Não se consegue controlar uma pessoa dessa forma, a menos que você use uma espécie de lavagem cerebral. E as escolas não chegam a esse ponto, pelo menos estão bem longe disso quando se trata de conduta social.
"Lavagem cerebral", Foxes, significa embutir alguns memes e retirar outros da mente de uma pessoa de forma efetiva. Então, as escolas de certa forma
já usam lavagem cerebral (assim como os pais, os amigos, a mídia, o governo...) - isto é, somente as escolas
eficientes.
A principal ilusão é de que alguém está aprendendo alguma coisa. Mas como se pode verificar conversando com qualquer adulto normal, absolutamente ninguém retém os profundos “conhecimentos” que supostamente são terapeuticamente infundidos nos seus cérebros quando adolescentes. Pergunte a alguém que não seguiu carreira relacionada com química qual a diferença entre um éter e um éster e a resposta provavelmente será um bocejo ou um soco na cara. Pergunte a alguém que não seguiu carreira relacionada com línguas em que século viveu Machado de Assis. Aliás, experimente tentar fazer alguém escolhido no meio da rua confessar em que circunstâncias ocorre crase em português. Com enorme probabilidade a vítima não conseguirá fazê-lo para salvar a própria vida. O sistema educacional é uma falha escandalosamente absoluta. Mas é muito mais grave do que uma monumental perda de tempo para todos os envolvidos, como se isso já não fosse suficientemente sério. É um estrupro mental e moral, e deliberado. Educação compulsória não tem absolutamente nada a ver com ensinar coisa alguma. Educação compulsória na escala e nos moldes atualmente aceitos é nada menos que escravização em massa.
Essa parte da muito o que pensar..
edit: apenas a parte em negrito
Talvez a gente esteja ensinando às crianças do modo errado, ou talvez as coisas erradas.
Pra mim, entretanto, talvez a gente esteja ensinando as coisas certas, de um método mais ou menos efetivo (tende pro "menos", infelizmente), mas sob as prioridades erradas.
Considero acúmulo de conhecimentos importante, sim. Mas, mais do que isso, a capacidade de utilizá-los, o que abordei nos primeiros três pontos.
Ainda assim, o uso disso como crítica (pelo autor do texto) ao ensino compulsório é besta.
Rambo: aulas sobre
marketing? Poderia até ter uma função social interessantíssima, mas isso não vai acontecer tão cedo. Muita oposição a isso: ainda que de forma desorganizada (leia-se, não-conspiratória), há uma certa pressão social para que as crianças sejam geradas crédulas, crédulas inclusive sobre o Deus Mercado Onipotente.
E decorar quem foi Marco Antônio não seria tão útil quanto estudar a filosofia do cara...
Eu concordo o Barata.
Faltam de conteúdo, sim... O professor de física meu, nunca abriu o livro onde é o livro está distribuindo na escola. Diz é ruim, não diz nada explicação os clássicos "como funciona". Tudo é escrevi é o caderno no quadro dele. Eu fico mordendo meu lábio porque é mais difícil aprender oralmente. A aula também só dura 40 minutos porque ele não tem tempo para me explicar. E também a condição do professor é mais pior e a pedagogo? Como cima pedagogo? Nunca dá as ordens que puta merda.
Matéria demais? Deixa eu decorar que já estudei Ensino Médio: Matemática, Física, Língua Portuguesa, Inglês, Geografia, Química, Biologia, Sociologia e Educação Física.
Agora vamos a parte cada matéria a minha experiência escola pública:
Matemática Só no quadro e muito menos o livro.
Física Só no quadro. Quase ninguém abre o livro.
Língua Portuguesa Tinha o professor bom, estava mais atenção, mas, a turma não tinha estimulo.
Inglês Só bagunça...
Geografia Só oralmente, é mais difícil que ler o livro. Tinha opinar as coisas que são.
Química A coitada explicou 3 vezes a mesma semana, 80% a turma estava recuperação.
Biologia Foi bom professor, mas, não deixava eu responder tudo as respostas onde cada capitulo tinha 90 questões que eu passava a tarde inteira estudando só esse livro que outras matérias.
Sociologia Foi mais fácilíssimo, eu passei essa matéria que larguei a escola desde setembro.
Educação Fïsica As vezes não tem aula, se não quer praticar esporte, é que tem escrever relatório.
E daí? Só dura 4 horas e meia na escola: 13:00 até 17:30
Mas as vezes não tinha aula e mandam emboras.
Os que os alunos conversam? Coisinhas do Orkut, fofoca, chupando pirulitos e fazer nada...
Vito, fico meio frustrado de ver esse tipo de coisa. Sei que isso infelizmente acontece com quase todo mundo:
*Os professores de ciências nos põe pra decorar nomes de plantas e compostos químicos, ao invés de ensinar sobre método científico.
*Os de idiomas ficam ensinando a merda da ortografia, ao invés de dedicar mais tempo a interpretação de texto.
*Os de Educação Física colocam os alunos pra jogar bola e assim "não incomodarem", esquecendo a principal função da matéria - incentivar o aluno a conhecer o próprio corpo.
*Os de Sociologia e Filosofia ficam passando Hobbes e Maquiavel, ou Aristóteles e Descartes... o que é ótimo, mas inútil se não for acompanhado de uma prática ou de demonstrações de como usar isso na sociedade ou no raciocínio.
Eu nunca "aprendi" inglês em aula. Fica com aquelas coisas bizarras de tempos verbais e quando vem ou não artigo... como se um americano do planeta Terra falasse assim.
Aprendi mais inglês com jogos que com a escola...
O que se ensina em línguas (mesmo português) nas escolas chama-se "norma padrão". É um dialeto inexistente, que nem mesmo os falantes cultos usam.
Ao invés disso, deveriam estar ensinando a norma culta, que é algo completamente diferente, mas utilíssimo na comunicação.
Rambo, um off-topic: freqüentemente, as pessoas não entendem umas às outras. Isso é natural, mas frustrante pra quem escreve. Sei como é isso. Entretanto, sugiro que nesses casos, quem escreve assuma parte da culpa também, e passe a deixar as idéias mais claras.
Muitas vezes, não é "burrice", e sim o fato das palavras terem diversos sentidos... quem escreve usa um deles e quem lê usa outro.
(É claro que, em certos casos, o leitor não entende por ter lido porcamente, ou às vezes entende mas deturpa de propósito... nesses casos, é só descer o tacape.)
Obs. a todos: estou falando no abstrato e não deste tópico em si.