Não vejo o vídeo como uma simples predição de uma situação absurda (talvez sim quanto aos prazos), prefiro ver como uma descrição pessimista de uma possibilidade futura, e ainda assim, mesmo a princípio tendenciosa, não vejo por que descartar seus argumentos. De início já o apresentador menciona, Pra salvar o futuro, é necessário imaginá-lo. Se hoje existem empresas com iniciativas "limpas", "verdes" e tudo o mais, é pois existe uma preocupação real de que pode dar merda. Imaginem uma pane vagarosa, o colapso lento, persistente, consistente e consequente das "estruturas" que sustentam o nosso mundo atual - energia, clima, alimento, população, economia - isso, baseados na simples premissa do excesso de demanda e declínio da oferta natural. Aumento do preço do petróleo, aumento da demanda de alimentos, aumento do clima, da população, inflação, a impossibilidade política de um acordo se necessário... (Aqui comigo tenho apenas um estudo da Scientific American dizendo sobre o petróleo. Afirmam a possibilidade real de queda ou o melhoramento das tecnicas de prospecção, por efeito, haveria uma sobrevida). São situações não exatas, menos ainda confirmáveis, mas as conjecturas, as idéias levantadas, os argumentos defendidos não são absurdos e alguns deles podem operar de maneira sorrateira, por consequências imprevisíveis, de difícil percepção, e resultados bastante funestas.
Não acho que devemos nos alarmar como é moda entre alguns, prefiro simplesmente pensar a respeito, em diversos aspectos. Por exemplo, existe vontade política atualmente pra pensar o futuro? Havendo, existe uma possibilidade de acordo? Quando ele remete à China e Índia uma culpa, eu jogaria no bolo o resto do mundo, não sei se é real, mas não vejo como absurda uma das afiramções, algo do tipo, Se o mundo consumisse como os americanos consomem, poderá dar merda. Talvez seja essa a motivação de muitas empresas que com seriedade tratam o tema e buscam soluções baratas, viáveis e não danosas pra manutenção da nossa situação atual. É o que eu espero, mas é o que eu temo também, pode ser que não dê certo. Realmente as empresas se ajustam, planejam-se, analisam custos, investimentos, possibilidades de mercado, consequentemente, isso gera emprego, novas tecnologias... Mas não vejo isso como uma garantia, apenas uma expectativa oposta a dos vídeos.
Uma das premissas fundamentais pra esse caso são o custo, o melhor e o mais limpo normalmente é muito mais caro (lógico, não sei em qual proporção). Não há vantagem, à princípio, de somente eu fazer por essa via.