Autor Tópico: Referendo na Islândia  (Lida 4717 vezes)

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Offline Derfel

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Re:A ilha-laboratório – Opinião sobre a Islândia e a crise de 2008
« Resposta #25 Online: 12 de Março de 2012, 17:46:58 »

Offline _tiago

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Re:A ilha-laboratório – Opinião sobre a Islândia e a crise de 2008
« Resposta #26 Online: 12 de Março de 2012, 22:19:25 »
Vixe, é a mesma coisa.

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #27 Online: 13 de Março de 2012, 15:09:14 »
Tópicos unidos. _tiago, antes de criar um novo tópico lembre-se de usar o sistema de busca para ver se já não existe um tópico com o mesmo tema.

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #28 Online: 17 de Setembro de 2012, 12:21:24 »
Islândia se recupera após ser 1º país a quebrar com crise

Construção naval e turismo puxam bom desempenho de economia em país que foi símbolo da crise econômica mundial.

Cinco anos depois de quebrar e se tornar país-símbolo da crise econômica mundial, a Islândia hoje vive um momento de franca ascensão.

Uma das consequências da crise foi a pulverização do valor da coroa islandesa, que por outro lado, ajudou a exportação. Hoje, a construção naval puxa a recuperação econômica.


O turismo na Islândia em 2012 vem registrando o seu melhor resultado histórico

Mas o sucesso dos estaleiros é apenas um dos vários sinais da recuperação da economia nacional, que vem ganhando velocidade.

Também para turistas, a Islândia ficou mais barata e este ano foi o melhor da história para o turismo - resultados bem melhores que em outros países europeus.

O FMI classifica a recuperação de "impressionante".

O PIB voltou a crescer nos últimos dois anos, numa média de 3% ao ano, e deve ficar neste patamar nos próximos anos.

O desemprego caiu para 6% depois de ter atingido o pico de quase 10% em 2010, e parece continuar em queda.

Pelo menos por enquanto, a palavra de ordem é otimismo.

Veja vídeo: http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2012/09/120914_videoislandiarecuperaebc.shtml

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Offline Derfel

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #29 Online: 17 de Setembro de 2012, 15:05:57 »
Parece que foi uma boa decisão afinal de contas.

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #30 Online: 25 de Outubro de 2012, 11:07:56 »
Um país estranho

A Islândia é uma ilha com pouco mais de 300 mil habitantes que parece decidida a inventar a democracia do futuro.

Por uma razão não totalmente clara, esse país que fora um dos primeiros a quebrar com a crise financeira de 2008 sumiu em larga medida das páginas da imprensa mundial. Coisas estranhas, no entanto, aconteceram por lá.

Primeiro, o presidente da República submeteu a plebiscito propostas de ajuda estatal a bancos falidos. O ex-primeiro-ministro grego George Papandreou foi posto para fora do governo quando aventou uma ideia semelhante. O povo islandês, todavia, não se fez de rogado e disse claramente que não pagaria nenhuma dívida de bancos.

Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado. Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso "stock options" vindos diretamente das ajudas estatais.

Como se não bastasse, a Islândia resolveu escrever uma nova Constituição. Submetida a sufrágio universal, ela foi aprovada no último fim de semana. A Constituição não foi redigida por membros do Parlamento ou por juristas, mas por 25 "pessoas comuns" escolhidas de maneira direta.

Durante sua redação, qualquer um podia utilizar as redes sociais para enviar sugestões de leis e questionar o projeto. Todas as discussões entre os membros do Conselho Constitucional podiam ser acompanhadas do computador de qualquer cidadão.

O resultado é uma Constituição que estatiza todos os recursos naturais, impede o Estado de ter documentos secretos sobre seus cidadãos e cria as bases de uma democracia direta, onde basta o pedido de 10% da população para que uma lei aprovada pelo Parlamento seja objeto de plebiscito.

Seu preâmbulo não poderia ser mais claro a respeito do espírito de todo o documento: "Nós, o povo da Islândia, queremos criar uma sociedade justa que ofereça as mesmas oportunidades a todos. Nossas diferentes origens são uma riqueza comum e, juntos, somos responsáveis pela herança de gerações".

Em uma época na qual a Europa afunda na xenofobia e esquece o igualitarismo como valor republicano fundamental, a Constituição islandesa soa estranha. Esse estranho país, contudo, já não está mais em crise econômica.

Cresceu 2,1% no ano passado e deve crescer 2,7% neste ano. Eles fizeram tudo o que Portugal, Espanha, Grécia, Itália e outros não fizeram. Ou seja, eles confiaram na força da soberania popular e resolveram guiar seu destino com as próprias mãos. Algo atualmente muito estranho.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/1173483-um-pais-estranho.shtml

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Offline Geotecton

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #31 Online: 25 de Outubro de 2012, 11:17:18 »
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[...]
Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado. Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso "stock options" vindos diretamente das ajudas estatais.
[...]

Que bonito não é mesmo? Os "malditos capitalistas" e os "governantes vendidos da direita" são os únicos responsáveis pelos males do mundo.

Só esqueceram de acrescentar dois vilões. O primeiro, é que foram os Estados, por decisões de seus governos de diferentes matizes ideológicos, que elevaram monstruosamente o endividamento público pelo aumento de despesas de custeio. E o segundo é que muitas das pessoas que ficaram insolventes o fizeram ou por ignorância ou por ganância. E em qualquer um dos casos, elas são as únicas responsáveis.
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Offline Javier P

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #32 Online: 25 de Outubro de 2012, 21:22:14 »
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[...]
Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado. Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso "stock options" vindos diretamente das ajudas estatais.
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Que bonito não é mesmo? Os "malditos capitalistas" e os "governantes vendidos da direita" são os únicos responsáveis pelos males do mundo.

Só esqueceram de acrescentar dois vilões. O primeiro, é que foram os Estados, por decisões de seus governos de diferentes matizes ideológicos, que elevaram monstruosamente o endividamento público pelo aumento de despesas de custeio. E o segundo é que muitas das pessoas que ficaram insolventes o fizeram ou por ignorância ou por ganância. E em qualquer um dos casos, elas são as únicas responsáveis.

Geo, claro que é bonito. E por isso mesmo a Islândia não aparece com freqüência nas noticias dos grandes médios corporativos. Islândia representa a valentia e a heterodoxia numa época que ambas coisas não abundam.

Colocar a culpa nos pequenos investidores não é a coisa certa, independentemente da cobiça que promoveu alguns dos seus “pequenos” investimentos. Como fala  Krugman: “an economy that produced a decent standard of living for its people was in effect hijacked by a combination of free-market ideology and crony capitalism“. A culpa está no que Stiglitz define como “free-market fundamentalism”.

Neste link colocam um bom resumo de como a Islândia fez as coisas certas:

Top Economists: Iceland Shows the Way — Everyone Else Is Doing It Wrong

http://www.ritholtz.com/blog/2012/08/iceland-did-it-right-and-everyone-else-is-doing-it-wrong/


Offline Geotecton

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #33 Online: 25 de Outubro de 2012, 21:28:04 »
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Que bonito não é mesmo? Os "malditos capitalistas" e os "governantes vendidos da direita" são os únicos responsáveis pelos males do mundo.

Só esqueceram de acrescentar dois vilões. O primeiro, é que foram os Estados, por decisões de seus governos de diferentes matizes ideológicos, que elevaram monstruosamente o endividamento público pelo aumento de despesas de custeio. E o segundo é que muitas das pessoas que ficaram insolventes o fizeram ou por ignorância ou por ganância. E em qualquer um dos casos, elas são as únicas responsáveis.

Geo, claro que é bonito. E por isso mesmo a Islândia não aparece com freqüência nas noticias dos grandes médios corporativos. Islândia representa a valentia e a heterodoxia numa época que ambas coisas não abundam.

Colocar a culpa nos pequenos investidores não é a coisa certa, independentemente da cobiça que promoveu alguns dos seus “pequenos” investimentos. Como fala  Krugman: “an economy that produced a decent standard of living for its people was in effect hijacked by a combination of free-market ideology and crony capitalism“. A culpa está no que Stiglitz define como “free-market fundamentalism”.

Neste link colocam um bom resumo de como a Islândia fez as coisas certas:

Top Economists: Iceland Shows the Way — Everyone Else Is Doing It Wrong

http://www.ritholtz.com/blog/2012/08/iceland-did-it-right-and-everyone-else-is-doing-it-wrong/

Eu não afirmei que os islandeses não agiram corretamente, sob a ótica deles. A minha crítica está em colocar a culpa somente nos alegados "vilões".

E outro detalhe muito importante: Todos esquecem, convenientemente, que muita riqueza foi gerada e a perda dela ocorreu por causa da ganância dos envolvidos e da falta de responsabilidade de governantes.
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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #34 Online: 26 de Outubro de 2012, 08:37:08 »
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Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado. Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso "stock options" vindos diretamente das ajudas estatais.
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Que bonito não é mesmo? Os "malditos capitalistas" e os "governantes vendidos da direita" são os únicos responsáveis pelos males do mundo.

Só esqueceram de acrescentar dois vilões. O primeiro, é que foram os Estados, por decisões de seus governos de diferentes matizes ideológicos, que elevaram monstruosamente o endividamento público pelo aumento de despesas de custeio. E o segundo é que muitas das pessoas que ficaram insolventes o fizeram ou por ignorância ou por ganância. E em qualquer um dos casos, elas são as únicas responsáveis.
Enquanto o país não separar seu governo de sua economia, todo o malefício dito causado pelo sistema capitalista vai ser sempre maximizado pelo Estado. A crítica ao capitalismo nunca é procedente se ele estiver sob a mínima influência possível de qualquer ente público.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #35 Online: 26 de Outubro de 2012, 12:26:19 »
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Só esqueceram de acrescentar dois vilões. O primeiro, é que foram os Estados, por decisões de seus governos de diferentes matizes ideológicos, que elevaram monstruosamente o endividamento público pelo aumento de despesas de custeio. E o segundo é que muitas das pessoas que ficaram insolventes o fizeram ou por ignorância ou por ganância. E em qualquer um dos casos, elas são as únicas responsáveis.
Enquanto o país não separar seu governo de sua economia, todo o malefício dito causado pelo sistema capitalista vai ser sempre maximizado pelo Estado. A crítica ao capitalismo nunca é procedente se ele estiver sob a mínima influência possível de qualquer ente público.
Realmente estado e capital são duas forma de poder, competindo uma com a outra e seus acúmulos sempre vão gerar conflitos pois cada um esta tentando  ganhar o espaço um do outro. Vivamos no anarco capitalismo então.
Quem sou eu?Entre os crente sou ateu, entre ateus sou um crente.

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #36 Online: 26 de Outubro de 2012, 12:53:38 »
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Só esqueceram de acrescentar dois vilões. O primeiro, é que foram os Estados, por decisões de seus governos de diferentes matizes ideológicos, que elevaram monstruosamente o endividamento público pelo aumento de despesas de custeio. E o segundo é que muitas das pessoas que ficaram insolventes o fizeram ou por ignorância ou por ganância. E em qualquer um dos casos, elas são as únicas responsáveis.
Enquanto o país não separar seu governo de sua economia, todo o malefício dito causado pelo sistema capitalista vai ser sempre maximizado pelo Estado. A crítica ao capitalismo nunca é procedente se ele estiver sob a mínima influência possível de qualquer ente público.
Realmente estado e capital são duas forma de poder, competindo uma com a outra e seus acúmulos sempre vão gerar conflitos pois cada um esta tentando  ganhar o espaço um do outro. Vivamos no anarco capitalismo então.
Pelo que vejo, a redução da massa pública seja suficiente e praticável, o anarcocapitalismo me soa utópico (tem algum sentido, mas a situação em que ele se configura deve ser muito perfeita e voluntária, isso não funciona). O capital realmente é uma fonte de poder, porém em um Estado minimizado o poder econômico não serve para influenciar o governo, assim como o poder político não pode influenciar no mercado.
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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #37 Online: 27 de Outubro de 2012, 01:37:41 »
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Enquanto o país não separar seu governo de sua economia, todo o malefício dito causado pelo sistema capitalista vai ser sempre maximizado pelo Estado. A crítica ao capitalismo nunca é procedente se ele estiver sob a mínima influência possível de qualquer ente público.
Realmente estado e capital são duas forma de poder, competindo uma com a outra e seus acúmulos sempre vão gerar conflitos pois cada um esta tentando  ganhar o espaço um do outro. Vivamos no anarco capitalismo então.
Pelo que vejo, a redução da massa pública seja suficiente e praticável, o anarcocapitalismo me soa utópico (tem algum sentido, mas a situação em que ele se configura deve ser muito perfeita e voluntária, isso não funciona). O capital realmente é uma fonte de poder, porém em um Estado minimizado o poder econômico não serve para influenciar o governo, assim como o poder político não pode influenciar no mercado.
O que seria um estado minimizado?Sem exercito?com apenas as funções do 3 poderes?ou menos?
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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #38 Online: 27 de Outubro de 2012, 14:56:10 »
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Enquanto o país não separar seu governo de sua economia, todo o malefício dito causado pelo sistema capitalista vai ser sempre maximizado pelo Estado. A crítica ao capitalismo nunca é procedente se ele estiver sob a mínima influência possível de qualquer ente público.
Realmente estado e capital são duas forma de poder, competindo uma com a outra e seus acúmulos sempre vão gerar conflitos pois cada um esta tentando  ganhar o espaço um do outro. Vivamos no anarco capitalismo então.
Pelo que vejo, a redução da massa pública seja suficiente e praticável, o anarcocapitalismo me soa utópico (tem algum sentido, mas a situação em que ele se configura deve ser muito perfeita e voluntária, isso não funciona). O capital realmente é uma fonte de poder, porém em um Estado minimizado o poder econômico não serve para influenciar o governo, assim como o poder político não pode influenciar no mercado.
O que seria um estado minimizado?Sem exercito?com apenas as funções do 3 poderes?ou menos?

Mantém-se o exército, mantém-se os 3 poderes, e o Estado cumpre somente sua função básica de atendimento à população, fornecento acesso à educação, saúde e segurança pública e sua parte na criação de infraestrutura (que será em parte privada).
Falando especificamente do exército, ele seria voluntário, porém sua organização e burocracia seriam mantidos, este, acima de todos os outros, é vital para a segurança da economia.
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« Resposta #39 Online: 30 de Outubro de 2012, 13:17:21 »
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Enquanto o país não separar seu governo de sua economia, todo o malefício dito causado pelo sistema capitalista vai ser sempre maximizado pelo Estado. A crítica ao capitalismo nunca é procedente se ele estiver sob a mínima influência possível de qualquer ente público.
Realmente estado e capital são duas forma de poder, competindo uma com a outra e seus acúmulos sempre vão gerar conflitos pois cada um esta tentando  ganhar o espaço um do outro. Vivamos no anarco capitalismo então.
Pelo que vejo, a redução da massa pública seja suficiente e praticável, o anarcocapitalismo me soa utópico (tem algum sentido, mas a situação em que ele se configura deve ser muito perfeita e voluntária, isso não funciona). O capital realmente é uma fonte de poder, porém em um Estado minimizado o poder econômico não serve para influenciar o governo, assim como o poder político não pode influenciar no mercado.
O que seria um estado minimizado?Sem exercito?com apenas as funções do 3 poderes?ou menos?

Mantém-se o exército, mantém-se os 3 poderes, e o Estado cumpre somente sua função básica de atendimento à população, fornecento acesso à educação, saúde e segurança pública e sua parte na criação de infraestrutura (que será em parte privada).
Falando especificamente do exército, ele seria voluntário, porém sua organização e burocracia seriam mantidos, este, acima de todos os outros, é vital para a segurança da economia.
Poxa é quase walfare state! :-).
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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #40 Online: 30 de Outubro de 2012, 15:22:35 »
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Que bonito não é mesmo? Os "malditos capitalistas" e os "governantes vendidos da direita" são os únicos responsáveis pelos males do mundo.

Só esqueceram de acrescentar dois vilões. O primeiro, é que foram os Estados, por decisões de seus governos de diferentes matizes ideológicos, que elevaram monstruosamente o endividamento público pelo aumento de despesas de custeio. E o segundo é que muitas das pessoas que ficaram insolventes o fizeram ou por ignorância ou por ganância. E em qualquer um dos casos, elas são as únicas responsáveis.
Enquanto o país não separar seu governo de sua economia, todo o malefício dito causado pelo sistema capitalista vai ser sempre maximizado pelo Estado. A crítica ao capitalismo nunca é procedente se ele estiver sob a mínima influência possível de qualquer ente público.
Realmente estado e capital são duas forma de poder, competindo uma com a outra e seus acúmulos sempre vão gerar conflitos pois cada um esta tentando  ganhar o espaço um do outro. Vivamos no anarco capitalismo então.
Pelo que vejo, a redução da massa pública seja suficiente e praticável, o anarcocapitalismo me soa utópico (tem algum sentido, mas a situação em que ele se configura deve ser muito perfeita e voluntária, isso não funciona). O capital realmente é uma fonte de poder, porém em um Estado minimizado o poder econômico não serve para influenciar o governo, assim como o poder político não pode influenciar no mercado.
O que seria um estado minimizado?Sem exercito?com apenas as funções do 3 poderes?ou menos?

Mantém-se o exército, mantém-se os 3 poderes, e o Estado cumpre somente sua função básica de atendimento à população, fornecento acesso à educação, saúde e segurança pública e sua parte na criação de infraestrutura (que será em parte privada).
Falando especificamente do exército, ele seria voluntário, porém sua organização e burocracia seriam mantidos, este, acima de todos os outros, é vital para a segurança da economia.
Poxa é quase walfare state! :-).
Não concordo. No WS o governo protege a economia, influi no mercado, distribui renda mediante impostos e se responsabiliza pelos pobres. Isso [tirando, em casos extremos, o útimo item] não ocorre no estado minimizado + live mercado. Esse sistema em sua pura forma tende a estagnar o país e acomodar sua população, e tende a ter um mercado que não se sustente por muito tempo em um momento de crise.

Somente um país extremamente desenvolvido, com economia solidificada, com indústria minimizada e de ponta consegue se manter nesse sistema sem falir  :arrow: certamente o modelo Nórdico se aproxima mais do que eu disse no comentário anterior (já que este desconsidera boa parte do keynesianismo do WS original).
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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #41 Online: 30 de Outubro de 2012, 17:55:54 »
Fiz uma brincadeira. :histeria: Price. Eu mesmo, tb sou um partidário da minarquia e conceitualmente meu estado ainda seria menor que o seu.

« Última modificação: 31 de Outubro de 2012, 12:45:23 por Gelado »
Quem sou eu?Entre os crente sou ateu, entre ateus sou um crente.

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #42 Online: 31 de Outubro de 2012, 11:30:09 »
Fiz uma brincadeira. :histeria: Price. Eu mesmo, tb sou um partidário da minarquia e conceitualmente meu estado ainda seria menor que o seu.
Sigo um padrão um pouco mais conservador, um anarcocap diria que seria mais um desinchaço do Estado do que sua minimização em si. Tavez esta seja mais considerável depois daquela ser realidade.

Como seria o seu Estado?
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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #43 Online: 31 de Outubro de 2012, 12:47:23 »
Fiz uma brincadeira. :histeria: Price. Eu mesmo, tb sou um partidário da minarquia e conceitualmente meu estado ainda seria menor que o seu.
Sigo um padrão um pouco mais conservador, um anarcocap diria que seria mais um desinchaço do Estado do que sua minimização em si. Tavez esta seja mais considerável depois daquela ser realidade.

Como seria o seu Estado?
Na verdade nunca tinha pensado realmente sobre meu estado ideal, fiz agora meio de improviso.Talvez eu sabia mto mais como ele deva não ser do que como ele deva ser.
Minha ideia do estado reflete sobre sua função, que é servir de principio ordenador, só pra complementar fugindo um pouco do assunto.A anarquia neste sentido é uma negação visto que tem como principio de ordem não ter poder/ou ordem. Minha ideia refere que o estado deve maximizar a efetividade/eficacia desta função ordenadora, entendendo que a sociedade é uma construção coletiva, mas que  deva oprimir de forma miníma  sua célula máxima que é o individuo. Um equilíbrio entre estas duas tensões, isto que estou escrevendo nada mas é um principio democrático. A questão de segurança ainda compete ao estado. Mas as postura digamos estatizadora que iniba a iniciativa de homens livres deve ser minimizada preservando a livre iniciativa.
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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #44 Online: 31 de Outubro de 2012, 13:46:23 »
Fiz uma brincadeira. :histeria: Price. Eu mesmo, tb sou um partidário da minarquia e conceitualmente meu estado ainda seria menor que o seu.
Sigo um padrão um pouco mais conservador, um anarcocap diria que seria mais um desinchaço do Estado do que sua minimização em si. Tavez esta seja mais considerável depois daquela ser realidade.

Como seria o seu Estado?
Na verdade nunca tinha pensado realmente sobre meu estado ideal, fiz agora meio de improviso.Talvez eu sabia mto mais como ele deva não ser do que como ele deva ser.
Minha ideia do estado reflete sobre sua função, que é servir de principio ordenador, só pra complementar fugindo um pouco do assunto.A anarquia neste sentido é uma negação visto que tem como principio de ordem não ter poder/ou ordem. Minha ideia refere que o estado deve maximizar a efetividade/eficacia desta função ordenadora, entendendo que a sociedade é uma construção coletiva, mas que  deva oprimir de forma miníma  sua célula máxima que é o individuo. Um equilíbrio entre estas duas tensões, isto que estou escrevendo nada mas é um principio democrático. A questão de segurança ainda compete ao estado. Mas as postura digamos estatizadora que iniba a iniciativa de homens livres deve ser minimizada preservando a livre iniciativa.
Interessante. :ok:
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Offline Osler

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #45 Online: 31 de Outubro de 2012, 14:31:46 »
Acho que as posturas mais modernas variam apenas sobre a intensidade do papel do estado na economia, ideologias com o estado no poder máximo ou inexistente (espero eu) tendem a desaparecer do debate.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Price

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #46 Online: 31 de Outubro de 2012, 14:40:40 »
Acho que as posturas mais modernas variam apenas sobre a intensidade do papel do estado na economia, ideologias com o estado no poder máximo ou inexistente (espero eu) tendem a desaparecer do debate.

Acho que as do poder máximo se manterão por muito tempo, ainda existem muitos partidos socialistas fortes pelo mundo, como aqui na América do Sul e na Europa.
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Offline Osler

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #47 Online: 31 de Outubro de 2012, 15:05:09 »
Sim mas muitos partidos ditos socialistas se adaptaram aos novos tempos e modificaram vários desses conceitos vinculados ao intervencionismo estatal máximo, seja no próprio programa partidário ou na práxis.
O próprio PT, que na fundação e no estatudo é um partido "socilaista", já se adaptou no discurso (Carta aos Brasileiros) e na práxis.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline JohnnyRivers

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #48 Online: 31 de Outubro de 2012, 15:12:39 »
Mantém-se o exército, mantém-se os 3 poderes, e o Estado cumpre somente sua função básica de atendimento à população, fornecento acesso à educação, saúde e segurança pública e sua parte na criação de infraestrutura (que será em parte privada).
Falando especificamente do exército, ele seria voluntário, porém sua organização e burocracia seriam mantidos, este, acima de todos os outros, é vital para a segurança da economia.
Não entendo do porque ainda ser obrigatório o alistamento militar aqui no Brasil. Não agrega em nada (para quem foi dispensado), atrapalha a conquista de um emprego e é lento demais o processo todo e só uma pequenina parcela é convocada (atualmente, são os que desejam servir, ou seja, voluntarismo dentro da obrigatoriedade).

Mas para meu post não ficar tão off topic: prefiro que o Estado deva investir ao maximo na defesa, mantendo-a sempre atualizada (tecnologicamente).
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Offline Jack Carver

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Re:Referendo na Islândia
« Resposta #49 Online: 23 de Outubro de 2015, 22:28:42 »
O Brasil é um país de sabotadores profissionais.

“Dêem-me controle sobre o dinheiro de uma nação e não me importa quem faz as suas leis. - Mayer Amschel Rothschild

 

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