Não é só por este texto, é o conjunto da obra dele. Já li outros textos tão idiotas quanto.
Mas olhando o texto em questão, em que ele posa de paladino politicamente correto defensor de mulheres oprimidas:
Quando liguei a TV, nesta manhã de 8 de março, me deparei com colegas de profissão cumprindo suas pautas sobre o Dia Internacional da Mulher. Deu aquele desgosto ver uma importante data de reflexão e de luta novamente reduzida à distribuição de flores, promoções em salões de beleza, presentes na forma de jóias e vestidos e até equipamentos de limpeza do lar. Como se isso fosse o fundamental para garantir a dignidade das mulheres.
Nada demais nisso, apenas uma oportunidade para ele posar de pseudo-intelectual, "sou politizado demais para compactuar com o resto da mídia alienada, sei o que é realmente importante".
Mas eu acho que se postou contra a massificação e estereotipagem da figura da mulher justamente no dias das mulheres, em que a luta máxima é a de fugir da visão predominantemente masculina que a sociedade tem. "Mulher tem que ser bonita, bem vestida, gostosa e gostar de fazer serviços domésticos". Achei a crítica bem crível.
1) A partir de agora, o sobrenome do marido não deverá ser imposto à sua companheira contra vontade dela, como uma marca de ferro em brasa delimitando a propriedade
Se a mulher não quiser pegar o sobrenome do marido, não pega, não é obrigatório. Minha mulher não pegou o meu. E "ferro em brasa delimitando a propriedade" é o cúmulo do exagero ridículo.
Nesse caso não é mais uma imposição de fato, mas ainda é um costume entre a maioria que remete ao domínio masculino, mas concordo que não tem nada demais nos dias atuais.
2) O currículo escolar será aprimorado para que, nas aulas de língua portuguesa, os meninos e rapazes possam compreender o real, objetivo, profundo e simples significado da palavra “não”.
A grande maioria dos meninos, rapazes e homens sabe o significado da palavra "não". Quem não sabe são os estupradores, o cara coloca como se todo homem fosse um estuprador em potencial.
Não somente a estupradores, mas à homicidas, espancadores, e principalmente maridos que subjugam suas esposas, que aliás ainda tem aos montes.
3) As frases “Onde você acha que vai vestida assim?”, “A culpa não é minha, olha como você tá vestida!”, “Se saiu de casa assim, é porque está pedindo” a partir de agora serão banidas da boca de maridos, pais, irmãos, filhos, netos, namorados, amigos e outros barbados.
E as frases "vai pro futebol de novo
?", "sou mulher, logo não pago a conta", "o filho é meu e você vai ver quando eu decidir", também sumirão da boca das mulheres?
Tu quoque Fabrício? Além do que você vai me desculpar, mas suas colocações são totalmente machistas.
4) Está terminantemente proibido empregar apenas atrizes em comerciais de detergentes, desinfetantes, saches de privada, sabão em pó, rodos, vassouras, esponjas de aço, palhas de aço, aspiradores de pó, cera para chão e afins. A associação direta de mulheres e produtos de limpeza em comerciais de TV está extinta.
A maioria dos serviços de casa ainda é feito por mulheres, por isso os comerciais são normalmente feitos por mulheres. Quando o perfil mudar completamente (e já está mudando), os comerciais provavelmente também mudarão.
Concordo que os comerciais refletem a sociedade, mas isso não pode ser um salvo conduto para ações desses claramente machistas. "Lugar de mulher é na cozinha e limpando a casa". Se refletem uma sociedade machista, devem ser alvos das críticas tal qual a sociedade que se espelha.
5) Empresas estão proibidas de distribuir flores no dia de hoje como prova de seu afeto às mulheres. Em vez disso, implantarão políticas para: 1) impedir que elas ganhem menos pela mesma função; 2) não sejam preteridas em promoções para cargos de chefia pelo fato de serem mulheres; 3) não precisem temer que a maternidade roube seu direito a ter uma carreira profissional; 4) seja punido com demissão o assédio de gênero como crime à dignidade de suas funcionárias.
Mulheres ganhando menos com a mesma função de homens é altamente discutível, como já foi visto aqui mesmo no CC;
Sim altamente discutível.
estas estatísticas em muitos casos ignoram que homens normalmente estão dispostos a trabalhar mais, fazendo mais horas extras e outros fatores. [/quote]

Mostre alguma estatística onde homens sejam mais dispostos a trabalhar que mulheres. A maioria das mulheres que conheço fazem dupla jornada de trabalho, uma sempre pior remuneradas que os homens e outra dentro de casa sem nenhuma remuneração. Eu sei que você não é assim, pelo tempo que a gente debate, mas esse argumento é de muita calhordice, desculpe novamente.
Pode acontecer esta diferenciação, mas nem de longe é tão grande quanto os feministas radicais apregoam.
Procure ai, o salário das mulheres ainda são 28% menor que o dos homens, e elas são mais qualificadas profissionalmente. Me diga, como você se sentiria se o cara que faz o mesmo trabalho que você, que estudou menos, ganhasse 10 mil enquanto você pelo mesmo serviço 7 mil?
Muitas mulheres preteridas em cargos de chefia por incompetência justificam o fato dizendo que foi porque são mulheres; novamente, o preconceito existe, mas também não é tão grande quanto pintam;
Não é preconceito apenas Fabrício, é diferenciação por gênero, é a institucionalização do domínio masculino, que por causa da luta da mulheres, e o feminismo é a parte mais importante dessa luta, vem caindo ano a ano. Mas falta um bocado ainda.
a maternidade tem um preço, se a mulher tem direito a 180 (ou 120, não sei o prazo correto na verdade) dias de licença, beleza, mas isto tem um custo para a empresa e consequentemente diminui a empregabilidade das mulheres. O número 4 concordo, assédio tem que ser punido com demissão mesmo.
Tem 4 meses de licença e 150 dias de estabilidade, não tem custos diretos para a empresa e hoje em dia com a atual taxa de natalidade também não é um problema dessa ordem, eu arrisco chutar que muito mais gente (homens) fica de licença do trabalho, as vezes por mais tempo, por acidentes fora do trabalho do que por causa da maternidade que deve ser um direito assegurado sempre.
6) Cuidar da casa e criar os filhos passa a ser visto também como coisa de homem. E prazer e orgasmo também como coisa de mulher.
Em que ano esse cara está? 1940?
Boa pergunta, muita gente ainda está com a mentalidade exatamente como ele descreve, e muitas pessoas ainda não tem a mentalidade tão moderna quanta a sua.
7) Os editoriais dos veículos de comunicação não serão escritos por equipes eminentemente masculinas. Da mesma forma, as agências se comprometem a derrubar a hegemonia XY em suas equipes de criação, contribuindo para diminuir o machismo na publicidade.
Isso não é para ser "dado" às mulheres, as publicitárias e jornalistas é que tem que conquistar, como aliás vem conquistando ao longo do tempo.
Não vi ele pedindo caridade para as mulheres, apenas pedindo justiça e equilíbrio, onde ainda existe uma iminente visão machista do comportamento da mulher moderna.
8) O direito da mulher a ter autonomia sobre o próprio corpo e o direito de interromper uma gravidez indesejada não precisarão ser questionados. Nem devem requerer explicação.
Absurdo. Existe o pai e a própria criança, que são partes interessadas. Concordo com o aborto até um determinado estágio de desenvolvimento do embrião, mas isso de "nem devem requerer explicação" é tremendamente exagerado.
Não tem nada de absurdo, o aborto tem que ser um direito da mulher, principalmente da que está desprotegida e desamparada ou despreparada, sendo quase o absoluto das que tomam essa decisão.
9) Os partidos políticos não apenas garantirão cotas para a participação das mulheres nas eleições, mas investirão pesado em suas candidaturas a fim de contribuir para que os parlamentos representem, realmente, a sociedade brasileira. Da mesma forma, nomear mulheres como secretárias de governo, ministras e em cargos de confiança, na mesma proporção que homens, será ato corriqueiro.
Outro caso em que isso não é para ser dado às mulheres, mas conquistado com competência, como vem acontecendo, aliás.
Competência não basta, as mulheres que tem o mesmo nível de competência dos homens perdem para esses na questão salário e promoções e chefia.
10) Homens entenderão que “um tapinha não dói” é uma idiotice sem tamanho.
De novo, coloca no mesmo saco todos os homens como se todos fossem agressores potenciais.
Poderia substituir por " mulher gosta de apanhar" é do mesmo calibre. Quantas vezes você já ouviu esse termo?
11) Por fim, feminismo será considerado sim assunto de homem. E meninos e rapazes, mas também meninas e moças, deverão ser devidamente educados desde cedo para que não sejam os monstrinhos formados em ambientes que fomentam o machismo, como a família, colégios e universidades.
Bobagem.
As mulheres tem direito à igualdade, e vem conseguindo, sem precisar da condescendência de pseudo intelectuais politicamente corretos como esse Sakamoto. Mas também é necessário deixar claro que mulheres precisam de igualdade, e não privilégios como querem as/ou feministas radicais.
Nenhuma bobagem. Os homens só tem a ganhar com a igualdade de direitos das mulheres e sobretudo a igualdade absoluta na sociedade. Devemos sim ser defensores ferrenhos dos direitos de nossas esposas, filhas e mães, para que a qualidade de vida deles sendo equivalente aumente nossa própria qualidade. E não é nenhum previlégio que a mulher e as feministas reivindiquem igualdade absoluta de tratamento em casa, no trabalho e na vida social. Privilégio é algo que nossa sociedade ainda reserva na maior parte para homens. Não inverta os valores.
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