Por mais que o foco na realidade material nos tenha levado a um progresso dentro deste contexto, isso ainda não é suficiente para justificar que a realidade material é a realidade em si. É como se estivéssemos progredindo dentro de todo um contexto ilusório, por mais que nos pareça real ou sólido. Mas na verdade só estaríamos dando voltas em círculo, enquanto não exploramos outros contextos. A questão é... e se na verdade a matéria que percebemos é uma ilusão? E se na verdade tudo que vivenciamos não se passam de ilusões em níveis diferenciados?
É por isso que não digo que a matéria é essencialmente matéria, mas sim outra coisa. Se apegar em negações ou afirmações nos leva ao erro. O crente e o (pseudo)cético que pensam que estão certos, em suas negações ou afirmações podem se chocar a uma realidade contrária. Por isso prefiro me manter na posição de agnóstico. No meu caso seria um agnóstico inclinado ao espiritualismo, outros são para o ateísmo. Há diferença entre ser cético e ateu, apesar de haver associação. Ateu nega a existência de Deus. Crente afirma. Já o cético não afirma ou nega, apenas duvida.
Logo não poderia existir cético teísta ou ateísta. Cético só pode ser então agnóstico. Pode haver cético deísta? Isso não posso responder, pois não sei. Mas existem agnósticos inclinados ao ateísmo e deísmo ou teísmo. Se cético só pode ser agnóstico, então ainda que nesta posição, poderia ter uma posição mais favorável ao teísmo, ateísmo ou deísmo. Mas não poderia se considerar plenamente nenhum dos três, no máximo se aproximar a estas convicções. Eu como agnóstico voltado ao deísmo poderia ter ceticismo num certo nível, isso porque não saio acreditando em tudo antes de explorar as probabilidades.
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Leitura opcional:
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A matéria seria resultado de algo que está além da nossa percepção, mas não sabemos o que. Não me refiro a Deus, mas sim a algo que representaria a causa de todos os fenômenos possíveis (tanto em relação a partículas como onda, na própria matéria). Quando falo em matéria, refiro-me a partículas subatômicas também, assim como quarks e outros. Em minha síntese a matéria e consciência teriam algo em comum entre elas, mesmo que aparentemente distintas. Distintas não em composição, mas em função. A consciência teria funções próprias, como a matéria (quem sabe tenha alguns princípios funcionais similares?) e interagiria com ela por ter uma constituição em comum. E defino isso como vibração, esta constituição de ambas.
Consciência e matéria seriam feitas de algo em comum, mas se organizariam de forma diferente. A matéria em si pode se condensar e formar partículas, já a consciência nunca, é sempre imaterial (em relação a não ter massa). A consciência se comportaria somente em forma de onda. E esta onda teria uma interação com a matéria, num nível desconhecido. Mas numa forma que não causaria uma alteração notável num sistema fechado, pois seria somente transição de informação, não adição ou subtração de energia. Matéria e consciência parecem dualistas, mas na verdade teriam uma mesma origem em comum. Um mecanismo, talvez. A consciência teria funções específicas que a manteria organizada, mesmo sendo sempre uma onda.
E este mecanismo primário (chame de Deus se quiser) também seria feito de vibração.
Vibração seria o elemento primordial da existência.