Cerca de metade dos jogos originais que tenho eu nunca terminei ou nunca joguei, e olha que tem jogos realmente bons no meio, como Resident Evil 4 e Quake II.
Comprei um box da quarta temporada de House por 9 reais e tá lacradinho até agora, não vi nenhum dos DVDs.
Tenho mais livros no meu PC do que seria capaz de ler na vida, e ainda assim os únicos que andei lendo razoavelmente são os do H. P. Lovecraft, dos quais já li mais da metade.
Fora perguntas do tipo... quem jogaria 8.437 + 13.337 + 393 + 1.861 + 1.071 + 376 + 910 + 1.926 jogos de diferentes sistemas de videogame, incluindo todas as versões alternativas?
Em parte talvez seja porque às vezes o que queremos não é realmente usufruir, mas apenas ter acesso a esse conteúdo cultural. Seria algo como montar nossa própria enciclopédia, da qual podemos não ler quase nada, mas caso seja necessário consultar, está sempre lá. Em outra parte pode ser apego emocional mesmo.
Sempre tive costume de guardar até coisas como ingressos de filmes aos quais eu gostei de ter assistido no cinema, talvez devido a um certo impulso que sempre tive de documentar tudo que fosse ao menos marginalmente interessante na minha vida. Com o tempo aprendi o quanto isso pode virar um peso que arrasta a vida da gente e passei a de tempos em tempos dar uma olhada no que posso ou devo jogar fora.