Na pressão atmosférica, as proteínas são extremamente sensíveis à temperatura, a 42 °C já começam a se deteriorar. Mas não faço ideia de como uma proteína se comporta sob 200 atm...
Já cheguei a pensar sobre isso antes.
Se a água, a uma maior pressão atmosférica, precisa de mais calor para evaporar, então penso que talvez as proteínas ou qualquer outro composto, sob maior pressão atmosférica, precise de mais calor para se deteriorar, pois a maior pressão do ar comprime mais as moléculas, mantendo-as estáveis mesmo sob temperaturas mais altas.
Ou seja, se eu estiver certo sobre isso, então isso quer dizer que mundos de maior pressão atmosférica poderiam muito bem suportar vida sob altas temperaturas, fora a água que se manteria líquida mesmo acima de 100°C. Já em mundos de baixa pressão atmosférica, a proteína se deterioraria sob temperatura ainda mais baixa, pois suas moléculas estariam sendo menos comprimidas.
Isso talvez explique porque há seres que vivem muito bem em ambientes de alta pressão e muito quentes, como as fossas hidrotermais. Foi com base nisso que montei este raciocínio. A pressão e temperatura nas fossas é muito alta, e ainda assim há seres complexos (ainda que simples).
Quanto aos compostos tóxicos... estes são para as nossas formas de vida. Há até seres em nosso mundo que usam substâncias tóxicas como alimento ou para respiração. Um caso é o uso de arsênio. Ou seja, extraterrestres poderiam basear seu metabolismo em substâncias letais a nós, sem problema algum. Isso poderia se aplicar, por exemplo, em Titã, se houver mesmo vida na superfície.