Enquete

Se conseguíssemos identificar o autor da facada contra essa pessoa:
Você seria a favor da pena de morte nesses casos se os órgãos da pessoa condenada fossem utilizados para transplante, para salvar outras pes

Sim
4 (21.1%)
Não
15 (78.9%)

Votos Totais: 19

Autor Tópico: Utilitarismo e Pena de Morte  (Lida 6860 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Luiz Juliano

  • Nível 02
  • *
  • Mensagens: 29
Utilitarismo e Pena de Morte
« Online: 01 de Julho de 2011, 23:28:48 »
Bom, se possível, seria interessante se quem respondesse "sim" também enviasse uma mensagem informando se atualmente é a favor da pena de morte. Isso daria uma idéia de quanto a opinião das pessoas pode mudar sobre a pena de morte se ela passasse de algo somente dissuasivo para algo que também gerasse benefícios para outras pessoas.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #1 Online: 01 de Julho de 2011, 23:42:56 »
Condenar alguém à pena de morte porque se pode utilizar partes dele para ajudar pessoas que estão doentes, me parece uma violência quase tão grande quanto a que o autor fez.
« Última modificação: 01 de Julho de 2011, 23:46:20 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Liddell Heart

  • Nível 26
  • *
  • Mensagens: 1.237
  • Sexo: Masculino
  • “É melhor reinar no inferno do que servir no céu”
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #2 Online: 01 de Julho de 2011, 23:44:30 »
Respondi "sim", porque acho que a única pena justa para quem cometeu um homicídio é a pena de morte.
« Última modificação: 01 de Julho de 2011, 23:52:19 por Liddell Heart »
"Onde mora a liberdade, ali está a minha pátria."
Benjamin Franklin

"Posso não concordar com uma só palavra sua, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-la."
Voltaire

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #3 Online: 02 de Julho de 2011, 01:08:15 »
Eu sou a favor da pena de morte nesse caso mesmo sem o "bônus" dos órgãos que você colocou na questão.  :)
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline gilberto

  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.376
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #4 Online: 02 de Julho de 2011, 02:59:11 »
pena de morte é complicada. nao da pra reparar em caso de inocente condenado

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #5 Online: 02 de Julho de 2011, 03:22:58 »
pena de morte é complicada. nao da pra reparar em caso de inocente condenado

Condenados à morte não são imediatamente executados. Eles geralmente ficam no "corredor" por um longo tempo, que é suficiente para que zilhões de recursos sejam postos e julgados. E se conjuntamente a isso a pena capital for reservada apenas para os casos mais graves e de comprovação cabal, o risco de condenar inocentes fica baixíssimo (supondo que o judiciário não seja corrupto ou muito incompetente, claro).

Por via das dúvidas, pode-se sempre adotar a prisão perpétua, embora os custos sejam mais altos e o impacto simbólico na prevenção de crimes seja um pouco menor.



Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline gilberto

  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.376
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #6 Online: 02 de Julho de 2011, 06:01:34 »
Por via das dúvidas, pode-se sempre adotar a prisão perpétua, embora os custos sejam mais altos e o impacto simbólico na prevenção de crimes seja um pouco menor.
Eu tenho algumas idéias de que poderia se criar uma penalidade perpétua, no sentido de prisão fechada por um tempo determinado, e após isso responsabilização e restrição civil perpétua. Por exemplo, se a pessoa cometeu assassinato. Após a prisão a pena deveria continuar com por exemplo, proibição de entrar na cidade, talvez até o estado onde reside a família da vítima. Para quem é criminoso contumaz de organizações e bandos criminosos, após a prisão deveria haver a proibição de frequentar e até se comunicar com essas organizações e demonstrar que tem atividade economica legal.
Coisas desse tipo. Eu não sou a favor de radicalizar demais, apenas de tornar mais efetivamente rigoroso.

Offline uiliníli

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 18.107
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #7 Online: 02 de Julho de 2011, 10:01:05 »
Sou contra o utilitarismo e contra a pena de morte :)

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #8 Online: 02 de Julho de 2011, 10:13:57 »
pena de morte é complicada. nao da pra reparar em caso de inocente condenado

Condenados à morte não são imediatamente executados. Eles geralmente ficam no "corredor" por um longo tempo, que é suficiente para que zilhões de recursos sejam postos e julgados. E se conjuntamente a isso a pena capital for reservada apenas para os casos mais graves e de comprovação cabal, o risco de condenar inocentes fica baixíssimo (supondo que o judiciário não seja corrupto ou muito incompetente, claro).

Por via das dúvidas, pode-se sempre adotar a prisão perpétua, embora os custos sejam mais altos e o impacto simbólico na prevenção de crimes seja um pouco menor.




Se fosse feita uma reforma completa do sistema judiciário, prisional e implementação de ciclo completo para as polícias, eu até toparia aceitar a pena de morte. Mesmo porque esta só seria implementada com uma nova Constituição e, caso viesse a ocorrer, seria porque a atual não serviria mais.

De qualquer forma, pena de morte dentro de um sistema que funciona com harmonia pode ocorrer, mas se o sistema funcionar tão bem, não faria muita diferença a pena de morte, como muitos já demonstram que não, não tendo todo aquele impacto sobre a criminalidade.

Mas uma pena perpétua viria bem a calhar, porque o cara poder ficar só 30 anos é f...
« Última modificação: 02 de Julho de 2011, 10:16:09 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #9 Online: 02 de Julho de 2011, 10:22:58 »
A pergunta é capciosa: dá um exemplo de um ataque brutal e assume que conhecemos a identidade do assassino. Em seguida
pergunta se seríamos a favor da pena de morte. Exceto que a pena de morte, se fosse uma das penas previstas na lei, poderia
ser aplicada em outros casos, onde talvez não houvesse tanta evidência acerca da identidade do criminoso. Portanto: não, não
sou a favor da pena de morte.


Sem falar que a experiência mostra que ela não causa um impacto tão grande assim sobre a criminalidade.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #10 Online: 02 de Julho de 2011, 21:12:49 »
Sou contra o utilitarismo e contra a pena de morte :)

2

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #11 Online: 03 de Julho de 2011, 01:00:22 »
Primeiro eu sou a favor de enquadrar corrupção como crime hediondo. Depois eu pensaria em pena de morte.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline ByteCode

  • Contas Excluídas
  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.369
  • Conta removida por solicitação do usuário
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #12 Online: 03 de Julho de 2011, 08:11:43 »
Nosso sistema judiciário lento, corrupto e cheio de falhas ainda não comporta a decisão de se adotar a pena de morte por aqui. Assim como nosso sistema de saúde não comporta uma decisão como a de legalizar as drogas. Se o judiciário fosse totalmente reformado e funcionasse de forma muito mais eficiente, eu podereia até pensar na possibilidade de ser a favor.

Offline Sr. Alguém

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 5.067
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #13 Online: 03 de Julho de 2011, 18:28:54 »
Sou contra o utilitarismo e contra a pena de morte :)

2
2,5.Sou a favor do utilitarismo e contra a pena de morte.
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_social

Offline Tonto

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 273
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #14 Online: 04 de Julho de 2011, 14:29:57 »
Sou contra o utilitarismo e contra a pena de morte :)

2
2,5.Sou a favor do utilitarismo e contra a pena de morte.
Parece que tudo aqui se resume ao plano téorico, já que em tempos de paz, é vedada constitucionalmente, a pena de morte
"Se quiser realizar seus sonhos primeiro você terá que acordar"

Offline rizk

  • Nível 11
  • *
  • Mensagens: 186
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #15 Online: 04 de Julho de 2011, 15:48:51 »
pena de morte é complicada. nao da pra reparar em caso de inocente condenado

Condenados à morte não são imediatamente executados. Eles geralmente ficam no "corredor" por um longo tempo, que é suficiente para que zilhões de recursos sejam postos e julgados. E se conjuntamente a isso a pena capital for reservada apenas para os casos mais graves e de comprovação cabal, o risco de condenar inocentes fica baixíssimo (supondo que o judiciário não seja corrupto ou muito incompetente, claro).

Por via das dúvidas, pode-se sempre adotar a prisão perpétua, embora os custos sejam mais altos e o impacto simbólico na prevenção de crimes seja um pouco menor.

A possibilidade de interpor recurso não significa que não vai ter erro judicial.
De todo modo: http://www.slate.com/id/83569/ é um artigo que fala sobre os exames de DNA e a possibilidade de condenar inocentes. Termina assim:
Citar
With the recent advent of DNA evidence, however, a new, more clearly compelling case against the death penalty has re-emerged: The risk of executing an innocent person. Previously, death-penalty opponents such as the philosopher Hugo Adam Bedau had compiled lists of innocent people wrongly executed throughout American history, but only with the authority of science did such arguments assume persuasive power. Suddenly, there was again talk that the death penalty might be moribund, untenable in an age when innocence can be incontrovertibly proved.

The problem with this scenario of the collapse of capital punishment in the face of science is that it's just as easy to envision the opposite. If it ever becomes possible to decide conclusively who is innocent and who is guilty, executing the innocent will no longer be a hazard. Then Americans will have to wrestle with the really tough questions. After all, everyone is against killing the innocent. Killing the guilty is much more problematic. On that question, history shows that public and political opinion has been extraordinarily fickle. And fickleness is not a quality one likes to see when contemplating the taking of human life.

Eu entendo que é uma questão de princípios. Ainda que a pessoa seja culpada, não confio em pena de morte.
Se a pena serve para que o condenado se emende e para apaziguar a sociedade, quando se mata um condenado, não se alcança nenhum desses objetivos.

É a pegada da vingança.


-----------

Parece que tudo aqui se resume ao plano téorico, já que em tempos de paz, é vedada constitucionalmente, a pena de morte
Tem uma gurizada meio golpista... a gente não sabe, vai que eles pegam em armas e acabam com tudo!  :lol:

Offline rizk

  • Nível 11
  • *
  • Mensagens: 186
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #16 Online: 04 de Julho de 2011, 15:59:10 »
Aos interessados sobre a questão dos inocentes executados, segue um artigo interessante. Marquei as passagens que me pareceram mais importantes.

Citar
In a curious application of Newtonian physics, public and state support for capital punishment is steadily declining in America just as the resolve to maintain the death penalty seems to harden in the one institution that was, until recently, showing real doubt: the Supreme Court.

The trend is clear. According to the Death Penalty Information Center, which compiles statistics on capital punishment, two states have imposed formal moratoria on the death penalty; executions in New York are on hold after the state's death-penalty law was declared unconstitutional in 2004; 11 other states have effectively barred the practice because of concerns over lethal injection (including, most recently Florida and Tennessee); and 11 more are considering either moratoria or repeals.

The raw numbers of executions and death sentences in the United States have plummeted: Information Center statistics show that in 1999 states executed 98 people, and in 2006 that number dropped to a 10-year low of 53. American judges and juries steadily condemned about 300 prisoners a year to death through the1990s; now that number has declined by over half, hitting a low of 114 this past year. Public support also seems to be faltering. A 2006 Gallup poll showed that two-thirds of Americans still endorse capital punishment for murderers. But when given the choice between the death penalty and a life sentence without parole, for the first time in 20 years, more people preferred the life prison term (48 percent) to capital punishment (47 percent).

Our newfound national queasiness over the death penalty extends from the methods of execution to growing fears that we're executing the wrong guys. The most pressing problem for many states is lethal injection, the preferred method in 39 of the 40 states that permit capital punishment. Last December, then-Gov. Jeb Bush of Florida halted executions statewide following one in which the prisoner took 34 minutes to die and suffered chemical burns in the process. Recent scholarship, including a British medical journal report, indicates that the lethal-injection cocktail that states use may simply mask agonizing pain prior to death. And state courts are also increasingly bothered about the proper role of physicians—often mandated by law to supervise the lethal-injection process—over objections by medical associations and ethics boards.

There are other reasons for our growing doubt about the death penalty. In a 2005 speech, Justice John Paul Stevens pointed to several, including DNA evidence showing "that a substantial number of death sentences have been imposed erroneously," the pressure that elected judges face to impose capital punishment, and the problem of barring jurors who oppose capital punishment from sitting on capital cases, creating juries that may favor execution. For these and other reasons, Americans have begun to worry that the death penalty in this country is not reserved for the so-called worst of the worst, but rather for the poorest of the poor, and those whose trial attorneys later prove to have been asleepest at the switch.

The Innocence Project now claims 194 post-conviction DNA exonerations. A study of wrongful executions, by Hugo Bedau and Michael Radelet, contends that between 1900 and 1991, 416 clearly innocent people were sentenced to death. And studies increasingly show that the death penalty is shockingly and disproportionately meted out based on race in this country. So, pick your reason. One thing is clear, you needn't oppose the death penalty in all circumstances to fear that we're making terrible mistakes.

In recent years the national doubts over the death penalty were mirrored at the Supreme Court. In a 2006 survey of trends in capital cases in the Georgetown Law Journal, Duke University professor Erwin Chemerinsky observed that in the final years of the Rehnquist Court, the justices showed a marked, and surprising, tendency to overturn death sentences. In addition to reversing individual sentences, the justice banned executions of the mentally retarded and those who were juveniles at the time of their crimes, and made it easier for death-row defendants to argue ineffectiveness of counsel. Off the bench, Stevens, Justice Ruth Bader Ginsburg, and then-Justice Sandra Day O'Connor spoke publicly and passionately about flaws in the capital system. Chemerinsky speculated that "a majority of the court was (and continues to be) deeply concerned about how the death penalty is administered in the United States." "The reality of innocent people facing execution has had a profound effect on the Justices," he concluded.

But, partly as a result of the changes wrought by the Bush administration in the composition of the court, there now seems to be a subtle hardening in favor of the death penalty.

When he worked in the Reagan White House, Chief Justice John Roberts wrote a memo suggesting the high court could cut its caseload by "abdicating the role of fourth or fifth guesser in death penalty cases." One decision from last term highlights that worldview. The case involved a man who had been convicted of rape and murder, then later produced DNA evidence raising doubt that he was the culprit. The court, by a 5-3 vote, felt this new evidence warranted a new hearing. But Roberts led the dissenters, who felt it wasn't enough for the new evidence to cast doubt on the defendant's conviction; to grant relief, the evidence had to prove he "was actually innocent" before a hearing at which his evidence could be fully developed. And in argument in one case this term, Roberts questioned the need for a trial judge to specifically guide jurors about how to weigh evidence that defendants introduce to show why they don't deserve the death penalty, in spite of the crime they committed.

The shift from Justice O'Connor to Justice Samuel Alito may also result in a court that is far less worried about the fate of capital defendants. In a 2005 case about the effectiveness of capital counsel, then-Justice O'Connor voted with the court's more liberal members to find, 5-4, that the convicted man's lawyer had provided subpar representation at his trial. The author of the 3rd Circuit decision that reversed was then-Judge Samuel Alito, who would have denied the defendant a new trial.

Also last term, Justice Antonin Scalia wrote a separate opinion in a death-penalty case for the sole purpose of excoriating Justice David Souter—who had written in a dissent in a technical case about the Kansas capital-sentencing scheme—and made mention of exonerated innocents. Justice Scalia's opinion was a full-bore attack on the whole notion of the innocent exonerees "paraded by various professors." He claimed, in effect, that even if those exonerated were not guilty enough to warrant the death penalty, they were still far from "innocent."

In his article, Chemerinsky notes that justices who change course on the death penalty often do so only after many decades on the bench. Justice Harry Blackmun famously decided that he could no longer impose the death penalty only at the end of a long career. That might suggest that the two new justices, Roberts and Alito, may only soften on capital punishment in the distant future. First, perhaps, they must oversee decades of fruitless appeals over inept lawyers and tainted evidence.

Or, like Scalia and Clarence Thomas, they may never change their minds, simply insisting that if the death penalty in this country needs fixing, the legislatures should to do it—and, in fact, that process is already beginning to happen. But as state legislatures grapple with capital punishment, and more Americans admit to their doubts, some members of the court seem paradoxically more certain than ever that the system works perfectly well. They may do that by clinging to the conviction, as does Scalia, that no one innocent has ever been executed, by clinging to Byzantine rules that preclude judicial review, or by holding fast to the notion that death-penalty cases are no different than other cases. That requires blocking out a good deal of reality—a reality the rest of us find increasingly hard to ignore.
http://www.slate.com/id/2159373/pagenum/all/#p2

Offline Osler

  • Nível 25
  • *
  • Mensagens: 1.115
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #17 Online: 04 de Julho de 2011, 16:15:18 »
Concordo com pessoal, a pena de morte não deve ser utilizada pela chance (por mais ínfima que exista) de acontecer algum erro judicial.
Fora isso ela não serve para baixar a criminalidade *, e ainda cria a figura dos "Mad dogs"

* não sei se as pesquisas atuais mostram alguma diferença dessa minha informação
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Tonto

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 273
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #18 Online: 04 de Julho de 2011, 16:20:04 »

Tem uma gurizada meio golpista... a gente não sabe, vai que eles pegam em armas e acabam com tudo! 


Boa esta Rizk, mas uma Assembléia Constituinte seria suficiente
"Se quiser realizar seus sonhos primeiro você terá que acordar"

Offline rizk

  • Nível 11
  • *
  • Mensagens: 186
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #19 Online: 04 de Julho de 2011, 19:52:11 »
Concordo com pessoal, a pena de morte não deve ser utilizada pela chance (por mais ínfima que exista) de acontecer algum erro judicial.
Fora isso ela não serve para baixar a criminalidade *, e ainda cria a figura dos "Mad dogs"

* não sei se as pesquisas atuais mostram alguma diferença dessa minha informação
Mostram. Salvo engano, clicando nos links que coloquei acima tem referência para essas pesquisas. Tem uma do Texas que é bem paradigmática.

Boa esta Rizk, mas uma Assembléia Constituinte seria suficiente
Golpistas do mesmo jeito! :D

Offline Týr

  • Nível 36
  • *
  • Mensagens: 3.126
  • Sexo: Masculino
  • ?
    • »Costa Advocacia«
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #20 Online: 04 de Julho de 2011, 20:02:06 »
Sou a favor da pena de morte, mas contra o utilitarismo, justamente porque creio ser inviável 'matar' alguém de alguma forma não dolorosa e ainda por cima aproveitar órgãos.


Offline Týr

  • Nível 36
  • *
  • Mensagens: 3.126
  • Sexo: Masculino
  • ?
    • »Costa Advocacia«
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #21 Online: 04 de Julho de 2011, 20:05:13 »
Concordo com pessoal, a pena de morte não deve ser utilizada pela chance (por mais ínfima que exista) de acontecer algum erro judicial.
Fora isso ela não serve para baixar a criminalidade *, e ainda cria a figura dos "Mad dogs"

* não sei se as pesquisas atuais mostram alguma diferença dessa minha informação
Mas pena de morte não seria aplicada a qualquer pessoa. Seria mais naqueles casos de réus confessos e reincidentes, aí acharia justo.

Offline DDV

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.724
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #22 Online: 04 de Julho de 2011, 22:18:13 »
Sou contra o utilitarismo e contra a pena de morte :)

2
2,5.Sou a favor do utilitarismo e contra a pena de morte.

Eu sou o oposto: sou radicalmente contra a utilização do pensamento utilitarista no trato com seres humanos.

Na questão do tópico, sou a favor da pena de morte para o assassino apens pelo que ele fez, independente dos órgãos serem ou não doados. Eu sou radicalmente contra que a possibilidade de doar os órgãos influencie de alguma forma na condenação à morte*. Seria algo hediondo.

*Ex: Uma pessoa que de outro modo não seria condenada à morte recebe essa pena para que seus órgãos sejam aproveitados.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Tonto

  • Nível 13
  • *
  • Mensagens: 273
  • Sexo: Masculino
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #23 Online: 05 de Julho de 2011, 11:55:25 »
Alguém aqui assitiu o filme "Em Último Recurso", que trata do tema compra de órgãos?
"Se quiser realizar seus sonhos primeiro você terá que acordar"

Offline Luiz Fabris

  • Nível 11
  • *
  • Mensagens: 159
Re: Utilitarismo e Pena de Morte
« Resposta #24 Online: 27 de Julho de 2011, 19:48:13 »
- Pena de morte é uma excrescência. A menor possibilidade de se cometer uma injustiça já a torna inviável. Mesmo no país do Milk, Honey and Bubblegum, tido por muitos aqui uma sociedade perfeita, houve diversos casos de erros judiciários notórios. Um deles é o dos anarquistas Sacco e Vanzetti
http://en.wikipedia.org/wiki/Sacco_and_Vanzetti

- Recentemente, o estado de Illinois acabou com a aplicação da pena, depois de ter declarado uma moratória há 10 anos, porque havia indícios de que as pessoas condenadas são justamente aquelas que não têm acesso amplo à justiça.

- Pena de morte não reduz a criminalidade
http://en.wikipedia.org/wiki/Capital_punishment#The_deterrence_issue
A diferença entre a inteligência e a ignorância é que a inteligência tem limite

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!