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Causa da morte: envenenamento por testoterona. Merece um prêmio Darwin, esse aí...
O interessante nestes casos é observar a valoração do que é ou não crime para pessoas de classe social média +.
No caso dele, furou uma barreira policial quase atropelando os militares, foi perseguido por 8km, atropelou 3 pessoas (2 continuam em estado grave) e então foi morto. Neste caso, as pessoas dizem "tadinho, ele não era bandido... não merecia isso.". Então, nosso Código Penal sozinho prevê uns 200 crimes diferentes, sem contar as demais legislações complementares com crimes típicos de trânsito, eleitoral, empresarial, agrário, etc.
Mas curiosamente, bandido é quem rouba, furta, estupra e trafica. Crimes em que temos o sujeito ativo geralmente de classe econômica baixa. É bem pitoresco como as pessoas têm um código penal mental em que criminalizam somente que não é igual a eles ou aqueles que não são seus familiares/amigos/conhecidos.
Não sei se é tanto uma coisa de classe, mas do tipo do ato mesmo. É visto mais como produto de irresponsabilidade/impulsividade, com o "amenizante"* do álcool, do que de "más intenções". É mais fácil (ainda que talvez mais especificamente para a classe média e não muito pobres em geral) se imaginar ou imaginar algum conhecido cometendo uma burrada/barbaridade dessas, e daí ter alguma empatia, do que se imaginar ou imaginar algum conhecido saindo por aí para assaltar ou seqüestrar.
Se for de classe média para cima, e cometer os crimes de "más intenções" (esses que listou como "tipicamente de pobres"), aí é capaz de verem como "mais bandido" ainda, por haver menos "desculpa" de classe social. Ao menos essa é a impressão que tenho (um exemplo poderia ser o caso da Suzane Richtoven). Exceção seria talvez "estupro em encontro" (onde as pessoas, especialmente as próximas, vão tender a interpretar/achar razoável supor como não tendo sido efetivamente estupro, mas acusações falsas), mas também volta a ser "normal" se forem estupros do tipo "maníaco do parque".
* legalmente talvez seja até agravante, não sei; "amenizante" no sentido de que as pessoas fazem besteiras que não fariam quando sóbrias, daí geralmente dá-se um desconto, ao menos quando isso não é recorrente.