Que dívida? Não foi esse pobre branco quem escravizou sem lá qual descendente desse negro rico. Agora vou ter que responder também pelos supostos crimes de todos os meus antepassados? E se o raciocínio é esse, também não é culpa dos brancos ricos a pobreza dos pretos pobres.
No direito hoje, sobretudo criminal, mas também nos demais ramos, é o método marxista que reina soberano. Dessa forma, a desigualdade social é analisada do ponto de vista da luta de classes e de que o Estado é instrumentalizado por uma classe dominante,, pautada no capital.
Ganha força a tese marxista, principalmente no direito criminal, em que há provas cabais de que todo o sistema punitivo é voltado para criminalização de classes marginalizadas, ou pobres mesmo. Até mesmo os crimes prevêem penas muito mais severas para proteção do patrimônio do que para outras coisas. A criminalidade de colarinho branco é praticamente ignorada. Não há investigação, nem estrutura para combate a estes crimes e a legislação é branda.
Assim, a proposta é de que o direito deve ser confeccionado do ponto de vista das classes marginalizadas e oprimidas pelo Estado e sociedade burguesa.
Enquanto na economia as teses marxistas não tem vez ou são defendidas por uma minoria, no direito o marxismo reina absolutamente soberado. Praticamente não há espaço para teorias contrárias no meio acadêmico.