Autor Tópico: Perguntas mais breves de física ou química que não merecem um tópico só pra elas  (Lida 7882 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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A pergunta mais ridícula de todas: é possível apagar um fogo ou incêndio com gasolina? Não que isso fosse ser algo seguro ou eficiente de se fazer, mas me pergunto se é possível. Será que a gasolina, apesar de combustível, não pode isolar a chama do comburente, e assim apagar o fogo? Ou isso não ocorre?

 :hihi:


Offline SnowRaptor

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Sim, você pode "afogar" a chama com gasolina, mas tem que ser uma quantidade muito grande, muito rápido.

E eu pensei nisso antes de postar isso como argumento no tópico da maconha :b
Elton Carvalho

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“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Felius

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Por outro lado, qual a temperatura de combustão espontânea da gasolina?
"The patient refused an autopsy."

Offline Buckaroo Banzai

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Será que é algo que dá para fazer numa apresentação meio Houdiniesca, ou estamos falando de coisas como arremessar o conteúdo de um barril de gasolina de alguma forma como uma única gota imensa, a uma velocidade de 200 km/h, para apagar uma vela?

Offline SnowRaptor

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Por outro lado, qual a temperatura de combustão espontânea da gasolina?

Continua precisando de oxigênio.

Será que é algo que dá para fazer numa apresentação meio Houdiniesca, ou estamos falando de coisas como arremessar o conteúdo de um barril de gasolina de alguma forma como uma única gota imensa, a uma velocidade de 200 km/h, para apagar uma vela?

Não precisa ser a 200Km/h, mas sim, é por aí.
Elton Carvalho

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-- François Jacob, 1997

Offline Buckaroo Banzai

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Droga, meus planos de começar uma carreira como escapista com um número totalmente original foram por água abaixo.




E eu pensei nisso antes de postar isso como argumento no tópico da maconha :b

Daí mesmo que eu tirei a idéia! (do tópico, não da maconha)

Offline SnowRaptor

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Legal mesmo é jogar oxigênio líquido numa brasa :D

E é fáscil: só encher uma latinha de refrigerante com nitrogênio líquido que o oxigênio do ar condensa em volta da lata e pinga.
Elton Carvalho

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Offline SnowRaptor

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é fáscil

Puxa...  :o

Não vou nem editar. Esse typo foi épico!
Elton Carvalho

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Offline Buckaroo Banzai

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Não tem nada a ver, e também não é uma pergunta, mas ainda é uma pequena curiosidade de física ou química que li uma vez. Água fervendo, numa lâmina suficientemente fina (não sei o quão fina), [alegadamente] congela mais rapidamente que água a temperatura ambiente. A razão dada é que a temperatura elevada, e/ou através da evaporação, perde temperatura mais rapidamente.



Achei rapidamente uma corroboração:

http://math.ucr.edu/home/baez/physics/General/hot_water.html

Offline Buckaroo Banzai

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Em todo o espectro de ondas, do visível, para mais e para menos, as ondas tem certas "táxons", são classificadas, como microondas, ondas de rádio, UVA, UVB e UVC, raios X, raios cósmicos.

Eu pergunto: as propriedades das ondas são "nitidamente" fechadas dentro desses grupos, ou, por exemplo, rádio também tem um pouco de efeito de microondas, e vice-versa, sendo algo mais gradual?  :hein:

Ou varia, algumas propriedades surgindo meio "pontualmente", de forma bem nítida, e outras sendo graduais?

Offline VSR

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Uma questão idiota que me tira o sono (brincadeira, n chega a tanto):

Se por um acaso eu consiga ficar emcima de um ajto super-sônico, sem morrer, e este jato se dirija em direção a uma torre, encima dessa torre tem outra pessoa, se eu gritar algo para tal pessoa (suponhando que o som do motor ou qualquer outra causa não abafasse minah voz), a pessoa da torre ouviria a frase de trás para frente ? já que estou me deslocando mais rápido que minha própia voz ? e eu conseguiria ouvir o que disse após o jato parar ?
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Offline SnowRaptor

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Em todo o espectro de ondas, do visível, para mais e para menos, as ondas tem certas "táxons", são classificadas, como microondas, ondas de rádio, UVA, UVB e UVC, raios X, raios cósmicos.

Eu pergunto: as propriedades das ondas são "nitidamente" fechadas dentro desses grupos, ou, por exemplo, rádio também tem um pouco de efeito de microondas, e vice-versa, sendo algo mais gradual?  :hein:

Ou varia, algumas propriedades surgindo meio "pontualmente", de forma bem nítida, e outras sendo graduais?

Na verdade, esses diferentes tipos de luz têm diferentes nomes porque foram descobertos de maneira diferente e, tipicamente, só depois se observou que era tudo luz mesmo. Principalmente porque até a década de 1920, mais ou menos, não se entendia muito bem a natureza da luz (a dualidade onda-partícula).

Por exemplo: os raios X foram descobertos por Röntgen enquanto ele estudava tubos de raios catódicos. Ele nem sabia o que eram, por isso os chamou de raios X.

As propriedades dessas radiações vêm essencialmente do comprimento de onda delas e seu comportamento, da relação entre o comprimento de onda e objetos cotidianos. Raios X, por exemplo, são atravessam a matéria porque têm comprimento de onda compatível com o tamanho dos átomos, então dependendo da densidade do material, o raio X atravessa como se estivesse vazio, passando "entre" os átomos.

Luz com comprimento de onda maior começa a ter dificuldade de atravessar matéria, pois são facilmente desviados ou absorvidos pelos átomos.  Luz ultravioleta, visível e infravermelha, por exemplo, já tem energia suficiente para excitar modos vibracionais e fazer elétrons pularem de um orbital pra outro. Isso faz a luz ser absorvida por esses materiais. Micro-ondas têm energia próxima a modos rotacionais de moléculas pequenas (se você acertar a freqüência, pode fazer uma caixinha que esquenta água só com a radiação de micro-ondas!).

Quando o comprimento de onda aumenta mais (micro-ondas e ondas de rádio), o comprimento de onda já começa a ficar do tamanho de objetos cotidianos. A onda dentro de um forno de micro-ondas tem um comprimento de onda de 12cm (Você pode verificar isso virando o prato giratório de ponta cabeça pra não girar e colocando uma barra de chocolate no forno). Ondas de rádio têm comprimento da ordem de metros a centenas de metros. Ou seja, passa por prédios do mesmo jeito que o raio X passa por átomos.

Mas os nomes realmente vêm por razões históricas relativas ao descobrimento. E são nomes que facilitam a nossa vida. Um exemplo interessante: a gente chama a faixa entre 700nm e 400nm de "luz visível". Mas antes disso, a gente tinha coisas como "amarelo, azul, verde e vermelho", muito antes de saber que essas cores eram apenas diferentes comprimentos de onda de luz (ou combinações deles, pro nossos olhos, como acordes em vez de notas isoladas).

Viajei um pouco, chovi no molhado, mas acho que pincelei a resposta que vc devia querer. ;)
Elton Carvalho

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-- François Jacob, 1997

Offline SnowRaptor

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Uma questão idiota que me tira o sono (brincadeira, n chega a tanto):

Se por um acaso eu consiga ficar emcima de um ajto super-sônico, sem morrer, e este jato se dirija em direção a uma torre, encima dessa torre tem outra pessoa, se eu gritar algo para tal pessoa (suponhando que o som do motor ou qualquer outra causa não abafasse minah voz), a pessoa da torre ouviria a frase de trás para frente ? já que estou me deslocando mais rápido que minha própia voz ? e eu conseguiria ouvir o que disse após o jato parar ?

Não. A pessoa ouviria tudo o que você falou comprimido num grande BOOM.

Assim:
<a href="http://www.youtube.com/v/jmz_KThAn_s" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/jmz_KThAn_s</a>
Elton Carvalho

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Offline Buckaroo Banzai

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Viajei um pouco, chovi no molhado, mas acho que pincelei a resposta que vc devia querer. ;)



Bem, nem tanto, ainda que tenha tocado levemente quando diz coisas como "o comprimento de onda já tem energia suficiente para", o que dá margem a inferir uma "zona borrada" de propriedades de interação... me perguntava coisas como se, assim como o UV é progressivamente "pior" para o nosso DNA, do A ao C, se a luz meramente violeta já não seria um pouquinho nociva.

E outras coisas do tipo, variando caso a caso, com o que for pertinente. Porque geralmente as apresentações que se tem sobre o assunto parecem ter aquelas típicas simplificações didáticas; os espectros são separados nessas faixas, e passa um pouco a impressão que são quase que "coisas diferentes", que não há mais "gradação", como entre cores.


Uma coisa curiosa que ouvi recentemente era algo como que, com tempo suficiente, e com (acho) algum algoritmo de computador para fazer o processamento necessário, mesmo a luz visível pode ser usada como "raios x", porque uma parte dela acaba atravessando os objetos também, mas bem mais raramente. Então o que se faz (pelo que me lembro/acho que entendi) é meio como uma fotografia de exposição obscenamente longa.

Obviamente eu não espero que isso, como o raio x de verdade vá causar câncer (bem, na verdade, só perto do UV, que é justamente o tipo de coisa que eu me pergunto), mas talvez seja um tipo de exemplo de "zona cinzenta" das propriedades do espectro de luz.



Offline SnowRaptor

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Lembre-se que a energia de um fóton é proporcional à freqüência da luz: E%3Dh%5Cnu. No caso do dano ao DNA, UV provoca uma transição eletrônica, ou uma quebra de ligação que precisa de uma certa energia E_a pra poder acontecer. Então, somente a partir de uma freqüência %5Cnu tal que h%5Cnu+%26gt%3B+E_a é que a luz vai causar dano ao DNA. E, bom, quanto maior a energia necessária pra causar um estrago, mais complicado é repará-lo.

Esse é apenas um dos modos com que a luz age com o corpo. Uma amiga minha estuda o uso de laser vermelho em tecido orgânico tratado com azul de metileno para cicatrização de feridas.
Elton Carvalho

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Offline Dbohr

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Dependendo da energia do fóton ele pode ionizar uma dada molécula e causar danos celulares, seja por destruição mesmo ou por mutação carcinogênica. Quanto mais energético o fóton, menor seu comprimento de onda. Daí se diz que radiações tipo UV ou piores são perigosas.

EDIT: Scooped :-P

Offline SnowRaptor

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Elton Carvalho

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Offline Ônix.

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Tenho visto filmes e séries, em um número crescente, em que se comenta a questão referente a realidades paralelas. Gostaria de saber se essa questão, admitida pela física quântica, é realmente levada a sério no mundo científico.
É não sabendo que se aprende!

Offline Dbohr

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Tenho visto filmes e séries, em um número crescente, em que se comenta a questão referente a realidades paralelas. Gostaria de saber se essa questão, admitida pela física quântica, é realmente levada a sério no mundo científico.

Resposta resumida: não :-)

Depois que eu desocupar, posto uma versão levemente menos resumida, se nenhum colega chegar na frente!

Offline Gaúcho

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Fringe comprova a existência de universos paralelos. ::)
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Offline Derfel

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Teve um especial no History Channel, na série Universo, que falava sobre universos paralelos, com uns físicos (inclusive aquele japonês que sempre aparece na série) falando seriamente a respeito...

Offline Ônix.

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Teve um especial no History Channel, na série Universo, que falava sobre universos paralelos, com uns físicos (inclusive aquele japonês que sempre aparece na série) falando seriamente a respeito...
Exatamente, Derfel! O japa tá sempre aparecendo e, pelo que parece, ele realmente acredita em tal possibilidade. Para mim, a ideia de universos paralelos e de realidades "ocultas" com outras versões de nós mesmos soa tão estranho quanto a crença numa divindade criadora.
É não sabendo que se aprende!

Offline Ônix.

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Os táquions poderiam, de fato, existirem?
É não sabendo que se aprende!

Offline Feynman

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Teve um especial no History Channel, na série Universo, que falava sobre universos paralelos, com uns físicos (inclusive aquele japonês que sempre aparece na série) falando seriamente a respeito...
Exatamente, Derfel! O japa tá sempre aparecendo e, pelo que parece, ele realmente acredita em tal possibilidade. Para mim, a ideia de universos paralelos e de realidades "ocultas" com outras versões de nós mesmos soa tão estranho quanto a crença numa divindade criadora.

O "japa" é o Dr. Michio Kaku:



Eu li, dele, o "Hiperespaço", sobre multi-versos e espaços com mais dimensões:



Leitura interessante. Mas, naturalmente, bastante especulativa, ainda que apoiada sobre elementos sólidos das potencialidades da física. Digamos que é uma ficção não ficciosa. Ou uma possibilidade fictícia. :)
Considero um tema interessante por ilustrar como nossa física está, talvez, muito à frente de nossas atuais possibilidades de teste. O caso mais patente disso é a teoria M, diversão preferida de muitos físicos teóricos.
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

 

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