Acho que é o de Jo que é mais besta, é puro totalitarismo e apologia da submissão total, e justificador de muita coisa depois, inclusive de rituais masoquistas comunistas.
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Cara LaraAS.
Como é que você estabeleceu uma conexão entre a nefasta estória de Jó e os "rituais masoquistas comunistas"?
Aliás, eu pergunto: Quais são os tais "rituais"?
São os rituais da chamada "auto-critica" chegando quase a uma auto-calúnia em nome de um coletivismo abstrato (e segundo Durkheim Deus (ou Deuses) simboliza(m) a sociedade, as regras sociais e de um modo de fusão total, no caso do comunismo pelo menos em relação à nova sociedade comunista, eles tinham uma ideia de fusão total na sociedade, fusão total na comunidade).
Nas sociedades comunistas inclusive os não-comunistas eram obrigados a participar delas, inclusive porque eles também tinham que fingir que achavam que os comunistas estava certos, e também para ter certos cargos era preciso ter a carteirinha formal de comunista, mas isso não quer dizer que fossem comunistas mesmo.
Verdade que em se tratando de auto-calúnias mais fortes mesmo, havia necessidade de tortura sobretudo para os casos dos intimamente não-comunistas, mas em se tratando de auto-calúnias mais leve, uma chamada ao coletivismo abstrato já levava a isso, sobretudo no caso dos realmente comunistas, e ainda mais realmente comunistas ortodoxos.
Em suma, nesse caso, o coletivismo abstrato (o partido comunistas (ao qual os não comunistas também deviam submissão e fingir que achavam que estava certo) o Estado socialista-estilo-outro-sistema (coloquialmente comunista) era uma coisa em relação a qual, havia a atitude de "Ele deu, ele tirou, bendito seja ele", estilo o que Jó falou "Deus deu, Deus tirou bendito seja Deus", na verdade no caso do comunismo isso às vezes se colocava na forma de um líder fazendo o papel de Deus (ou Deuses) então ficava como se "Stalin deu, Stalin tirou , bendito seja Stalin" "Mao deu, Mao, tirou, bendido seja Mao". E esse raciocínio sendo usado para justificar qualquer submissão, e muitas abdicações de direitos.
É nesse sentido também, que eu falo, eu já fiz mensagens que alguns não entenderam sobre os riscos da sacralização da política. Sacralização do coletivismo abstrato, no caso de visões não-liberais nem social-liberais de política, em que se vê a politica como uma dedicação ao coletivo abstrato, como uma coisa pela qual se faz sacrifícios por ela (e também pela qual se faz atrocidades por ela). Considerando a teoria de Durkheim, de que Deus simboliza historicamente e veio da visão das regras da sociedade (e de um modo estático, não corrígivel nem mesmo reinterpretável pelo individuo, a pessoa individual, em suma é a confusão entre o "menino-lobo", uma criança de 2 anos quase não-socializada, com o herói ibseniano da peça "O inimigo do povo") segundo Durkheim, a visão de Deus (ou dos Deuses mas ficou mais forte com o monoteísmo) começou pelo simbolismo de cerimonias coletivas.
No caso da pequena sociedade (grupos locais de economia simples (sem agricultura nem criação de gado ou com agricultura e criação de gado incipientes, com entre 200 e 1000 pessoas) isso ainda pode ser um pouco neutralizado pelo conhecimento pessoal entre as pessoas, pelo menos dentro do grupo locais, agora na grande sociedade com economias mais complexas, e com relações econômicas-sociais entre dezenas de milhares de pessoas ou mais, isso já começa a ser uma coisa muito perigosa.