Autor Tópico: É bom... mas não gosto  (Lida 5061 vezes)

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Offline _tiago

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #25 Online: 12 de Julho de 2012, 20:58:18 »
Citação de: Feynman
Machado de Assis (além de chato, muito chato, não tem nada a transmitir... mas é um grande estilista da língua, do que sua posição de f@dã@ estará pra sempre garantida - acho)
Outro escritor me parece caber na sua descrição de Machado: Marcel Proust.
Eu já acho que Proust tem algo a transmitir, ainda que de forma, em geral, densa. Samuel Beckett se enquadra nisso e, talvez, Thomas Pyncon. Mas dei uma parada na leitura de ambos.
« Última modificação: 12 de Julho de 2012, 21:00:23 por _tiago »

Offline FZapp

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #26 Online: 12 de Julho de 2012, 23:35:44 »

Eu achei 2001 chatinho. Não me interessei pelo tema, que me pareceu ser 'a resposta para a existência e tudo o mais'. Não lembro quase nada do filme. :lol:

Eu recomendaria a que tente ver de novo. Pense que na verdade o protagonista é Hal :)
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Offline Rocky Joe

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #27 Online: 14 de Julho de 2012, 09:27:50 »
O Hal foi a única coisa que me interessou ali.

Agora, um povo vai se descabelar:

Led Zeppelin. A banda alcançou o que pretendeu alcançar, não nego. Mas não tenho o menor interesse no que a banda pretende. Tá aqui o começo do heavy metal, o único gênero do rock que meus ouvidos não gostam.

Offline FZapp

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #28 Online: 14 de Julho de 2012, 11:33:22 »
Eu gosto de Led Zeppelin hoje pelo que significou para mim. Embora a qualidade da banda fosse decaindo, teve discos memoráveis, principalmente os primeiros cinco. Para mim a qualidade da banda estava mais no background de John Bonham e John Paul Jones que nos 'astros' da frente; embora Jimmy Page fosse um compositor excelente, como executor tinha altos e baixos, assim como os trejeitos de Rob Plant. São importantes pelo que significaram.
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Offline FZapp

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #29 Online: 14 de Julho de 2012, 11:52:51 »
O Hal foi a única coisa que me interessou ali.

(...)

Ainda bem, ele na verdade, e os conflitos com Bowman, são o centro da historia. É uma historia sobre o futuro. O futuro da espécie, o futuro da inteligência, o futuro em si. As imagens do 'olho' de HAL olhando Bowman são memoráveis. Aliás, 'Alien' faz referência também ao mesmo assunto iniciado por 2001, se não percebeu ;)

(Supostamente o nome 'HAL' vem das letras precedentes a IBM, nunca encontrei uma prova disto, mas tudo indica que é um tipo de homenagem).

No livro (e fime) 2010 além da explicação dos motivos da psicose de HAL, há uma forma de inocentá-lo (coisa que o mesmo Bowman já tinha feito ao perceber que HAL quis no fim proteger a todos). Essa 'compreensão' do dilema ético de HAL é inédito não só nos filmes, senão na ciência-ficção. Isso é que é ciência-ficção e não robozinhos matando ETs. Stalney Kubrick pediu isso a Clarke, queria fazer 'O' filme de ciência-ficção.

Casualmente anos depois Starkovsky filmou outro clássico do gênero da ciência-ficção: Solaris. A crítica da época, influenciada pela guerra fria, a interpretaram como "a resposta russa a '2001'", nada mais imbecil para dizer, primeiro porque Tarkovsky era claramente contra os comunistas, e filmou na Suécia, depois exilando-se em Itália. Segundo porque o filme não tem relação com 2001, claro que Tarkovsky adorava ciência-ficção, mas ele se sentiu atraído pela idéia da incompreensão entre as raças, um assunto que NENHUM outro filme tem. Nenhum. E é uma coisa que Hollywood não entende, o que demonstra o fiasco total que foi a sua refilmagem, centrada no conflito psicológico, que fica artificial sem estes fatos.

A cena final de Solaris também é memorável, para quem não tem saco de ver o filme todo, pode ver esta parte:

<a href="http://www.youtube.com/v/5_0UPh5FELg" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/5_0UPh5FELg</a>



« Última modificação: 14 de Julho de 2012, 12:03:05 por FZapp »
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #30 Online: 15 de Julho de 2012, 20:07:14 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P
(Puxa, isso é o tipo de coisa que encafifa a gente... Eu sempre achei que o que eu gosto é justamente o que acho bom. Oh, céus! Agora é a farpa da dúvida a me ferir! Perdi minha ignorante inocência!)

Liga não que o mundo tá cheio dessas doideiras assim. Só de ler um título desses, já dá para ver (foi o que me chamou a atenção para ler, tamanha sensação imediata de incongruência que causa). É a religiosidade humana, o pensamento mágico, o tal duplipensamento, talvez; coisa que eu jamais alcançarei por isso estar muito acima de todas as minhas possibilidades.

Bom, pelo menos alguém não parou para considerar uma coisa dessas a sério.


Coisa que eu acho/(é--?) bom mas num gosto...  essa é boa demais! MAS NUM GOSTO!!!

aaaaaaaaahahahahahahahahahahahahahahahahaha!!!!!!!!!!!!!

E o de bom tamanho (para diferenciar do grande Feynman -- o Richard) Feynman fez grandes considerações a partir de profunda erudição musical...

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Offline Dr. Manhattan

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #31 Online: 15 de Julho de 2012, 21:36:52 »
O Hal foi a única coisa que me interessou ali.

(...)

Ainda bem, ele na verdade, e os conflitos com Bowman, são o centro da historia. É uma historia sobre o futuro. O futuro da espécie, o futuro da inteligência, o futuro em si. As imagens do 'olho' de HAL olhando Bowman são memoráveis. Aliás, 'Alien' faz referência também ao mesmo assunto iniciado por 2001, se não percebeu ;)

(Supostamente o nome 'HAL' vem das letras precedentes a IBM, nunca encontrei uma prova disto, mas tudo indica que é um tipo de homenagem).

No livro (e fime) 2010 além da explicação dos motivos da psicose de HAL, há uma forma de inocentá-lo (coisa que o mesmo Bowman já tinha feito ao perceber que HAL quis no fim proteger a todos). Essa 'compreensão' do dilema ético de HAL é inédito não só nos filmes, senão na ciência-ficção. Isso é que é ciência-ficção e não robozinhos matando ETs. Stalney Kubrick pediu isso a Clarke, queria fazer 'O' filme de ciência-ficção.

Casualmente anos depois Starkovsky filmou outro clássico do gênero da ciência-ficção: Solaris. A crítica da época, influenciada pela guerra fria, a interpretaram como "a resposta russa a '2001'", nada mais imbecil para dizer, primeiro porque Tarkovsky era claramente contra os comunistas, e filmou na Suécia, depois exilando-se em Itália. Segundo porque o filme não tem relação com 2001, claro que Tarkovsky adorava ciência-ficção, mas ele se sentiu atraído pela idéia da incompreensão entre as raças, um assunto que NENHUM outro filme tem. Nenhum. E é uma coisa que Hollywood não entende, o que demonstra o fiasco total que foi a sua refilmagem, centrada no conflito psicológico, que fica artificial sem estes fatos.

A cena final de Solaris também é memorável, para quem não tem saco de ver o filme todo, pode ver esta parte:

<a href="http://www.youtube.com/v/5_0UPh5FELg" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/5_0UPh5FELg</a>





Sobre 2001: reclamar que os personagens desse filme são aborrecidos é meio que cair numa versão artística da lei de Poe. Eles eram aborrecidos de propósito. Muitos críticos confundem a falta de sentimentalismo do Kubrick com falta de humanidade*, mas creio que todos os seus filmes são, na verdade, profundamente humanos. Ele parece estar tentando nos dizer repetidas vezes que devemos amar o que nos torna humano de forma completa: tanto o lado bom, quanto o ruim (como nosso instinto para violência - ver "Laranja Mecânica") . Segundo o Kubrick, é na negação da nossa humanidade, seja pela busca do poder a qualquer custo, seja pela busca do conhecimento, que está o nosso pior pecado (vide as cenas da "sala de guerra" de Dr. Strangelove). No caso de 2001, ele mostra o que ele temia ser uma perda de humanidade causada pela nossa excessiva dependência de tecnologia. De tal forma que os próprios humanos no filme acabam se parecendo com máquinas. A grande ironia do Kubrick é que o personagem mais humano do filme é justamente o computador. A cena-chave de 2001 é então o momento em que Bowman tenta desligar Hal. Bowman, pela primeira vez no filme, mostra um traço de humanidade, pedindo para Hal cantar para ele. E no final desse duelo, é um humano que entra no stargate.

Sobre Solaris: realmente, o tema tanto do filme do Tarkovsky quanto do livro do Lem é a incapacidade de comunicação - mas não só entre as espécies, mas também entre os humanos! Note que nessa história parece haver uma incompreensão mútua entre o protagonista e sua esposa (tanto a original, que se matou, quanto a cópia). O oceano apenas amplifica essa falta de conexão, e serve também como espelho para mostrar que é esse o problema central dos humanos. Inclusive, no livro (se me lembro bem) o protagonista diz que as pessoas viajam ao espaço procurando apenas o que já conhecem, como se os outros planetas fossem espelhos para nos mostrar quem somos (ou algo parecido, faz muitos anos que li o livro).

*É interessante contrastá-lo com Spielberg, que O diretor sentimentalista.
« Última modificação: 15 de Julho de 2012, 21:42:41 por Dr. Manhattan »
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Alan Watts

Offline Südenbauer

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #32 Online: 16 de Julho de 2012, 01:00:36 »
Red Hot Chili Peppers...

O tópico se refere a coisas com qualidades.     :P
Putz, cara, sério? Pega Scar Tissue, por exemplo, a maneira como a letra se relaciona com o ritmo e a melodia, é coisa que só o Kiedis faz.E ainda intercalando um estilo de cantar meio hip hop com partes mais melódicas, bah, eu acho aquilo genial.

Sem falar na guitarra do Frusciante e no baixo do Flea.

Offline Unknown

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #33 Online: 16 de Julho de 2012, 23:31:03 »
[...]
E o de bom tamanho (para diferenciar do grande Feynman -- o Richard) Feynman fez grandes considerações a partir de profunda erudição musical...

Eu si divirtu!
Por causa de uma divergência de opinião você decidiu você decidiu que vai perseguir provocando e ironizando o Feynman pelo resto da vida? Isso vai contra as regras do fórum.
Citar
[...]
Art. 24 – É proibido aos foristas:
[...]
XIV – Perseguir e afugentar foristas em razão de religião, gênero, orientação sexual, posição política, ideológica e filosófica e similares;
Por causa disso você está recebendo um cartão amarelo. Por ser o terceiro acumulado você está suspenso.

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And when I'm dead and gone
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Offline Price

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #34 Online: 17 de Julho de 2012, 17:27:07 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P

Creio que o autor quis dizer: "É bom para os outros/É bom no senso-comum, mas eu não gosto."
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Barata Tenno

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #35 Online: 17 de Julho de 2012, 17:50:48 »
Nem isso, tem varias coisas que tem razões lógicas para serem consideradas boas ou de qualidade alta e que nosso gosto subjetivo não aprecia.

O inverso também acontece., por exemplo, os Ramones não tem uma técnica muito boa, as letras não são extremamente elaboradas e cheias de significados, mas eu me sinto feliz ao ouvir. O mesmo não acontece ouvindo Milton Nascimento, ótima técnica, letras extremamente bem feita, elaborada, cheia de truques de linguagem.... e me da sono.....
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Offline Muad'Dib

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #36 Online: 17 de Julho de 2012, 18:18:04 »
Nem isso, tem varias coisas que tem razões lógicas para serem consideradas boas ou de qualidade alta e que nosso gosto subjetivo não aprecia.

O inverso também acontece., por exemplo, os Ramones não tem uma técnica muito boa, as letras não são extremamente elaboradas e cheias de significados, mas eu me sinto feliz ao ouvir. O mesmo não acontece ouvindo Milton Nascimento, ótima técnica, letras extremamente bem feita, elaborada, cheia de truques de linguagem.... e me da sono.....

<a href="http://www.youtube.com/v/z6Xae9jsqxU" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/z6Xae9jsqxU</a>

Ramones não tinham uma técnica boa, as letras não são extremamente elaboradas (Tá brincando né? "DDD did a job on me...") e tal, mas eles eram bons demais. São ícones. Entraram para a história.

Milton Nascimento me dá sono também.

Caetano e Gil, tirando o Unpluged mtv do gil, Circuladô de Fulô do caetano e a música Haiti, eu não consigo ouvir.

Aquela banda da Marisa Monte (que eu adoro) com o Carlos Brown (que eu odeio)e o arnaldo antunes (que eu não entendo) deeria ser uma coisa boa e no fim das contas era uma merda.

Eu odeio queijo e banana também. Em compensação adoro miúdo de galinha.


Offline Muad'Dib

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #37 Online: 17 de Julho de 2012, 18:22:40 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P

Creio que o autor quis dizer: "É bom para os outros/É bom no senso-comum, mas eu não gosto."

Segundo o senso comum mundial e a ABL, Paulo Coelho é bom pacarai.

Como pode um barato desse...?

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #38 Online: 17 de Julho de 2012, 19:10:23 »
Nem isso, tem varias coisas que tem razões lógicas para serem consideradas boas ou de qualidade alta e que nosso gosto subjetivo não aprecia.

O inverso também acontece., por exemplo, os Ramones não tem uma técnica muito boa, as letras não são extremamente elaboradas e cheias de significados, mas eu me sinto feliz ao ouvir. O mesmo não acontece ouvindo Milton Nascimento, ótima técnica, letras extremamente bem feita, elaborada, cheia de truques de linguagem.... e me da sono.....

Não se enquadra no que eu disse, mas se enquadra na descrição do tópico.
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #39 Online: 17 de Julho de 2012, 19:15:51 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P

Creio que o autor quis dizer: "É bom para os outros/É bom no senso-comum, mas eu não gosto."

Segundo o senso comum mundial e a ABL, Paulo Coelho é bom pacarai.

Como pode um barato desse...?
A Bíblia é o livro mais vendido do mundo, isso não a faz o melhor de todos os livros.
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Offline Rocky Joe

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #40 Online: 17 de Julho de 2012, 19:19:59 »
Os Ramones conseguiam fazer música pop no seu mais cru, sem enfeite algum. E isso tem lá seu valor. Para quem acha "fácil", tenta fazer igual.

Eu só ouvi o primeiro album deles, que achei divertido.

Tô me lembrando daquela música:

Hey, little girl! I wanna be your boyfriend. Do you love me baby? What can i say? I want be your boyfriend!

É a música de amor genérica, resumida ao máximo. :D

Offline Muad'Dib

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #41 Online: 17 de Julho de 2012, 19:21:47 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P

Creio que o autor quis dizer: "É bom para os outros/É bom no senso-comum, mas eu não gosto."

Segundo o senso comum mundial e a ABL, Paulo Coelho é bom pacarai.

Como pode um barato desse...?
A Bíblia é o livro mais vendido do mundo, isso não a faz o melhor de todos os livros.

Mais vendido, não lido.

A biblia é tipo um pé-de-coelho. As pessoas tem só por ter. Para dar sorte.

Quem compra PC, lê. Segundo o senso comum PC é bom.

Mas não é.

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #42 Online: 17 de Julho de 2012, 19:58:30 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P

Creio que o autor quis dizer: "É bom para os outros/É bom no senso-comum, mas eu não gosto."

Segundo o senso comum mundial e a ABL, Paulo Coelho é bom pacarai.

Como pode um barato desse...?
A Bíblia é o livro mais vendido do mundo, isso não a faz o melhor de todos os livros.

Mais vendido, não lido.

A biblia é tipo um pé-de-coelho. As pessoas tem só por ter. Para dar sorte.

Quem compra PC, lê. Segundo o senso comum PC é bom.

Mas não é.
Se é lido ou não eu não sei. Existem outros livros que foram mais vendidos que os do PC que não são necessariamente bons, mesmo que tenham sido lidos, e livros que certamente foram mais lidos e não foram mais vendidos que os de PC, o que não são necessariamente melhor que os do referido.
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Offline Price

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #43 Online: 17 de Julho de 2012, 19:58:59 »
Os Ramones conseguiam fazer música pop no seu mais cru, sem enfeite algum. E isso tem lá seu valor. Para quem acha "fácil", tenta fazer igual.

Eu só ouvi o primeiro album deles, que achei divertido.

Tô me lembrando daquela música:

Hey, little girl! I wanna be your boyfriend. Do you love me baby? What can i say? I want be your boyfriend!

É a música de amor genérica, resumida ao máximo. :D

É o objetivo do punk rock.
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Offline Dr. Manhattan

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #44 Online: 18 de Julho de 2012, 11:21:33 »
Pra mim é impossível pensar em algo que eu ache bom mas não goste. Se eu acho algo bom, é automático eu gostar. :P

Creio que o autor quis dizer: "É bom para os outros/É bom no senso-comum, mas eu não gosto."

É mais ou menos isso. O fato é que nem todos os critérios para se julgar um artista são subjetivos. Um pintor pode ser julgado pelo seu domínio de uma técnica, ou por sua capacidade de inovar, pelo contexto em que sua obra foi produzida, ou mesmo pela abrangência dela. O mesmo vale para outras artes. É inegável que, por exemplo, Schoenberg foi um grande inovador da música, e sei disso mesmo detestando suas peças atonais. No primeiro post citei Picasso: ele foi inovador, influente e tinha grande conhecimento de técnicas de pintura mas, por algum motivo não sinto atração pelas suas obras.*

Mais: é bom lembrarmos que nossos critérios subjetivos são mutáveis. Quando eu era adolescente, passei por uma fase em que adorava Bossa Nova. Hoje acho tremendamente aborrecida. Além disso, embora seja meio óbvio, mesmo artistas de quem gostamos podem às vezes nos desagradar. Gosto muito dos Beatles, mesmo assim acho algumas de suas músicas insuportáveis (Obladi Oblada, Revolution 9, Dig a pony, várias da fase anterior a 1966).



*Certa vez vi diversos desenhos de Picasso em um museu. Desenhos que ele fez já perto de morrer. A impressão que tive é de que eram trabalhos de Picasso... imitando Picasso.
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #45 Online: 18 de Julho de 2012, 12:40:57 »
O fato é que nem todos os critérios para se julgar um artista são subjetivos. Um pintor pode ser julgado pelo seu domínio de uma técnica, ou por sua capacidade de inovar, pelo contexto em que sua obra foi produzida, ou mesmo pela abrangência dela. O mesmo vale para outras artes. É inegável que, por exemplo, Schoenberg foi um grande inovador da música, e sei disso mesmo detestando suas peças atonais. No primeiro post citei Picasso: ele foi inovador, influente e tinha grande conhecimento de técnicas de pintura mas, por algum motivo não sinto atração pelas suas obras.

Um debate que, acho eu, se aproxima disso, é aquele travado em torno da obra Do Belo Musical, de Hanslick, um teórico musical contemporâneo de Brahms e Wagner. Ali é colocado que todas as qualidades que o ouvinte confere a uma composição musical existem na própria obra, e são reconhecidas como qualidades por fatores puramente musicais e que o ouvinte deve ser capaz de reconhecer.

O olhar subjetivo, ao que me parece, tende a invalidar o rótulo de bom/belo àquilo que ele não reconhece como tal, mas que é aceito como bom/belo por uma porção de críticos e especialistas mais capacitados que ele, às vezes.

Eu não tenho problemas em afirmar que, em pintura, por exemplo, o meu fascínio por Bruegel, o velho, é o mais puro subjetivismo e idiossincrasia do que qualquer outra coisa, pois minha explicação dessa preferência por ele em relação a outro artista, baseada em argumentos não-subjetivos, seria pouco convicente. E em música, por exemplo, eu prefiro ouvir Monteverdi a ouvir qualquer coisa pós 1750, relegando um Beethoven a um plano secundário.
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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #46 Online: 18 de Julho de 2012, 19:36:32 »
O Hal foi a única coisa que me interessou ali.

Deu vontade de perguntar: que tipo de ficção científica atrai o povo da Física? Imagino que tenha que ser hard sci-fi, ou então sair um pouco da área de expertise (por exemplo, inteligência artificial).

Offline Digão

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #47 Online: 18 de Julho de 2012, 19:48:49 »
Aliás, 'Alien' faz referência também ao mesmo assunto iniciado por 2001, se não percebeu ;)

No Prometheus o computador fala "Good morning, David" igualzinho ao 2001. :hihi: e faz mais referências que não reparei...

Isso é que é ciência-ficção e não robozinhos matando ETs. Stalney Kubrick pediu isso a Clarke, queria fazer 'O' filme de ciência-ficção.

Achei que o final do filme não ficou bom... muito em aberto e sem sentido, só entende quem leu o livro (aliás curtinho).

Offline FZapp

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #48 Online: 18 de Julho de 2012, 20:13:49 »
O final Kubrick quis deixar aberto mesmo. Os elementos descritivos que ele tem são esses, cores, imagens, associações, e não palavras.
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Offline SnowRaptor

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Re:É bom... mas não gosto
« Resposta #49 Online: 18 de Julho de 2012, 20:14:17 »
Ópera. Sei porque muita gente gosta de ópera; reconheço a qualidade artística de várias delas mas, com raras excessões (i.e. Mozart e Gilbert & Sullivan) não consigo apreciar esse tipo de show. Gosto de algumas árias e duetos, mas aqui me refiro à peça completa.

Eu não gostava de ópera até assistir uma ao vivo e com legendas! Fiquei fascinado e agora me divirto muito. Mas odeio ouvir gravações de óperas. Aí não vejo graça MESMO.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

 

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