Enquete

Se você tivesse que escolher um destes, qual seria?

Educação de alta qualidade e de todos os níveis disponível para todos.
13 (68.4%)
Saúde mantida com excelência e tratamentos de última geração.
0 (0%)
Segurança pública plena que permita pesar ouro na calçada de sua casa.
6 (31.6%)

Votos Totais: 18

Autor Tópico: Educação, saúde ou segurança?  (Lida 1870 vezes)

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Offline Price

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Educação, saúde ou segurança?
« Online: 06 de Novembro de 2012, 16:23:27 »
Essas são as mais citadas entre as funções básicas do Estado.

Educação de alta qualidade e de todos os níveis disponível para todos: completa estrutura do Estado, desde a alfabetização até o doutorado, com erradicação do analfabetismo e massificação de cursos superiores de todas as áreas do saber, inclusive as não-comerciais.

Saúde mantida com excelência e tratamentos de última geração: atendimento de qualidade em todos os níveis, desde postos de saúde até hospitais com os equipamentos mais modernos conhecidos pelo homem.

Segurança pública plena que permita pesar ouro na calçada de sua casa: verdadeira paz na sociedade, que te dá certeza que tudo de mal que pode lhe acontecer só pode ser causado por você mesmo.

Obviamente a escassez de um pode dificultar ou impedir a existência de outro, deixemos isso de lado. A questão é: qual é preferível?
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline JohnnyRivers

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #1 Online: 06 de Novembro de 2012, 16:37:53 »
Um investimento rentavel a longo prazo é a Educação. Porque com ela em alto nivel, da para controlar os outros dois posteriormente.
Uma boa educação inclui hábitos saudaveis e respeito ao próximo, entre tantas outras coisas.
Aliás, além de investir, planejar a educação também.

Alto investimento não garante aprendizado
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

"What do we need? Where do we go when we get where we don't know?
  Why should we doubt the virgin white of fallen snow when faith's our shelter from the cold?"
- Skid Row

Offline MuaddibBR

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #2 Online: 06 de Novembro de 2012, 16:58:46 »
Uma segurança pública impecável, a ponto de poder ser pesar ouro na calçada, me parece ter um "custo" muito elevado. George Orwell me vem à mente.

Tratamentos de última geração me fazem pensar que sempre existirá a "corrida armamentista" da evolução.

Sempre entendi que a educação é a única capaz de cortar o círculo vicioso de nossa sociedade. Todas as s 3 parecem utópicas. Nesse caso, escolho aquela que parece a menos utópica, e que ainda permitiria alcançar níveis satisfatórios nas outras duas.
“Na profundidade do inconsciente humano existe uma necessidade penetrante de um universo lógico, que faça sentido. Mas o universo real está sempre um passo a frente da lógica.”

- de Citações do Muad’Dib, escrito pela Princesa Irulan

Offline Südenbauer

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #3 Online: 06 de Novembro de 2012, 18:03:59 »
“Não esperar senão duas coisas do Estado: liberdade e segurança, e ter bem claro que não se poderia pedir mais uma terceira coisa, sob o risco de perder as outras duas”

Frédéric Bastiat

Offline Pasteur

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #4 Online: 06 de Novembro de 2012, 18:09:50 »
Educação, lógico! A educação acaba atraindo segurança e saúde.

Offline Pasteur

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #5 Online: 06 de Novembro de 2012, 18:48:08 »
Qual é a maior causa de mortalidade infantil no Brasil e nos outros países pobres: diarréia e desidratação? Pneumonia? Meningite? Não, não, não. A maior causa é a baixa condição sócioeconômica da mãe. Ignorância, falta de educação.

Offline Dr. Manhattan

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #6 Online: 06 de Novembro de 2012, 18:53:39 »
De que adianta se ter um serviço de saúde de qualidade, com equipamentos de última geração, se a população tem medo do "médico descobrir uma doença", ou acha que "é apenas sífilis [1]", ou prefere ir à rezadeira para tratar uma possível apendicite? São coisas que podem ser amenizadas [2] por uma educação de qualidade.

E dizem que as cidades da Índia são bem seguras. Mas não tenho lá muita vontade de copiar a realidade indiana aqui.

[1] Não estou inventando essa.
[2] Não resolvidas. Nunca subestime o nível de estupidez das pessoas.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Pasteur

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #7 Online: 06 de Novembro de 2012, 19:01:56 »
De que adianta se ter um serviço de saúde de qualidade, com equipamentos de última geração, se a população tem medo do "médico descobrir uma doença", ou acha que "é apenas sífilis [1]", ou prefere ir à rezadeira para tratar uma possível apendicite? São coisas que podem ser amenizadas [2] por uma educação de qualidade.

E dizem que as cidades da Índia são bem seguras. Mas não tenho lá muita vontade de copiar a realidade indiana aqui.

[1] Não estou inventando essa.
[2] Não resolvidas. Nunca subestime o nível de estupidez das pessoas.

 :ok: Es correcto!

Offline LaraAS

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #8 Online: 06 de Novembro de 2012, 20:17:28 »
        Massificação de cursos superiores só gera desempregados nos próprios cursos em que se formaram e falta de quadros médios de cursos técnicos, além de ter riscos de baixar os salários dos profissionais de nível superior. Uma boa educação é uma educação que ensina o conteúdo do ensino fundamental de um modo bom para todos os alunos e que tenha boa opção de cursos técnicos de nível secundário. Massificação de cursos superiores não é desejável.
        E a questão não e a divisão de cursos entre "comerciais" e "não-comerciais", é a divisão de cursos de funções liberais ou social-liberais (isso é, cuja aplicação pouco precisa ser imposta pelo Estado nem pela força física, como é o caso de administração de empresas, medicina,publicidade, contabilidade, direito, engenharia...) e cursos de funções que só podem estar direcionadas a influenciar o uso da força física e o Estado (isso é, cuja aplicação é burocrática e através da força física, que é a aplicação prática de história, geográfica política, "ciências" sociais e filosofia, em que na verdade o fim último delas é gerar políticas para serem impostas pelo Estado e pela força física). No caso dessas últimas não é que não sejam importantes, mas é, que não é o tipo de coisa para ter cursos com notas, bancas de teses etc...isso é autoritarismo, nesse caso, é mandarinato, não é em provas, bancas e teses que se vê se uma política é boa ou não, mas sim nas eleições e em eventuais referenduns e plebiscitos.
        Entre essas três opções da enquete, eu escolhi segurança e é perfeitamente possível, é só usar o esquema dos tigres asiáticos, sobretudo de Cingapura que já é considerada quase democracia pelo índice de democracia da "The economist" tem classificação de democracia de mais de 5, sendo que a partir de 6, é regime democrático. Mas Japão, Taiwan e Coreia do sul já são totalmente democráticos e também tem políticas penais parecidas.
 
       
« Última modificação: 06 de Novembro de 2012, 22:17:01 por LaraAS »

Offline DDV

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #9 Online: 06 de Novembro de 2012, 21:42:49 »
A função primordial e "histórica" do estado, de qualquer tipo, é a segurança interna e externa da população. A saúde e educação públicas são coisas bem mais recentes e podem ser feitas pela iniciativa privada (ao contrário da polícia, justiça e defesa), embora a saúde seja preferível universalizada (em minha opinião).

A minha ordem de prioridade seria essa:

1- Segurança: estabilidade e paz são essenciais para todo o resto. Nada pode ser feito sem isso. Quando a segurança entra em completo colapso, as pessoas largam os demais afazeres* para se concentrarem na mesma, fechando-se em "feudos".

*Inclusive as atividades econômicas menos básicas, como o comércio.


2- Saúde: a saúde, embora seja viável para a iniciativa privada, é preferível que seja pública devido à altíssima inelasticidade de sua demanda. Essa inelasticidade é tão grande que torna os mecanismos normais de mercado insuficientes para que o serviço oferecido à toda a população atinja o padrão mínimo aceitável. Por isso eu defendo a saúde pública ou, usando termos americanos, a "medicina socializada". Isso sem citar a primazia da saúde sobre todo o resto ("nada é possível sem saúde"). Só fica atrás mesmo da segurança.

3- Educação: a educação é bem mais passível de atender satisfatoriamente a população via iniciativa privada do que a saúde, dado que a sua demanda não é tão inelástica. Isso torna menos imprescindível que o estado a ofereça. A educação em si é importante por permitir a melhor execução de outras tarefas e abrir as portas para iniciativas e comportamentos que trazem melhoras em todos os demais setores da vida social. Entretanto, a segurança e saúde são mais "imprescindíveis", por isso coloquei a educação por último. A oferta de cursos de nível superior, se não estiver "antenada" com as demandas do mercado, criará um exército de doutores desempregados ou subempregados, não servindo em nada prático para as pessoas "normais" (que não estudam por gosto e sim por necessidade). Quem determina a "necessidade" de determinadas formações é a economia (o mercado).
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #10 Online: 06 de Novembro de 2012, 23:26:25 »
Para vocês terem uma idéia melhor das prioridades, basta fazerem o seguinte exercício de imaginação: é possível viver sem X?

É possível viver sem educação pública? Sim. É problemático mas não leva a um colapso ou caos completo. Educação pública universal é coisa muito recente na história.

É possível viver sem saúde pública? Muito difícil. Depende da economia do país. Saúde pública universal também é coisa muito recente na história.

É possível viver sem segurança pública (interna e externa)? NÃO. Nenhum país, sociedade ou pessoa, em nenhuma época ou lugar, pode viver sem nenhum tipo de proteção. O resultado da ausência de forças de segurança públicas é a anarquia (em nível nacional).


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline EuSouOqueSou

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #11 Online: 06 de Novembro de 2012, 23:31:45 »
Educação, o resto é consequência dela.

A função primordial e "histórica" do estado, de qualquer tipo, é a segurança interna e externa da população. A saúde e educação públicas são coisas bem mais recentes e podem ser feitas pela iniciativa privada (ao contrário da polícia, justiça e defesa), embora a saúde seja preferível universalizada (em minha opinião).

Concordo, isso é fato.

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3- Educação: a educação é bem mais passível de atender satisfatoriamente a população via iniciativa privada do que a saúde, dado que a sua demanda não é tão inelástica. Isso torna menos imprescindível que o estado a ofereça. A educação em si é importante por permitir a melhor execução de outras tarefas e abrir as portas para iniciativas e comportamentos que trazem melhoras em todos os demais setores da vida social. Entretanto, a segurança e saúde são mais "imprescindíveis", por isso coloquei a educação por último. A oferta de cursos de nível superior, se não estiver "antenada" com as demandas do mercado, criará um exército de doutores desempregados ou subempregados, não servindo em nada prático para as pessoas "normais" (que não estudam por gosto e sim por necessidade). Quem determina a "necessidade" de determinadas formações é a economia (o mercado).

Mas nesse caso, a educação ficaria restrita a grupos específicos e a tópicos específicos. A Estado vem para garantir uma Educação igual para todos, baseando-se do princípio de igualdade entre todos os cidadãos.
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline EuSouOqueSou

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #12 Online: 10 de Abril de 2013, 14:01:55 »
http://oglobo.globo.com/educacao/as-licoes-da-revolucao-educacional-finlandesa-para-mundo-4077243

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As lições da revolução educacional finlandesa para o mundo
Receita de sucesso do país é valorização do professor e do ambiente escolar

RIO - No ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009, aplicado em 65 países pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a Finlândia alcançou o 3º lugar. O país chama a atenção não só pelos bons resultados, mas por apresentar um modelo diferente dos outros líderes do ranking, China e Coreia do Sul. No lugar de toneladas de exercícios e de um ritmo frenético de estudo, na Finlândia, há pouco dever de casa, e a maior preocupação é com a qualidade dos professores e dos ambientes de aprendizado. Não há avaliações periódicas padronizadas de alunos e docentes, que não recebem remuneração por desempenho. E todo o sistema escolar é financiado pelo Estado.
Em seu livro, “Finnish lessons: what can the world learn from educational change in Finland?” (em uma tradução livre, Lições finlandesas: o que o mundo pode aprender com a mudança educacional na Finlândia?), Pasi Sahlberg, diretor de um centro de estudos vinculado ao Ministério da Educação do país, diz que o magistério é a carreira mais popular entre os jovens e que a transformação no Brasil deve começar pela igualdade de acesso a um ensino de qualidade.
O GLOBO: A Finlândia ocupa a 3 posição no ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), entre 65 países avaliados pelo exame da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No entanto, nem sempre foi assim. Quando começou a transformação na educação finlandesa?
PASI SAHLBERG: A grande transformação do sistema educacional finlandês começou no início da década de 1970, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos. Todas as crianças do país passaram a estudar em escolas públicas parecidas e de acordo com o mesmo currículo nacional. O principal objetivo desse modelo era igualar a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade e aumentar o nível educacional da população. Assim, a reforma educacional não foi guiada pelo sucesso escolar e, sim, pela democratização do acesso a escolas de qualidade. Esse movimento continuou nos anos 90, com a necessidade de uma população mais preparada para o mercado de trabalho.
O GLOBO: Quais foram as bases da revolução educacional finlandesa? Quais são seus pontos fortes?
SAHLBERG: O compromisso da sociedade finlandesa pela igualdade de acesso a uma educação de qualidade foi decisivo. A Finlândia com seus 5 milhões de habitantes não pode perder nenhum jovem. Todos precisam ter uma educação de qualidade. Os pontos fortes do sistema finlandês são o foco nas escolas, para que elas possam ajudar as crianças a ter sucesso; educação primária de alta qualidade, que dê uma base sólida para as etapas seguintes do aprendizado; e a formação de professores em universidades de ponta, que tornaram a profissão uma das mais populares entre os jovens finlandeses.
O GLOBO: No Brasil, muitas políticas públicas sofrem com a falta de continuidade. Isso acontece na Finlândia? O que fazer para garantir a continuidade?
SAHLBERG: A Finlândia manteve uma política pública estável desde a década de 70. Diferentes governos nunca tocaram nos princípios que nortearam a reforma, apenas fizeram um ajuste fino em alguns pontos. Essa ideia de uma escola pública de qualidade para todos os finlandeses foi um consenso nacional construído desde a Segunda Guerra Mundial. É o que no livro eu chamo de “sonho finlandês”.
O GLOBO: O mundo parece buscar uma fórmula mágica para a educação. Existe uma fórmula válida para todos?
SAHLBERG: Não, não existe nenhuma fórmula mágica nem um milagre secreto na educação finlandesa. O que fizemos melhor do que outros países foi entender qual é a essência do bom ensino e do bom aprendizado. As crianças devem ser vistas como indivíduos que têm diferentes necessidades e interesses na escola. Ensinar deve ser uma profissão inspiradora com um grande propósito de fazer a diferença na vida dos jovens. Infelizmente, esses princípios básicos deram lugar a políticas regidas pelo mercado em vários países. Essa lógica de testar estudantes e professores direcionou os currículos e aumentou o tédio em milhões de salas de aula. A fórmula para uma reforma da educação em muitos países é parar de fazer essas coisas sem sentido e entender o que é importante na educação.
O GLOBO: O que foi feito na Finlândia e que poderia ser reproduzido em outros países em desenvolvimento, como o Brasil?
SAHLBERG: A pergunta deve ser o que é possível aprender com a experiência finlandesa, não reproduzir. Primeiro, a experiência da Finlândia mostrou que é possível construir um modelo alternativo àquele que predomina nos Estados Unidos, na Inglaterra e em outros países. Mostramos aqui que reformas guiadas pelo mercado, com foco em competição e privatizações não são a melhor maneira de melhorar a qualidade e a equidade na educação. Segundo, é importante focar no bem-estar das crianças e no aprendizado da primeira infância. Só saudáveis e felizes elas aprenderão bem. Terceiro, a Finlândia mostrou que igualdade de oportunidades também produz um aumento na qualidade do aprendizado. É preciso que o Brasil combata essa desigualdade de acesso. Só um plano de longo prazo para a educação e compromisso político possibilitarão que os resultados sejam alcançados.
O GLOBO: Os professores ocupam um papel importante no sistema finlandês. Como prepará-los bem? Um salário atrativo é importante?
SAHLBERG: Professores são profissionais de alto nível, como médicos ou economistas. Eles precisam de uma sólida formação teórica e treinamento prático. Em todos os sistemas educacionais de sucesso, professores são formados em universidades de excelência e possuem mestrado. O salário dos professores deve estar no mesmo patamar de outras profissões com o mesmo nível de formação no mercado de trabalho. Também é importante que professores tenham um plano de carreira, com perspectivas de crescimento e desenvolvimento.
O GLOBO: No Brasil, poucos jovens são atraídos pelo magistério. A carreira atrai muitos jovens na Finlândia?
SAHLBERG: O magistério é uma das profissões mais populares entre os jovens finlandeses. Todo ano, cerca de um a cada cinco alunos que terminam o ensino médio tem a carreira como primeira opção. Há dez vezes mais candidatos para programas de formação de docentes para educação infantil do que vagas nas universidades. A Finlândia tem o privilégio de poder controlar a qualidade dos professores na entrada e depois garantir que só os melhores e mais comprometidos serão aceitos nessa profissão nobre.
O GLOBO: A inclusão das novas tecnologias nas salas de aula vem sendo muito debatida. Como você vê esse processo? Como isso é feito na Finlândia?
SAHLBERG: Tecnologia é parte das nossas vidas e é usada nas escolas finlandesas. Professores na Finlândia usam tecnologia para ensinar de maneiras muito diferentes. Alguns, a utilizam muito e outros raramente. Aqui a tecnologia é uma ferramenta, mas o foco continua sendo na pedagogia entre pessoas, sem tecnologia. A tecnologia não deve guiar o desenvolvimento educacional e, sim, ser uma ferramenta como várias outras.
O GLOBO: Retomando o título do seu livro, quais são, afinal, as principais lições do sistema de educação finlandês?
SAHLBERG: A mais importante das lições é que há uma alternativa para se chegar ao sucesso prometido por reformas guiadas pelo mercado. A Finlândia é o antídoto a este movimento que impõe provas padronizadas, privatização de escolas públicas e remunera os professores com base em avaliações de desempenho que se tornou típico de diversos sistemas educacionais pelo mundo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/as-licoes-da-revolucao-educacional-finlandesa-para-mundo-4077243#ixzz2Q54WpDXN
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« Última modificação: 10 de Abril de 2013, 14:04:27 por Enjolras »
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #13 Online: 10 de Abril de 2013, 14:14:58 »
Educação, lógico! A educação acaba atraindo segurança e saúde.

Acho que embora isso seja lógico, "saúde" primeiro meio que pressupõe também um contexto favorável para segurança e educação. Se não me engano tinha algo pelo menos marginalmente relacionado numa daquelas palestras do Hans Rosling no TED.

A menos que a proposta seja algo como, "se você só pudesse ter um desses para sempre, e os outros estão no pior nível possível", e imaginar uma situação que nunca evoluiria para ter todos os três. Aí é meio complicado. Que adianta educação se não tem como conseguir saúde e segurança, e de que adianta saúde se você pode morrer assassinado, e de que adianta segurança se você tiver grande chance de morrer de qualquer jeito ou ter alguma doença grave e debilitante.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #14 Online: 10 de Abril de 2013, 14:25:50 »
http://oglobo.globo.com/educacao/as-licoes-da-revolucao-educacional-finlandesa-para-mundo-4077243

PASI SAHLBERG: A grande transformação do sistema educacional finlandês começou no início da década de 1970, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos. Todas as crianças do país passaram a estudar em escolas públicas parecidas e de acordo com o mesmo currículo nacional. O principal objetivo desse modelo era igualar a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade e aumentar o nível educacional da população. Assim, a reforma educacional não foi guiada pelo sucesso escolar e, sim, pela democratização do acesso a escolas de qualidade. Esse movimento continuou nos anos 90, com a necessidade de uma população mais preparada para o mercado de trabalho.

Acho que nesse ponto, não foi muito diferente da educação no Brasil. Que obviamente não teve os mesmos resultados.

Ele parece mais demonizar o capitalismo ou capitalismo envolvido na educação, do que falar qualquer coisa que tenha sentido.

Enquanto isso, em países pobres:

Hiper-resumo em português: o pesquisador James Tooley descobriu que pessoas bem pobres nos países em desenvolvimento estão cada vez mais descontentes com a educação fornecida pelo estado, e dando um jeito de resolver por si mesmos, pagando escolas particulares. Essas escolas são praticamente míticas, tem sua existência não-contabilizada nos números oficiais dos países, apesar de em alguns casos serem até onde a maioria dos alunos estudam. Aquelas que são admitidas como existentes, também são desdenhadas pelas autoridades como algo das elites, apenas para uma pose de status, mas a verdade é bem diferente.


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If Supermarkets Were Like Public Schools
What if groceries were paid for by taxes, and you were assigned a store based on where you live?

  Suppose that groceries were supplied in the same way as K-12 education. Residents of each county would pay taxes on their properties. Nearly half of those tax revenues would then be spent by government officials to build and operate supermarkets. Each family would be assigned to a particular supermarket according to its home address. And each family would get its weekly allotment of groceries—"for free"—from its neighborhood public supermarket.[...]
http://online.wsj.com/article_email/SB10001424052748704436004576299571015982098-lMyQjAxMTAxMDAwNDEwNDQyWj.html

Offline _tiago

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #15 Online: 12 de Abril de 2013, 20:15:24 »
http://oglobo.globo.com/educacao/as-licoes-da-revolucao-educacional-finlandesa-para-mundo-4077243

PASI SAHLBERG: A grande transformação do sistema educacional finlandês começou no início da década de 1970, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos. Todas as crianças do país passaram a estudar em escolas públicas parecidas e de acordo com o mesmo currículo nacional. O principal objetivo desse modelo era igualar a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade e aumentar o nível educacional da população. Assim, a reforma educacional não foi guiada pelo sucesso escolar e, sim, pela democratização do acesso a escolas de qualidade. Esse movimento continuou nos anos 90, com a necessidade de uma população mais preparada para o mercado de trabalho.

Acho que nesse ponto, não foi muito diferente da educação no Brasil. Que obviamente não teve os mesmos resultados.


E foi mesmo?

Offline JJ

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #16 Online: 14 de Abril de 2013, 21:42:00 »
http://oglobo.globo.com/educacao/as-licoes-da-revolucao-educacional-finlandesa-para-mundo-4077243


RIO - No ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2009, aplicado em 65 países pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a Finlândia alcançou o 3º lugar. O país chama a atenção não só pelos bons resultados, mas por apresentar um modelo diferente dos outros líderes do ranking, China e Coreia do Sul. No lugar de toneladas de exercícios e de um ritmo frenético de estudo, na Finlândia, há pouco dever de casa, e a maior preocupação é com a qualidade dos professores e dos ambientes de aprendizado. Não há avaliações periódicas padronizadas de alunos e docentes, que não recebem remuneração por desempenho. E todo o sistema escolar é financiado pelo Estado.


Em seu livro, “Finnish lessons: what can the world learn from educational change in Finland?” (em uma tradução livre, Lições finlandesas: o que o mundo pode aprender com a mudança educacional na Finlândia?), Pasi Sahlberg, diretor de um centro de estudos vinculado ao Ministério da Educação do país, diz que o magistério é a carreira mais popular entre os jovens e que a transformação no Brasil deve começar pela igualdade de acesso a um ensino de qualidade.


O GLOBO: A Finlândia ocupa a 3 posição no ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), entre 65 países avaliados pelo exame da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No entanto, nem sempre foi assim. Quando começou a transformação na educação finlandesa?


PASI SAHLBERG: A grande transformação do sistema educacional finlandês começou no início da década de 1970, quando foi criado o sistema de ensino obrigatório de nove anos. Todas as crianças do país passaram a estudar em escolas públicas parecidas e de acordo com o mesmo currículo nacional. O principal objetivo desse modelo era igualar a oportunidade de acesso a uma educação de qualidade e aumentar o nível educacional da população. Assim, a reforma educacional não foi guiada pelo sucesso escolar e, sim, pela democratização do acesso a escolas de qualidade. Esse movimento continuou nos anos 90, com a necessidade de uma população mais preparada para o mercado de trabalho.


O GLOBO: Quais foram as bases da revolução educacional finlandesa? Quais são seus pontos fortes?


SAHLBERG: O compromisso da sociedade finlandesa pela igualdade de acesso a uma educação de qualidade foi decisivo. A Finlândia com seus 5 milhões de habitantes não pode perder nenhum jovem. Todos precisam ter uma educação de qualidade. Os pontos fortes do sistema finlandês são o foco nas escolas, para que elas possam ajudar as crianças a ter sucesso; educação primária de alta qualidade, que dê uma base sólida para as etapas seguintes do aprendizado; e a formação de professores em universidades de ponta, que tornaram a profissão uma das mais populares entre os jovens finlandeses.


O GLOBO: No Brasil, muitas políticas públicas sofrem com a falta de continuidade. Isso acontece na Finlândia? O que fazer para garantir a continuidade?


SAHLBERG: A Finlândia manteve uma política pública estável desde a década de 70. Diferentes governos nunca tocaram nos princípios que nortearam a reforma, apenas fizeram um ajuste fino em alguns pontos. Essa ideia de uma escola pública de qualidade para todos os finlandeses foi um consenso nacional construído desde a Segunda Guerra Mundial. É o que no livro eu chamo de “sonho finlandês”.


O GLOBO: O mundo parece buscar uma fórmula mágica para a educação. Existe uma fórmula válida para todos?


SAHLBERG: Não, não existe nenhuma fórmula mágica nem um milagre secreto na educação finlandesa. O que fizemos melhor do que outros países foi entender qual é a essência do bom ensino e do bom aprendizado. As crianças devem ser vistas como indivíduos que têm diferentes necessidades e interesses na escola. Ensinar deve ser uma profissão inspiradora com um grande propósito de fazer a diferença na vida dos jovens. Infelizmente, esses princípios básicos deram lugar a políticas regidas pelo mercado em vários países. Essa lógica de testar estudantes e professores direcionou os currículos e aumentou o tédio em milhões de salas de aula. A fórmula para uma reforma da educação em muitos países é parar de fazer essas coisas sem sentido e entender o que é importante na educação.


O GLOBO: O que foi feito na Finlândia e que poderia ser reproduzido em outros países em desenvolvimento, como o Brasil?


SAHLBERG: A pergunta deve ser o que é possível aprender com a experiência finlandesa, não reproduzir. Primeiro, a experiência da Finlândia mostrou que é possível construir um modelo alternativo àquele que predomina nos Estados Unidos, na Inglaterra e em outros países. Mostramos aqui que reformas guiadas pelo mercado, com foco em competição e privatizações não são a melhor maneira de melhorar a qualidade e a equidade na educação. Segundo, é importante focar no bem-estar das crianças e no aprendizado da primeira infância. Só saudáveis e felizes elas aprenderão bem. Terceiro, a Finlândia mostrou que igualdade de oportunidades também produz um aumento na qualidade do aprendizado. É preciso que o Brasil combata essa desigualdade de acesso. Só um plano de longo prazo para a educação e compromisso político possibilitarão que os resultados sejam alcançados.


O GLOBO: Os professores ocupam um papel importante no sistema finlandês. Como prepará-los bem? Um salário atrativo é importante?


SAHLBERG: Professores são profissionais de alto nível, como médicos ou economistas. Eles precisam de uma sólida formação teórica e treinamento prático. Em todos os sistemas educacionais de sucesso, professores são formados em universidades de excelência e possuem mestrado. O salário dos professores deve estar no mesmo patamar de outras profissões com o mesmo nível de formação no mercado de trabalho. Também é importante que professores tenham um plano de carreira, com perspectivas de crescimento e desenvolvimento.


O GLOBO: No Brasil, poucos jovens são atraídos pelo magistério. A carreira atrai muitos jovens na Finlândia?


SAHLBERG: O magistério é uma das profissões mais populares entre os jovens finlandeses. Todo ano, cerca de um a cada cinco alunos que terminam o ensino médio tem a carreira como primeira opção. Há dez vezes mais candidatos para programas de formação de docentes para educação infantil do que vagas nas universidades. A Finlândia tem o privilégio de poder controlar a qualidade dos professores na entrada e depois garantir que só os melhores e mais comprometidos serão aceitos nessa profissão nobre.


O GLOBO: A inclusão das novas tecnologias nas salas de aula vem sendo muito debatida. Como você vê esse processo? Como isso é feito na Finlândia?


SAHLBERG: Tecnologia é parte das nossas vidas e é usada nas escolas finlandesas. Professores na Finlândia usam tecnologia para ensinar de maneiras muito diferentes. Alguns, a utilizam muito e outros raramente. Aqui a tecnologia é uma ferramenta, mas o foco continua sendo na pedagogia entre pessoas, sem tecnologia. A tecnologia não deve guiar o desenvolvimento educacional e, sim, ser uma ferramenta como várias outras.


O GLOBO: Retomando o título do seu livro, quais são, afinal, as principais lições do sistema de educação finlandês?


SAHLBERG: A mais importante das lições é que há uma alternativa para se chegar ao sucesso prometido por reformas guiadas pelo mercado. A Finlândia é o antídoto a este movimento que impõe provas padronizadas, privatização de escolas públicas e remunera os professores com base em avaliações de desempenho que se tornou típico de diversos sistemas educacionais pelo mundo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/educacao/as-licoes-da-revolucao-educacional-finlandesa-para-mundo-4077243#ixzz2Q54WpDXN

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Depois desta como fica a religião do mercadão ? Os sacerdotes do mercadão estão em apuros.


 :D



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« Última modificação: 14 de Abril de 2013, 21:49:55 por JJ »

Offline JJ

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #17 Online: 14 de Abril de 2013, 21:57:59 »
Para vocês terem uma idéia melhor das prioridades, basta fazerem o seguinte exercício de imaginação: é possível viver sem X?

É possível viver sem educação pública? Sim. É problemático mas não leva a um colapso ou caos completo. Educação pública universal é coisa muito recente na história.

É possível viver sem saúde pública? Muito difícil. Depende da economia do país. Saúde pública universal também é coisa muito recente na história.

É possível viver sem segurança pública (interna e externa)? NÃO. Nenhum país, sociedade ou pessoa, em nenhuma época ou lugar, pode viver sem nenhum tipo de proteção. O resultado da ausência de forças de segurança públicas é a anarquia (em nível nacional).






É possível  sim viver sem segurança pública, só que  não haverá o mesmo nível de progresso que teria se tivesse a segurança  pública. 

A mesmíssima resposta vale para  a saúde pública e a educação pública.



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Offline JJ

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #18 Online: 14 de Abril de 2013, 22:16:50 »


É possível viver sem segurança pública (interna e externa)? NÃO. Nenhum país, sociedade ou pessoa, em nenhuma época ou lugar, pode viver sem nenhum tipo de proteção. O resultado da ausência de forças de segurança públicas é a anarquia (em nível nacional).


É interessante destacar que a hiper valorização  da  chamada "necessidade de segurança externa/defesa", esconde na verdade uma ideologia  que  sustenta  o complexo industrial militar americano e a tentativa de manter o poder do governo americano na Terra.

Disfarçada de "necessidade de defesa"  os apologistas de guerras e de jogos de poder/dominação  tentam justificar os enormes gastos com armas de ATAQUE que o governo americano faz e no qual o complexo industrial militar americano se beneficia.

A direita americana amante de armas (e os seus cooptados) usa o argumento falso de necessidade de defesa, quando na verdade o que temos é uma capacidade enorme de atacar países,  e com isso tentar manter  o seu poder e hegemonia.  Não passa de mais  uma nojenta/asquerosa   estratégia de jogos de poder.



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Offline Pagão

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #19 Online: 15 de Abril de 2013, 07:52:42 »
Educação, lógico! A educação acaba atraindo segurança e saúde.

Segurança, lógico! A segurança acaba atraindo educação e saúde... E, especialmente, atrai liberdade e igualdade, mormente no que toca à conservação da vida de cada cidadão em particular e das nações em geral.
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline Moro

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #20 Online: 15 de Abril de 2013, 12:00:56 »
a certeza de que o crime será punido. Segurança e Punição. Com isso, menos políticos irão roubar e teremos mais capacidade de investimento em educação. Qualquer melhoria em um país deve ser obtida através de uma estrutura jurídica eficiente.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Johnny Cash

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #21 Online: 15 de Abril de 2013, 13:57:28 »
a certeza de que o crime será punido. Segurança e Punição. Com isso, menos políticos irão roubar e teremos mais capacidade de investimento em educação. Qualquer melhoria em um país deve ser obtida através de uma estrutura jurídica eficiente.

Não através, mas com o suporte de. Principalmente para formalização ágil dos acordos.

Offline DDV

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #22 Online: 22 de Abril de 2013, 00:36:50 »
Para vocês terem uma idéia melhor das prioridades, basta fazerem o seguinte exercício de imaginação: é possível viver sem X?

É possível viver sem educação pública? Sim. É problemático mas não leva a um colapso ou caos completo. Educação pública universal é coisa muito recente na história.

É possível viver sem saúde pública? Muito difícil. Depende da economia do país. Saúde pública universal também é coisa muito recente na história.

É possível viver sem segurança pública (interna e externa)? NÃO. Nenhum país, sociedade ou pessoa, em nenhuma época ou lugar, pode viver sem nenhum tipo de proteção. O resultado da ausência de forças de segurança públicas é a anarquia (em nível nacional).






É possível  sim viver sem segurança pública, só que  não haverá o mesmo nível de progresso que teria se tivesse a segurança  pública. 

A mesmíssima resposta vale para  a saúde pública e a educação pública.


O grau de retrocesso causado pela completa falta de segurança é incomensuravelmente maior do que o causado pela ausência de educação ou saúde públicas. Estas últimas são coisas bem recentes na história da humanidade (não mais que 150 anos) enquanto a mais antiga das civilizações humanas dependeu de segurança.


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #23 Online: 22 de Abril de 2013, 13:03:26 »


É possível viver sem segurança pública (interna e externa)? NÃO. Nenhum país, sociedade ou pessoa, em nenhuma época ou lugar, pode viver sem nenhum tipo de proteção. O resultado da ausência de forças de segurança públicas é a anarquia (em nível nacional).


É interessante destacar que a hiper valorização  da  chamada "necessidade de segurança externa/defesa", esconde na verdade uma ideologia  que  sustenta  o complexo industrial militar americano e a tentativa de manter o poder do governo americano na Terra.

Disfarçada de "necessidade de defesa"  os apologistas de guerras e de jogos de poder/dominação  tentam justificar os enormes gastos com armas de ATAQUE que o governo americano faz e no qual o complexo industrial militar americano se beneficia.

A direita americana amante de armas (e os seus cooptados) usa o argumento falso de necessidade de defesa, quando na verdade o que temos é uma capacidade enorme de atacar países,  e com isso tentar manter  o seu poder e hegemonia.  Não passa de mais  uma nojenta/asquerosa   estratégia de jogos de poder.



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Praticamente não existe outra defesa em escala internacional/continental senão a ameaça de retaliação em caso de ataque.

Ainda assim, os EUA investem também em algumas tecnologias puramente defensivas (lasers anti-míssil). O uso dessas no entanto é extremamente ilimitado e é inconcebível que um país pudesse resistir a um ataque consistente apenas com estratégias defensivas que de alguma forma não usassem armas que também pudessem ser usadas para ataque.

Offline Mercedez

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Re:Educação, saúde ou segurança?
« Resposta #24 Online: 24 de Abril de 2013, 11:01:15 »
Educação é o pilar de todos os outros direitos e garantias

 

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