Eu não estou chamando vendedores legalizados de "traficantes", mas dizendo que, mesmo havendo venda legalizada, haveria possibilidade de continuar havendo tráfico (como há de tabaco), explorando variedades não fornecidas por produtores/comerciantes autorizados. Seria provavelmente mais caro, mas a proibição não impediu o restante das drogas de baixarem os preços ao longo dos anos, então não sei se seria fundamentalmente diferente nesse caso.
Tenderiam sempre a ser variedades "de luxo" em comparação às autorizadas (supondo que a produção autorizada fosse inteligente e objetivasse vencer o tráfico por preço), mas ainda assim provavelmente boa parte dos maconheiros não se importariam de comprar, dado que não se importam agora (e quanto ao entendimento do porque fazem, é por serem viciados e/ou simplesmente não se importarem com as conseqüências de financiar gangues criminosas). Apenas bradariam pelo direito de fumar todas as variedades que alguém inventar, se colocando sempre como coitadinhos e etc.
Ainda seria provavelmente uma considerável queda no lucro das gangues financiadas pelos drogados, mas não seria como se o nicho desaparecesse completamente. Apenas perderiam as maconhas "de pobre" (se a produção autorizada desse conta e fosse mais barata), mas ainda haveria maconhas de mais "status", que podeiram ainda ser lucrativas, como são outras drogas "de luxo".