O nível de dificuldade do português é praticamente o mesmo do francês e espanhol, citando apenas as outras línguas latinas que conheço um pouco. No francês há um pouco mais dificuldade quanto à compreensão fonética, porque várias palavras podem variar na escrita, mas não possuem variação na pronúncia, dependendo assim muito do contexto para serem entendidas, quando faladas. O inglês possui maior praticidade, desde que o pronome quase sempre seja mencionado, ou seja, no inglês não podemos dizer: speak, speak, speak, speak, speak, speak. Vários termos acessórios são necessários para dar algum sentido ao verbo. O português, por ter se originado diretamente do latim, possui a marcante característica de flexionar quase tudo, mas nem chega aos pés do latim original, onde há muitíssimas flexões e estas são tão completas(e complexas) que muitas frases podem ser escritas sem qualquer pronome, preposição ou artigo, mantendo o significado, idéia de localização, tempo, número e modo, absolutamente claros. Por questão pessoal, prefiro a complexidade na flexão gramática ao reducionismo lingüístico feito às custas de um monte de termos obrigatórios gramaticalmente. Dessa forma prefiro dizer: "esperemos que consigais!" do que "let's have hope that you all can get it!".