Caro Poindexter, se o Estado não se faz de rogado em dar o diploma do ensino médio a milhares de semi-analfabetos todos os anos, vai-se exigir que as IES particulares tenham pudores em fazê-lo? É brincadeira, sua, né?
Tu Quoque.
Voltando àquele outro tópico, onde eu já expus isso exaustivamente: se fores dar uma olhada em quais são no geral os melhores cursos das particulares, são justamente os mais concorridos nos vestibulares das públicas, pois sempre sobra algum material humano do qual dá para se exigir alguma coisa. Agora, cumé que cê vai "puxar na matéria" com uma turma de licenciatura em matemática de uma faculdadezinha do interior da Bahia? Como um sujeito que nunca aprendeu, como você costuma dizer, nem regra de três no ensino fundamental e médio, vai aprender integral e derivada direito?
Por quê, então, as IES particulares diplomam esse pessoal? Por quê não os reprovam?
E qual a sua sugestão? Que a faculdadezinha feche as portas em nome de uma quimérica qualidade do ensino porque sua clientela, proveniente das escolas públicas, não dá conta de acompanhar o curso num nível mais elevado?
E qual a tua sugestão? Que o Estado reconheça o sujeito como Bacharel em Matemática apenas porque ele pagou suas mensalidades em dia? Quem pagou manja da matéria simplesmente porque pagou?
Outro mito que precisa ser desfeito é o de que o nível de exigência nas públicas é homogêneo.
Não disse que é homogêneo. Por outro lado, em média é bem superior que o das privadas.
Como bem me disse meu professor lá da UFU, se ele puxasse na matéria do mesmo jeito que os professores dele puxavam lá na USP, ele reprovaria 2/3 da sala (já estava usualmente reprovando quase 1/3). Se o seu congênere puxasse lá na Unitri (a particular mais bem equipada e com o quadro docente mais qualificado da região de Uberlândia) o que ele puxa na UFU, reprovaria 90% dos alunos.
Reprovaram esse pessoal todo? Se não reprovaram, por quê não reprovaram? Porque seriam demitidos se cobrassem como deveriam?
O nível de cobrança, Poindexter, é diretamente proporcional ao nível da clientela da instituição, indo além, do curso. Isso vale para as públicas tanto quanto vale para as privadas.
Não é. Nas públicas, é diretamente proporcional à qualidade e à vontade de cobrar por parte do Corpo Docente e, nas particulares, é diretamente proporcional à vontade dos "clientes" de serem mais ou menos cobrados.
Além disso, deve haver um nível mínimo para um sujeito merecer um diploma. Um sujeito que não sabe integrar não merece um diploma de bacharel em Matemática.
Isso depende do curso, Poindexter. É normal, mesmo nas públicas, que as disciplinas de humans tenham muitos trabalhos. Mas, aproveitando o ensejo, devo repetir que o nível de cobrança, Poindexter, seja nas provas ou nos trabalhos, é diretamente proporcional ao nível da clientela da instituição, indo além, do curso. Isso vale para as públicas tanto quanto vale para as privadas.
Não é. Nas públicas, é diretamente proporcional à qualidade e à vontade de cobrar por parte do Corpo Docente e, nas particulares, é diretamente proporcional à vontade dos "clientes" de serem mais ou menos cobrados.
Além disso, deve haver um nível mínimo para um sujeito merecer um diploma. Um sujeito que não sabe integrar não merece um diploma de bacharel em Matemática.
Só se for assim na USP. Eu mesmo já passei em semestre com 59 pontos (a nota mínima para passar era 60 ). Qual a mágica? O professor me deu um pontinho. Tive um colega que fez duas substitutivas em Cálculo III.
Ele te deu esse pontinho porque quis ou porque foi chorar na diretoria? Se ele não quisesse e você fosse à diretoria reclamar, iam obrigá-lo a te dar o pontinho?
Deram as duas substitutivas ao teu colega porque quiseram ou porque ele foi chorar na diretoria? Se eles não quisessem e ele fosse à diretoria reclamar, iriam obrigá-los a dar as duas substitutivas?
Os professores "ferradores", desses que reprovam 60% da turma, realmente existem. Geralmente, são dinossauros com didática zero que atribuem a culpa da sua incompetência como educadores à vagabundagem dos alunos. Mas eles não são neeeeeeeeeeeeeeeeeeeem de longe a maioria dos professores, nem mesmo nas públicas.
Ou são professores que dão aulas para turmas de calouros que ainda não se ligaram que, uma vez terminado o vestibular, já é hora de queimar as pestanas novamente.
Do segundo ano em diante, casos como estes reduzem bastante, mas do primeiro ano para o segundo é uma verdadeira "limpeza". E olha que estamos falando dos que foram melhor no vestibular, hein?
E qual é a sua sugestão? Que as particulares fechem suas portas, porque os egressos da escola pública de ensino médio são incapazes de fazer uma nota mínima num vestibular?
Quem mandou as particulares entrarem no ramo? Não sabiam que teriam esse problema?
Por quê não fazem vestibulares mais difíceis de passar? Será porque haveriam poucos alunos de qualidade e elas seriam inviáveis economicamente? Então, por quê entraram no negócio, para início de conversa? Por quê, ao invés de entrarem no ramo do Ensino Superior, não escolheram operar no mercado de cereais ou de roupas?
E qual é a tua sugestão? Que moremos em prédios assinados por engenheiros que não sabem fazer uma regra de três apenas porque eles pagaram suas mensalidades em dia?
E qual é a sua sugestão? Que as particulares fechem suas portas, porque os egressos da escola pública de ensino médio são incapazes de ler um livro no próprio idioma nativo, que dirá em outro?
Quem mandou as particulares entrarem no ramo? Não sabiam que teriam esse problema?
Por quê não fazem vestibulares mais difíceis de passar? Será porque haveriam poucos alunos de qualidade e elas seriam inviáveis economicamente? Então, por quê entraram no negócio, para início de conversa? Por quê, ao invés de entrarem no ramo do Ensino Superior, não escolheram operar no mercado de cereais ou de roupas?
E qual é a tua sugestão? Que moremos em prédios assinados por engenheiros que não sabem fazer uma regra de três apenas porque eles pagaram suas mensalidades em dia?
E qual é a sua sugestão? Que as particulares fechem suas portas, porque os egressos da escola pública de ensino médio são incapazes de acompanhar uma aula num nível mais alto?
Por quê não fazem vestibulares mais difíceis de passar? Será porque haveriam poucos alunos de qualidade e elas seriam inviáveis economicamente? Então, por quê entraram no negócio, para início de conversa? Por quê, ao invés de entrarem no ramo do Ensino Superior, não escolheram operar no mercado de cereais ou de roupas?
E qual é a tua sugestão? Que moremos em prédios assinados por engenheiros que não sabem fazer uma regra de três apenas porque eles pagaram suas mensalidades em dia?
O problema continua lá, no ensino médio, Poindexter. A IES particular não tem como consertar isso em quatro anos.
Tu Quoque. Um erro não justifica o outro.
Meus colegas que matavam aula para jogar sinuca no boteco (Igão, Mosquito, Ginetom) eram os melhores alunos da turma.
Estou falando na média. Casos isolados são apenas casos isolados. Há gente que aprende Cálculo aos 13 anos por prazer e entra na IES pública (há casos também nas particulares) aos 18 anos lendo, por prazer, matemática de nível de Mestrado ou Doutorado e com teoremas praticamente prontos.... se estes forem jogar pebolim, não será isso que os reprovará, com certeza.
Não sei quais são os casos do Igão, do Mosquito e do Ginetom... não sei quais os seus QI's, não sei o que eles já sabiam antes de entrarem no Terceiro Grau, não sei a facilidade que eles tinham para aprender, não sei o quanto eles estudavam fora da universidade...
Belo slogan. Como todo slogan, é idiota.
Provas de que é idiota?
Será que "começou a baixaria" no tópico?