Durante uma conversa, o Rei Milinda (um rei grego) perguntou a Nagasena:
“Que é sansara?”
“É muito simples: aqui nascemos e morremos. Depois nascemos de novo e, de novo, morremos. Isto é sansara.” Respondeu Nagasena.
“Poderias me explicar com mais clareza pediu o rei.”
“É como o caroço de uma manga que plantamos para comer o fruto. Quando a árvore cresce e dá frutos, as pessoas os comem para de novo plantar os caroços. E dos caroços nasce uma nova mangueira, que vai dar novos frutos. Desse modo a mangueira não tem fim. Da mesma forma, nascemos aqui e morremos ali. Sansara é a roda dos nascimento que é movida pelo carma.”
“O que renasce no outro mundo?” perguntou o rei.
“Depois da morte nascem o nome, o espírito, o corpo,” disse Nagasena.
“É o mesmo nome, o mesmo espírito e o mesmo corpo que nascem depois da morte? “, perguntou o rei.
“Não é o mesmo espírito e o mesmo corpo que nascem depois da morte. Este corpo e espírito criam a ação. Pela ação ou carma, nascem outro corpo”, concluiu Nagasena.
“Ainda não compreendo. Poderias usar uma imagem para que eu possa visualizar?”, perguntou o rei.
Nagasena levou o rei até um penhasco de onde se avistava o mar.
“Veja o mar. Uma onda nasce lá na arrebentação, cresce e vem morrer na beira da praia. Ela deixou de ser onda, mas nunca vai deixar de ser mar.”
http://historiaezen.blogspot.com/2009/09/o-que-e-sansara.htmlClaro, numa interpretação bem pessoal, sofrimento seria como samsara ou ciclo de mortes e renascimentos mas aqui especificamente para nossas experiências, porque talvez nos apeguemos mais a momentos mais intensamente agradáveis que insistimos que durem em vez de deixá-los, uma vez que são suscetíveis de duração e metamorfoseáveis, transformarem-se ou evoluirem.
A evolução é o "bonde da história", onde todos embarcamos e oque temos é o testemunho de seus ciclos inexoráveis. Carpe diem.