Tópico: Um desafio

[Filosofo Superficial]

Eu quero que vocês respondam a pergunta:

"O que é o TEMPO?"

Mas, sem usar a palavra tempo, ou sinonimos, na resposta.

Boa sorte

[Gaúcho]

4ª dimensão.

[JohnnyRivers]

Grandeza Fisica.

[Dr. Manhattan]

O Universo consiste, até onde sabemos, de um conjunto de pontos (chamados "eventos") que existem em um espaço quadridimensional. Um subconjunto desses eventos possui correlações, que permitem estabelecer um ordenamento entre eles. Graficamente, esses conjuntos de eventos se apresentam como linhas, conhecidas como "linhas de mundo". A hipersuperfície que delimita a fronteira entre esse subconjunto e os demais eventos é conhecida como superfície nula. No caso, a superfície nula tem a forma de um cone, conhecido como "cone de luz".

Pronto. Está um pouco vago, mas tá bem geral. Note que o nome "evento" é apenas um rótulo. Eu poderia chamá-lo de "hotdog" que não alteraria em nada a discussão.

Bônus:

As linhas de mundo contidas no interior do cone são chamadas de linhas "tipo-tempo". As que estão fora são as "tipo-espaço".

Definição: certos conjuntos de linhas de mundo possuem certos tipos específicos de correlações (que ainda não entendemos bem) e são chamados de consciências. Agora, as consciências que existem nesse espaço costumam chamar o ordenamento entre eventos ao longo de uma das direções do espaço quadridimensional de ordenamento temporal. O conjunto de eventos que que como um todo constituem os chamados processos conscientes dessas entidades possuem tal correlação que, do ponto de vista dessas consciências emerge como uma experiência subjetiva de "fluxo de tempo". 

[AleYsatis]

Memória ou conservação...

[Geotecton]

É do que eu mais preciso em certos momentos...

[Price]

É zica.

[Filosofo Superficial]

É do que eu mais preciso em certos momentos...

Pessoalmente, considero a melhor resposta, até agora.

[Cientista]

Aquilo que causa a maior ilusão de prejuízo quando entendemos que o desperdiçamos.

[Barata Tenno]

É dinheiro.

[Gigaview]

Segundo Kant, é a duração da consciência.

[_tiago]

É o que eu perco todos os dias.

[Moro]

É o que se perde discutindo o livre arbítrio.

[Rocky Joe]

Só através do tempo se conquista o tempo.

[Laura]

É o que transcorre através de uma sucessão de eventos e é medido através de processos periódicos. Logicamente, sua percepção só é possível com a existência de movimento. Imagine um lugar sem nenhum movimento; se nada acontece, esse conceito não pode ser notado, experimentado, evidenciado… logo, poderíamos dizer que esse conceito não existe nesse lugar.

É o que temos de mais precioso por todos os movimentos que podemos fazer no seu decorrer. Mas sem movimento, perderia todo o valor, deixaria de ser importante. Aliás, sequer existiria.

[Rocky Joe]

Para definir "evento" ou "processo periódico" você precisa de uma noção de tempo, e fica circular o raciocínio.

Para mim toda definição de tempo é circular, porque tempo (e espaço) não é uma coisa para entendermos, mas a coisa que usamos para entender as coisas. Tempo é uma intuição. Sabe?

[uiliníli]

É aquilo que é medido pelos relógios.

[Muad'Dib]

Para definir "evento" ou "processo periódico" você precisa de uma noção de tempo, e fica circular o raciocínio.

Para mim toda definição de tempo é circular, porque tempo (e espaço) não é uma coisa para entendermos, mas a coisa que usamos para entender as coisas. Tempo é uma intuição. Sabe?

Maneira interessante de abordar a questão, mas não deixa de ser insatisfatória. Pelo menos para mim.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo

[Buckaroo Banzai]

O que é o tempo? O que diferencia, para você, o "tempo" da "medida do tempo"?

Boas perguntas. Defino tempo como um parâmetro de evolução ou mudança e que, alías, a princípio, é naturalmente perceptível e intuitivo, assim como o espaço. Não é necessário nenhum experimento especial para verificar a existência de tal parâmetro (ok., podemos entrar em discussões filosóficas aqui). Porém, usamos instrumentos para medir o tempo de forma arbitrária, com vários objetivos mundanos. Tais instrumentos podem ter seus funcionamentos internos alterados devido a vários fatores.

Relacionado em alguns aspectos, ainda que pareça algo bem mais trivial:

Inventing temperature - This lecture will argue that examining what seems to be a very straightforward question - what is temperature and how can we measure it? - reveals surprising insights into the nature of science and of scientific authority.



http://richmedia.lse.ac.uk/publicLecturesAndEvents/20070418_1715_inventingTemperature.mp3


http://www2.lse.ac.uk/newsAndMedia/videoAndAudio/channels/publicLecturesAndEvents/player.aspx?id=331

[Dr. Manhattan]

Para definir "evento" ou "processo periódico" você precisa de uma noção de tempo, e fica circular o raciocínio.

Para mim toda definição de tempo é circular, porque tempo (e espaço) não é uma coisa para entendermos, mas a coisa que usamos para entender as coisas. Tempo é uma intuição. Sabe?

Existem dois aspectos diferentes, mas relacionados: aquilo a que me referi acima como a correlação entre eventos (o nome "evento" aqui é apenas um rótulo - você pode chamar isso por qualquer outro nome) e a sensação de "passagem do tempo". A correlação é objetiva, um aspecto factual do Universo. Pense nas peças de um quebra-cabeça: mesmo que estejam embaralhadas, ainda existe uma correlção entre elas expressa na forma de suas bordas. A partir dessa correlação é possível reconstruir a figura do quebra-cabeça. A sensação de passagem do tempo é subjetiva e mais difícil de descrever, mas certamente surge da junção de nossas memórias com uma relação de identidade com essas memórias, criada pelo cérebro.[1]


[1] Um equivalente espacial dessa relação é a identidade com nosso corpo. Em alguns casos, pacientes com danos neurológicos podem se sentir "dissociados" do seu corpo.

[Filosofo Superficial]

A sensação de passagem do tempo é subjetiva e mais difícil de descrever, mas certamente surge da junção de nossas memórias com uma relação de identidade com essas memórias, criada pelo cérebro.

Não sei se entendi o que você quer dizer, mas o cerebro não faz uma distinção visivel entre o que está acontecendo e memórias passadas, ao menos não nos exames que somos capazes de fazer...

[Buckaroo Banzai]

Como? Pelo que está dizendo dá a impressão que as pessoas vivem num constante estado de confusão por não saber se o agora é agora mesmo ou se é uma memória do passado, como se sua consciência voltasse no tempo feito o cara do "efeito borboleta" e a pessoa não percebesse... mas acho que isso não deve ser a regra, no máximo alguma condição patológica que deveria figurar em algum livro do Oliver Sacks...

[Filosofo Superficial]

Como? Pelo que está dizendo dá a impressão que as pessoas vivem num constante estado de confusão por não saber se o agora é agora mesmo ou se é uma memória do passado, como se sua consciência voltasse no tempo feito o cara do "efeito borboleta" e a pessoa não percebesse... mas acho que isso não deve ser a regra, no máximo alguma condição patológica que deveria figurar em algum livro do Oliver Sacks...

Eu estou dizendo que não temos a menor ideia (sim, há teorias) de como nós diferenciamos o presente do passado, nós o fazemos, ao menos que haja uma doença neurológica, mas, nós não sabemos como o fazemos.

[Pagão]

Mudança...

[Buckaroo Banzai]

Eu estou dizendo que não temos a menor ideia (sim, há teorias) de como nós diferenciamos o presente do passado, nós o fazemos, ao menos que haja uma doença neurológica, mas, nós não sabemos como o fazemos.

Acho que a indistinção que existe é em termos de "física em geral", e não "memórias no cérebro versus presente."

Toda aquela questão das leis físicas serem "reversíveis", tanto predizerem quando retrodizerem a partir de um conjunto de variáveis de um dado instante.

Relacionado ao assunto, talvez interesse. Só vi até a metade por enquanto:

The character of physical laws: the distinction of past and future

In this series of Messenger Lectures given at Cornell University, Nobel Prize winning theoretical physicist Richard Feynman explores physical principles and the study of physics. This talk describes the phenomenon of irreversiblity, using analogies from temperature and entropy. Dr. Feynman also explores connections between scientific and philosophical concepts.

http://cds.cern.ch/record/1048166