Enquete

O que preferes quando morrer?

Ser enterrado.
Ser cremado.
Outros.
Sou fresco e supersticioso, não quero falar disso.

Autor Tópico: Cremado? Enterrado?  (Lida 4540 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #25 Online: 23 de Novembro de 2012, 19:33:44 »
Não sei como falar isso, que pode parecer fora do tópico, mas eu continuo vendo um enorme desperdício de órgão saudáveis, indo todos para o fogo ou para os germes...
Não sei se serei recriminado pelos colegas ou pela moderação em falar algo que possa parecer proselitismo ou propaganda.

Sugiro a algum de vocês que visite ou procure conhecer uma fila de transplante de órgãos. Que procure conversar ou conhecer algum membro da família do paciente. Perceba o grau de desespero dessas pessoas pela busca e localização de um órgão compatível entre os tão poucos que são doados.
Enquanto tantos e tantos órgão saudáveis estão sendo incinerados, enterrados, apodrecidos...
Que podiam proporcionar a volta à saúde de tanta gente aflita e angustiada.

Já que está morto, como muitos de vocês disseram, não importa muito o que será feito e que não querem ocupar lugar, permitir decomposição, coisas nojentas (sic), fogo, cinzas, etc. Morreu, está morto. Não há mais vida naquele corpo, não há mais pensamento, memória, nada.

Por que não encaminhar o que sobrou, peças de reposição valiosíssimas, para quem precisa às raias da morte?

Mesmo que eu tenha infringido algum protocolo do fórum numa aparente propaganda, sinto-me mais aliviado por difundir mais essa ideia.

(em tempo: não tenho/tive parentes ou pessoas próximas dependentes de transplantes. Apenas sinto muita compaixão quando vejo casos assim)
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Fabrício

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.318
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #26 Online: 23 de Novembro de 2012, 20:11:51 »
Marquei "outros" porque pra mim tanto faz, cremado, enterrado, sepultado, devorado por porcos ou cachorros (ou urubus), é a mesma coisa. Afinal, já estou morto mesmo...
"Deus prefere os ateus"

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #27 Online: 23 de Novembro de 2012, 20:13:47 »
Canopus o que você está fazendo é saúde pública, não ví onde está o proselitismo...

Acho um absurdo alguém não doar os orgãos.

Ah tá... na outra vida vai faltar o pedaço que a pessoa doou... dã  :stunned:

ah desculpe...estou ferindo a crença alheia...vou ser processado no STF... :tedio:

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #28 Online: 23 de Novembro de 2012, 20:19:02 »
Canopus o que você está fazendo é saúde pública, não ví onde está o proselitismo...

 :ok:
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Luiz F.

  • Nível 30
  • *
  • Mensagens: 1.752
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #29 Online: 23 de Novembro de 2012, 20:21:15 »
Cremado.

Sobre a doação, qual a porcentagem de mortos em que existe a possibilidade de doação. Quero dizer, qualquer morto, por qualquer motivo, pode doar? Ou existem situações especificas em que existe essa possibilidade?
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #30 Online: 23 de Novembro de 2012, 20:30:30 »
Sobre a doação, qual a porcentagem de mortos em que existe a possibilidade de doação. Quero dizer, qualquer morto, por qualquer motivo, pode doar? Ou existem situações especificas em que existe essa possibilidade?

Não sou médico nem conheço os detalhes técnicos, mas creio que basta haver o consentimento do falecido e/ou da família, no que tange ao aspecto legal.

Na parte médica, creio que o órgão a ser retirado deve ainda estart em condições propícias à doação, o que inclui não sofrer de alguma patologia e também estar em condições de retomar as suas funções em outro organismo. Também deve-se checar a compatibilidade sanguínea e/ou genética.

O doador, de uma forma bem abrangente, precisa ter morrido de algum acidente ou algo que não esteja diretamente relacionado a doença, como morte violenta por assassinato/latrocínio/congêneres. Ou pelo menos, que o órgão a ser retirado para doação não esteja afetado por patologia.

Minhas explicações acima podem não estar totalmente corretas e carecerem de uma complementação por parte de alguém mais diretamente relacionado à área, com mais conhecimento do assunto e mais propriedade para falar.
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Feynman

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.273
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #31 Online: 23 de Novembro de 2012, 20:33:27 »
Que fique registrado e claro que esta enquete não pretende emitir nenhum juízo e/ou intenção a respeito da doação de órgãos, que naturalmente deveria ser o caso independentemente do fim do corpo.   :-)
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Luiz F.

  • Nível 30
  • *
  • Mensagens: 1.752
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #32 Online: 23 de Novembro de 2012, 20:42:08 »
Que fique registrado e claro que esta enquete não pretende emitir nenhum juízo e/ou intenção a respeito da doação de órgãos, que naturalmente deveria ser o caso independentemente do fim do corpo.   :-)

 :ok:

Sobre a doação, qual a porcentagem de mortos em que existe a possibilidade de doação. Quero dizer, qualquer morto, por qualquer motivo, pode doar? Ou existem situações especificas em que existe essa possibilidade?

Não sou médico nem conheço os detalhes técnicos, mas creio que basta haver o consentimento do falecido e/ou da família, no que tange ao aspecto legal.

Na parte médica, creio que o órgão a ser retirado deve ainda estart em condições propícias à doação, o que inclui não sofrer de alguma patologia e também estar em condições de retomar as suas funções em outro organismo. Também deve-se checar a compatibilidade sanguínea e/ou genética.

O doador, de uma forma bem abrangente, precisa ter morrido de algum acidente ou algo que não esteja diretamente relacionado a doença, como morte violenta por assassinato/latrocínio/congêneres. Ou pelo menos, que o órgão a ser retirado para doação não esteja afetado por patologia.

Minhas explicações acima podem não estar totalmente corretas e carecerem de uma complementação por parte de alguém mais diretamente relacionado à área, com mais conhecimento do assunto e mais propriedade para falar.

A opinião de um médico seria boa para esclarecer o assunto. A impressão que eu tenho é que é necessária uma situação bem especifica, clinicamente falando, para se poder retirar os órgãos de uma pessoa. Fiquei na dúvida agora.

OT: Recentemente uma amiga minha morreu na fila por um transplante de rins. Deixou o marido e uma filha de 6 anos. Lastimável.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #33 Online: 23 de Novembro de 2012, 21:08:05 »
OT: Recentemente uma amiga minha morreu na fila por um transplante de rins. Deixou o marido e uma filha de 6 anos. Lastimável.

É isso que eu falo. É muito lamentável que uma quantidade enorme de rins saudáveis, que poderiam ter salvo a vida da sua amiga, tenha ido para o almoço dos vermes debaixo da terra.
É parecido com o fato de jogar caminhões e caminhões de comida no lixo enquanto muita gente morre de fome e inanição.

A grande imagem na minha cabeça é: desperdício.
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #34 Online: 23 de Novembro de 2012, 21:30:28 »
Citar
http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/transplante-orgaos.shtml

1. Quando foi realizado o primeiro transplante?
O primeiro transplante de órgão bem-sucedido ocorreu em Boston, nos Estados Unidos, em 1954, quando um rim foi transferido do corpo de um homem para seu irmão gêmeo. À época, o volume de sangue perdido pelos pacientes devido ao procedimento impressionava até o mais frio dos cirurgiões. Atualmente, praticamente não há perda de sangue durante a cirurgia. Para se ter uma ideia, os primeiros transplantes de fígado duravam até 24 horas – prazo reduzido para cinco horas agora. Além disso, era preciso usar uma bomba de infusão rápida que injetava quase 20 litros de sangue no paciente no decorrer da cirurgia.
 
2. Quais órgãos ou tecidos já podem ser transplantados?
Coração, rim, fígado, pulmão, pâncreas, intestino, córnea, medula óssea, pele, valva cardíaca, ossos e esclera ocular. Estima-se que um único doador seja capaz de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas – caso todos os seus órgão sejam doados.

3. Qualquer pessoa pode ser doadora?
Sim, desde que ela não possua em seu histórico doenças que prejudiquem o funcionamento do órgão doado ou provoquem contaminação. Não há limite de idade para a doação. O Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes introduziu uma novidade no assunto: agora, portadores de doenças que antes impediam a doação agora podem doar órgãos para pessoas que sofrem da mesma enfermidade.

4. Quais doações podem ser feitas em vida?
É possível doar em vida órgãos como fígado, medula óssea, pâncreas, rim e pulmão – em outros casos, é necessário que o doador tenha sido diagnosticado com morte encefálica. A lei autoriza a doação em vida ao cônjuge, aos familiares até o quarto grau ou mesmo a pessoas sem nenhum parentesco. Neste último caso, para evitar a venda de órgãos, é preciso autorização judicial, com base em um relatório médico e análise, pelo juiz, da motivação pessoal de quem se oferece como doador. Segundo o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, o caso deverá passar também pelo crivo de uma comissão de ética formada por funcionários do hospital onde será realizado o procedimento, antes de seguir para análise judicial. Em qualquer hipótese, há avaliações clínicas da compatibilidade imunológica e de eventuais riscos. Normalmente, o candidato a doador tem de ser maior de idade, mas há exceções nos casos de doações a parentes autorizadas pelo responsável legal.

5. Como proceder para se tornar um doador depois da morte?
Para que os órgãos de uma pessoa falecida sejam doados, é preciso que a família autorize a doação. Por isso, é importante deixar claro aos familiares o desejo de se tornar um doador, embora não seja necessário deixar nada por escrito. A decisão da família pode ser dada aos médicos, ao hospital ou à Central de Transplante mais próxima.

6. De que forma é escolhido o receptor?
Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Ele será sempre indicado pela Central de Transplantes, a não ser no caso de doação em vida.

7. Como funciona a fila de espera para transplantes?
Mais de 70.000 pessoas no país esperam por um órgão. As listas são estipuladas por ordem cronológica ou em alguns casos, como o do fígado, pela gravidade da doença. Uma das principais mudanças no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes é a prioridade que os pacientes menores de 18 anos passam a ter. A partir de agora, crianças e adolescentes ficam no topo da fila para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária, e ganham o direito de se inscrever na lista para um transplante de rim antes de entrar na fase terminal da doença renal crônica e de ter indicação para diálise.
 
No caso de o primeiro da fila ser incompatível com o doador, a prioridade passa para o segundo, e assim sucessivamente. Dependendo do órgão e do estado onde está o receptor, a espera pode durar mais de três anos, o que em muitos casos é sinônimo de morte. Há vinte anos, até 70% das pessoas à espera de um transplante de fígado, em todo o mundo, morriam antes ser atendidas. Hoje, esse índice fica em torno de 15%. Mesmo com o crescimento dos doadores, a demanda ainda é muito maior do que a oferta.
 
8. Por quanto tempo sobrevivem os órgãos e tecidos a serem transplantados?
É necessário que haja rapidez para que o transplante tenha sucesso. O coração, o pâncreas e o pulmão, por exemplo, só sobrevivem por quatro horas entre a retirada e a doação. Por isso, o aconselhável é que as duas cirurgias ocorram simultaneamente. O fígado resiste até 24 horas fora do organismo. O rim pode esperar de 24 a 48 horas. Já a córnea pode permanecer até seis dias fora do organismo, desde que mantida em condições apropriadas de conservação.

9. Órgãos podem ser vendidos?
Não. O comércio de órgãos é ilegal, e a punição pode chegar a oito anos de prisão.

10. Quais são as particularidades do transplante de medula óssea?
Transplantes de medula óssea exigem altíssima compatibilidade imunológica entre doador e receptor. No caso de irmãos, a chance de sucesso é de uma em três. Quando é preciso encontrar um doador na população em geral, a probabilidade de compatibilidade é de uma em 100.000. Para o transplante, retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 10%, o que não causa qualquer comprometimento à saúde. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea coordena a pesquisa de doadores nos bancos brasileiros e estrangeiros. Hoje, já existem mais de 5 milhões de doadores.

11. Quem paga os procedimentos de doação?
De cada 100 cirurgias do gênero, 92 são pagas pelo governo. A maioria dos planos privados de saúde não cobre esse tipo de tratamento, cujo custo pode variar entre menos de mil reais (transplante de córnea) a quase 60.000 reais (medula óssea). Com a nova regulamentação, o valor investido pelo governo deve aumentar, cobrindo outros procedimentos e incorporando novas ações.

12. Que riscos correm o receptor e o doador vivo?
A rejeição continua a ser o grande desafio da medicina dos transplantes. A descoberta de imunossupressores mais precisos e potentes, nos anos 80, significou uma revolução, ao aumentar drasticamente a sobrevida dos operados. O índice de pacientes vivos um ano depois de um transplante de rim, por exemplo, saltou de 70% para quase 100%. Mas ainda se está longe do ideal. Tais remédios devem ser tomados por toda a vida e oferecem reações adversas severas. A solução pode vir dos estudos sobre imunorregulação. Os especialistas buscam um composto capaz de evitar a rejeição sem que seja necessário deprimir o sistema imune do paciente. Há também a aposta nas terapias com células-tronco, que colocaria fim ao problema da rejeição, uma vez que órgãos e tecidos criados em laboratório poderiam ser programados com a genética do paciente.

13. Onde encontrar mais informações confiáveis sobre o assunto?
• Sistema Nacional de Transplantes: http://portal.saude.gov.br
• Departamento de Informática do SUS, órgão da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde: http://www.datasus.gov.br
• Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos: http://www.adote.org.br
• Associação Brasileira de Transplante de Órgãos: http://www.abto.org.br

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #35 Online: 23 de Novembro de 2012, 21:38:37 »
Citar
http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/transplante-orgaos.shtml

Pasteur, amigão, que maravilha de citação você nos proporcionou!
Bravo!

Citar
[...]
Estima-se que um único doador seja capaz de salvar, ou melhorar a qualidade de vida, de pelo menos 25 pessoas – caso todos os seus órgão sejam doados.
[...]

Só por essa informação já dá para se ter uma ideia do valor em se doar órgãos.
São 25 vidas salvas, 25 pessoas que viverão mais tempo, 25 seres humanos que sofrerão menos e 25 irmãos nossos que certamente passarão a enxergar a vida com outros olhos, depois que deu um drible (pelo menos temporário) na morte.
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Luiz F.

  • Nível 30
  • *
  • Mensagens: 1.752
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #36 Online: 23 de Novembro de 2012, 22:09:47 »
Veja?!?! :nao3:

Brincadeira... Bons dados, embora tenha ficado em aberto a questão sobre a porcentagem de mortos em condição de doar.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #37 Online: 23 de Novembro de 2012, 22:33:42 »
No meu caso, são dois desejos, um indiscutível e outro discutível.

Indiscutível: o que der para doar, eu quero que doem.

Discutível: eu prefiro ser cremado, mas como não vou poder dar pitaco, se familiares preferirem outra coisa na hora, não vou ser eu que vou reclamar :lol:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #38 Online: 23 de Novembro de 2012, 22:38:31 »
Outro dia me perguntei qual seria a opção geral (se é que existe) entre os membros de um fórum cético.

Então: qual sua preferência e justificativa (se existir) para a mesma?

Já indico a minha:

Pedirei (minha família já sabe disso) pra ser cremado, e minhas cinzas jogadas na natureza, em uma floresta (não por um mero simbolismo, mas por razões inclusive ecossistêmicas). Além dos problemas associados à superpopulação de pessoas e consequentemente de mortos, acho a ideia de apodrecer em um caixão bastante ridícula e nojenta. Por mais que eu não esteja mais lá.

Ainda tem todo o ritual do enterro, que abomino. Uma cerimônia simples em torno de uma cremação me parece menos angustiante para os familiares. (já é angustiante ter que jogar terra em cima de um animalzinho de estimação, quem dirá de um parente ou conhecido).

(Ah, claro, ainda por cima esta opção elimina a possibilidade de se contribuir com uma hecatombe zumbi).

Eu ainda não fiz o balanço de massa-enargia e nem a relação de benefício/custo, mas em uma primeira análise eu prefiro ser cremado porque em um enterro formal há um desperdício de madeira no caixão e, com raríssimas exceções, os cemitérios são antiquados e grandes fontes de poluição do lençol freático por meio do chorume.
Foto USGS

Offline Rafhaelbass

  • Nível 03
  • *
  • Mensagens: 36
  • Sexo: Masculino
    • CineMasmorra
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #39 Online: 24 de Novembro de 2012, 00:11:17 »
Congelado em Carbonita?

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #40 Online: 24 de Novembro de 2012, 00:19:58 »
Alguém sabe o valor de uma cremação?
Depende do lugar. Um cemitério aqui perto faz o seguinte (pelo menos fazia ano passado):
- a pessoa não morreu mas quer já encomendar sua cremação? R$2.000,00
- a pessoas já morreu? R$2.400,00

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #41 Online: 24 de Novembro de 2012, 00:25:53 »
Já disse minha preferência nesse tópico: ../forum/topic=25405.0.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Wolfischer

  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.330
  • Sexo: Masculino
  • Que sono!
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #42 Online: 24 de Novembro de 2012, 00:47:26 »
- Doação para transplante do que for utilizável.
- Se alguma coisa tiver valor para pesquisa ou educação, pode levar.
- O que sobrar, cremar.
- As cinzas podem ser adubo em qualquer lugar, evitar proximidade com cursos de água para não causar eutrofização.

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #43 Online: 24 de Novembro de 2012, 08:12:01 »
Eu ainda não fiz o balanço de massa-enargia e nem a relação de benefício/custo, mas em uma primeira análise eu prefiro ser cremado porque em um enterro formal há um desperdício de madeira no caixão e, com raríssimas exceções, os cemitérios são antiquados e grandes fontes de poluição do lençol freático por meio do chorume.

Sem querer, de maneira nenhuma interferir nem julgar seus desejos pós-mortem, eu não entendi muito bem a preocupação com o desperdício de madeira.
E o desperdício de órgãos?

Mais ainda no seu caso, por possuir um cérebro privilegiado, se bem que cérebros não são passíveis de transplante. :)
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Muad'Dib

  • Nível 34
  • *
  • Mensagens: 2.767
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #44 Online: 24 de Novembro de 2012, 09:18:43 »
Outro dia me perguntei qual seria a opção geral (se é que existe) entre os membros de um fórum cético.

Então: qual sua preferência e justificativa (se existir) para a mesma?

Já indico a minha:

Pedirei (minha família já sabe disso) pra ser cremado, e minhas cinzas jogadas na natureza, em uma floresta (não por um mero simbolismo, mas por razões inclusive ecossistêmicas). Além dos problemas associados à superpopulação de pessoas e consequentemente de mortos, acho a ideia de apodrecer em um caixão bastante ridícula e nojenta. Por mais que eu não esteja mais lá.

Ainda tem todo o ritual do enterro, que abomino. Uma cerimônia simples em torno de uma cremação me parece menos angustiante para os familiares. (já é angustiante ter que jogar terra em cima de um animalzinho de estimação, quem dirá de um parente ou conhecido).

(Ah, claro, ainda por cima esta opção elimina a possibilidade de se contribuir com uma hecatombe zumbi).

Eu ainda não fiz o balanço de massa-enargia e nem a relação de benefício/custo, mas em uma primeira análise eu prefiro ser cremado porque em um enterro formal há um desperdício de madeira no caixão e, com raríssimas exceções, os cemitérios são antiquados e grandes fontes de poluição do lençol freático por meio do chorume.

 :)

Eu não ligo muito para esse assunto, mas eu já ponderei sobre essas coisas que você citou. Já achei até que o mais ecologicamente correto seria ser enterrado nu na floresta.

A doação do corpo para uma universidade também é uma opção excelente. Eu imagino que deva existir meios legais para isso.






Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #45 Online: 24 de Novembro de 2012, 09:26:52 »
Eu ainda não fiz o balanço de massa-enargia e nem a relação de benefício/custo, mas em uma primeira análise eu prefiro ser cremado porque em um enterro formal há um desperdício de madeira no caixão e, com raríssimas exceções, os cemitérios são antiquados e grandes fontes de poluição do lençol freático por meio do chorume.
Sem querer, de maneira nenhuma interferir nem julgar seus desejos pós-mortem, eu não entendi muito bem a preocupação com o desperdício de madeira.

De fato há um desperdício de madeira, metais e materiais de construção, todos extraídos da natureza e com impactos significativos.


E o desperdício de órgãos?

Sinceramente?

Nunca pensei sobre o tema.

Então não descarto a possibilidade.


Mais ainda no seu caso, por possuir um cérebro privilegiado, se bem que cérebros não são passíveis de transplante. :)

Depois do que aconteceu, a cerca de 7 (sete) semanas, eu diria que o meu cérebro não é um 'bem desejável'.  :)
Foto USGS

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #46 Online: 24 de Novembro de 2012, 09:33:32 »
Depois do que aconteceu, a cerca de 7 (sete) semanas, eu diria que o meu cérebro não é um 'bem desejável'.  :)

Sete semanas atrás estávamos começando o mês de outubro.
Os colegas do fórum podem saber o que aconteceu ao nosso amigo?
:?:
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #47 Online: 24 de Novembro de 2012, 09:41:04 »
Eu ainda não fiz o balanço de massa-enargia e nem a relação de benefício/custo, mas em uma primeira análise eu prefiro ser cremado porque em um enterro formal há um desperdício de madeira no caixão e, com raríssimas exceções, os cemitérios são antiquados e grandes fontes de poluição do lençol freático por meio do chorume.
Sem querer, de maneira nenhuma interferir nem julgar seus desejos pós-mortem, eu não entendi muito bem a preocupação com o desperdício de madeira.

De fato há um desperdício de madeira, metais e materiais de construção, todos extraídos da natureza e com impactos significativos.

Nesse caso, a pergunta que fiz foi provocativa, em contraponto com o desperdício de órgãos.


E o desperdício de órgãos?

Sinceramente?

Nunca pensei sobre o tema.

Então não descarto a possibilidade.

Pois pense no assunto.
E doe.

Tem muita gente que aplaudirá e agradecerá.

A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

Offline Sofista

  • Nível 12
  • *
  • Mensagens: 236
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #48 Online: 24 de Novembro de 2012, 09:47:42 »
Já que é para fazer piadinha, cremado to fora. Nem morto eu queimo a rosca! :-) . Mas sinceramente o ritual da morte nos afasta da vida. Queria que meu velório fosse uma festa, com bebida,dança, alegria.E  que fosse uma celebração da vida que um dia habitou em mim. O corpo tanto faz, podia apodrecer na natureza como acontece a todo instante com trilhões de seres que morrem silenciosamente.
Quem sou eu?Entre os crente sou ateu, entre ateus sou um crente.

Offline Canopus

  • Nível 21
  • *
  • Mensagens: 762
  • Sexo: Masculino
Re:Cremado? Enterrado?
« Resposta #49 Online: 24 de Novembro de 2012, 09:48:23 »
Quero mais uma vez me desculpar pela insistência do assunto, pois sei que não foi essa a intenção de Feynman quando fez a enquete.
Creio que ele queria apenas uma estatística das vontades dos foristas com relação ao destino de seus restos mortais.

Mas como é uma boa oportunidade para tocar nesse assunto, eu tenho feito, digamos, uma catequese com relação a esse tema. Foi por isso que falei em proselitismo umas mensagens atrás.

O fórum talvez não queira ouvir/ler sobre esse tipo de campanha, mas julguei ser uma oportunidade muito boa para sensibilizar mais pessoas no sentido de enxergar algo que acontece com muita frequência, que é o desperdício de órgãos saudáveis, em detrimento da necessidade de muitos infelizes que amargam não terem acesso àqueles órgãos.

Volto a fazer a analogia de caminhões e caminhões de comida boa, dentro da validade, aceitáveis em qualquer banquete, serem encaminhadas para o lixo e o esgoto, enquanto multidões esquálidas e desnutridas passam fome e morrem de inanição.
A capacidade de transgredir é o que nos torna sujeitos da transformação.
_____________________________
Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.
J.krisnamurti

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!