Acho que acima de dogmatismo e ceticismo, deve-se ensinar a criança a desconfiar e criticar, acima de tudo, de toda filosofia. Ou então ela ficará bobinha como a maioria dos coleguinhas. Só depois é que, a partir destes dois pode-se sim seguir pelo caminho do ceticismo, como vocês defendem. Primeiro deve-se saber ter a noção de desconfiar e criticar, depois sim escolher o ceticismo ou uma filosofia reducionista.
No meu caso, ainda quando criança, já tinha certas noções. Quer dizer, já criticava de certas coisas, de certos comportamentos e já tinha noção do que era certo e errado. Ainda acreditava em certas coisas, em certos conceitos dos quais já não mais acredito, pois agora que amadureci, me baseio na reflexão. Porém antes já tinha um pouco disso, esta tendência. E isso se tornou mais forte desde alguns anos atrás para cá.
Acho que só não caí no ceticismo por escolha pessoal, por causa das minhas convicções, porém não por falta de desconfiança ou crítica, pois isso já tinha desde que me entendo como gente. Ceticismo ou dogmatismo é escolha pessoal, mas crítica e desconfiança é algo que todos deveriam ter.