E existe uma opção por uma parceria político-estratégica com a França (e que não começou agora, não). Os três caças finalistas no FX2 eram muito bons e, tecnicamente, equiparáveis. Para a FAB o que pesou foi o custo por unidade, o custo de manutenção e o desenvolvimento em conjunto (mas pode também ter sido uma forma de bater de frente com o governo federal por causa do projeto dos direitos humanos). Não tem como um birreator competir em preço com um monorreator, tanto no preço da unidade quanto na manutenção.
Eu, particularmente, tenho umas ressalvas com o Grippen: ele ainda é um projeto e pode demorar muito a sair do papel (ou mesmo se mostrar inviável ou mais caro do que o apresentado), possiu uma limitação de transferência de tecnologia (já que a turbina e outros componentes são americanos, dependem da autorização do congresso americano), possui uma limitação de venda (os EUA podem barrar a venda para alguns países, como já aconteceu com o Tucano) e não há uma tradição de armamentos suecos no Brasil (ao contrário dos produtos da França e dos EUA, onde existe uma tradição e, mais importante, técnicos já acostumados com a tecnologia).