Autor Tópico: Cheirador de Bíblia no palco da política  (Lida 3143 vezes)

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Offline Luiz Carlos

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #25 Online: 20 de Setembro de 2012, 13:43:45 »
Minha única dúvida é se o Tiririca não tem nem condições de avaliar a situação da qual faz parte ou se sabe de tudo e seu bom comportamento faça, calculadamente, parte da estratégia.  :?

Entendi. Mas acho que Tiririca é apenas um inocente útil que não deveria estar lá. O lugar dele é animando picadeiros. Não creio que ele tenha estratégias baseadas em frieza calculada.

O mais lamentável é o efeito arrastão que você falou. Ele carrega nas costas a sujeira dos políticos profissionais mal intencionados.

Essa é uma das características da atual legislação, um canditado com muitos votos sempre carrega consigo mais alguns, o Tiririca não é o único caso, com o Éneas foi ainda pior.

Offline Canopus

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #26 Online: 20 de Setembro de 2012, 13:49:03 »
Essa é uma das características da atual legislação, um canditado com muitos votos sempre carrega consigo mais alguns, o Tiririca não é o único caso, com o Enéas foi ainda pior.

Enéas, bem lembrado.
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
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Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Derfel

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #27 Online: 20 de Setembro de 2012, 19:11:32 »
Não precisa de comprovante de residência (ainda mais se tiver o cartão SUS). Fora que existem programas específicos para essa população nômade (incluindo ciganos, por exemplo). Mesmo moradores de rua possuem equipes específicas para atendê-los (se o município se enquadrar na portaria e quiser). Até Natal, com o caos em que se encontra, possui duas equipes de consultório de rua. Eu mesmo já atendi muitos circenses.

Ao que parece, o mesmo não ocorre em todos os postos.
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=49722
Isso acontece porque a Atenção Básica é dividida em dois modelos: o tradicional e a ESF. O tradicional é feito por livre demanda e não precisa que tenha um comprovante de residência, mas deve fazer um prontuário na unidade. A ESF trabalha com área adscrita de um território, então ela só atende às pessoas de sua área de responsabilidade (que, em pessoas, varia do mínimo de 2450 a 4000 pessoas), mas não significa que precise de um comprovante de residência, o Agente de Saúde faz o cadastro da família na residência (ou deveria fazer), que é registrado na ficha A do Sistema de Informação da Atenção Básica e aberto um prontuário. Porém, a ESF é responsável por um território e se um circo estiver nesse território deve ser atendido (a portaria 2488 GM/MS de 21 de outubro de 2011 tem mais detalhes).
[/quote]
Citar
http://www.bento.otche.com.br/option=com_content&view=article&id=315:bento-exige-comprovante-de-residencia-na-saude&catid=39:saude

Além disso, o próprio Ministério da Saúde informa a necessidade de apresentação do comprovante de residência para receber o atendimento público.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/legislacao/faq.php

Medicação e média e alta complexidade (e a AB também) são financiadas com recursos que o município recebe com base na população, daí porque alguns municípios exigem um comprovante de residência. Porém, em atendimentos de urgência, por exemplo, não pode ser exigido. Também alguns municípios que recebem populações flutuantes recebem recursos extras para esses momentos (são as Compensações de Especificidades Regionais, que devem ser definidos na CIB do estado). Ainda existem outras populações que não possuem comprovante de residência e possuem equipes exclusivas para elas e recursos próprios (populações ribeirinhas, indígenas, assentamentos, quilombolas, moradores de rua). Então, se existe uma população nova nômade (a circense) no município ela deve ser atendida no município. Mas sabemos que irregularidades existem aos montes. Já soube até de município que exigia título de eleitor para o atendimento (nada que uma visita e um corte de recursos não resolvam...)

Qualquer coisa pode ser feita uma denúncia à ouvidoria do SUS no caso da recusa do atendimento (se não pode ser atendido naquela unidade porque a pessoa está fora do território, ela deve ser atendida em algum lugar). Telefone 136. Ou ao MP da comarca.

Citar
Mas fora as informações amplamente divulgadas, não tenho conhecimento aprofundado do funcionamento dos atendimentos prestados pelo SUS.

Finalizando, um dos princípios fundamentais do SUS é a universalidade, logo não se pode negar o atendimento.

Offline _Juca_

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #28 Online: 20 de Setembro de 2012, 23:22:19 »
Os interessados poderiam criar uma lei limitando o que pode ser veiculado nas propagandas políticas, como assimilar um candidato a um personagem, conteúdo vexatório, conteúdo apelativo e repugnante, por exemplo.

E quem determinaria o que é conteúdo vexatório, apelativo e repugnante? Isso pra mim beira o facismo. As pessoas tem que ter o direito de expressar sua opinião política, seja religiosa ou não. Garantimos isso e vamos garantir que possamos expressar o direito também de nos expressar contra a religião, pra mim é simples. É bem provável que as pessoas que julgassem o que é repugnante fossem religiosas, e também com boa probabilidade que fossem da mesma vertente religiosa desse sujeito.

Offline Price

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #29 Online: 21 de Setembro de 2012, 10:02:37 »
Os interessados poderiam criar uma lei limitando o que pode ser veiculado nas propagandas políticas, como assimilar um candidato a um personagem, conteúdo vexatório, conteúdo apelativo e repugnante, por exemplo.
[...]
Isso pra mim beira o facismo. As pessoas tem que ter o direito de expressar sua opinião política, seja religiosa ou não. Garantimos isso e vamos garantir que possamos expressar o direito também de nos expressar contra a religião, pra mim é simples.

Que utilizem a liberdade de expressão para lutar contra o governo, ou para defender algo sustentável. Atualmente esses moralistas esquecem do real motivo pela luta pela liberdade de expressão no passado, e agora a utlizam para obrigar as pessoas a tolerar o discurso vulgar,  e por vezes preconceituoso, que rebaixa o nível do convívio social.
Liberdade de expressão não pode ser escudo para falar o que pensa e não temer consequências, em alguns lugares pregar o nazismo, negar o holocausto ou defender a pedofilia são crimes. Para mim é simples.

E quem determinaria o que é conteúdo vexatório, apelativo e repugnante?
Quem fizer a lei e todas as pessoas que votarem sobre sua validade na câmara, no senado e a presidência.

É bem provável que as pessoas que julgassem o que é repugnante fossem religiosas, e também com boa probabilidade que fossem da mesma vertente religiosa desse sujeito.
Falácia.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Laura

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #30 Online: 25 de Setembro de 2012, 22:35:05 »

Finalizando, um dos princípios fundamentais do SUS é a universalidade, logo não se pode negar o atendimento.

Então eu não entendi nada, Derfel. Não sei o que esse projeto de lei do Tiririca acrescentará ao serviço que já existe. Pesquisei um pouco, mas não achei nada... :(

Offline Gaúcho

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #31 Online: 26 de Setembro de 2012, 00:17:12 »
Também não estou entendendo o projeto do Tiririca. :/
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Derfel

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Re:Cheirador de Bíblia no palco da política
« Resposta #32 Online: 26 de Setembro de 2012, 06:25:41 »
Pois é, não acrescenta nada. Mas estou cansado de receber processos onde um deputado pede que se implante uma política que já está implantada, desenvolva uma ação que já é desenvolvida ou que não é de responsabilidade do estado e sim do município. Acho que isso é mais para dizerem que deputado fulano pediu isso e conseguiu. Porém, serviu para a gente aqui incluir essa população dentro da política de equidade.

 

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