Acho que essa visão de que aprendizado acadêmico venha de repetição para mim e uma ilusão derivada da forma como avaliamos o aprendizado. Avalia-se se o aluno decorou, portanto pensa-se isso erroneamento. Claro que minha visão depende do que eu considero como aprendizado, mas não da para medir o que eu considero como aprendizado (não de forma pratica). Mais tarde farei um tópico explicando detalhadamente meu posicionamento sobre isso.
O fato, que muita gente parece esquecer, é que a base do nosso aprendizado depende sim de memorização: tabuada, alfabeto, anatomia,
tabelas de integração, partituras etc. Isso porque para que possamos ter um conhecimento mais aprofundado de um assunto, temos que
ter um ponto de partida - as peças fundamentais do quebra-cabeça. Infelizmente, não há como evitar a memorização.
Agnóstico: nos cursos de pós-graduação dos EUA, os estrangeiros já são mais da metade dos alunos, e boa parte destes são orientais.
Muitos dos prêmios Nobel de americanos foram concedidos a imigrantes ou filhos de imigrantes. Vá também a um concerto de música
erudita em qualquer departamento de música americano que você verá a quantidade de olhos puxados. Existe até uma universidade
(não sei de Stanford, Berkeley ou UCLA) que é famosa pelo imenso número de alunos chineses ou descendentes de chineses.
Como eu disse, valoriza-se a memorização, mas até que ponto esta é realmente importante. Será que aquele aluno que decorou a pergunta e a resposta de uma questão de uma prova sabe mais que aquele que tentou deseperadamente respondê-la, mas mesmo assim não obteve êxito. E ainda, os professores que temos realmente sabem discernir o que é uma peça fundamental do quebra-cabeça do que não é?
E uma prova clara que a simples memorização não funciona são as matérias que tem um conteúdo reduzidíssimo mas mesmo assim as pessoas ainda se dão mal, a exemplo da disciplina de cálculo.
Para mim, o método mais adequado para se avaliar o aprendizado é este: uma pessoa é responsável pela elaboração da prova (não a mesma que lecionou a matéria) e outra é responsável por corrigi-la (novamente excluindo o professor dos alunos). Sempre encontrei resultados interessantes nesses casos.
De qualquer forma o estudo e esforço são importantes, e isso não há como negar.