MEC quer 20 dias a mais de aula por anoFonte:
Jornal da Tarde: CidadeO Ministério da Educação (MEC) quer aumentar o tempo que os alunos passam na escola, com a ampliação gradativa do ano letivo de 200 para 220 dias ao longo de 4 anos, ou por meio de uma possível expansão no número de horas diárias de aula.
A declaração foi feita ontem pelo ministro Fernando Haddad durante a abertura de um congresso internacional promovido pelo movimento Todos Pela Educação, em Brasília. A proposta é discutida com União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
A ideia surgiu com base em estudo coordenado pelo secretário de Ações Estratégicas da Presidência, Ricardo Paes de Barros, que mostra que o aprendizado se relaciona com a exposição ao conhecimento. “No Brasil essa exposição é baixa, seja porque a carga horária diária é baixa, seja porque o número de dias letivos é inferior ao de outros países”, disse Haddad.
Uma das possibilidades consideradas é a antecipação das metas do Programa Mais Educação, do governo federal, que prioriza a educação integral. Segundo Haddad, há 15 mil escolas no programa, com carga de 7 horas por dia. A meta para 2014 é de alcançar 32 mil, objetivo que pode ser antecipado para 2013 pela presidente Dilma Rousseff.
Outra proposta é aumentar o número de dias letivos, principalmente por causa da falta de estrutura física das escolas, o que seria realizado por um projeto de lei. “Não aprovaremos um projeto de lei sem haver consenso. Não vamos encaminhar sem antes receber o aval daqueles que vão executar isso”, afirmou o ministro, acrescentando que as propostas não são excludentes e há orçamento para a ampliação. “Estamos prevendo aumentar o investimento de 7% do PIB.”
Para o deputado federal Gastão Vieira, presidente da Comissão Especial do Plano Nacional de Educação, a iniciativa do MEC é positiva. “Tudo que deixar o aluno dentro da escola, criando condições para ele efetivamente aproveitar esse tempo, é bem-vindo”, disse.
Enem
Questionado sobre a lentidão da evolução das escolas públicas nos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Haddad disse que o progresso está se dando no ritmo previsto pelo plano de metas. “Não dá para mudar da noite para o dia um sistema educacional que foi por décadas maltratado.”
Sobre o fato de os alunos de escolas públicas serem, proporcionalmente, os que menos participam do Enem, ele defendeu maior adesão de instituições usando o exame como critério para o vestibular. “Os secretários estaduais de educação têm um papel muito maior nisso do que o ministério.”
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Com resultado ruim no Enem, MEC quer aumentar ano letivo em 20 diasFonte:
meionorte.comProposta de Haddad é aumentar de 200 para 220 total de dias letivos ao ano ou o de horas na escola por diaO MEC quer ampliar a jornada escolar obrigatória nas escolas públicas e particulares do país. Pela proposta, ou os colégios aumentam o número de dias letivos (de 200 para 220) ou o total de horas de aulas por dia.O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, um dia após a divulgação dos dados do Enem - houve redução da presença de escolas públicas entre a elite do ensino médio.
Se a mudança for implantada, haverá alterações no sistema educacional, como contratação ou ampliação de jornada de docentes e, provavelmente, aumento nas mensalidades na rede privada. "Ou ampliamos o número de horas por dia ou, caso não haja infraestrutura para isso, aumentamos o número de dias letivos. Mas essas alternativas não são excludentes", afirmou ontem Haddad. "Estudos têm correlacionado o aprendizado com o tempo que a criança fica exposta no ambiente escolar", disse o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo em evento do Todos pela Educação.
O MEC pretende dar quatro anos para as escolas se adaptarem. Dados do Censo Escolar 2010 mostram que só 6% dos alunos têm ao menos sete horas diárias de aula -a jornada obrigatória é quatro.
Escolas particulares bem posicionadas no Enem, como Vértice, em SP, ficam perto dos 200 dias letivos, mas possuem jornadas maiores que as quatro horas diárias.
O ministrou afirmou que o plano ainda está em fase inicial, pois será preciso formar consenso antes de enviar um projeto ao Congresso, onde já tramita projeto que prevê ampliação da carga horária de 800 para 960 horas anuais. A ideia do MEC já foi discutida com entidades como Consed (Conselho Nacional de Educação) e Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).
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MEC apresenta proposta para deixar aluno mais 20 dias por ano na escolaFonte:
G1Proposta será debatida com estados e municípios e levada ao Congresso. Segundo pesquisa, aumento do ano letivo melhora desempenho dos alunos.O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou nesta quarta-feira (21) em Brasília o resultado de uma pesquisa que levou o MEC a avaliar o aumento de até quatro semanas no calendário letivo da educação básica do país no sistema público e privado. Atualmente, o Brasil tem 200 dias, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) no ano letivo e carga horária de 800 horas. O ministro propõe um amplo debate sobre a ampliação da carga horária escolar para 220 dias ao ano.
"Sempre que o MEC se vê diante de uma evidência forte que algo pode melhorar a partir da descoberta de um estudo temos que perseguir este objetivo", disse Haddad. O ministro vai discutir a proposta com secretários de educação estaduais e municipais. Ele espera concluir o debate este ano para que a proposta seja encaminhada ao Congresso Nacional em 2012 para votação. "Nenhum país com bom desempenho tem uma carga horária de 800 horas", disse o ministro. "O Chile tem carga de 1.200 horas por ano e o nosso desempenho hoje é equivalente ao que o Chile tinha no ano 2000."
A pesquisa coordenada por Ricardo Paes de Barros, subsecretário da Secretaria de Asssuntos Estratégicos da presidência, mostrou que dez dias a mais de aula aumentam em 44% o aprendizado dos alunos e em sete pontos a nota dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Essa melhoria pode ser atingida aumentando a exposição do aluno ao conhecimento.
Segundo o pesquisador, o aumento da exposição pode ser feito com ampliação da jornada diária e com a diminuição das faltas dos alunos e dos professores durante o ano letivo. Mas a alternativa mais atraente, segundo Barros, é a que tem o menor custo. "Em termos de custo é melhor porque na outra alternativa (mais horas/aula por dia ou menos alunos por sala) você precisa aumentar o espaço na escola colocando restaurantes e espaços esportivos."
A outra variável que provoca melhora é a qualidade do professor. O estudo mostrou que um bom professor em sala de aula tem o impacto de 9,6 pontos no Saeb, 20 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e 68% de melhoria do desempenho do aluno. "Tem um enorme impacto entre se consultar um bom ou um mau médico. Com o professor também é assim, mas a gente não valoriza a profissão e deixa o profissional mais experiente migrar para a rede privada", destacou o pesquisador. Ainda de acordo com ele, o impacto no Saeb com professor experiente seria de 3,3 pontos.