Vou dar o meu pitaco de mãe e não de cientista, que infelizmente não sou:
Também tenho uma filha de 7 anos e vez ou outra ela vem com esse tipo de fantasia, e eu considero fantasia e acredito na ... fantasia dela, muitas vezes não expliquei que era balela, porque justamente as crianças tem essa fase, e aos poucos vão deixando para lá, sem se tornarem supersticiosos. Exemplo: se ela diz que quer fazer um pedido para uma estrela cadente, ou na hora de cortar o bolo, eu deixo, eu não fico desmistificando. Ela mesmo vai ver que as coisas possíveis acontecem (crescer, aprender a ler, ganhar uma Barbie) e as impossíveis não vao rolar (virar loira natural
virar bebê de novo) e a fantasia vai cessar, só que acho cedo para que tudo acabe por obra da mamãe cética.
Eu nunca falei de papai noel, nunca, e aos 3, 4 anos ela acreditava, ou melhor, ela gostava desse lance de ganhar o brinquedo mais caro numa data, nunca teve parente vestido de papai noel, e nem monto árvore na minha casa, e um belo dia ela disse "mamãe, sem essa de papai noel, ele não existe, pode dar meu brinquedo logo, e a fada do dente eu sei que é você que põe o dinheiro debaixo do travesseiro".
Eu nunca coloquei por livre e espontânea vontade nada escondido, ela que pediu, e eu entrei na brincadeira, é uma fase, e achei até legal que ela se tocasse do que é real e o que é imaginário sem que fosse eu desde o começo doutrinando a cabeça dela.
Uma coisa que nunca existiu foi religião. E ela ganhou um presente (sem nome do amiguinho) insólito: a bíblia infantil. Ela jogou longe, dizendo que era um abuso receber esse presente. E olha que ela se diverte até com um coador de café. Vou ser sincera, aquilo que estou plantando está dando frutos, ainda é cedo... mas tem funcionado.
Sem culpa, ok? Sua filha não vai lembrar deste episódio por longo tempo, ela quer mais é o papai voltando pra casa cheio de carinho.