Autor Tópico: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira  (Lida 4870 vezes)

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Offline O Grande Capanga

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Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Online: 12 de Agosto de 2010, 11:10:39 »
Está nos vídeos do dia 6 e 11 de agosto.

http://colunas.jg.globo.com/arnaldojabor/

Offline _Juca_

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #1 Online: 12 de Agosto de 2010, 14:19:07 »
E quem define o Jabor? Eu, o novo "ícone" do pensamento de extrema direita no Brasil. Aquele que quer ser Paulo Francis  sem a guerra fria. Posto do qual o Diogo Mainairdi postulou antes de ser humilhado e desmascarado pelo Nassif.

 Ou seja, não quer ser nada.

Offline Barata Tenno

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #2 Online: 12 de Agosto de 2010, 15:33:24 »
Ad hominem mesmo? Voce consegue fazer melhor que isso Juca.
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Offline O Grande Capanga

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #3 Online: 12 de Agosto de 2010, 15:43:26 »
E quem define o Jabor? Eu, o novo "ícone" do pensamento de extrema direita no Brasil. Aquele que quer ser Paulo Francis  sem a guerra fria. Posto do qual o Diogo Mainairdi postulou antes de ser humilhado e desmascarado pelo Nassif.

 Ou seja, não quer ser nada.

Mas que bosta, hein?

E o que o Jabor disse de errado?

Quando não tem argumentos pra refutar o cara, falam merda do sujeito.

E o Juca diz que não é petista e só acha que a diferença entre o PSDB e o PT é que este teve um melhor governo que aquele. Se ele é assim sem ser petista, imagina se fosse.  ::)

Offline O Grande Capanga

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #4 Online: 12 de Agosto de 2010, 15:44:08 »
Ad hominem mesmo? Voce consegue fazer melhor que isso Juca.

Vamos, ele consegue fazer melhor, faça um ad hoc.

Offline _Juca_

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #5 Online: 12 de Agosto de 2010, 15:50:14 »
Ad hominem mesmo? Voce consegue fazer melhor que isso Juca.

Como você ( e todos que acompanham o fórum) já leu todos  os meus argumentos em relação à política externa desse governo , considerei desnecessários os argumentos contra as críticas, mas se você quiser debater estamos aí, o que quer saber?

Offline Dbohr

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #6 Online: 12 de Agosto de 2010, 15:52:56 »
Olha, eu escuto os comentários do Jabor na CBN direto e ele não me parece um maluquete de direita. Ao contrário -- ele renegou o Comunismo, sim, e não esconde isso; mas não foi para o extremo oposto. Me parece muito mais um liberal de esquerda.

Isso se é que rótulos importem tanto assim, claro.

Offline O Grande Capanga

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #7 Online: 12 de Agosto de 2010, 15:59:25 »
Olha, eu escuto os comentários do Jabor na CBN direto e ele não me parece um maluquete de direita. Ao contrário -- ele renegou o Comunismo, sim, e não esconde isso; mas não foi para o extremo oposto. Me parece muito mais um liberal de esquerda.

Isso se é que rótulos importem tanto assim, claro.

Mas toca na ferida dos lulo-petistas. Isso é ser golpista e PIG.

Offline O Grande Capanga

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #8 Online: 12 de Agosto de 2010, 16:01:32 »
Provavelmente, o cara reclamou do Jabor sem ao menos ver os vídeos. Era o esperado mesmo.

Offline Dr. Manhattan

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #9 Online: 12 de Agosto de 2010, 16:02:39 »
Ad hominem mesmo? Voce consegue fazer melhor que isso Juca.

Como você ( e todos que acompanham o fórum) já leu todos  os meus argumentos em relação à política externa desse governo , considerei desnecessários os argumentos contra as críticas, mas se você quiser debater estamos aí, o que quer saber?

Você poderia fornecer os links dos tópicos relevantes?
E francamente, o Jabor disse alguma mentira?
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Alan Watts

Offline _Juca_

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #10 Online: 12 de Agosto de 2010, 16:49:14 »
Antes de responder as justas críticas, uma consideração.

Como eu disse e repito, Arnaldo Jabor reflete a mentalidade da direita no Brasil, legítima eu quero dizer antes de tudo,  e as pessoas podem ser de direita, e fazer críticas de acordo com o que pensam.

Pra mim o grande problema foi que Lula e o PT tomaram o discurso ( e a prática) de centro do PMDB e PSDB no Brasil, sem abandonar o discurso de esquerda e estão empurrando a direita mais para a direita do que a própria direita gostaria. O que está sobrando para o Serra? Praguejar contra Chávez e Morales? E quando chegar a presidência e tiver que lidar com os rapazes? Vai levar um chega pra lá, dessa da turma da esquerda desse países e outros da América do Sul e ficar com o pessoal da direita somente. Os bons e ruins. Lula ao contrário tem bom trânsito com qualquer um, seja o maluco da Colômbia ou o da Venezuela e pode desfrutar do "respeito" de todos e sempre ser chamado para ser o bombeiro, e tirar proveito político desses fatos para o Brasil.

O Caso do Irã é sintomático. Eu mesmo fui um dos primeiros a perguntar o que Lula queria com Ahmadinejad. É claro, colocar o bode na sala. Para aqueles que defendem o alinhamento automático do Brasil aos EUA, eu pergunto: qual foi a grande concessão comercial ou diplomática feita por esse país ao nosso ao longo dos últimos 20 anos? Que alinhamento os EUA querem com o Brasil? Porque deveríamos ser super legais com eles, não basta sermos "amigos, negócios a parte"? e porque, mesmo o Brasil e Lula, muitas vezes irem de encontro ao interesses imediatos americanos,  os mesmos tem tanto respeito, já demostrado publicamente, por Bush e agora Obama? Talvez porque o Brasil de hoje defenda seus interesse econômicos e diplomáticos com mais poder e influência e com o jogo que se joga na diplomacia mundial, o do toma-lá-da-cá, do olho-por-olho, do pragmatismo e como eu já disse, do bode na sala.
Foi assim que a Rússia conseguiu que os EUA retirassem os escudos antimísseis da Polônia. ( Nesse caso foram os EUA que colocaram o bode na sala). Logo depois os russos passaram a apoiar os EUA no caso do Irã.

E o Irã, ao aceitar o Brasil como intermediário faz o jogo que a diplomacia brasileira quer e projeta ela um novo patamar, capaz de se envolver num conflito que pode render muitos frutos econômicos e diplomáticos ao Brasil e no contrário, não pode infligir nenhuma perda, seja econômica ou diplomática pois, os interesses num Brasil economicamente forte e que se expande e conforta o mundo e a China com matéria prima como carne, soja, madeira, minério de ferro e agora, principalmente petróleo, são bem maiores.

Os críticos como o Jabor, sabem dessa questão, mas não se importam com ela nem um pouco com todos os fatos e só mostram a cara do lado negro da força, a de se aliar a um governo retrógrado e religioso ( se bem que essa última nunca é usada como crítica).
Faz parte de um país democrático, mas não queira fazer críticas parciais e partidárias e não ser taxado automaticamente de porta-voz da direita reacionária desse país, aliás, um mal porta-voz.

Está bom assim Barata?

Offline Barata Tenno

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #11 Online: 12 de Agosto de 2010, 17:21:38 »
Aeeeeee Juca!!!!!
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Offline Dr. Manhattan

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #12 Online: 12 de Agosto de 2010, 18:08:57 »
Lula ao contrário tem bom trânsito com qualquer um, seja o maluco da Colômbia ou o da Venezuela e pode desfrutar do "respeito" de todos e sempre ser chamado para ser o bombeiro, e tirar proveito político desses fatos para o Brasil.

Que proveito? O acordo com o Paraguai que aumentou o preço da energia para o Brasil? As refinarias tomadas?

O Caso do Irã é sintomático. Eu mesmo fui um dos primeiros a perguntar o que Lula queria com Ahmadinejad. É claro, colocar o bode na sala. Para aqueles que defendem o alinhamento automático do Brasil aos EUA, eu pergunto: qual foi a grande concessão comercial ou diplomática feita por esse país ao nosso ao longo dos últimos 20 anos?

Falsa dicotomia: não ouvi ninguém que criticou o namoro com o Irã defendendo o alinhamento automático com os EUA.
Aliás, a defesa dos direitos humanos e da democracia sempre foi uma das bandeiras dos grupos progressistas. Se havia um grupo
no passado que defendia a Realpolitik nas relações internacionais, esse grupo era a direita.

Além disso, será mesmo verdade que o Brasil anteriormente se alinhava automaticamente aos EUA? Não lembro
do Brasil tomando parte na Guerra do Golfo I (ao contrário da Argentina), nem na guerra do Afeganistão, nem apoiado a
Inglaterra na Guerra das Malvinas. Até durante os governos militares, o Brasil agiu de forma contrária aos interesses americanos,
tentando desenvolver foguetes (desenvolvimento atrapalhado por impedimentos dos americanos de exportação de dispositivos de guiamento)
e energia nuclear (teve que procurar parceria com a Alemanha).

Que alinhamento os EUA querem com o Brasil? Porque deveríamos ser super legais com eles, não basta sermos "amigos, negócios a parte"? e porque, mesmo o Brasil e Lula, muitas vezes irem de encontro ao interesses imediatos americanos,  os mesmos tem tanto respeito, já demostrado publicamente, por Bush e agora Obama?

Bicho, você está se referindo a frases soltas lançadas por Bush e Obama? Você realmente acredita que algo dito de passagem
ou no meio de um discurso diplomático realmente serve para alguma coisa? E novamente: não venha com falsa dicotomia. É possível
criticar a diplomacia brasileira E defender a independência de Washington.

Talvez porque o Brasil de hoje defenda seus interesse econômicos e diplomáticos com mais poder e influência e com o jogo que se joga na diplomacia mundial, o do toma-lá-da-cá, do olho-por-olho, do pragmatismo e como eu já disse, do bode na sala.

Não: talvez porque o Brasil de hoje tenha uma economia mais pujante que no passado, com um mercado consumidor com
maior poder aquisitivo e seja atraente para investidores. Um bom esquerdista saberia colocar motivações econômicas a frente
de qualquer outro motivo :).

Foi assim que a Rússia conseguiu que os EUA retirassem os escudos antimísseis da Polônia. ( Nesse caso foram os EUA que colocaram o bode na sala). Logo depois os russos passaram a apoiar os EUA no caso do Irã.

E o Irã, ao aceitar o Brasil como intermediário faz o jogo que a diplomacia brasileira quer e projeta ela um novo patamar, capaz de se envolver num conflito que pode render muitos frutos econômicos e diplomáticos ao Brasil e no contrário, não pode infligir nenhuma perda, seja econômica ou diplomática pois, os interesses num Brasil economicamente forte e que se expande e conforta o mundo e a China com matéria prima como carne, soja, madeira, minério de ferro e agora, principalmente petróleo, são bem maiores.

Eu já disse em outro tópico: existem maneiras produtivas de se projetar na arena mundial. Ficar ajudando tiranos e fanáticos (e é isso que
o governo Lula tem feito) a ter a chance de construir armas nucleares não é uma delas. Isso independe de coloração ideológica.

Os críticos como o Jabor, sabem dessa questão, mas não se importam com ela nem um pouco com todos os fatos e só mostram a cara do lado negro da força, a de se aliar a um governo retrógrado e religioso ( se bem que essa última nunca é usada como crítica).

??!

Faz parte de um país democrático, mas não queira fazer críticas parciais e partidárias e não ser taxado automaticamente de porta-voz da direita reacionária desse país, aliás, um mal porta-voz.

Vou reescrever esse último trecho, como se fosse de um militar brasileiro no final dos anos 60:

Faz parte de um país democrático, mas não queira fazer críticas parciais e partidárias e não ser taxado automaticamente de porta-voz de
comunistas subversivos desse país, aliás, um mal porta-voz.

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Alan Watts

Offline Geotecton

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #13 Online: 12 de Agosto de 2010, 20:48:18 »
E quem define o Jabor? Eu, o novo "ícone" do pensamento de extrema direita no Brasil. Aquele que quer ser Paulo Francis  sem a guerra fria. Posto do qual o Diogo Mainairdi postulou antes de ser humilhado e desmascarado pelo Nassif.

 Ou seja, não quer ser nada.

O mesmo Nassif que foi escorraçado da Folha e da Bandeirantes por ter feito achaques contra políticos?
« Última modificação: 12 de Agosto de 2010, 23:02:30 por Geotecton »
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Offline Geotecton

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #14 Online: 12 de Agosto de 2010, 22:33:09 »
Caro _Juca_

O que eu faria se voce não postasse?

Morreria de tédio? :biglol:

Vamos lá!

Antes de responder as justas críticas, uma consideração.

Como eu disse e repito, Arnaldo Jabor reflete a mentalidade da direita no Brasil, legítima eu quero dizer antes de tudo,  e as pessoas podem ser de direita, e fazer críticas de acordo com o que pensam.

Ele não reflete a mentalidade da direita*. Não me lembro de alguém de destaque que faça este papel na televisão e no rádio de primeira linha do Brasil.

* Não sei o que voce define como sendo de "direita" no Brasil.


Pra mim o grande problema foi que Lula e o PT tomaram o discurso ( e a prática) de centro do PMDB e PSDB no Brasil, sem abandonar o discurso de esquerda e estão empurrando a direita mais para a direita do que a própria direita gostaria. O que está sobrando para o Serra? Praguejar contra Chávez e Morales?

Perfeito. O PT abandonou o discurso socialista-libertário e assumiu de vez aquilo que sempre foi: um partido pronto para desfrutar das benesses do poder.

E o Serra agora é de direita? Para mim ele sempre foi de centro-esquerda.


E quando chegar a presidência e tiver que lidar com os rapazes? Vai levar um chega pra lá, dessa da turma da esquerda desse países e outros da América do Sul e ficar com o pessoal da direita somente. Os bons e ruins.

Caso ele chegue à presidência basta ele colocar a Venezuela chavista e a Bolívia cocalera nos seus devidos lugares: países menores com quem se deve dialogar e negociar, mas sempre visando prioritariamente os interesses dos brasileiros. (Dos brasileiros e não do governo!)

Ahh. Então ao Serra só sobrará o pessoal da direita? Que bom que com o Lula só existem esquerdistas históricos e genuínos: Sarney, Collor, Barbalho, Dornelles, Temmer, entre outros. Só falta o Malluf.


Lula ao contrário tem bom trânsito com qualquer um, seja o maluco da Colômbia ou o da Venezuela e pode desfrutar do "respeito" de todos e sempre ser chamado para ser o bombeiro, e tirar proveito político desses fatos para o Brasil.

Sei, sei.

Ainda bem que o atual governo brasileiro tirou o melhor proveito dos "malucos" latinos, a saber:

a) Perdemos duas refinarias de mais de U$ 300 milhões de dólares para a Bolívia, por um ato de nacionalização do "cocalero" Morales.

b) O gás boliviano foi reajustado em mais de 150,00% em uma só tacada pelo "cocalero".

c) Os equipamentos e instalações de uma construtora brasileira foram confiscados pelo governo do Equador e somente foram devolvidos com as garantias financeiras dadas pelo BNDES. Com um largo sorriso do presidente Rafael Correa, que mais parece um cantor de música "sertanojo".

d) O Paraguai conseguiu um novo acordo de remuneração da energia elétrica de Itaipú onde irá extorquir 360 milhões de dólares por ano do Brasil. E este ainda teve que ouvir ameaças do presidente do país nanico, o bispo emérito e grileiro Fernando Lugo.

e) Existe a possibilidade do Brasil assumir a parte da divida externa que cabe ao Paraguai pela construção de Itaipú, hoje estimada em 18 bilhões de dólares.

f) Existem várias empresas brasileiras fazendo trabalhos Venezuela e que não estão recebendo. Uma delas, no qual um amigo meu trabalha, é especializada em engenharia de "obras-de-arte" e faz seis meses que não recebe um "puto"! E não pode dispensar um só funcionário venezuelano, por força contratual, sob pena de ser expulsa do país. É "mole"? Não! É o Chavez, o mais famoso presidente golpista do mundo com cara de "leão-de-chácara de puteiro de periferia".


O Caso do Irã é sintomático. Eu mesmo fui um dos primeiros a perguntar o que Lula queria com Ahmadinejad. É claro, colocar o bode na sala. Para aqueles que defendem o alinhamento automático do Brasil aos EUA, eu pergunto: qual foi a grande concessão comercial ou diplomática feita por esse país ao nosso ao longo dos últimos 20 anos?

De fato. Tirando a autorização para a Gerdau comprar siderúrgicas; da Embraer vender aviões comerciais e militares e os esforços para moderar o rigor da Farm Bill em favor de países do chamado Terceiro-Mundo, inclusive o Brasil, eu não me recordo de nenhuma concessão.

Oras. O Brasil não é uma república pequenina em área, população e economia, como Haiti, Honduras ou Marrocos, para que precise de benesses em larga escala no comércio com os EUA, Europa ou Japão.

E qual concessão diplomática voce acha que os EUA deveria ter feito para o Brasil? Deixá-lo entrar no Conselho de Segurança da ONU?

E o que os EUA iriam fazer então com o Japão, a Alemanha e a Índia, países muito mais importantes que o Brasil nos últimos 50 anos da história contemporânea?

 
Que alinhamento os EUA querem com o Brasil? Porque deveríamos ser super legais com eles, não basta sermos "amigos, negócios a parte"? e porque, mesmo o Brasil e Lula, muitas vezes irem de encontro ao interesses imediatos americanos,  os mesmos tem tanto respeito, já demostrado publicamente, por Bush e agora Obama?

Talvez porque o Brasil de hoje defenda seus interesse econômicos e diplomáticos com mais poder e influência e com o jogo que se joga na diplomacia mundial, o do toma-lá-da-cá, do olho-por-olho, do pragmatismo e como eu já disse, do bode na sala.

O alinhamento desejado é aquele em que a única superpotência do planeta possa agir sem que seus interesses nacionais sejam prejudicados.

As frases de Bush e de Obama sobre o presidente e este país apenas faziam parte de um 'misancene' político e diplomático. Achar que existe hoje um "maior respeito" do que houve nos últimos 30 anos é mera ilusão.

O pragmatismo e o "toma-lá-dá-cá" fazem parte da diplomacia brasileira desde 1.964, pelo menos. Desde que os militares assumiram, eles adotaram uma estratégia de independência em relação aos EUA e que resultou, por exemplo, na criação de várias estatais, na celebração do acordo nuclear com a Alemanha em 1.975 e na denúncia do acordo militar com os EUA em 1.977.


Foi assim que a Rússia conseguiu que os EUA retirassem os escudos antimísseis da Polônia. ( Nesse caso foram os EUA que colocaram o bode na sala). Logo depois os russos passaram a apoiar os EUA no caso do Irã.

A administração Bush fez uma "cagada" ao instalar o sistema de mísseis anti-mísseis no "jardim" da Rússia.  Neste caso a Rússia apenas lembrou aos EUA que, apesar de tudo, ela continuava sendo a segunda potência militar mundial, com capacidade suficiente para, digamos, "varrer" os EUA do mapa.

O Brasil não tem força sequer para deter um grupo de ataque baseado em um porta-avões da classe Nimitz. Mesmo que venha a ter o famoso "submarino" nuclear.


E o Irã, ao aceitar o Brasil como intermediário faz o jogo que a diplomacia brasileira quer e projeta ela um novo patamar, capaz de se envolver num conflito que pode render muitos frutos econômicos e diplomáticos ao Brasil e no contrário, não pode infligir nenhuma perda, seja econômica ou diplomática pois, os interesses num Brasil economicamente forte e que se expande e conforta o mundo e a China com matéria prima como carne, soja, madeira, minério de ferro e agora, principalmente petróleo, são bem maiores.

Pode ser verdade. Mas isto pode mudar rapidamente caso o Irã consiga capacidade nuclear e ataque um alvo amigo dos EUA.

E o Brasil não terá capacidade de exportar petróleo, na escala que voce propala, em menos de 15 anos.


Os críticos como o Jabor, sabem dessa questão, mas não se importam com ela nem um pouco com todos os fatos e só mostram a cara do lado negro da força, a de se aliar a um governo retrógrado e religioso ( se bem que essa última nunca é usada como crítica).

Equívoco seu. Eu já ouvi varias vezes o senhor Jabor elogiar o governo Lula, bem como também já o ouvi criticar governos de países teocráticos (Irã), a religião destes países (a muçulmana, no caso em tela) ou que sejam fortemente influenciados por uma ideologia religiosa (os EUA de Bush e a direita cristã).


Faz parte de um país democrático, mas não queira fazer críticas parciais e partidárias e não ser taxado automaticamente de porta-voz da direita reacionária desse país, aliás, um mal porta-voz.

Por falar em porta-voz, isto me fez lembrar daquele infame senhor Martins, o "jornalista" que trabalhava na CBN e virou "puxa-saco" deste governo até que foi chamado para trabalhar lá, só que agora como "puxa-saco oficial".

Uma dúvida. Na sua classificação de "direita reacionária" estão incluídos os que mostram, comentam e protestam contra os erros desta administração?

Se for isto, então eu sou da "direita reacionária"!
« Última modificação: 12 de Agosto de 2010, 23:02:58 por Geotecton »
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Offline _Juca_

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #15 Online: 12 de Agosto de 2010, 23:15:55 »

Citação de: [url=http://][/url]
Que proveito? O acordo com o Paraguai que aumentou o preço da energia para o Brasil? As refinarias tomadas?

Minha conta de energia continua a mesma e  a Bolívia está pagando pelas refinarias.



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Falsa dicotomia: não ouvi ninguém que criticou o namoro com o Irã defendendo o alinhamento automático com os EUA.
Aliás, a defesa dos direitos humanos e da democracia sempre foi uma das bandeiras dos grupos progressistas. Se havia um grupo
no passado que defendia a Realpolitik nas relações internacionais, esse grupo era a direita.

Além disso, será mesmo verdade que o Brasil anteriormente se alinhava automaticamente aos EUA? Não lembro
do Brasil tomando parte na Guerra do Golfo I (ao contrário da Argentina), nem na guerra do Afeganistão, nem apoiado a
Inglaterra na Guerra das Malvinas. Até durante os governos militares, o Brasil agiu de forma contrária aos interesses americanos,
tentando desenvolver foguetes (desenvolvimento atrapalhado por impedimentos dos americanos de exportação de dispositivos de guiamento)
e energia nuclear (teve que procurar parceria com a Alemanha).

O Brasil também não confrontava em busca de seus interesses, se bem que não tinha maiores ambições, porque o Brasil era..., bem era o Brasil da hiperinflação e tudo mais. A partir da estabilidade política e econômica e já no governo FHC o Brasil começou a aspirar um lugarzinho ali no meio do clube de quem decide de fato. E minhas críticas se dão aos comentaristas da "direitona" do Brasil, quanto ao resto eu já disse, o governo Lula ocupou o espaço da direita no centro e não tem sentido falar que seu governo é só de esquerda, ele também governou para grupos à direita do espectro político.


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Bicho, você está se referindo a frases soltas lançadas por Bush e Obama? Você realmente acredita que algo dito de passagem
ou no meio de um discurso diplomático realmente serve para alguma coisa? E novamente: não venha com falsa dicotomia. É possível
criticar a diplomacia brasileira E defender a independência de Washington.

Obama, Bush, Sarkozy, Gordon Braw, Uribe, Chavez, Fidel, Kitchner, Merkel, Felipe Gonzales e que outro mais dirigente você imaginar, em tom elogiosos bem acima do de praxe, feitos a ele e ao Brasil. Também tem a imprensa internacional, como você bem sabe, soube dar os tons da crítica e dos elogios, que você também sabe, elogios que não é qualquer líder mundial que recebeu durante todo esse tempo. A mídia internacional, é muito mais imparcial, que a nossa aqui, em que um apresentador é grosseiro com a candidata do governo e amável com o da oposição.


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Não: talvez porque o Brasil de hoje tenha uma economia mais pujante que no passado, com um mercado consumidor com
maior poder aquisitivo e seja atraente para investidores. Um bom esquerdista saberia colocar motivações econômicas a frente
de qualquer outro motivo :).

Epa não leu meu post, o que eu disse foi:

"...no contrário, não pode infligir nenhuma perda, seja econômica ou diplomática pois, os interesses num Brasil economicamente forte e que se expande e conforta o mundo e a China com matéria prima como carne, soja, madeira, minério de ferro e agora, principalmente petróleo, são bem maiores..."



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Eu já disse em outro tópico: existem maneiras produtivas de se projetar na arena mundial. Ficar ajudando tiranos e fanáticos (e é isso que
o governo Lula tem feito) a ter a chance de construir armas nucleares não é uma delas. Isso independe de coloração ideológica.

Eu concordo com você e governo brasileiro também, se informe. O governo brasileiro conseguiu um acordo que até então era bom para os EUA, que era retirar o Urânio de lá e enriquecer em outro país, justamente para que evitasse que o Irã o enriquecesse lá. Lula e sua diplomácia mais uma vez através do diálogo, conseguem o que muitos não conseguiram e deixam claro que isolar o Irã não vai trazer o Irã para o lado do ocidente, não conseguiram com Fidel, numa ilhota na América Central, porque conseguiriam com um país grande?

Se bem que todo interesse tem seu preço, é só os EUA quererem pagar por eles, mas não sei se lhes interessa. E do ponto de vista deles pode ser legítimo, assim movimentam mais sua industria de guerra, que representam 10% do seu PIB, e tem um lobby muito forte no congresso e no governo. A máquina não pode parar, de repente acabam as guerras do Afeganistão e Iraque, nunca se sabe.

Os críticos como o Jabor, sabem dessa questão, mas não se importam com ela nem um pouco com todos os fatos e só mostram a cara do lado negro da força, a de se aliar a um governo retrógrado e religioso ( se bem que essa última nunca é usada como crítica).

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??!

Não vejo críticas relacionada ao Irã ser uma teocracia. O pessoal fala que são tiranos, bárbaros, mas o verdadeiro problema de lá, que é a religião, que os motiva a serem o que são, esses dados quase nunca são noticiados ou criticados.



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Vou reescrever esse último trecho, como se fosse de um militar brasileiro no final dos anos 60:

Faz parte de um país democrático, mas não queira fazer críticas parciais e partidárias e não ser taxado automaticamente de porta-voz de
comunistas subversivos desse país, aliás, um mal porta-voz.


Negativo. Um militar diria :

Não faz parte de um país democrático, e não queiram os comunistas subversivos nos criticarem, pois seu lugar é na cadeia (em off diriam torturados e mortos).

E Se fosse um ditarura de esquerda, seriam os imperialistas ianques.

Offline _Juca_

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #16 Online: 13 de Agosto de 2010, 00:16:19 »
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Caro _Juca_

O que eu faria se voce não postasse?

Morreria de tédio? :biglol:

Vamos lá!

Estamos aí pra isso, meu estimado colega.


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Ele não reflete a mentalidade da direita*. Não me lembro de alguém de destaque que faça este papel na televisão e no rádio de primeira linha do Brasil.

* Não sei o que voce define como sendo de "direita" no Brasil.

Sim reflete. Críticas desconstrutivas são o que ele sabe fazer melhor ( mas faz mal ). O teatrinho televisivo do Jabor, antes de tudo visa buscar audiência, temos que ter em mente isso. Mas pitada aqui pitada lá, vai soltando o reflexo que você, o Fernando, o Agnóstico, Arcanjo, pensam sobre a esquerda, sobre políticas sociais e sobre os movimentos sociais, é tudo aquilo, exatamente no contexto do pensamento das pessoas que estão mais à direita do pensamento político. Mas pelamordedeus, não é uma crítica pessoal, temos linhas de pensamentos distintas e visões formadas a partir de uma dicotomia capitalismo x socialismo. O socialismo acabou, o capitalismo de tempos em tempos vai a falência, mas temos que construir a partir de onde estamos, e sempre para melhor, para mais justiça no campo e na cidade, distribuição de renda, reforma agrária e habitacional, educação igualitária, respeito aos direitos humanos, entre outras bandeiras, que bem ou ruim, na esquerda sempre foram prioritárias.


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Perfeito. O PT abandonou o discurso socialista-libertário e assumiu de vez aquilo que sempre foi: um partido pronto para desfrutar das benesses do poder.

E o Serra agora é de direita? Para mim ele sempre foi de centro-esquerda.

É você quem diz meu amigo. O PT chegou ao poder, aprendeu a governar, virou para o centro, sem deixar a esquerda, e fez uma aliança com parte da direita, ou não governava.

eu também achava o Serra meio de esquerda, tive até uma certa simpatia por ele, mas depois de que se viu acuado pelas pesquisas eleitorais, tratou de assegurar os votos daqueles que são mais fiéis a ele, os votos da direita, pois com os discursos sobre negativos sobre MST, Bolívia, Farc e PT, para mim é desespero, pois para ganhar a eleição no Brasil, é preciso não só os votos da direita, no caso dele, mas de um espectro muito maior de eleitores, que vão da esquerda até daqueles que como você, achavam que estava mais no centro. Ele está tratando de garantir que a Dilma não leve também os votos de uma parcela da direita que não simpatiza com ele, mas que pensam desse modo.




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Caso ele chegue à presidência basta ele colocar a Venezuela chavista e a Bolívia cocalera nos seus devidos lugares: países menores com quem se deve dialogar e negociar, mas sempre visando prioritariamente os interesses dos brasileiros. (Dos brasileiros e não do governo!)

Rá. Quero só ver o Serra tomando essa postura e perdendo aliados na América do Sul, nem a Colômbia, o país mais alinhado com o pensamento de direita iria querer se aproximar, pois todos os países são menores que o Brasil, mas todos querem ser tratados de igual para igual.

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Ahh. Então ao Serra só sobrará o pessoal da direita? Que bom que com o Lula só existem esquerdistas históricos e genuínos: Sarney, Collor, Barbalho, Dornelles, Temmer, entre outros. Só falta o Malluf.

Ei não disse que o Lula também governa para a direita? O Lula jogou o Serra no colo da direita, pois na esquerda vejo muito poucos que o apóiam.




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Sei, sei.

Ainda bem que o atual governo brasileiro tirou o melhor proveito dos "malucos" latinos, a saber:

a) Perdemos duas refinarias de mais de U$ 300 milhões de dólares para a Bolívia, por um ato de nacionalização do "cocalero" Morales.

b) O gás boliviano foi reajustado em mais de 150,00% em uma só tacada pelo "cocalero".

Claro, você queria que o Brasil invadisse a Bolívia, um país soberano, e mandassem eles calar a boca e enfiar o gás naquele lugar? E as indústrias como ficariam?  Pelo que sei, a Petrobrás praticamente parou seus investimentos lá, a Bolívia está pagando pelas refinarias e o Brasil mudou o foco do gás para explorar em território nacional. E o Brasil continua com bom transito por lá. Coisa que o Serra quando precisar do apoio daquele "paiséco" para qualquer demanda internacional, não poderá contar.

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c) Os equipamentos e instalações de uma construtora brasileira foram confiscados pelo governo do Equador e somente foram devolvidos com as garantias financeiras dadas pelo BNDES. Com um largo sorriso do presidente Rafael Correa, que mais parece um cantor de música "sertanojo".

E as estrada que cortaria o Equador financiada pelo Brasil, uma coisinha lá de 1 bi, e que daria um fôlego para a economia deles, foi adiada indefinidademente.

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d) O Paraguai conseguiu um novo acordo de remuneração da energia elétrica de Itaipú onde irá extorquir 360 milhões de dólares por ano do Brasil. E este ainda teve que ouvir ameaças do presidente do país nanico, o bispo emérito e grileiro Fernando Lugo.

Claro saíram ganhando. Queriam o perdão de uma dívida de 18 bi e levaram 360 mi, mas apenas quando conseguirem vender uma parte da energia no atacado no Brasil. E de fato temos que tratar esse paísecos na base da porrada, suas demandas nunca devems ser ouvidas e não devemos nunca ajudá-los a sair do buraco, esse direito é só nosso. ah vá!!!

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e) Existe a possibilidade do Brasil assumir a parte da divida externa que cabe ao Paraguai pela construção de Itaipú, hoje estimada em 18 bilhões de dólares.

Não existe essa possibilidade, foi rechaçada pelo Lula, pelo Lobão e pelo Amorim.

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f) Existem várias empresas brasileiras fazendo trabalhos Venezuela e que não estão recebendo. Uma delas, no qual um amigo meu trabalha, é especializada em engenharia de "obras-de-arte" e faz seis meses que não recebe um "puto"! E não pode dispensar um só funcionário venezuelano, por força contratual, sob pena de ser expulsa do país. É "mole"? Não! É o Chavez, o mais famoso presidente golpista do mundo com cara de "leão-de-chácara de puteiro de periferia".

Por isso você viu todas elas fugindo daquele país, né? Sinceramente, o pessoal ta lá que nem abelha no mela, o Chavez foi muito generoso como as empreiteras do Brasil, foram concessões e mais concessões, eles estão lá em massa e ninguém até agora falou em sair, arrisco dizer que fora a mídia brasileira, tem muita gente graúda muito satisfeita com a Venezuela.


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De fato. Tirando a autorização para a Gerdau comprar siderúrgicas; da Embraer vender aviões comerciais e militares e os esforços para moderar o rigor da Farm Bill em favor de países do chamado Terceiro-Mundo, inclusive o Brasil, eu não me recordo de nenhuma concessão.

Comprar siderúrgica não é concessão, é a compra de uma indústria que vai continuar empregando por lá, muitas empresas do Brasil compraram americanas e vice-versa. A Embraer vender lá também não é concessão, é negócio, muitos dos aviões da Embraer não são fábricados em escala suficiente por lá. E falando de Embraer, porque os americanos não compraram os super-tucanos em vez de outro similar, mesmo sendo mais baratos e eficientes? Porque vetaram um negócio de mais de 30 desse aviões a serem vendidos na Venezuela, sendo que depois eles compraram de outros fornecedores? Porque não atendem as demanda comerciais de exportação agrícola, que é justamente onde somos os mais competitivos, como no caso da cana-de-açucar, laranja, algodão, soja e carnes e outros? Porque vetam o Brasil no CS da ONU? Porque patrulham nossa costa?
Eu digo porque, porque não interessa a eles. Se não interessa, vamos fazer interessar, pelo bem ou pelo mal.

Mais uma vez não deu pra responder, continua...

Offline Fernando Silva

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #17 Online: 13 de Agosto de 2010, 12:46:05 »
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As atuais políticas diplomáticas brasileiras podem parecer, à primeira vista, apenas o tipo de espetáculo esperado quando soltam os macacos no picadeiro sem amestrador, confiando em que os micos saberão o que fazer.

Mas a coisa é muito pior e mais assustadora.

O festival de cinismo, canalhice, hipocrisia, pouca vergonha e falta de senso de ridículo que são as atuais virtudes do Itamaraty (Mayra-Monã nos proteja dos defeitos) vai além do arremesso de fezes promovido por símios amestrados no mal sob o comando de um símio mal amestrado.

Vemos na política externa o PT em estado puro.
O partido do mensalão pôs em prática na diplomacia brasileira as ideologias que AINDA não teve coragem de implementar aqui.
Tremei, pois as políticas externas de hoje serão as políticas internas do futuro.

Basta ler as declarações dos militantes petistas pela rede para medir a realidade Orwelliana que profetizam, uma realidade na qual se descabelam aos gritos se alguém simplesmente opina contra algum comportamento homossexual, ao mesmo tempo em que aplaudem que o Brasil seja o único amigo do governo do Irã - que, como se sabe, é amigão dos gays.

É esta gente que chama de racista qualquer um que opine contra o sistema de cotas raciais no Brasil (mesmo quando, como no meu caso, o opinante não é branco), mas chama de "diplomacia independente" o apoio tácito ao Sudão, onde os árabes promovem a mais descarada campanha de extermínio por motivações étnicas desde o Holocausto.

Quanto ao Sudão, até as ditaduras mais brutais do planeta se dispõem a condená-lo, uma vez que mesmo para os padrões destes tiranos o governo sudanês no mínimo exagera.
O único amigo, de novo, que os genocidas têm é... o Brasil...

Não nos equiparamos à escória do mundo, a diplomacia petista nos pôs abaixo dela.

Este terceiro-mundismo que o Jabor - muito bem posto - chamou de Confraria dos Fracassados, nem novidade é.

Este discurso vira e mexe volta à tona, requentado do que Nasser, ditador arabista do Egito, chamava de política dos países não alinhados.
Deu no que deu, Nasser se aliou à Síria e à Jordânia para tentar destruir Israel e apanhou que nem gato no saco.

Nehru, da Índia, também fez algum sucesso internacional defendendo o discurso terceiro-mundista, mas pelo menos - ao contrário de uns e outros - era um democrata elegante e educado, o que não mudava o fato de que, enquanto se dedicava àquela papagaiada, boa parte da população indiana passava fome sob os auspícios de uma política econômica predominantemente esquerdista.

O grande Roberto Campos dizia que o Brasil preferia ser o primeiro da gafieira a ser o último do Jockey Club.

Hoje o porteiro da gafieira é capaz de nos proibir a entrada.

E não sabemos se é prá rir ou prá chorar quando lemos a claque petista na Internet macaqueando que agora o Brasil é um país respeitado no mundo...

Acauan Guajajara

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #18 Online: 13 de Agosto de 2010, 12:49:13 »
Jabor de extrema direita, por essa eu não esperava. Talvez de usuários antigos, como o Eriol ou o Ukrainian/Liquid Snake, ou de algum texto da Marilene Felinto.

Offline Fernando Silva

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #19 Online: 13 de Agosto de 2010, 12:51:28 »
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d) O Paraguai conseguiu um novo acordo de remuneração da energia elétrica de Itaipú onde irá extorquir 360 milhões de dólares por ano do Brasil. E este ainda teve que ouvir ameaças do presidente do país nanico, o bispo emérito e grileiro Fernando Lugo.

Claro saíram ganhando. Queriam o perdão de uma dívida de 18 bi e levaram 360 mi, mas apenas quando conseguirem vender uma parte da energia no atacado no Brasil. E de fato temos que tratar esse paísecos na base da porrada, suas demandas nunca devems ser ouvidas e não devemos nunca ajudá-los a sair do buraco, esse direito é só nosso. ah vá!!!
Eles já receberam um enorme presente quando o Brasil construiu Itaipu. Eles não gastaram nem um centavo, mas recebem energia de graça e mais o pagamento pela parte que sobra e o Brasil compra.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #20 Online: 13 de Agosto de 2010, 13:04:11 »
Antes de responder as justas críticas, uma consideração.

Como eu disse e repito, Arnaldo Jabor reflete a mentalidade da direita no Brasil, legítima eu quero dizer antes de tudo,  e as pessoas podem ser de direita, e fazer críticas de acordo com o que pensam.

Pra mim o grande problema foi que Lula e o PT tomaram o discurso ( e a prática) de centro do PMDB e PSDB no Brasil, sem abandonar o discurso de esquerda e estão empurrando a direita mais para a direita do que a própria direita gostaria.

Não sei de onde tirou essa tendência do centro-não-PT em ir para a direita, simplesmente não vejo. Continuam sendo centro, até centro-esquerda, e ainda se dizendo até serem mais esquerda do que o PT (que ainda prefere o rótulo de esquerda, apesar de ter seguido a linha do PSDB à risca).

(Bem, isso, ao menos para termos "internacionais" de direita e esquerda. No Brasil realmente a calibração é bem mais distinta, e o que se entende por "centro" é já uma esquerda quase-moderada. Pode-se ser de "direita" até defendendo/fornecendo internet de banda larga gratuita)

Quem lê essa mensagem sem saber do que de fato está acontecendo, de repente pode pensar que o PSDB agora está defendendo mais ou mesnos as mesmas coisas que o Luciano Bivar ou o João Américo. Mas não, para ser taxado de extrema direita, basta dizer que o PT faz uma má-administração, ou fazer qualquer crítica desse tipo, não precisa ser uma crítica às políticas em si, nem propor políticas realmente mais para a direita.

Offline calvino

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #21 Online: 13 de Agosto de 2010, 13:16:44 »
Claro, você queria que o Brasil invadisse a Bolívia, um país soberano, e mandassem eles calar a boca e enfiar o gás naquele lugar? E as indústrias como ficariam?  Pelo que sei, a Petrobrás praticamente parou seus investimentos lá, a Bolívia está pagando pelas refinarias e o Brasil mudou o foco do gás para explorar em território nacional. E o Brasil continua com bom transito por lá. Coisa que o Serra quando precisar do apoio daquele "paiséco" para qualquer demanda internacional, não poderá contar.

Juca, me chamou a atenção o fato de você dizer que a Bolívia está pagando pelas refinarias ao Brasil. Não me lembrava de ver isto em nenhum meio de comunicação e fui pesquisar um pouco.

Veja o que a Folha diz:
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A Bolívia ofereceu cerca de US$ 60 milhões à Petrobras pelas duas refinarias nacionalizadas no ano passado. No entanto, a estatal brasileira respondeu à oferta exigindo uma cifra que chega a quase US$ 200 milhões, disse nesta quinta-feira o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera.

As duas instalações, uma em Cochabamba, no centro do país, e a outra em Santa Cruz, no leste, foram compradas da Bolívia, em uma licitação, por US$ 104 milhões pela Petrobras em 1999.

Fonte: http://migre.me/14wLT


Ou seja, a Petrobrás comprou por licitação em 1999 por 109 mi, realizaram investimentos monstros e queriam comprar por 60 mi.


Bom, a própria Petro em seu site com a história dos rolos com a Bolívia:

http://www2.petrobras.com.br/bolivia/portugues/petrobras-presenca.asp

Vou passar um resumo da história. A Petrobrás instalou-se lá em 1996 (FHC), fez muitos investimentos, chegou a produzir 24% do PIB do país, foi feito o gaseoduto brasil-bolívia, vários acordos bons, etc, etc. Até que ela foi escurraçada do país em 2006 (Lula).

E agora, o presidente quer investir lá novamente R$ 750 milhões!

Fonte: http://migre.me/14wPD

Convenhamos, nessa nosso amigo barbudo foi fail total...

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Offline Dbohr

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #22 Online: 13 de Agosto de 2010, 13:50:33 »
Notícia boa: a EBX do Eike Batista encontrou meia Bolívia em reservas de gás natural no Brasil. Tudo dando certo, podemos nos livrar desses caras em menos de uma década.

Notícia péssima: as novas reservas ficam no Maranhão, aquele simpático estado feudo independente.

:roll:

Offline _Juca_

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Re: Jabor resume o que é a diplomacia brasileira
« Resposta #23 Online: 13 de Agosto de 2010, 14:04:03 »
Jabor de extrema direita, por essa eu não esperava. Talvez de usuários antigos, como o Eriol ou o Ukrainian/Liquid Snake, ou de algum texto da Marilene Felinto.

Ninguém disse extrema direita. Tá doido? Eu disse direita, não distorce.


 

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