Autor Tópico: É bom... mas não gosto  (Lida 5060 vezes)

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Offline Dr. Manhattan

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É bom... mas não gosto
« Online: 11 de Julho de 2012, 13:59:10 »
Tópico sobre certos produtos culturais os quais reconhecemos como tendo muitas qualidades, mas que por um motivo ou outro não conseguem nos agradar. Vejam que não me refiro a filmes/livros/peças/músicas/etc. ruins, segundo o seu critério pessoal, mas sim os que você mesmo considera bons, mas que não lhe inspiram ou causam emoção (além do tédio ou nojo, talvez :)).

No meu caso:

Ópera. Sei porque muita gente gosta de ópera; reconheço a qualidade artística de várias delas mas, com raras excessões (i.e. Mozart e Gilbert & Sullivan) não consigo apreciar esse tipo de show. Gosto de algumas árias e duetos, mas aqui me refiro à peça completa.

Clarice Lispector. Tive que estudar vários textos de Clarice no colégio. É fácil perceber a qualidade da obra dela, mas não consigo me fazer ler nem mesmo seus menores contos sem cair no sono.

Ingmar Bergmann. Sei que os filmes dele são bem feitos e têm coisas importantes a dizer, mas prefiro ficar apreciando o subtexto existencialista dos desenhos do Bob Esponja do que ficar vendo gente deprimida em preto e branco.

Picasso. Precisa descrição?

Existem outros, mas estes são os que lembro agora.



 
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Alan Watts

Offline Barata Tenno

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #1 Online: 11 de Julho de 2012, 17:26:02 »
Rock progressivo, Clarisse, Bjork..... Vou pensar em mais coisas....
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Offline Südenbauer

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #2 Online: 11 de Julho de 2012, 17:40:22 »
Red Hot Chili Peppers, só gosto de algumas músicas, das quais gosto muito, mas não tem como negar o papel deles como uma das mais importantes bandas dos últimos tempos.

Penso o mesmo de ópera. A maior parte é chata, parece só encher linguiça para os melhores momentos.

Os filmes do Tarkovsky e do Béla Tárr. Reconheço a beleza estética, mas acho muito chato de assistir.

Offline Cumpadi

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #3 Online: 11 de Julho de 2012, 17:54:49 »
Não considero nada que acho ruim, "bom". Mas se o que você quis dizer são coisas que os "intelectuais" acham bom, mas eu acho ruim, acho que incluo a maior parte da literatura brasileira e portuguesa, a maior parte dos livros que eu tive de ler para o vestibular (sendo a única exceção o "Capitães de Areia")  como as obras de Machado de Assis (me foram *tão* marcantes que nem me recordo o nome delas), sem contar com a obra de outros autores que nem o nome me lembro.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Feynman

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #4 Online: 11 de Julho de 2012, 18:31:17 »
Red Hot Chili Peppers...

O tópico se refere a coisas com qualidades.     :P
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Muad'Dib

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #5 Online: 11 de Julho de 2012, 18:39:53 »
Red Hot Chili Peppers, só gosto de algumas músicas, das quais gosto muito, mas não tem como negar o papel deles como uma das mais importantes bandas dos últimos tempos.

Penso o mesmo de ópera. A maior parte é chata, parece só encher linguiça para os melhores momentos.

Os filmes do Tarkovsky e do Béla Tárr. Reconheço a beleza estética, mas acho muito chato de assistir.

Com raras excessões, eu não gosto de filmes em preto e branco.

Elis Regina, apesar de adorar músicas com mulheres cantando, eu não sou muito chegado.

Tarkovsky e Tarr são russos?
Cinema russo é uma chatice.

Offline Rocky Joe

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #6 Online: 11 de Julho de 2012, 19:04:03 »
Tem filmes que pedem preto e branco. Já imaginou O Homem Que Não Estava Lá colorido? Manhattan? Filmes noir, em geral?

Elis Regina é um bom exemplo de coisa boa mas que muita gente não gosta. :P Bob Dylan, outro.

(Eu gosto dos dois.)

O Taar é húngaro.

Citar
Rock progressivo, Clarisse, Bjork..... Vou pensar em mais coisas....

Também acho rock progressivo um tanto chatinho. A Björk, bem, eu gosto mesmo é do album dela com o Sugarcubes, Life's Too Good. É um album com tanta energia.
« Última modificação: 11 de Julho de 2012, 19:23:29 por Martuchelli »

Offline Feynman

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #7 Online: 11 de Julho de 2012, 19:08:50 »
Mas sério: dificilmente um tópico deste conseguirá continuar por muito tempo sem descambar para subjetivismos ao vento. É algo bastante difícil avaliar algo objetivamente quando se gosta e, ainda mais difícil, quando não se gosta. Vamos a alguns exemplos, com a esperança de que possam avaliar objetivamente algumas coisas (do qual é necessário um mínimo de incursão pelo tema avaliado, do que mais problemas certamente surgirão - a já surgiram até aqui):

Se eu fosse elencar grandes cantoras (por enquanto), usando como categoria de análise itens como afinação, range de voz (espectro de timbres), potência de voz:

Whitney Houston
Celine Dion
Mariah Carey
Christina Aguilera

Percebam que não apresentei minhas preferências, já me adiantando que elas não se encontram nesta lista (posso mencioná-las mais tarde). Ou seja, gostaria de ver aqui a capacidade de discernimento entre o que se gosta e entre o que possui qualidades que transcendem meros subjetivismos. Ainda, abaixo, os comentários negativos são subjetivismos meus, o porquê de eu não gostar, e, os positivos, são relativamente consenso, mas naturalmente discutíveis:

Bandas que não gosto, e que objetivamente guardam qualidades:

Pink Floyd
Deep Purple
E coisas parecidas...

Autores:

Machado de Assis (além de chato, muito chato, não tem nada a transmitir... mas é um grande estilista da língua, do que sua posição de f@dã@ estará pra sempre garantida - acho)
Clarice (chato - mas muito bem escritos, seus livros)
Sartre (bom escritor - não foi Nobel por acaso - e interessante, mas só até se conhecer, por exemplo, Hesse).

Só exemplos ao vento, naturalmente.

Filmes que não gosto:

Quase todos os do Tim Burton (qualidades artísticas indiscutíveis, ambientação peculiar e original... mas muuito artificial e indigesto, para mim. Exceção para "Peixe Grande")
Quase todos os preto e branco.
Quase todos os da Disney, exceto os da Pixar.

Em relação a bandas, fica muito difícil. A maioria absoluta é composta por músicos medíocres que chegam ao estrelato por motivos vários, mas praticamente todos além do talento musical para se tocar um instrumento e compor. Exceção absolutíssima: Dream Theater (professores de música de faculdades, além de instrumentistas virtuoses: Petrucci e Portnoy são referências, cada um em seu insrtrumento). E, mais uma vez, não é muito a minha praia.
Já outros não são virtuoses, mas me agradam muito mais (a subjetividade falando). (dica de algo muito simples e meigo... e muito mais musical  que este mar de estrelinhas sem brilho: http://www.youtube.com/watch?v=FlDGFrP4NgI)

Bem, continuemos...
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Offline Rocky Joe

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #8 Online: 11 de Julho de 2012, 19:24:35 »
Citação de: Feynman
Machado de Assis (além de chato, muito chato, não tem nada a transmitir... mas é um grande estilista da língua, do que sua posição de f@dã@ estará pra sempre garantida - acho)

Eu discordo que machado não tenha nada a transmitir. É a impressão que tive quando li alguns dos seus romances, mas é uma impressão que desapareceu quando eu li seus contos. Aproveitando que estamos na net:

O Espelho.
Um Apólogo.

Outro escritor me parece caber na sua descrição de Machado: Marcel Proust.

Offline Rocky Joe

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #9 Online: 11 de Julho de 2012, 19:50:36 »
Tava aqui pensando que talvez Kurosawa seja um dos diretores com nada a acrescentar. Mas seus filmes envolvem e emocionam o espectador (alguns, ao menos, ao qual me incluo). Então fico pensando até que ponto é importante ter algo novo a dizer. Kurosawa chama a atenção ao que todos sabem, não há algo novo, mas mesmo assim emociona. Bem, emociona alguns, ao menos. Machado talvez esteja numa situação similar. Mas vamos lá aos meus exemplos:

Filmes do Fellini. Nah, estou brincando. Eu amo Os Boas Vidas, e acho curiosíssimo Amarcord, e ainda tenho muitos filmes dele para ver. Mas quase todo mundo que conheço, não gosta dos seus filmes. Tenho a impressão que é porque um dos grandes assuntos do Fellini é a vida provinciana, e como a maior parte da platéia não vivenciou isso hoje em dia, não consegue se relacionar com o que vê na tela (não é o meu caso). Mas pode ser outra coisa. Não sei.

Guerra nas Estrelas. Provavelmente porque vi quando tinha lá pelos 18 anos já e talvez porque tanta coisa copia Guerra nas Estrelas, que nada me chamou a atenção.

Rolling Stones. O que mais me "incomoda" é o vocal. A banda obviamente tem qualidade, mas... Não gosto.

Radiohead. Porque é triste demais. Não "trágico", mas... meio coisa de geração desanimada, apática. Exceção ao album Kid A, que gosto.

Wilco, Andrew Bird. Copio as palavras do Manhattan: o que considero bom, mas não me inspira ou causam emoção.

Se pensar em mais coisa, posto depois...
« Última modificação: 11 de Julho de 2012, 19:59:30 por Martuchelli »


Offline Muad'Dib

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #11 Online: 11 de Julho de 2012, 21:25:11 »

Picasso. Precisa descrição?

Devemos entender o enunciado como "é tido pelas elites [pseudo-]intelectuais como bom, mas não gosto".

Abaporu da tarcila do amaral. Acho medonho.


Offline Unknown

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #12 Online: 11 de Julho de 2012, 22:18:29 »
Blues e Jazz. Aprecio algumas músicas e reconheço o talento dos músicos, mas no geral acho um tédio ficar ouvindo.

Arte contemporânea. Em geral quando vou ver/apreciar/etc arte, gosto de entender antes o estilo do autor e sua linha de trabalho/pensamento porque não sou bom em perceber esse tipo de coisa. O problema é que raramente há como fazer isso com artistas pouco conhecidos fora do meio, o que faz com que eu goste de Guernica mas tenha mais dificuldades com obras de Idmach. Por isso minha visita ao MAC de Niterói valeu mais pela arquitetura do prédio do que pelo acervo. As raras exceções foram em uma Bienal onde havia um monitor (que por explicar tudo preenchia minhas falhas de percepção) e com um quadro abstrato que vi no Paço Imperial há alguns anos, cujo sentido me saltou aos olhos assim que li o título e olhei o quadro. Foi ali que entendi o que queria dizer epifania.

Björk. Apesar de gostar de algumas músicas dela (a versão dela de It's oh so quiet é maravilhosa), no geral o estilo dela é tão diferente dos padrões aos quais estou acostumado que, na maioria das vezes, o que sinto ao ouvir uma música dela é estranheza. Mais ou menos o mesmo que sinto ao ouvir músicas sérvias, búlgaras, mongóis, e etc.

Há mais só que não me ocorrem agora.

"That's what you like to do
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And when I'm dead and gone
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #13 Online: 11 de Julho de 2012, 23:47:20 »
[...]
Bandas que não gosto, e que objetivamente guardam qualidades:

Pink Floyd
Deep Purple
E coisas parecidas...
[...]

[...]
Guerra nas Estrelas. Provavelmente porque vi quando tinha lá pelos 18 anos já e talvez porque tanta coisa copia Guerra nas Estrelas, que nada me chamou a atenção.
[...]

Dois físicos blasfemos.  :P
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #14 Online: 12 de Julho de 2012, 00:07:45 »
Está provado, eu sou um ET.

Gosto de jazz, principalmente do 'velhão', seja Nat King Cole, ou Miles Davis/Charlie Parker, assim como Weather Report ou Chick Corea, acho Diana Krall 'boazinha' e a Norah Jones um saco, adoro rock progressivo, acho os vocais do Mick Jagger excepcionais, principalmente porque se reparar faz um vocal diferente para cada música, acho a Björk das melhores coisas que aconteceram na música depois dos 90, além de adorar Fellini dois dos meus filmes preferidos são Stalker e Solaris (de Tarkovsky), gosto muito dos filmes de Tim Burton (excetuando o Pais das Maravilhas, que não consegui ver até o fim, coisa rara) e estou bem sentindo um cara bem, bem esquisito :)

Bom, a minha infància toda e adolescência sempre me senti um esquisitão. Pensando bem, aprendi a fingir bem, e perdi o pudor em outros casos, mas continuo sendo um esquisitão :)

Coisas 'aparentemente' boas que acho chatas ? Algumas óperas, muito longas, principalmente O Anel dos Nibelungos que o meu pai acha genial e eu não passo dos dois primeiros acordes, embora tenha partes excepcionais, dava para fazer tudo em 30 minutos :)

Acho Lars Von Trier um saco , excetuando Dogville, acho 'O que o Vento Levou' o filme mais intragável dos últimos 700 anos, contando uns 500 para frente. Acho Nicole Kidman uma atriz medíocre. Acho chatos os últimos filmes de Woody Allen, excetuando 'Match Point'

Ninguém mencionou '2001' porque não viram ou porque gostaram ? A minha classe inteira no ginásio teve oportunidade de ver, de graça, matando aula, e o pessoal dormiu o filme todo, só dava eu assistindo...

Sim, quanto mais convencional, mais detesto. No centro das coisas que abomino nesse nível estão as novelas da grobo e faustinho, assim em minusculo porque não merece mais. Curiosamente, acho o JN um bom jornal, mesmo que caretão, o nível das reportagens é acima da média e a qualidade das informações é boa. Agora, Globo Repórter é a confissão da grobo de que não sabe fazer documentário. Documentário da Amazônia ou Pantanal, sem informação nenhuma, com comentários do tipo 'a ave voa por cima da água', não me diga, achei que ela nadasse...

Documentários bons, só da Band e de antes dos anos 90.

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Offline Feynman

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #15 Online: 12 de Julho de 2012, 00:19:10 »
Citação de: Feynman
Machado de Assis (além de chato, muito chato, não tem nada a transmitir... mas é um grande estilista da língua, do que sua posição de f@dã@ estará pra sempre garantida - acho)
Eu discordo que machado não tenha nada a transmitir. É a impressão que tive quando li alguns dos seus romances, mas é uma impressão que desapareceu quando eu li seus contos.

Foi o que eu disse em relação aos meus comentários negativos: são subjetivismos.    :-)
O meu problema é que só fui ler Machado quando já tinha conhecido Goethe, Camus e Hermann Hesse. E daí já era. TODA a literatura brasileira já era.   :vergonha:

EDIT: Toda a que eu conheci, é claro.   :P
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #16 Online: 12 de Julho de 2012, 00:59:44 »
Já leu Guimarães Rosa ?
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #17 Online: 12 de Julho de 2012, 01:14:54 »
Nope. :-)   Já tive o Grande Sertão nas mãos, mas protelei muito. Outras coisas vieram e nem cheguei a começar. Estou perdendo muito? Um cara que gostei foi o Carlos Heitor Cony.
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #18 Online: 12 de Julho de 2012, 01:20:38 »

Dois físicos blasfemos.  :P

:-)    Quando se acostuma com o contraponto de Bach, aquelas viagens intermináveis do Pink Floyd ficam sem sentido.
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #19 Online: 12 de Julho de 2012, 07:37:09 »
Nope. :-)   Já tive o Grande Sertão nas mãos, mas protelei muito. Outras coisas vieram e nem cheguei a começar. Estou perdendo muito? Um cara que gostei foi o Carlos Heitor Cony.

Grande Sertão mas diria principalmente Sagarana.
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #20 Online: 12 de Julho de 2012, 07:38:23 »

Dois físicos blasfemos.  :P

:-)    Quando se acostuma com o contraponto de Bach, aquelas viagens intermináveis do Pink Floyd ficam sem sentido.

Talvez até eles concordem :)
Mas prefiro Floyd, pelo menos foi escrito no mesmo século em que nasci. Agora o esquisitão é você :)
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #21 Online: 12 de Julho de 2012, 08:45:48 »
Dois físicos blasfemos.  :P

:-)    Quando se acostuma com o contraponto de Bach, aquelas viagens intermináveis do Pink Floyd ficam sem sentido.

Eu condicionei os meus ouvidos a aceitarem ambos, de bom grado.
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #22 Online: 12 de Julho de 2012, 08:53:44 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Rocky Joe

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #23 Online: 12 de Julho de 2012, 09:25:44 »
Citar
Foi o que eu disse em relação aos meus comentários negativos: são subjetivismos.    :-)
O meu problema é que só fui ler Machado quando já tinha conhecido Goethe, Camus e Hermann Hesse. E daí já era. TODA a literatura brasileira já era.   :vergonha:

EDIT: Toda a que eu conheci, é claro.   :P

Minha situação é mais ou menos a mesma. Lembro que no ensino médio, lia os resumos na internet dos livros que tinha que ler, e em casa lia Dostoiévski, Kafka... Depois de sair da escola, só li Machado de literatura brasileira e algumas coisas mais recentes, como Rubem Fonseca.

Gosto muito do "Estrangeiro" do Camus. Goethe, eu só comecei a ler Werther, mas achei o protagonista muito afetadinho, e parei. Então é um bom exemplo para o tópico: considero bom, mas não gosto. O personagem me irrita o suficiente para eu não querer ler. Tenho puta vontade de ler Fausto... Mas é uma daquelas leituras exigentes que eu sempre vou deixando para quando "tiver muito tempo e cuca fresca"... hehe.

Citar
Ninguém mencionou '2001' porque não viram ou porque gostaram ? A minha classe inteira no ginásio teve oportunidade de ver, de graça, matando aula, e o pessoal dormiu o filme todo, só dava eu assistindo...

Eu achei 2001 chatinho. Não me interessei pelo tema, que me pareceu ser 'a resposta para a existência e tudo o mais'. Não lembro quase nada do filme. :lol:

Offline Feynman

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #24 Online: 12 de Julho de 2012, 19:26:15 »

Dois físicos blasfemos.  :P

:-)    Quando se acostuma com o contraponto de Bach, aquelas viagens intermináveis do Pink Floyd ficam sem sentido.

Talvez até eles concordem :)
Mas prefiro Floyd, pelo menos foi escrito no mesmo século em que nasci. Agora o esquisitão é você :)

Quando se trata de música, certamente muita coisa me agrada hoje. Mas sejamos objetivos: em termos de explorar toda a potencialidade harmônica de uma progressão, de explorar todos os caminhos possíveis para uma consonância de várias notas sendo tocadas ao mesmo tempo, e com melodias concomitantes formando um todo maior que estas mesmas, e levando a composição a um ápice de teoria musical, a humanidade presenciou um máximo com o período barroco e um pouco depois. Desde então, temos explorado "apenas" (o que talvez seja tudo o que precisamos) notas de rodapé de Bach. Por exemplo, sou um daqueles Beatlemaníacos, que gosta de 98,75% de tudo o que os Beatles gravaram. E sou o primeiro a bradar como o que faziam George, Paul, e Lennon (tinha aquele quarto cara também :-)) era, em termos de exploração musical, um mindinho, talvez nem isso, de Bach.

Mas é como o Mr. Holland disse (em relação a outro conjunto): "These guys can't sing, and they have absolutely no harmonics. They're playing the same 3 chords over and over again. And I love it!".   Totalmente de acordo.       :ok:
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