Mas quando você diz que não há sentido em criar uma necessidade que antes não existia, podemos relacionar este argumento aos excessos da indústria alimentícia, farmacêutica, automotiva, etc. Por exemplo: um carro é algo muito útil, mas polui e faz mal... Já existem muitas soluções para os carros... E é aí em que me sinto exatamente igual a você com relação a cultura antiga do cigarro.
Não há nenhum motivo, além do psicológico, para alguém começar a fumar.
Por outro lado, o carro ainda é um mal necessário. Sabemos que ele polui, tentamos reduzir a poluição que ele causa, tentamos encontrar alternativas - só que
não há alternativas viáveis.
Sem o carro (e os ônibus, caminhões e aviões), a civilização que nós conhecemos acaba.
Trabalho a 22km de casa. Vou largar o emprego? As centenas de milhares de pessoas que moram ainda mais longe que eu, vão largar o emprego? Haverá emprego para todo mundo perto de casa?
Ou seja: há motivos racionais para continuarmos com a poluição dos carros, por mais que a lamentemos.
Não há rigorosamente nenhum motivo racional para alguém começar a fumar.