Autor Tópico: Os movimentos sociais e os direitos humanos  (Lida 5949 vezes)

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Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Online: 22 de Agosto de 2011, 00:18:36 »
Não sei se adequava mais à seção sobre história e sociedade

esse texto é bem legal para acabar com algumas falsas impressões à respeito a movimentos de defesas de "minorias"

http://arthur.bio.br/2011/08/19/direitos-humanos/os-movimentos-sociais-feminista-negro-e-gay-nao-defendem-direitos-humanos

Os movimentos sociais feminista, negro e gay não defendem Direitos Humanos

Eu sou um convicto defensor dos Direitos Humanos há mais de 25 anos. A declaração de princípios contida na introdução da Declaração Universal dos Direitos Humanos e seus artigos I e XXX são o norte de minha visão e de minhas ações políticas e sociais. Portanto, é com pesar e consternação que verifico a corrupção dos ideais e a perversão dos métodos dos movimentos feminista, negro e gay e anuncio meu total rompimento com estes movimentos devido ao caráter discriminatório e autoritário de suas reivindicações e de suas atuações neste início de século XXI.

Continuarei lutando pelos direitos das mulheres tanto quanto dos homens, dos negros tanto quanto dos brancos, pardos, amarelos e vermelhos, e dos homossexuais tanto quanto dos heterossexuais, bissexuais e de qualquer outra orientação sexual lícita, sempre com a mesma convicção e com o mesmo empenho dos últimos 25 anos, mas denuncio aqui a total corrupção dos objetivos e a perversão dos métodos dos movimentos sociais organizados que dizem representar mulheres, negros e gays. Nenhum deles luta por igualdade. Nenhum deles tem por norte a dignidade de todos os seres humanos.

A luta destes movimentos hoje é por hegemonia política, comprometida com o ideário ideológico das facções mais autoritárias da esquerda e não com os Direitos Humanos e com a dignidade humana, que é de fato negada em tese por todas as suas reivindicações e negada de fato a cada uma de suas conquistas.

Em nome dos Direitos Humanos universais, inerentes e inalienáveis, iguais para todos os membros da família humana, esta denúncia se faz necessária e urgente. Portanto, peço a todos que analisem as minhas palavras com espírito crítico e com ponderação, como requer um assunto de tamanha gravidade.
A luta por igualdade

Não existe a menor dúvida que mulheres, negros e homossexuais foram terrivelmente discriminados pelas leis no passado: as mulheres foram legalmente impedidas de votar, os negros foram legalmente escravizados, os homossexuais foram legalmente impedidos de casar.

Perante tais discriminações absurdas, movimentos sociais diversos lutaram por igualdade de direitos: os sufragistas conquistaram o direito ao voto para as mulheres, os abolicionistas conquistaram o direito à liberdade para os negros e recentemente os argentinos conquistaram o direito ao reconhecimento legal das uniões homoafetivas para os homossexuais, graças ao “Efeito Orloff”.

Do ponto de vista legal, portanto, não há mais qualquer direito que os homens tenham e que as mulheres não tenham, não há mais qualquer direito que os brancos tenham e que os negros não tenham, e não há mais qualquer direito que os heterossexuais tenham e que os homossexuais não tenham.

Mas os movimentos sociais organizados não ficaram satisfeitos com a igualdade legal. Disseram querer também igualdade de fato. E, ironicamente, a partir deste momento a luta por igualdade degenerou completamente em um projeto autoritário de poder caracterizado pelo sectarismo e pelo revanchismo.
A luta por privilégios

Ao invés de trabalhar as verdadeiras causas das desigualdades entre homens e mulheres, entre brancos e negros, entre heterossexuais e homossexuais, os movimentos sociais organizados que dizem representar estes públicos resolveram exigir resultados imediatos e começaram a exigir privilégios para seus grupos, alegando que estes privilégios seriam justos porque viriam corrigir “dívidas históricas”.

Para travestir tais privilégios de direitos, os movimentos sociais feminista, negro e gay apropriaram-se da máxima que diz que “igualdade é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades”, e cometeram três gravíssimas impropriedades, para dizer o mínimo:

Primeiro, em pleno acordo com a psicologia de massas do fascismo, escolheram um inimigo conveniente para ser odiado e introduziram componentes racistas e sexistas no balizamento das desigualdades, generalizando de modo simplista, indevido e injusto que os indivíduos que pertencem a pelo menos uma das “minorias historicamente oprimidas” (mulheres, negros e gays) precisam de garantias legais especiais e que os indivíduos que pertencem a “maioria historicamente opressora” (homens brancos heterossexuais) não precisam dos mesmos direitos e garantias.

Segundo, “esqueceram” da parte da máxima que limita a desigualdade de tratamento “à medida das desigualdades”, abrindo assim caminho para o revanchismo intolerante e abusivo.

Terceiro, trataram de “envenenar o pote”, ridicularizando toda e qualquer argumentação divergente do dogma do “opressor histórico” e intimidando qualquer um que ouse questionar a verdade estabelecida pelos movimentos sociais, para eles a única fonte legítima de informação e o único caminho legítimo de mudança social. Qualquer um que discordar deles é universalmente rotulado de “reacionário” e também de “machista”, “racista” ou “homofóbico” conforme o dogma questionado.
O “direito” de ofender e humilhar em nome da “igualdade”

A deturpação dos movimentos feminista, negro e gay chegou a tal ponto que a simples menção da expressão “homem branco heterossexual” em praticamente qualquer espaço de debates na internet causa imediatamente o acirramento de ânimos e um intenso patrulhamento ideológico, impedindo qualquer análise objetiva e racional da fundamentação lógica e das pretensões políticas dos movimentos feminista, negro e gay.

Se você é contra a instituição de cotas especiais para mulheres nas empresas, ou para negros nas universidades, porque está de acordo com o artigo XXVI da DUDH, que diz que “a educação superior será baseada no mérito”, adivinhe: você é um reacionário sexista e racista.

Se você é contra a existência de salas escuras (“dark rooms”) dedicadas à prática de sexo grupal anônimo em danceterias gays, porque constituem um risco à saúde pública que não encontra similar em nenhuma danceteria “não-gay”, adivinhe: você é um reacionário homofóbico.

E, se você acha que um homem branco heterossexual tem tanto motivo para ter orgulho daquilo que é por nascimento quanto qualquer mulher, negro ou gay, adivinhe: você é um reacionário nazista maldito lazarento etc.
O futuro é 1984?

Para quem não leu o livro “1984“, de Geroge Orwell, aconselho sua leitura com urgência. Este livro é leitura obrigatória para quem quiser entender os perigos do totalitarismo e ajuda muito a entender a gravidade das denúncias aqui expressas.

Vejamos, por exemplo, o conceito de duplipensar, essencial para entender o discurso “politicamente correto” que afirma que retirar direitos de um grupo com critérios racistas e sexistas é fundamental para construir “igualdade e justiça”:

    “Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra “duplipensar” era necessário usar o duplipensar.”

    Ou, numa definição mais resumida:

    “Duplipensar é a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias, e aceitá-las ambas.”

Duplipensar é o que é necessário para considerar justa e razoável a introdução de novas desigualdades e injustiças no sistema legal, transformando o que deveria ser uma luta por igualdade em uma contínua imposição de discriminações contra vítimas inocentes que tiveram o azar de nascer do sexo errado, da cor errada e da orientação sexual errada segundo os movimentos feminista, negro e gay.
A verdade sobre os direitos das minorias

Hoje em dia não há mais qualquer direito que os homens tenham e que as mulheres não tenham, mas há diversos direitos que as mulheres têm e os homens não têm; não há mais qualquer direito que os brancos tenham e que os negros não tenham, mas há diversos direitos que os negros têm e os brancos não têm; e não há mais qualquer direito que os heterossexuais tenham e que os homossexuais não tenham, mas se não na lei pelo menos na prática há pelo menos um direito que os homossexuais têm e que os heterossexuais não têm.

Apesar disso, os movimentos feminista, negro e gay ainda não estão satisfeitos e querem garantir para os grupos que dizem representar mais e mais direitos que o homem branco heterossexual também não têm. E afirmam que “para haver igualdade, não pode haver igualdade”, porque  “se o homem branco heterossexual também puder usufruir destes direitos, então será mantida a opressão contra mulheres, negros e homossexuais”.

Parece absurdo?

1) Releia a definição de “duplipensar” logo acima.

2) Confira as provas de minhas alegações logo abaixo.
Direitos que as mulheres têm e os homens não têm

O movimento feminista é de longe o mais pernicioso dos três, talvez porque a maioria dos homens heterossexuais concorda bovinamente com qualquer reivindicação feminina achando que assim aumenta suas chances de obter sexo. É um tolo quem pensar que essa característica medíocre de muitos homens não é alegremente explorada pelas feministas (e também por muitas mulheres que nem sequer sabem o que é feminismo, mas este é outro assunto).

Vejamos alguns dos privilégios que não podem ser estendidos aos homens porque “isso negaria as conquistas femininas”.

Lei Mocinha e Bandido: (LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. Também conhecida como Lei Maria da Penha.)

    Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8° do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

Como o que importa aqui é mostrar que existem direitos legalmente garantidos que as mulheres têm e que os homens não têm e isso fica provado pela simples citação desta lei, não vou fazer aqui uma análise da Lei Mocinha e Bandido, nem de sua constitucionalidade, nem de sua suposta desejabilidade. Isso será feito em um artigo posterior, porque os absurdos desta lei são tamanhos que cabe uma análise mais detalhada. Alguns outros exemplos de leis instituidoras de privilégios eu comentarei ligeiramente.

Lei Vá Treinar Para Morrer Por Mim: (LEI N° 4.375, DE 17 DE AGOSTO DE 1964. Também conhecida como Lei do Serviço Militar.)

    Art 2º Todos os brasileiros são obrigados ao Serviço Militar, na forma da presente Lei e sua regulamentação.

    § 2º As mulheres ficam isentas do Serviço Militar em tempo de paz e, de acôrdo com suas aptidões, sujeitas aos encargos do interêsse da mobilização.

Se a Lei Mocinha e Bandido é um exemplo de direito que as mulheres têm e os homens não têm, a Lei Vá Treinar Para Morrer Por Mim é um exemplo de um dever que os homens têm e que as mulheres não têm. Cadê as feministas exigindo “igualdade” no dever de prestar serviço militar obrigatório?

Lei Filhos da Mãe: (LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991, LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991, LEI N° 8.861, DE 25 DE MARÇO DE 1994, LEI Nº 10.421, DE 15 DE ABRIL  DE 2002. Também conhecidas como as leis que instituem a licença-maternidade, o salário-maternidade e a extensão destes benefícios às mulheres que adotam crianças.)

A Lei Filhos da Mãe falam em “proteção à família”, mas todas as proteções são exclusivas para as mulheres e para as crianças, como se os homens simplesmente não existissem ou fossem irrelevantes para a família.

Na lei 8.213:

    Art. 18.  O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho, expressas em benefícios e serviços:

    I – quanto ao segurado:

    g) salário-maternidade;

Não existe salário-paternidade. Quando eu fiz a busca pela expressão “salário-paternidade” no Google, ele respondeu: “Você quis dizer salário-maternidade?”

Na lei 10.421:

    Art. 1° O art. 392 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação:

    Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.

A licença-paternidade é de 5 (cinco) dias.

As feministas dizem que a licença-maternidade tem que ser maior que a licença-paternidade porque a mulher precisa se recuperar do parto e amamentar a criança. Arrãm. Neste caso, o que justifica o dispositivo legal abaixo?

Ainda na lei 10.421:

    Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no seu § 5°.

    § 1° No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de licença será de 120 (cento e vinte) dias.

    § 2° No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.

    § 3° No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.

Não existe previsão de licença-paternidade para o homem que adotar uma criança, seja qual for a idade da criança. Por analogia à licença-paternidade, talvez seja de 5 (cinco) dias.

Mulher que adota não tem que se recuperar do parto nem tem que amamentar a criança. Sua condição é rigorosamente igual à condição do homem que adota. O que então justifica que as mulheres que adotam tenham direito a uma licença de duração vinte e quatro vezes maior que os homens que adotam? Cadê as feministas exigindo “igualdade”?

Um tiro no pé das mulheres: ironicamente, a diferença de direitos mais prejudica do que ajuda as mulheres, porque o valor do salário-maternidade é irrisório e a licença-maternidade logo acaba, mas o impacto negativo desta proteção especial é permanente no mercado de trabalho.

E mais uma coisa: para as mulheres, qual seria o problema de os homens terem uma licença paternidade com a mesma duração da licença maternidade? Não seria ótimo que o homem pudesse ficar em casa para auxiliar a mulher no período de recuperação do parto ao invés de deixá-la se virar sozinha? Não seria ótimo que ambos pudessem atender a criança quando ela chorasse de madrugada em dias alternados, permanecendo ambos razoavelmente descansados? Não seria ótimo que o pai pudesse curtir o filho recém nascido junto com a mãe? E não seria ótimo acabar com a principal desculpa de muitas empresas para não contratar mulheres?

Mas nããããão, as feministas dizem que “isso é conquista das mulheres, se os homens tiverem o mesmo direito então a conquista das mulheres perde o sentido”. Baita revanchismo ressentido que causa prejuízos às mulheres, só não vê quem não quer.
Direitos que os negros têm e os brancos não têm

Estatuto da Desigualdade Racista: (LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.) é um primor de legislação que estabelece que quem tem mais direitos é mais igual que os que tem menos direitos. Vou pegar só dois exemplos específicos entre os diversos absurdos desta lei.

    Art. 27.  O poder público elaborará e implementará políticas públicas capazes de promover o acesso da população negra à terra e às atividades produtivas no campo.

    Art. 28.  Para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da população negra no campo, o poder público promoverá ações para viabilizar e ampliar o seu acesso ao financiamento agrícola.

    Art. 29.  Serão assegurados à população negra a assistência técnica rural, a simplificação do acesso ao crédito agrícola e o fortalecimento da infraestrutura de logística para a comercialização da produção.

Peraí… e os italianos pobres e miseráveis que vieram da Europa praticamente só com a roupa do corpo, atraídos pela oferta oficial do governo brasileiro de terras para cultivar, de financiamento agrícola e de infraestrutura para a comercialização de suas safras no século XIX e que foram simplesmente abandonados pelo governo brasileiro, passando a viver em condições de trabalho escravo, com a única diferença que legalmente não podiam ser espancados, embora muitos de fato tenham sofrido tratamento de escravo?

Por que os descendentes dos italianos que sofreram as mesmas agruras que os negros sofreram não possuem os mesmos direitos dos descendentes dos negros que foram escravos? Será que os miseráveis brancos que circulam puxando carrinhos de coleta de papel e lata, que moram embaixo das pontes e estão se destruindo fumando crack são menos miseráveis que os miseráveis negros que fazem o mesmo?

Será que é justo dar acesso diferenciado à terra, ao financiamento agrícola e aos investimentos em infraestrutura conforme a cor do miserável historicamente espoliado pelas políticas racistas do governo brasileiro, quando tanto os negros africanos quanto os brancos italianos foram igualmente alvo de políticas racistas?

    Art. 35.  O poder público garantirá a implementação de políticas públicas para assegurar o direito à moradia adequada da população negra que vive em favelas, cortiços, áreas urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação, a fim de reintegrá-las à dinâmica urbana e promover melhorias no ambiente e na qualidade de vida.

    Parágrafo único.  O direito à moradia adequada, para os efeitos desta Lei, inclui não apenas o provimento habitacional, mas também a garantia da infraestrutura urbana e dos equipamentos comunitários associados à função habitacional, bem como a assistência técnica e jurídica para a construção, a reforma ou a regularização fundiária da habitação em área urbana.

Peraí… mas por que raios a população branca que “vive em favelas, cortiços e áreas urbanas degradadas ou em processo de degradação” não tem a mesma garantia de implementação de políticas públicas para assegurar o mesmo direito à moradia adequada?

O miserável que dorme abraçado em cachorros para não morrer de frio embaixo de pontes ou marquises sombrias, exposto ao vento e à chuva, sente menos frio se for branco do que se for negro? Sente sua dignidade menos violada se for branco do que se for negro? Merece menos apoio do Estado se for branco do que se for negro?

E as conseqüências do racismo oficialmente instituído já se multiplicam:

Cotas Racistas nas universidades: (LEI N° 10.558, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2002) a escravidão terminou no século XIX, portanto, de acordo com os “movimentos sociais”, “é justo” que Fulano, que nasceu na segunda metade do século XX e que tirou nota 8, perca sua vaga na universidade para Sicrano, que também nasceu na segunda metade do século XX, que mora no mesmo bairro de Fulano, que estudou no mesmo colégio que Fulano e que no entanto tirou nota 6, mas tem a cor de pele “certa” de acordo com os padrões racistas hoje implantados para seleção.

Cotas Racistas no serviço público: (DECRETO N° 43.007-RJ ) e você que achava que “todos são iguais perante a lei”, hein? Que nada, 20% das vagas de muitos concursos públicos estão reservadas por “direito de nascimento” para quem nasceu da cor certa. E quem ousar dizer que “direitos desiguais não são justos, nem constitucionais, nem geram igualdade” corre o risco de ser chamado de racista.

É um absurdo completo, mas 123 anos depois da Lei Áurea o Brasil chama de “justiça social” o que não passa de racismo de sinal invertido.

Direitos que os homossexuais têm e os heterossexuais não têm

Do ponto de vista legal, ainda não há qualquer direito que os homossexuais tenham e que os heterossexuais não tenham, mas na prática os homossexuais usufruem de pelo menos um direito que os heterossexuais não usufruem: o direito de terem respeitadas as suas reivindicações de não discriminação por orientação sexual.

Hoje em dia, o heterossexual que disser que está se sentindo discriminado em função de sua heterossexualidade será triplamente discriminado: em primeiro lugar pela discriminação original a que tenha sido submetido, em segundo lugar pela negação da legitimidade de sua queixa e em terceiro lugar pela ridicularização e humilhação a que será submetido por ter se queixado ou pela retaliação que sofrerá se tentar resolver a questão por suas próprias forças.

Segundo impõe o movimento gay, “heterofobia não existe”. Ah, não? E a truculência com que os homens brancos heterossexuais foram tratados de modo generalizado no episódio da proposição do Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo mostrou o quê? Tolerância? Respeito?
Lanço um desafio

Para destruir todos os meus argumentos e provar que “homens brancos heterossexuais têm mais direitos que mulheres, negros e gays”, basta apontar as leis que garantem mais direitos aos homens brancos heterossexuais, do mesmo modo que eu apontei as leis que garantem mais direitos às mulheres e aos negros que aos homens e aos brancos, ou as leis que impedem o acesso  aos homossexuais, após a decisão do STF de reconhecer as uniões homoafetivas, de um direito que seja acessível aos heterossexuais.

Mas atenção: estou falando em direitos, não em mimimimimi ideológico que diz que os homens brancos heterossexuais são os vilões da história. Eu mostrei exemplos positivados em lei, não mostrei blá-blá-blá ideológico. Choradeira coitadista não é argumento, é falácia ad misericordiam.

A caixa de comentários do Pensar Não Dói está aberta a todos, basta postar o link das leis sexistas e racistas que garantem mais direitos aos malvados “opressores históricos” homens, brancos e heterossexuais que às mulheres, negros e gays e perante as evidências eu não terei argumentos para discordar.
Conclusão: os movimentos sociais e os Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos começa com a seguinte frase:

    “[Considerando que] o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,”

A DUDH não diz “todos menos os malvados opressores históricos”, não diz “todos menos os homens brancos heterossexuais”, não diz “todos menos os que os movimentos sociais organizados acharem que não merecem”. Diz todos.

O artigo I da DUDH diz o seguinte:

    Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão  e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

A DUDH não diz “todas menos os malvados opressores históricos”, não diz “todas menos os homens brancos heterossexuais”, não diz “todas menos os que os movimentos sociais organizados acharem que não merecem”. Diz todas.

O artigo II da DUDH diz o seguinte:

    Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.

A DUDH não diz “sem distinção de qualquer espécie exceto as que os movimentos sociais organizados acharem certas”, não diz “sem distinção de qualquer espécie menos exceto as que certos grupos ideológicos considerarem convenientes ou mesmo justas”. Diz sem distinção de qualquer espécie.

E o artigo 30 da DUDH diz o seguinte:

    Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

A DUDH não diz “nenhuma disposição exceto as que não forem convenientes para os movimentos sociais”, não diz “qualquer Estado, grupo ou pessoa exceto os movimentos feminista, negro e gay”, não diz “qualquer ato exceto a introdução de critérios racistas e sexistas nas leis”, não diz “quaisquer dos direitos e liberdade exceto o de plena igualdade a todos os membros da família humana”.

O que fazem, entretanto, os movimentos feminista, negro e gay, bem como a esquerda de modo geral? Tergiversam e apresentam interpretações distorcidas para justificar a violação de inúmeras disposições da DUDH, aviltando a dignidade de uns em benefício de outros, instituindo distinções em nome da igualdade e arrogando a si o direito de interpretar de modo ideológico e falacioso os dispositivos da DUDH, destruindo os direitos e liberdades por ela estabelecidos conforme suas conveniências políticas.

Que fique bem claro, portanto:

1. Não se constrói a igualdade criando desigualdades, isso é duplipensar.

2. Impor injustiças a vítimas inocentes em função de “dívidas históricas” é mera ideologia esquerdista, não tem nada a ver com a causa dos Direitos Humanos.

3. Pensar Não Dói. Se você não percebe a deturpação da causa dos Direitos Humanos em cada reivindicação e em cada ação dos movimentos feminista, negro e gay, bem como dos partidos de esquerda que dão suporte a estes movimentos, experimente imaginar como você avaliaria o mesmo discurso de cada um deles se viesse da boca de um homem branco heterossexual. Se o discurso parecer sexista, racista ou preconceituoso vindo de um interlocutor, então o mesmo discurso é necessariamente sexista, racista ou preconceituoso se vier de outro interlocutor.

O reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo.

Se alguém lhe disser que “todos” não significa “todos” e que “iguais” não significa “iguais”, lembre-se: isso é falso; isso é duplipensar; isso permite justificar qualquer injustiça em nome de um projeto autoritário de poder; isso é ideologia esquerdista travestida de Direitos Humanos.
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Offline Luiz F.

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #1 Online: 22 de Agosto de 2011, 01:42:38 »
Bem, concordo com a maioria do que está escrito no texto, menos com esse negócio de que privilégios para determinados segmentos da população seja coisa de esquerdista. Sinceramente não saquei a conexão.

No mais, como já me posicionei em outros tópicos, acredito que as leis devem ser as mais genéricas possíveis. Qualquer lei que contenha em seu texto diferenciação ou direcionamento específico já não vejo com bons olhos. Se no corpo da lei se lê mulher/homem/homossexual/heterossexual/branco/negro/índio/cristão/muçulmano/ateu ao invés de cidadão/ser humano já me causa indignação e deveria causar o mesmo em qualquer pessoa minimamente razoável.

Obviamente devem existir excessões como leis para proteger especificamente crianças tendo em vista sua vulnerabilidade óbvia, portadores de doenças mentais pelos mesmos motivos das crianças, idosos, porém com muito critério e pobres/miseráveis com mais critérios ainda.
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Albert Einstein

Offline 3libras

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #2 Online: 22 de Agosto de 2011, 01:53:46 »
a associação com a esquerda se dá especialmente pela idéia do "bem coletivo" onde o estado deveria intervir e regular a sociedade para dar direitos e oportunidades a todo, na teoria.

mas na prática o que vemos é os capazes serem tolhidos em detrimento dos menos capazes e dos subnormais para darmos tais oportunidades (o sistema de cotas raciais, da forma que é feito, por exemplo).

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Offline Luiz Otávio

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #3 Online: 22 de Agosto de 2011, 10:39:49 »
Uma coisa citada no texto e que eu nunca tomei conhecimento é: feministas serem contra os benefícios que somente mulheres recebem, como a lei Maria da Penha, o serviço militar não-obrigatório e a licença maternidade.
E, sinceramente, cota racial é uma das coisas mais ignóbeis que eu já vi.

Offline rizk

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #4 Online: 22 de Agosto de 2011, 11:34:08 »
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Hoje em dia não há mais qualquer direito que os homens tenham e que as mulheres não tenham, mas há diversos direitos que as mulheres têm e os homens não têm; não há mais qualquer direito que os brancos tenham e que os negros não tenham, mas há diversos direitos que os negros têm e os brancos não têm; e não há mais qualquer direito que os heterossexuais tenham e que os homossexuais não tenham, mas se não na lei pelo menos na prática há pelo menos um direito que os homossexuais têm e que os heterossexuais não têm.
Até onde me foi dado saber, os homossexuais ainda não têm um direito que os heteros têm. Assim, coisa pequena: FORMAR FAMÍLIA.

Dois: desde quando a luta é só por "direitos" positivados? De que adianta igualdade formal se continua havendo desigualdade nos salários, na representação política, na ditribuição de trabalho no lar, etc?
Lei que não é efetiva tem a mesma função de papel higiênico.

---

Eu, feminista, sou contra o serviço militar obrigatório. Sou também favorável à mesma idade para aposentadoria e à expansão da licença-paternidade.

Agora, na Lei Maria da Penha ninguém tasca. Violência doméstica é uma coisa MUITO grave e direcionada quase que exclusivamente às mulheres.
Se você conhece algum homem que apanha da mulher, explique a ele que CONTINUAM existindo os crimes de lesão corporal, ameaça, injúria, etc. Ninguém aqui tá desprotegido.

Offline Luiz F.

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #5 Online: 22 de Agosto de 2011, 11:41:57 »
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Hoje em dia não há mais qualquer direito que os homens tenham e que as mulheres não tenham, mas há diversos direitos que as mulheres têm e os homens não têm; não há mais qualquer direito que os brancos tenham e que os negros não tenham, mas há diversos direitos que os negros têm e os brancos não têm; e não há mais qualquer direito que os heterossexuais tenham e que os homossexuais não tenham, mas se não na lei pelo menos na prática há pelo menos um direito que os homossexuais têm e que os heterossexuais não têm.
Até onde me foi dado saber, os homossexuais ainda não têm um direito que os heteros têm. Assim, coisa pequena: FORMAR FAMÍLIA.

Dois: desde quando a luta é só por "direitos" positivados? De que adianta igualdade formal se continua havendo desigualdade nos salários, na representação política, na ditribuição de trabalho no lar, etc?
Lei que não é efetiva tem a mesma função de papel higiênico.

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Eu, feminista, sou contra o serviço militar obrigatório. Sou também favorável à mesma idade para aposentadoria e à expansão da licença-paternidade.

Agora, na Lei Maria da Penha ninguém tasca. Violência doméstica é uma coisa MUITO grave e direcionada quase que exclusivamente às mulheres.
Se você conhece algum homem que apanha da mulher, explique a ele que CONTINUAM existindo os crimes de lesão corporal, ameaça, injúria, etc. Ninguém aqui tá desprotegido.

Falou certo: ''quase". Isso quer dizer que não são só mulheres que sofrem violência doméstica. E falou bem, já existem os crimes de lesão corporal, ameaça e injúria então pra que serve a tal da Maria da Penha?
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Offline Luiz Otávio

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #6 Online: 22 de Agosto de 2011, 11:55:34 »
Citação de: rizk
Agora, na Lei Maria da Penha ninguém tasca. Violência doméstica é uma coisa MUITO grave e direcionada quase que exclusivamente às mulheres.
Se você conhece algum homem que apanha da mulher, explique a ele que CONTINUAM existindo os crimes de lesão corporal, ameaça, injúria, etc. Ninguém aqui tá desprotegido.

Concordo com você, violência doméstica é uma coisa realmente muito grave e até onde sei, a maioria é direcionada às mulheres. Porém sua última frase pode ser usada contra você. Eu poderia dizer que, já que existem leis que punem os crimes de lesão corporal, ameaça e injúria, é desnecessário fazer uma lei específica para isso onde somente a violência contra à mulher seja punida.
Que fique claro que não estou defendendo a violência, seja ela de qualquer tipo.

Offline Adriano

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #7 Online: 22 de Agosto de 2011, 12:06:14 »
E, se você acha que um homem branco heterossexual tem tanto motivo para ter orgulho daquilo que é por nascimento quanto qualquer mulher, negro ou gay, adivinhe: você é um reacionário nazista maldito lazarento etc.
A única parte do texto que tive alguma afinidade, e sem querer ofender aos que o apoiam  :| Mas a qualidade deste texto, para mim, parece igual ao dos textos nazistas na internet, que se apoiam em um ideal de justiça para se fazer valer a sua opinião de contrariedade a lei.

Mas por favor, não se sintam ofendidos, apesar de eu achar o texto altamente ofensivo a dignidade humana, e de uma fonte sem qualidade alguma, o direito de expressão é muito válido e é importante discutirmos essas questões.

Sou totalmente a favor as políticas sociais e vejo uma associação com a esquerda também, devido ao aspecto do social e não do individual, que fica preocupado com os supostos "direitos" que estão perdendo, o que eu enquadraria mais com a direita. 

E a falha é, como disse a rizk, dar valor apenas aos direitos que constam no papel e não existem na realidade social. O exemplo da violencia doméstica contra as mulheres é óbvio, querer igualar homem e mulheres nesta situação é estar muito distante da realidade.
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Offline ByteCode

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #8 Online: 22 de Agosto de 2011, 12:11:43 »
Também concordo com que as leis devem ser genéricas, nunca privilegiar somente um setor da sociedade. Isto normalmente acaba provocando mais problemas do que soluções.

No caso da Maria da Penha, bastava que os agentes públicos (policiais, juízes etc.) fossem treinados e escolhidos melhor, de forma a fazer com que as queixas das mulheres fossem levadas a sério. Criar outra lei pra fazer exatamente o que outras já diziam que deveria ser feito, é uma ENORME estupidez. A questão aí está muito mais para o executivo do que para o judiciário ou legislativo.

Cotas raciais são uma imbecilidade gigantesca também, já que cabe ao executivo dar uma boa educação e não ao judiciário obrigar a entrada de pessoas despreparadas em unviersidades.

Offline Liddell Heart

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #9 Online: 22 de Agosto de 2011, 12:42:13 »
mas na prática o que vemos é os capazes serem tolhidos em detrimento dos menos capazes e dos subnormais para darmos tais oportunidades (o sistema de cotas raciais, da forma que é feito, por exemplo).

Nem toda esquerda é assim. Inclusive o Partido Socialista é contra as cotas. :/
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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #10 Online: 22 de Agosto de 2011, 12:58:09 »
Falou certo: ''quase". Isso quer dizer que não são só mulheres que sofrem violência doméstica. E falou bem, já existem os crimes de lesão corporal, ameaça e injúria então pra que serve a tal da Maria da Penha?

Há um tópico aqui mesmo em que a Lei Maria da Penha também se aplicou a um homem. É claro, isso não está claro no texto da lei e vai depender da boa vontade exclusivamente do julgamento individual de alguém.

Mas servir a Lei Maria da Penha serve sim; ela ampara a violência doméstica de forma que as leis anteriores que você citou não. Um exemplo: a lei é específica em relação às atitudes e à punição - o agressor não pode se aproximar da mulher agredida novamente; se fizer, é cadeia, claro e objetivo na lei escrita, sem precisar esperar por cada determinação judicial de cada caso.
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Offline Lucks

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #11 Online: 22 de Agosto de 2011, 13:01:40 »
Em resumo, acho que novas leis que "reforçam" o que já lei não são relevantes a não ser que seja direcionadas a atacar o problema do ponto de vista cultural. (Que é onde se originam as "discriminações".)
No mais, acho que tudo isso não passa de oportunismo político em fingir que defende a igualdade, fingir que apóia determinado grupo, etc... com a intenção base de simplesmente conseguir poder ou mantê-lo.
Como já citado, a violência contra mulheres deveria ser atacada através da aplicação das leis já previstas, afinal, a tal lei "maria da penha" fez com que a violência contra a mulher deixasse de acontecer?? Colocar "mais negros" nas universidades fará alguma diferença real?? (os negros mais bem estabelecidos socialmente já chegariam a universidade de um modo ou de outro, e serão eles quem "levarão" essas vagas...não o negro sicialmente excluido que continuará assim como qualquer outro socialmente excluído.
Quanto ao homosexuais não poderem constituir família...o problema se torna maior, pois além de diversos contra-pontos sociais e religiosos, existe uma lei maior que os impede de constituir família que nenhuma lei pode mudar...."a reprodução"!
Dois homosexuais podem se casar, podem viver juntos, dividir dívidas e bens....acho isso adequado e inquestionável. Deste ponto em diante, a "família" não progride...filhos e netos são negados a esses pela simples "incompatibilidade reprodutiva" (se é que posso chamar assim) e portanto, não trata-se de preconceito!
Sobra a opção da adoção, que creio ser tempestuosa demais para que eu ouse manifestar minha opinião! Até porque sou ignorante no que se refere à eventuais efeitos psicológicos que deveriam ou não ser considerados. Prefiro me manter neutro, por não me considerar preparado para fazer tal ponderação!

De qualquer modo, entendo que a criação deste tipo de lei é uma maneira de fingir que se está fazendo alguma coisa, quando na verdade a origem do problema não é atacada!
:)

Offline ByteCode

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #12 Online: 22 de Agosto de 2011, 13:09:55 »
Falou certo: ''quase". Isso quer dizer que não são só mulheres que sofrem violência doméstica. E falou bem, já existem os crimes de lesão corporal, ameaça e injúria então pra que serve a tal da Maria da Penha?

Há um tópico aqui mesmo em que a Lei Maria da Penha também se aplicou a um homem. É claro, isso não está claro no texto da lei e vai depender da boa vontade exclusivamente do julgamento individual de alguém.

Mas servir a Lei Maria da Penha serve sim; ela ampara a violência doméstica de forma que as leis anteriores que você citou não. Um exemplo: a lei é específica em relação às atitudes e à punição - o agressor não pode se aproximar da mulher agredida novamente; se fizer, é cadeia, claro e objetivo na lei escrita, sem precisar esperar por cada determinação judicial de cada caso.

Não teria sido muito melhor modificar as leis pré-existentes em alguns pontos, do que criar outra lei beneficiando somente uma parcela da população?

Offline Diegojaf

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #13 Online: 22 de Agosto de 2011, 13:40:14 »
Falou certo: ''quase". Isso quer dizer que não são só mulheres que sofrem violência doméstica. E falou bem, já existem os crimes de lesão corporal, ameaça e injúria então pra que serve a tal da Maria da Penha?

Há um tópico aqui mesmo em que a Lei Maria da Penha também se aplicou a um homem. É claro, isso não está claro no texto da lei e vai depender da boa vontade exclusivamente do julgamento individual de alguém.

Mas servir a Lei Maria da Penha serve sim; ela ampara a violência doméstica de forma que as leis anteriores que você citou não. Um exemplo: a lei é específica em relação às atitudes e à punição - o agressor não pode se aproximar da mulher agredida novamente; se fizer, é cadeia, claro e objetivo na lei escrita, sem precisar esperar por cada determinação judicial de cada caso.

Como já disse em outro tópico. Em 100% dos casos em que atendi uma ocorrência "MdP", as mulheres se negaram a representar contra seus parceiros e uma boa parte já começou com o papo "Mas eu amo tanto ele. Só quero que vocês conversem com ele pra não fazer mais isso..." ainda no local da agressão.

A lei Maria da Penha obriga o policial a conduzir as duas partes ao menor sinal de agressão, mas na delegacia, a vítima TEM que tomar a atitude frente ao delegado de representar, o que eu particularmente, nunca vi acontecer.

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline ByteCode

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #14 Online: 22 de Agosto de 2011, 13:56:32 »
Então aquele negócio de "mulher gosta de apanhar" é verdade? Ou a verdade é que "mulher não gosta de apanhar, mas tem um grande coração e sabe relevar tudo, até paulada na cabeça"? :D

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #15 Online: 22 de Agosto de 2011, 14:03:52 »
Então aquele negócio de "mulher gosta de apanhar" é verdade? Ou a verdade é que "mulher não gosta de apanhar, mas tem um grande coração e sabe relevar tudo, até paulada na cabeça"? :D

Acho que é mais um caso de: "mulher sofre lavagem cerebral para acreditar que é melhor estar com um canalha do que estar sozinha."
A propósito: conheço um delegado que também reclamava a mesma coisa.
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Alan Watts

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #16 Online: 22 de Agosto de 2011, 14:07:31 »
Então aquele negócio de "mulher gosta de apanhar" é verdade? Ou a verdade é que "mulher não gosta de apanhar, mas tem um grande coração e sabe relevar tudo, até paulada na cabeça"? :D

Acho que é mais um caso de: "mulher sofre lavagem cerebral para acreditar que é melhor estar com um canalha do que estar sozinha."
A propósito: conheço um delegado que também reclamava a mesma coisa.

Não é lavagem cerebral, é conveniência mesmo.

Mulher pobre ter que correr atrás de emprego e ralar... ou ser sustentada por um homem. Fica relativamente fácil escolher.

Elas tentam manter a situação até o nível máximo tolerável, ou então quando acham alguma opção melhor.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #17 Online: 22 de Agosto de 2011, 14:09:07 »
Então aquele negócio de "mulher gosta de apanhar" é verdade? Ou a verdade é que "mulher não gosta de apanhar, mas tem um grande coração e sabe relevar tudo, até paulada na cabeça"? :D

Acho que é mais um caso de: "mulher sofre lavagem cerebral para acreditar que é melhor estar com um canalha do que estar sozinha."
A propósito: conheço um delegado que também reclamava a mesma coisa.

Não é lavagem cerebral, é conveniência mesmo.

Mulher pobre ter que correr atrás de emprego e ralar... ou ser sustentada por um homem. Fica relativamente fácil escolher.

Elas tentam manter a situação até o nível máximo do tolerável, ou então quando acham alguma opção melhor.



Em parte sim, mas não é só conveniência. Esse tipo de atitude também acontece com mulheres de classe média ou > .
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Alan Watts

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #18 Online: 22 de Agosto de 2011, 14:10:37 »
Então aquele negócio de "mulher gosta de apanhar" é verdade? Ou a verdade é que "mulher não gosta de apanhar, mas tem um grande coração e sabe relevar tudo, até paulada na cabeça"? :D

Acho que é mais um caso de: "mulher sofre lavagem cerebral para acreditar que é melhor estar com um canalha do que estar sozinha."
A propósito: conheço um delegado que também reclamava a mesma coisa.

Não é lavagem cerebral, é conveniência mesmo.

Mulher pobre ter que correr atrás de emprego e ralar... ou ser sustentada por um homem. Fica relativamente fácil escolher.

Elas tentam manter a situação até o nível máximo do tolerável, ou então quando acham alguma opção melhor.



Em parte sim, mas não é só conveniência. Esse tipo de atitude também acontece com mulheres de classe média ou > .

O tipo de homem mais propenso a bater em mulheres (o "cafajeste") exerce um grande fascínio nelas.

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #19 Online: 22 de Agosto de 2011, 14:15:05 »
Então aquele negócio de "mulher gosta de apanhar" é verdade? Ou a verdade é que "mulher não gosta de apanhar, mas tem um grande coração e sabe relevar tudo, até paulada na cabeça"? :D

Acho que é mais um caso de: "mulher sofre lavagem cerebral para acreditar que é melhor estar com um canalha do que estar sozinha."
A propósito: conheço um delegado que também reclamava a mesma coisa.

Não é lavagem cerebral, é conveniência mesmo.

Mulher pobre ter que correr atrás de emprego e ralar... ou ser sustentada por um homem. Fica relativamente fácil escolher.

Elas tentam manter a situação até o nível máximo do tolerável, ou então quando acham alguma opção melhor.



Em parte sim, mas não é só conveniência. Esse tipo de atitude também acontece com mulheres de classe média ou > .

O tipo de homem mais propenso a bater em mulheres (o "cafajeste") exerce um grande fascínio nelas.



Acho que o mais correto seria dizer que "o tipo de homem com aparência de ter maior teor de testoterona exerce um grande fascínio em certos tipos de mulher." Mas isso não invalida meu ponto.
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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #20 Online: 22 de Agosto de 2011, 14:27:18 »
Pois é, somente conveniência financeira não explica isto, pois como já foi dito aí muitas mulheres financeiramente independentes tem o mesmo tipo de atitude para com os cafas da vida.

Não consigo entender isto. E a minha unica alternativa para isto é apelar para o pensamento machista de que somos programados biológicamente para nos impor sobre as fêmeas e elas biologicamente programadas para aceitarem isto, mesmo achando ruim, claro que com uma grande ajuda da imposição cultural. Mas, hoje em dia, com Maria da Penha, liberdade para estudarem e conseguirem emprego etc., a imposição cultural não é lá das maiores.

Offline Diegojaf

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #21 Online: 22 de Agosto de 2011, 15:33:43 »
Mulher pobre ter que correr atrás de emprego e ralar... ou ser sustentada por um homem. Fica relativamente fácil escolher.

Cara, negócio é que todo mundo tem que correr atrás de emprego e trabalhar. Homem ou mulher. Se a pessoa abre mão disso desde nova e prefere ser sustentada, não procurando ter uma profissão, uma carreira ou um "plano B", acho que não tem como não colocar nela mesma a culpa dessa situação (a de se ver obrigada a conviver com alguém abusivo por não possuir mais condições de sustento próprio).

Posso estar errado, mas ACHO que hoje todos temos as mesmas condições iniciais (guardadas as questões de classe social e se concentrando na questão de gênero). Nascemos, estudamos, temos a oportunidade de arrumar estágio/emprego/trabalho desde cedo. Não sei o que leva essa quantidade grande de mulheres a ter filhos com 17, 18 anos e se tornar "do lar" e abandonar qualquer forma de qualificação profissional.

Não me entra na cabeça a situação de uma menina com 17 anos, melhor da classe, com objetivos, conheça um cara e imediatamente largue todos os seus sonhos pra virar mãe do filho do sujeito e acreditar que o amor é eterno e que ela pode depender dele pelo resto da vida. Pra mim isso não tem outro nome senão burrice.
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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #22 Online: 22 de Agosto de 2011, 16:04:19 »
Mesmo as mulheres sem estudo não precisam se enconstar em um homem (menos ainda se ele for agressivo), já que conheço mulheres que se sustentam sozinhas (mais o filho) trabalhando de doméstica, fazendo unhas, vendendo bolos etc.

Ou seja, hoje em dia apanha só se quiser mesmo. O que muda aí é a qualidade de vida, talvez o cafão dê uma qualidade de vida maior do que ela teria trabalhando ela mesma pra se sustentar. Mas não há qualidade de vida em ser espancada rotineiramente, mesmo que depois seja levada para fazer os curativos em um hospital particular com um plano de saúde cinco estrelas bancado pelo maridão.

Offline Lucks

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #23 Online: 22 de Agosto de 2011, 16:45:32 »
Mulher pobre ter que correr atrás de emprego e ralar... ou ser sustentada por um homem. Fica relativamente fácil escolher.

Cara, negócio é que todo mundo tem que correr atrás de emprego e trabalhar. Homem ou mulher. Se a pessoa abre mão disso desde nova e prefere ser sustentada, não procurando ter uma profissão, uma carreira ou um "plano B", acho que não tem como não colocar nela mesma a culpa dessa situação (a de se ver obrigada a conviver com alguém abusivo por não possuir mais condições de sustento próprio).

Posso estar errado, mas ACHO que hoje todos temos as mesmas condições iniciais (guardadas as questões de classe social e se concentrando na questão de gênero). Nascemos, estudamos, temos a oportunidade de arrumar estágio/emprego/trabalho desde cedo. Não sei o que leva essa quantidade grande de mulheres a ter filhos com 17, 18 anos e se tornar "do lar" e abandonar qualquer forma de qualificação profissional.

Não me entra na cabeça a situação de uma menina com 17 anos, melhor da classe, com objetivos, conheça um cara e imediatamente largue todos os seus sonhos pra virar mãe do filho do sujeito e acreditar que o amor é eterno e que ela pode depender dele pelo resto da vida. Pra mim isso não tem outro nome senão burrice.

Confesso que a ultima sequencia de comentários me deixou ligeramente perplexo...
Entendo que parece "burrice"não ter um plano "b", ou largar a carreira profissional para ser mãe do filho do sujeito.
Mas com ou sem a Lei Maria da Penha, com mais ou menos pressão cultual, o fato é que SIM uma parcela significativa (ainda que a cada dia menor) da população ainda é influenciada pelos conceitos que a maioria aqui considera retrogado.

A superproteção dos filhos nas classes média/alta, e a cultura "retrogada" nas classes mais baixas (sei que estou generalizando...mas considere com o devido bom-senso) tem um efeito similar nesse aspecto.
A jovem que "superprotegida" encontra no namorado/esposo/pai-do-seus-filhos a imagem do pai, que a sustenta e a mantém...
Pode até parecer besteira, mas o modo de vida atual ainda não prepara necessariamente a mulher para ser a provedora do lar.

Outro aspecto, é que em muitas famílias, quando é possível que um dos dois (marido ou mulher) seja resposnsável pela criação direta dos filhos, isso é de fato colocado em prática. E considerando a média salarial, em geral, é a mulher que causa menor impacto ao "pausar" sua carreira para criar os filhos...
Obviamente, reafirmo que isso não deve ser generalizado, mas é prático...Conheço DIVERSAS famílias onde a esposa, ganhando cerca de 2 salários mínimos, acaba deixando de trabalhar para cuidar dos filhos. Isso depois de balancear que o custo de "bancar" escolinha para os filhos + riscos de transferir parte da criação dos filhos para a escolinha torna essa idéia viável.
A armadilha que essa situação pode provocar não é necessariamente considerada...e "aparentemente" nem faz sentido em casais bem estabelecidos que "decidiram" ter filhos de maneira programada. (simplesmente citando um exemplo)

Por isso, acho algumas considerações anteriores "pesadas demais"!


PS: Por outro lado...nenhum racionalização possível justifica suportar as agressões do marido e ainda por cima defendê-lo. Mas somos humanos, e em muitos casos, na lutra entre racional x emocional, o emocional vence!

Solução?? Cultura!
:)

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Re: Os movimentos sociais e os direitos humanos
« Resposta #24 Online: 22 de Agosto de 2011, 18:53:52 »
Citar
Hoje em dia não há mais qualquer direito que os homens tenham e que as mulheres não tenham, mas há diversos direitos que as mulheres têm e os homens não têm; não há mais qualquer direito que os brancos tenham e que os negros não tenham, mas há diversos direitos que os negros têm e os brancos não têm; e não há mais qualquer direito que os heterossexuais tenham e que os homossexuais não tenham, mas se não na lei pelo menos na prática há pelo menos um direito que os homossexuais têm e que os heterossexuais não têm.
Até onde me foi dado saber, os homossexuais ainda não têm um direito que os heteros têm. Assim, coisa pequena: FORMAR FAMÍLIA.

Dois: desde quando a luta é só por "direitos" positivados? De que adianta igualdade formal se continua havendo desigualdade nos salários, na representação política, na ditribuição de trabalho no lar, etc?
Lei que não é efetiva tem a mesma função de papel higiênico.

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Se você conhece algum homem que apanha da mulher, explique a ele que CONTINUAM existindo os crimes de lesão corporal, ameaça, injúria, etc. Ninguém aqui tá desprotegido.

O rizk, eu já te disse que te adoro...? :woohoo:

 

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