Bom, não tive paciencia de ver ainda o vídeo do Robert Lustig no youtube
O que já é mais ou menos consensual na Medicina Interna
1- Dietas ricas em carbohidratos e gordura saturadas aumentam a incidência de doenças cardiovasculares
2- Isso não se dá isoladamente por serem hipercalóricas mas por favorecerem a Resistência Insulínica (excesso de carbohidratos) e a Dislipidemia (gorduras saturadas)
3- A dieta da maior parte da população ocidental é ruim, melhor seria se tivéssemos uma "dieta mediterrânea" - saladas, grelhados, azeite extravirgem em pequenas quantidades - e isso já foi corroborado por estudos populacionais.
4- A Obesidade alastra-se estatisticamente em todo o mundo ocidental, já aparecendo com crescimento importante inclusive na infância - o Lustig trabalha nessa área
5- A maioria dos pediatras que tenho relação profissional já indicão restrição de açucar e sal na primeiro infância *1 para prevenção da obesidade infantil e da hieprtensão
6- Existe uma tendência na literatura mais recente de classificar obesidade como Adição *2 , existe mesmo a proposta de se "estudar no capítulo"*3 de outras adições como drogas, cigarro, alcool
7- A Resistência Insulínica é uma das bases da Síndrome Plurimetabólica - aqui tem umlink do Dráuzio Varela sobre o tema
http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/sindrome-metabolica/ - é um dos campos de maior estudo e investimento atual
O que NÃO é concensual
1- Tipos específicos como a frutose fazerem "mais mau" que outros, nunca li nada a respeito
2- Não existe uma recomendação padrão sobre a quantidade de açucar como foi dito na reportagem, apesar de o uso ser (na média) seguraente muito maior que o desejável
*1 evidência anedótica: Minha filha de oito meses não pode receber aditivo de sal ou açucar na dieta de sopa e papinhas. )
*2 Odeio esse terminologia, que nada mais é do que um anglicismo de Adiction, mas não é mais "certo" falar em vício e viciados, somente em adição, adictos e dependência química
*3 Não sei se consegui transmitir essa gíria médica, literalmente os grandes livros textos de Medicina Interna dividem as doenças em grupos por seus capítulos.