Pois o comércio de Curitiba é mais honesto, em minha opinião. É melhor barrar logo pagamento em cheque (que, convenhamos, tende a desaparecer face a modos mais eficientes de pagamento) do que submeter-se a riscos ou pior ainda, tratar clientes como potenciais ladrões ou caloteiros.
Tinha uma padaria na esquina da minha casa em que eu ia todos os dias, duas ou três vezes por dia às vezes. Como também era um mini-mercado com preços razoáveis eu estava sempre lá. Pois bem, um dia eu vi que eles tinham construído escaninhos de guarda-volumes na entrada, o que achei bom. Mas fui parado por uma funcionária que pediu que eu deixasse minha mochila lá dentro. Fiquei ofendido, mas disse educadamente que comprava lá havia dois anos e não via motivo para tal tratamento. Quando ela insistiu que era a orientação da gerência para evitar furtos, eu disse que não comprava em lugar nenhum que me tratasse como bandido. E nunca mais voltei naquele buraco.