Achei o tópico muito interessante!
Considero que o princípio da eugenia é legítimo apenas quando esta é exercida de forma "positiva", ou seja, incentivando as "melhores pessoas" a terem mais e "melhores" filhos.
Inteligência e saúde física seriam os principais qualificadores...
Há fatores muito discutidos e considerados de alta importância na ciência, como é o caso da boa aparência (beleza física) e simetria bilateral, que são tidos como indicadores de "bons genes" (genes com menores taxas de mutações). Mas... Mutabilidade muito baixa acaba por desfavorecer a escolha de genes mutantes e benéficos ao chamado "fundo de genes", por isso questiono muito determinar que indivíduos menos mutantes sejam mais úteis para a evolução positiva.
Engraçado ver este assunto ser tão marginalizado, tanto pelos crentes (que normalmente se utilizam dos fatos envolvendo eugenia para atacar o ateísmo e a evolução), quanto pelos ateus que a negam, ou a consideram apenas obra de pessoas "maldosas" e pretenciosas. Só falta os ateus falarem algo do tipo: "ateus-eugenistas são falsos ateus".
Apesar de defender a eugenia positiva eu questiono muito quanto à capacidade da humanidade em fazer isso sem radicalismos, injustiças excessivas, imoralidade (ou falta de ética) e etc.
Na verdade estamos em ponto que é difícil decidir se a aceleração da evolução humana deve ser feita por eugenia, ou por engenharia genética (que no momento ainda é muito pobre em recursos, mas é uma possibilidade futura muito clara), ou ambas (já iniciar a eugenia positiva, ao mesmo tempo em que se utiliza dos recursos da engenharia genética, em constante progresso).