratada como um objeto, de dançar funk pelada e ser apalpada. Se ela quer, não acho que se possa fazer algo a respeito. Vejo inúmeras feminazi se insurgindo contra isso e acho até paradoxal, considerando que se lutou justamente pela liberdade de ser e fazer o que se quer. Uma coisa é querer e fazer, outra é lidar com o preconceito que cerca determinadas condutas.

Somos seres sociais, algumas ações são consideradas negativas e depõe contra nós caso as adotemos. Sim, eu realmente penso que cada um pode fazer o que quiser, sobretudo nós mulheres. O problema é arcar com as consequências... Aí é possível simplesmente ignorar ou se martirizar, adotar uma postura hostil e hipócrita e criticar as demais.

Particularmente, acho tosco mulher que avalia a personalidade da outra simplesmente porque ela dança funk, pega 10 numa noite, transou no primeiro encontro, etc etc. É claro que as atitudes falam muito a respeito da personalidade, mas nem de longe a limitam.  :)
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Offline Lua

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #54 Online: 14 de Maio de 2013, 13:55:58 »
Dito isso, a mulher deveria saber que o risco de ficar se esfregando o show inteiro com dois "manos" em um baile funk na conchinchina era alto. Ela não pode se dizer 100% surpresa.

Sem contar que é o tipo de ambiente em que impera o "ninguém é de ninguém". Se você não gosta de ser apalpada, não vá, é simples. Por mais que você não goste, se resolve ir, o risco de ser desrespeitada é gigantesco.

O que me deixa pasma é que bailes funks, em sua maioria, evocam esse tipo de postura. E estou falando desse funk que o Contini menciona, em que a mulher é um objeto e se permite ser tratada assim. Acho que muitos homens ainda não aprenderam que a mulher pode se exibir o quanto quiser sem que isso signifique que ela deve ser estuprada ou abusada por isso. E enquanto não aprendem, persistirá o risco.  :?
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Offline _Juca_

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #55 Online: 14 de Maio de 2013, 16:50:22 »
Acho que a mulher tem o direito de se expor, de se sujeitar a ser tratada como um objeto, de dançar funk pelada e ser apalpada.

Principalmente quando rola uma oncinha.  :no:




Offline Price

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #56 Online: 14 de Maio de 2013, 23:01:37 »
Particularmente, acho tosco mulher que avalia a personalidade da outra simplesmente porque ela dança funk, pega 10 numa noite, transou no primeiro encontro, etc etc. É claro que as atitudes falam muito a respeito da personalidade, mas nem de longe a limitam.  :)

Desconsiderando os fatores que podem alterar o estado mental de uma pessoa, você não vê uma diferença fundamental entre a personalidade de uma pessoa que pega 10 em uma balada de uma que não o faz [por real falta de desejo]? Se uma amiga sua que você sempre considerou uma "santa" lhe diz que pegou 10 em uma balada você não a verá com outros olhos, de modo que faça um novo julgamento da personalidade dela já os princípios morais dela foram revelados como completamente divergentes do que você pensou anteriormente?
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Lua

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #57 Online: 14 de Maio de 2013, 23:26:04 »
Acho que a mulher tem o direito de se expor, de se sujeitar a ser tratada como um objeto, de dançar funk pelada e ser apalpada.

Principalmente quando rola uma oncinha.  :no:

Mulheres, assim como homens, tem o direito de usar seu corpo como bem entenderem (dentro dos limites legais do país, claro). Como eu já disse e volto a repetir: fazer o que se quer, quando se tem vontade, traz consequências (reprovação social, preconceito, etc etc).

Desconsiderando os fatores que podem alterar o estado mental de uma pessoa, você não vê uma diferença fundamental entre a personalidade de uma pessoa que pega 10 em uma balada de uma que não o faz [por real falta de desejo]? Se uma amiga sua que você sempre considerou uma "santa" lhe diz que pegou 10 em uma balada você não a verá com outros olhos, de modo que faça um novo julgamento da personalidade dela já os princípios morais dela foram revelados como completamente divergentes do que você pensou anteriormente?

Por que eu faria? E não estou falando de hipocrisia, caso que você citou como exemplo. Me refiro ao fato de não julgar uma mulher simplesmente porque ela ficou com dez em uma noite. Se um homem ficar com dez, a avaliação social é completamente diferente: ele é o bom, o pegador, o cara que todas caem de amores (o bom e velho cafajeste, na maioria das vezes). Quando se trata de uma mulher, predominam os julgamentos machistas.

E conheço mulheres que "tocaram e tocam o terror" em sua intimidade e nem por isso eu as olho com preconceito ou as qualifico como putas e "não serve para casar".  Nos dias atuais eu tento avaliar pessoas quanto ao bom senso, educação, inteligência... Não vou me apegar ao que alguém faz em sua intimidade ou o que faz com sua intimidade, acho que é uma invasão desnecessária. O que pretendo afirmar é que uma mulher não está reduzida ao que faz da sua intimidade, ao estilo de música que dança, etc. Óbvio que tais fatos dizem muito à respeito de sua personalidade, mas não são suficientes para inserir um rótulo acabado, um molde.

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #58 Online: 15 de Maio de 2013, 02:14:42 »
Me refiro ao fato de não julgar uma mulher simplesmente porque ela ficou com dez em uma noite. Se um homem ficar com dez, a avaliação social é completamente diferente: ele é o bom, o pegador, o cara que todas caem de amores (o bom e velho cafajeste, na maioria das vezes). Quando se trata de uma mulher, predominam os julgamentos machistas.

Sério? Você vê a namorada/esposa do seu amigo esfregando a bunda e/ou outras partes íntimas em partes íntimas de desconhecidos numa festa, acha que não tem nada demais? Ou o não-julgamento só vale para antes de um relacionamento sério? E se tivesse a visto a cena antes do relacionamento, ainda acharia que o seu amigo, seriamente interessado nela, não poderia estar entrando numa fria?

Eu não sei se é exatamente machista isso, e nem acho que é tão diferente com mulheres, até onde percebi. Não é como se achassem que os "galinhas" são "material para casamento", tanto quanto qualquer outro. Quando há interesse para algo sério por algum que tenha fama de "galinha", me parece mais comumente ser ou falta de opção, ou apaixonite, não que não façam esse julgamento. Que nem é algo sem cabimento, a menos que as pessoas estejam pensando em "relacionamentos sérios abertos/pós-modernos/comunistas".

Offline Lua

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #59 Online: 15 de Maio de 2013, 10:43:30 »
Citar

Sério? Você vê a namorada/esposa do seu amigo esfregando a bunda e/ou outras partes íntimas em partes íntimas de desconhecidos numa festa, acha que não tem nada demais? Ou o não-julgamento só vale para antes de um relacionamento sério? E se tivesse a visto a cena antes do relacionamento, ainda acharia que o seu amigo, seriamente interessado nela, não poderia estar entrando numa fria?

Eu estou afirmando que a pessoa tem o direito de fazer o que quer. Repare que eu não deixei de lado a questão da rejeição social, as consequências de se fazer o que quer. Como disse antes, eu não me acho no direito de ditar regras de comportamento, de taxar alguém disso ou daquilo. Cada um tem a sua vida e eu respeito escolhas e isso não implica, veja bem, que eu aceite tudo e ache tudo maravilhoso.

Eu jamais me esfregaria (ou me esfreguei) em homens desconhecidos em qualquer lugar. Veja que a tal liberdade de se fazer o que se quer é ampla e esbarra no que é socialmente aceitável: se fez e existem consequências, arcará com elas. No meu caso, e posso falar por mim: não acho bonito me esfregar em homens desconhecidos, não preciso andar pelada para que me observem na rua, não preciso falar alto e posar fazendo biquinho para chamar a atenção de quem quer que seja. Acho tosco, pra ser honesta, mas respeito quem acha que é uma atitude válida.

Repetindo: defendo o direito de se fazer o que se quer, mas não excluo as consequências sociais de nossos atos.

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Eu não sei se é exatamente machista isso, e nem acho que é tão diferente com mulheres, até onde percebi. Não é como se achassem que os "galinhas" são "material para casamento", tanto quanto qualquer outro. Quando há interesse para algo sério por algum que tenha fama de "galinha", me parece mais comumente ser ou falta de opção, ou apaixonite, não que não façam esse julgamento. Que nem é algo sem cabimento, a menos que as pessoas estejam pensando em "relacionamentos sérios abertos/pós-modernos/comunistas".

Não sou feminazi, estou longe disso, mas a "galinhagem" tem efeitos distintos entre os gêneros sim. Um homem que sai com dez ao mesmo tempo e que resolve se encantar por uma delas e começar a namorar é visto como um "regenerado que se apaixonou por uma sortuda". O sujeito veste o manto da santidade, ele escolheu ser monogâmico e respeitar alguém.

Você acha mesmo que a situação inversa se dá nos mesmos termos? Mulher "galinha" é vista com maus olhos e quando resolve ingressar em um relacionamento sério, o passado a espreita o tempo inteiro. Me desculpe você, mas a sociedade atribui valores distintos às posturas de homens e mulheres e negar isso é querer "tampar o sol com uma peneira".

Por fim, eu poderia citar inúmeros exemplos de homens e mulheres imprestáveis para uma relação séria e que hoje são excelentes maridos/esposas. Gente que curtiu a vida, que saiu e fez o que quis e que hoje são tranquilos. Só para exemplificar: uma amiga da época da faculdade era conhecida por ser "pegadora", não deixar passar nada. Passou quatro anos e meio assim até conhecer o irmão de um colega nosso e começarem a namorar. Hoje ela é casada, tem um filho, é uma excelente advogada e uma jurista brilhante. Se eu fosse partir da sua premissa, ela não serviria para um amigo meu, não é?

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #60 Online: 15 de Maio de 2013, 13:58:31 »
Repetindo: defendo o direito de se fazer o que se quer, mas não excluo as consequências sociais de nossos atos.

Sim, era apenas das "conseqüências sociais" que eu falava, não de "direitos". Aqueles de nós que não somos juízes, quando falamos em "julgar" ou não as pessoas, geralmente é subentendido que se trata desse julgamento social, não de direitos. :P




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Eu não sei se é exatamente machista isso, e nem acho que é tão diferente com mulheres, até onde percebi. Não é como se achassem que os "galinhas" são "material para casamento", tanto quanto qualquer outro. Quando há interesse para algo sério por algum que tenha fama de "galinha", me parece mais comumente ser ou falta de opção, ou apaixonite, não que não façam esse julgamento. Que nem é algo sem cabimento, a menos que as pessoas estejam pensando em "relacionamentos sérios abertos/pós-modernos/comunistas".

Não sou feminazi, estou longe disso, mas a "galinhagem" tem efeitos distintos entre os gêneros sim. Um homem que sai com dez ao mesmo tempo e que resolve se encantar por uma delas e começar a namorar é visto como um "regenerado que se apaixonou por uma sortuda". O sujeito veste o manto da santidade, ele escolheu ser monogâmico e respeitar alguém.

Você acha mesmo que a situação inversa se dá nos mesmos termos? Mulher "galinha" é vista com maus olhos e quando resolve ingressar em um relacionamento sério, o passado a espreita o tempo inteiro. Me desculpe você, mas a sociedade atribui valores distintos às posturas de homens e mulheres e negar isso é querer "tampar o sol com uma peneira".

Eu disse que "não é muito diferente," não "nos mesmos termos". Ninguém quer ser corno(a). E as mulheres geralmente não são 100% crédulas na reformação de ex-galinhas.

Parece ser mais o caso de diferenças históricas da situação de homens e mulheres que acabam fazendo com que as mulheres "tolerem" mais isso, especificamente falta de opção. Historicamente as mulheres foram sustentadas por maridos, e as chances de um segundo casamento sempre forem (e ainda são) menores, de forma que acabam se vendo obrigadas a ser mais "tolerantes" com chifres, no julgamento dos homens. Enquanto que o julgamento de outras mulheres, potenciais rivais/destruidoras de casamento, é essencialmente o mesmo dos homens (exceto em potencial para diversão sem compromisso, geralmente), já que dar um desconto para esse lado não tem qualquer compensação, pois não são as amantes/substitutas que vão sustentá-las e a seus filhos.

Já com homens a coisa tem pelo menos dois agravantes históricos: são mais homens do que mulheres que nunca se casam (é mais difícil, pela cobrança como provedor, enquanto que para mulheres, ser fértil já está próximo de bastar para ter suas chances), e mulheres infiéis representam um risco do homem ter que sustentar não só a mulher que o trai/traiu, mas filhos que não são seus.

Daí é apenas a reação natural da sociedade que os homens levem o problema mais a sério, enquanto as mulheres o racionalizem, do lado masculino. Mas condenem tanto ou mais em outras mulheres quando estas são potenciais rivais/ameaças ao seu relacionamento.


Com o avanço das mulheres no mercado de trabalho, isso parece estar gradualmente se aproximando, tanto mulheres (que se sustentam) sendo mais seletivas/menos tolerantes/racionalizadoras. Não sei se o lado dos homens muda tanto. Em outros aspectos pelo menos, de seleção de parceiros por aparência e riqueza, parece que foi verificado que em países onde a situação econômica de mulheres e homens é mais aproximada, os critérios também se aproximaram (ou se distanciaram mais do "padrão" de homem provedor/mulher jovem/atraente).



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Por fim, eu poderia citar inúmeros exemplos de homens e mulheres imprestáveis para uma relação séria e que hoje são excelentes maridos/esposas. Gente que curtiu a vida, que saiu e fez o que quis e que hoje são tranquilos. Só para exemplificar: uma amiga da época da faculdade era conhecida por ser "pegadora", não deixar passar nada. Passou quatro anos e meio assim até conhecer o irmão de um colega nosso e começarem a namorar. Hoje ela é casada, tem um filho, é uma excelente advogada e uma jurista brilhante. Se eu fosse partir da sua premissa, ela não serviria para um amigo meu, não é?

Não defendi que devesse haver um julgamento imediato e irrevogável, mas apenas disse ser fato que esse comportamento* naturalmente desperta uma desconfiança -- em homens e mulheres. E não sem embasamento, não é algo simplesmente inventado. E as pessoas geralmente não querem ser cornas, e ainda que as mulheres possam tenham maior tolerância/racionalização (pelo menos para com homens, nem tanto para mulheres que se coloquem como rivais/potenciais amantes do namorado ou marido).

Essa é a explicação, tanto de diferenças quanto similaridades, muito mais do que uma ideologia machista "decretada", que pode de qualquer forma se "agregar" ou "brotar" daí adicionalmente.



Meio ironicamente, no tópico "pegadores e vagabundas" (ou algo assim, talvez "você se casaria com uma mulher rodada"), eu estava defendendo algo próximo do "contrário", ou justamente a exceção. Não exatamente, mas apenas que há exceções e que acho que se as pessoas consideram/considerariam se casar com alguém esse histórico não seria fator crucial, ainda que não fosse ser algo totalmente desconsiderado no "julgamento" emocional ou racional que se fizesse. Isso é, se já houver grande interesse por uma mulher, então é natural que o cara já se veja "fisgado" e isso tenda a ser descontado. Mas se é uma avaliação de potencial antes de ser despertado esse grande interesse, as chances são bem maiores desse aspecto influenciar muito mais.




* outras variáveis também influenciam, como a pessoa que ter maiores rendimentos ter maiores chances de trair do que o parceiro(a), ainda que novamente não seja proporcional em homens e mulheres por todos aqueles aspectos anteriores e tal.




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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #61 Online: 15 de Maio de 2013, 17:40:07 »
Desconsiderando os fatores que podem alterar o estado mental de uma pessoa, você não vê uma diferença fundamental entre a personalidade de uma pessoa que pega 10 em uma balada de uma que não o faz [por real falta de desejo]? Se uma amiga sua que você sempre considerou uma "santa" lhe diz que pegou 10 em uma balada você não a verá com outros olhos, de modo que faça um novo julgamento da personalidade dela já os princípios morais dela foram revelados como completamente divergentes do que você pensou anteriormente?

Por que eu faria? E não estou falando de hipocrisia, caso que você citou como exemplo.

Eu não estou me referindo à hipocrisia de omitir o que se faz em sua intimidade, estou me referindo à uma situação onde uma pessoa revela algo íntimo que é completamente diferente do que você imaginou que ela fazia.

De qualquer modo, você já respondeu, a intimidade da pessoa diz sim sobre o seu caráter, mas somente parcialmente, não serve como um rótulo. Concordamos. :ok:
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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #62 Online: 16 de Maio de 2013, 11:24:19 »
Acho que a mulher tem o direito de se expor, de se sujeitar a ser tratada como um objeto, de dançar funk pelada e ser apalpada.

Principalmente quando rola uma oncinha.  :no:

Mulheres, assim como homens, tem o direito de usar seu corpo como bem entenderem (dentro dos limites legais do país, claro). Como eu já disse e volto a repetir: fazer o que se quer, quando se tem vontade, traz consequências (reprovação social, preconceito, etc etc).


Mas na maioria das vezes as pessoas ( as mulheres) são impelidas a um ato desse diante de fatores que passam um pouco à margem do direito de usar o corpo como bem entenderem. Não sei se é o caso dos vídeos, mas eu apostaria quase com certeza que toda situação sexualmente degradante entre um gênero mais vulnerável e outro mais forte, rola algum benefício econômico entre as partes, e falta de opções melhores para a parte que se expõe. Claro que pode ser apenas uma simples opção também, mas acho bem menos provável.

Offline DDV

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #63 Online: 16 de Maio de 2013, 12:43:18 »
Eu não entendo o "conservadorismo" de muitos aqui no tópico. É aquele negócio de macho e fêmea, sacam! O homem gosta de comer e a mulher gosta de dar.

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Offline DDV

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Re:A linha entre moral e moralismo quanto a sexualidade
« Resposta #64 Online: 16 de Maio de 2013, 12:50:13 »
Por que eu faria? E não estou falando de hipocrisia, caso que você citou como exemplo. Me refiro ao fato de não julgar uma mulher simplesmente porque ela ficou com dez em uma noite. Se um homem ficar com dez, a avaliação social é completamente diferente: ele é o bom, o pegador, o cara que todas caem de amores (o bom e velho cafajeste, na maioria das vezes). Quando se trata de uma mulher, predominam os julgamentos machistas.

Então o machismo foi criado e é propagado principalmente pelas mulheres.  :hihi:
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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