Sem problemas Enjolras:
1- Necessidade de mostrar não, mas muitas vezes, pela minha fala, durante uma palestra, um grupo de discussão, um grupo terapêutico, temático, aula, etc., isso transparece e alguém pergunta minha religião, então digo que sou ateu.
Se sou questionado quanto a isso, dentro do que é necessário, adequado e conveniente ao momento e ao ambiente alongo ou não o assunto com o interlocutor ou o convido para me procurar ao final do momento para combinarmos um momento mais adequado para essa conversa.
Outra situação comum é, na Comunidade Terapêutica (a ONG da qual falei e da qual sou VP),
www.centronovavida.org.br , lá usamos como parte do programa de tratamento os doze passos, programa de AA (Alcóolicos Anônimos) e do NA (Narcóticos Anônimos), que fala em um Poder Superior ou um Deus na forma como cada um o conceba, e, ai também na minha fala, embora deixe os residentes (pessoas que moram em internato na comunidade durante o período de seu tratamento) bem a vontade com suas crenças ou para encontrálas, hoje todos sabem que sou ateu, e que para mim mim o Poder Superior é a união da vontade de pessoas diferentes unidas em busca de um mesmo propósito: a abstinência e a recuperação do alcoolismo e da dependência das outras drogas.
Nem sempre fui ateu, antes era católico, então no princípio precisei saber administrar isso com tranqulidade e "jogo de cintura", pois um dos "tripés" do tratamento é a espiritualidade. Precisei mostrar que o próprio conceito de espiritualidade do programa não é religioso, mas é maior que isso.
Então, assim, necessidade de mostrar ou dizer que sou ateu, em geral, não sinto, mas também não nego, só sinto mesmo, ai dependendo do meu humor, é quando vem algum religioso fanático me encher o saco, falar em benção, deus, milagre, tentar me levar pra igreja dele, ai digo que sou ateu pra tentar cortar o papo, mas só me ferro, que piora: os caras não ouvem nada do que digo e viro missão divina e desafio: "um homem tão bom, não pode perder a alma!"

2- Acredito que nesta segunda pergunta você esteja se referindo mais especificamente aos ateus e agnósticos, grupos das quais alguns não gostam nem mesmo de ser vistos ou apontados como tal. Embora em uma conceituação ampla de grupo o sejam queiram ou não o sejam, por partilharem de uma opinião comum ou similar sobre determinado assunto ou conceito.
A Associação de determinado grupo, tanto neste caso quanto em outros, pode se justificar pela necessidade de AÇÕES AFIRMATIVAS, como instrumento de colocação diante de grupos majoritários da sociedade que lhes impõem preconceitos. Essa prática tem se mostrado eficiente no decorrer da história com grupos minoritários de negros, GLBTs, pessoas com necessidades especiais, religiões minoritárias e outros. Falei um pouco disso em outro tópico:
../forum/topic=24458.25.htmlEspero ter respondido satisfatoriamente, às ordens.
