Aproveitando o dito pelo Rios, acho ridícula a idéia de espíritos não se apresentarem para céticos. Qual a lógica por trás desse comportamento? Só pessoas sugestionáveis e 'abertas' são capazes de enxergar 'o outro lado'? Já estive em centros espíritas e ouvi médiuns falando que recebiam espíritos e que aqueles que lá estavam podiam sentí-los. O detalhe é que não senti nada - e olha que fui 'diagnosticada' como medium em potencial em um outro centro.
Já brinquei de ouija, jogo do copo e tudo o mais que há nesse sentido. O engraçado é que os espíritos sempre apareciam quando eu não estava - era só eu colocar os pés no recinto que tudo ficava tranquilo. Alguém tem uma explicação para isso? Será que os espíritos tem alguma queixa pessoal contra mim?

São os memeplexos. As estruturas culturais compostas por grandes estruturas sociais e que fazem do crente apenas a ponta do iceberg. Tudo o que eles dizem é baseado nesse grande memeplexo e que tem muito mais representatividade que um humilde fórum de discussão cético. Assim para eles é extremamente óbvio a suposta realidade de suas convicções.
Para alguns a existência material do objeto de suas crenças é tão óbvia quanto o ato de respirar... Conheço pessoas de diversas religiões e já me peguei discutindo com uma wiccan a respeito da existência factível de afrodite. Para ela diversos deuses gregos, romanos, célticos e de outros pantões eram tão reais quanto jesus o é para um cristão. Que ela goste de mitologia ainda vai, mas querer atribuir a poseidon os tsunamis é viajar demais, né?
Eu acharia interessante se a crença das pessoas se baseasse unicamente na idéia de estereótipos comportamentais a serem seguidos: buda, jesus e outros grandes seriam vistos como pessoas que transcenderam o conceito meramente formal de humanidade, bondade, fraternidade (considerando a suposta existência desses personagens). Extrai-se a conduta desejável a a insere na sociedade em questão. Seria bem similar à evolução das condutas que acabam positivadas na forma de leis como regras comportamentais aceitáveis e reprováveis num dado momento histórico.
À parte isso, tenho dúvidas se a crença em milagres e fenômenos sobrenaturais é algo que representa um estágio da sociedade humana em permanente evolução e 'aperfeiçoamento' ou uma propensão orgânica inerente ao homem - enquanto ser capaz de articular, raciocinar e aplicar suas idéias. Ou os dois... Não dá pra saber, mas ainda não dá pra crer - de qualquer forma...