Afe assunto quente!!!

Quando eu li sobre a criança "Storm" fiquei meio apavorada. Os seres humanos somos sexualizados, isso não é errado, não é feio...
FINGIR que a criança não tem gênero a não "imuniza" contra as diferenças. Pelo contrário.
Houve tópico outro dia sobre os
filhos de ateus que viram religiosos. Parece-me que é a mesma lógica. Se os pais não ensinam, a criança vai aprender com OUTREM. E provavelmente vai aprender algo que os pais desaprovam.
Parece-me possível, se é pra ser BEM MODERNOSO, ensinar pras crianças que a diferença entre meninos e meninas é que uns tem pênis e outras têm vagina. As pessoas mais velhas costumam acreditar que outras diferenças existem, mas isso é bobagem, aqui fazemos diferente.
O mais próximo que chego disso, seria não colocar brinquinhos em um bebê menina logo que isso é possível e esse tipo de coisa. Bem como talvez ter estórias infantis com uma distribuição mais homogênea de personagens homens e mulheres, sem tanto disso de donzela em perigo salva pelo príncipe, embora não conheça ou não me lembre de nada que se enquadre. E toda a coisa de brinquedos que já falei.
Entendo que é possível ir além disso.
Parece-me importante que irmãos e irmãs
dividam o quarto.
Que haja divisão igual das
tarefas domésticas (e.g. irmão lava a louça, irmã guarda).
Que a irmã não seja constrangida a pentear o cabelo e tomar banho, quando o irmão não é... e que os pais coloquem
menos batata frita no prato da irmã!!! (Vi isso outro dia no shopping, queria morrer)
Principalmente os meninos porque parece que a suposta "neutralidade" é enviesada para coisas mais tipicamente "de menina". Coisas "de menino", competitivas, são mais coibidas e consideradas cada vez mais como danosas à auto-estima das crianças. Há casos de escola onde se proibe o "pega-pega" (tag) com contato (em vez de tocar, as crianças são "pegas" só com a proximidade), ou completamente substituídas pelo "jogo" "círculo de amigos" onde as crianças sentam numa roda e falam de suas emoções. Se um time de futebol ganhar de goleada, cinco gols de diferença, perde. Parece que houve um caso onde o treinador de um time de futebol feminino cujo time ganhou de 100 a 0 do time de outra escola teve que pedir desculpas e foi demitido. Espero que tenha encontrado emprego em algum time de não-malucos.
Isso é uma tendência mesmo nas escolas que têm divisão de gênero. Não acho que esteja relacionado.
Mas é um saco isso de "Dilma será melhor presidente porque mulheres governam com mais amor", "temos que preservar a mãe natureza".
Sabe, mulher TAMBÉM é competitiva, agressiva e violenta.
É o cúmulo da MARIQUIZAÇÃO das crianças. Estamos criando agora não só as meninas, mas também os meninos como incapazes de cuidar dos próprios assuntos.
Depois chegam aos 30 e não saem de casa e ninguém sabe o motivo.

A caneta vermelha acho que também é uma coisa diferente, que não está relacionada a questões de gênero. Pelo que me ensinaram, tem a ver com a antiga pedagogia de chamar aluno de burro. Não me parece que a cor da caneta tenha esse poder... mas acho importante marcar a diferença entre nós e os velhos e, quando dava aula, corrigia com caneta verde.