Autor Tópico: FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não  (Lida 1638 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Online: 07 de Abril de 2013, 11:56:15 »
Dando continuidade, ou não, ao assunto que surgiu em outro tópico:

[...]
Mas são por outros motivos que tenho certeza de que o Femen é o grupo feminista mais babaca de que já tive notícias. Vou expor porque, com uma ajudinha delas mesmas, que definem o movimento como sendo a união de "hot boobs, cool head and clean hands" www.femen.org ;

//Hot boobs - Check. Mas e daí?

//Cool head - Será?

- Segundo suas próprias palavras, “Reconstruímos uma imagem interna do feminino, da maternidade, da beleza. Baseado na experiência dos movimentos das mulheres euro-atlânticas”, sem especificar a que movimentos se referem. Elas não possuem nenhum embasamento e se dizem neo-feministas, sem também definir de forma clara o que é isso, mas pelas suas ações, é possível concluir que o neo-feminismo consiste apenas em gritar palavras de ordem com os seios à mostra em protestos que beiram o nonsense.

- Elas adotam uma postura extremista, femista e misândrica (embora Sara Winter negue a existência desse extremismo, mesmo sendo impossível que uma membro tão ativa desconheça-o).


(home do site - uma mulher segurando uma foice ensanguentada em uma mão e testículos cortados na outra, em frente a palavra sextremism - não resta dúvida)

- Politicamente seus objetivos são muito questionáveis; moralistas (“desenvolver a qualidade intelectual e moral das mulheres ucranianas”)*, nacionalistas (“limpar a imagem da Ucrânia, um país repleto de oportunidades para as mulheres”)* e preconceituosos, como nos protestos feitos em frente à embaixada da Turquia, sob o pretexto de que os cidadãos turcos são os turistas sexuais mais ativos na Ucrânia (sem dados oficiais… afinal, evidências pra quê?) e nos protestos feitos contra o uso dos véus pelas mulheres muçulmanas;

* Elas esquecem de esclarecer como pretendem fazer isso, porque gritando histericamente não deve ser… eu acho.

- Grande parte de suas ações na Europa consistem em “libertar” as demais mulheres dizendo a elas o que é bom e o que é ruim. Assim como se pode ver em seus muitos protestos que estigmatizam, culpabilizam e infantilizam as mulheres muçulmanas (como no protesto feito no Trocadero, vestidas em niqabs para depois tirá-los e passar a mensagem “Melhor nua que de burca”, como se fosse assim tão simples…) e prostitutas (leiam seu plano de ação: “Sex is not for sale”). Simplesmente, sobre esses assuntos (o véu e a prostituição), as Femen têm as mesmas ideias que as feministas “institucionais”, com as quais não concordo.

- Estou convencida de que A mulher não existe, mas que as mulheres são muitas e ninguém pode falar em nome de todas elas. Prefiro que as mulheres se libertem por (e talvez, principalmente, de) si mesmas ao invés de tentar impor um modelo de mulher livre;

- Apontar o dedo aos homens muçulmanos como se eles fossem os novos inimigos das feministas é discriminatório e considerar a todos os homens "lixo humano" (não conseguia encontrar uma expressão... então fiz essa singela homenagem a LaraAS :)) é repugnante.

- Não existe um “novo feminismo” nem uma “nova mulher”. As correntes feministas, suas reivindicações e seus modos de protesto evoluíram como todos os movimentos políticos, mas os novos grupos não surgiram do nada e, querendo ou não, o feminismo tem uma história. Ignorá-la dá nisso; um movimento vazio de discurso, com agressividade gratuita e cheio de furos e contradições.

//Clean hands. Será? (2)

- As mulheres do Femen exploram a imagem da mulher sexualizada tanto quanto os mercados que criticam. Mesmo que isso fizesse parte de uma estratégia "Lula light" (não faz, a imagem da foice fala por mim) seria extremamente desonesto usá-la.   

- O Femen se diz um movimento independente, custeado com recursos financeiros próprios (de suas integrantes, que se declaram mulheres sem muitas posses, que possuem apenas seu corpo e sua voz), doações de simpatizantes e vendas de produtos (camisetas, canecas, etc), além de não aceitar a participação masculina ativa. Mas… segundo Daryna Chyzh, jornalista do canal local 1 + 1, que se infiltrou no Femen, é secretamente financiado por milionários (a maioria homens); os protestos são custeados (hospedagem, passagens, alimentação, deslocamentos, roupas e materiais) e remunerados. Todas as ativistas recebem salário (só em Kiev são cerca de 340), aproximadamente 3 vezes maior do que o salário médio ucraniano. Além disso, todas as instalações dos escritórios do grupo em Kiev, Paris e São Paulo foram pagas por esses simpatizantes muito generosos. Ex-integrantes confirmaram terem sido pagas. Não há provas concretas, mas levanta fortes suspeitas sobre a origem do financiamento e, se ele de fato ocorre, quais os interesses dos financiadores. O Femen apenas nega a acusação, mas se recusa a dar mais detalhes.

http://www.corrierenazionale.it/component/content/article/32-home/esteri/74431-Femen-troppe-ombre-dietro-al-movimento   
http://24heuresactu.com/2012/11/21/femen-payees-pour-manifester/



<a href="http://www.youtube.com/v/CPx4ihX4g-0" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/CPx4ihX4g-0</a>

Citar
A gloriously crude topless 'jihad' from a Femen activist
Femen deserve the support the Arab spring got. They're giving patriarchy – and mealy-mouthed relativists – a kick up the arse

http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2013/apr/05/femen-topless-protest-gloriously-crude


Citar

Muslim women organize online counterprotest to Femen's Topless Jihad Day  

Muslim Women Against Femen mobilized in the midst of Ukraine-based group Femen's Topless Jihad Day, and they are on a mission to show that the feminist group known for its bare-breast protests does not speak for all members of their community.


http://www.nydailynews.com/news/world/muslim-women-organize-topless-jihad-day-article-1.1309582


Offline Hold the Door

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #1 Online: 01 de Maio de 2013, 10:45:51 »
Sempre achei a FEMEN um movimento, digamos, visualmente interessante...
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Offline Fabrício

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #2 Online: 01 de Maio de 2013, 10:55:38 »
Sempre achei a FEMEN um movimento, digamos, visualmente interessante...

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Offline Price

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #3 Online: 01 de Maio de 2013, 10:58:30 »
É engraçado ver uma imagem corrigida no photoshop na index do site de um movimento que é contra padrões de beleza. :)
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Dodo

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #4 Online: 01 de Maio de 2013, 11:24:32 »
Por incrível que pareça o FEMEN me faz pensar em Ann Coulter, uma polemista americana. Ela é conservadora, um Reinaldo Azevedo de saias, e como este, ela ama polêmica!. Num encontro político de conservadores gays ela foi uma das palestrantes e detonou seus anfitriões, dizendo simplesmente que abandonassem aquela bobagem de casamento gay e direitos civis - Vocês não são negros, disse ela - afinal o casamento é entre um homem e uma mulher e deve servir ao propósito de gerar filhos.

O mais interessante é que ela é solteira, sem filhos e tem um namorado. Aplicando a lógica dela própria, caso ela faça algum xexo (está correto, vejam lá no dicionário da Xuxa) com o namorado, ela esta praticando prostituição aos olhos do senhor. Duvidam? Então leiam:

" mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa e cada mulher o seu próprio marido."

Coríntios 7:2

Sempre lembro dela quando leio sobre o FEMEN porque ambos adoram chocar a audiência, seria interessante o contraste: um bando de liberais (e bota liberais nisso) peladas defendendo o direitos dos conservadores gays, enquanto uma conservadora (vestida, ainda bem) joga água fria neles.
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Alfred E. Newman

Offline Fabrício

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #5 Online: 01 de Maio de 2013, 11:45:47 »
É engraçado ver uma imagem corrigida no photoshop na index do site de um movimento que é contra padrões de beleza. :)

E apesar de serem contra padrões de beleza, colocaram uma gata na página do site... para serem coerentes, deviam colocar um baranga com os peitos caídos.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #6 Online: 01 de Maio de 2013, 16:58:34 »
Por incrível que pareça o FEMEN me faz pensar em Ann Coulter, uma polemista americana. Ela é conservadora, um Reinaldo Azevedo de saias, e como este, ela ama polêmica!. Num encontro político de conservadores gays ela foi uma das palestrantes e detonou seus anfitriões, dizendo simplesmente que abandonassem aquela bobagem de casamento gay e direitos civis - Vocês não são negros, disse ela - afinal o casamento é entre um homem e uma mulher e deve servir ao propósito de gerar filhos.

O mais interessante é que ela é solteira, sem filhos e tem um namorado. Aplicando a lógica dela própria, caso ela faça algum xexo (está correto, vejam lá no dicionário da Xuxa) com o namorado, ela esta praticando prostituição aos olhos do senhor. Duvidam? Então leiam:

" mas, por causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa e cada mulher o seu próprio marido."

Coríntios 7:2

Nessas horas eu fico me achando extremo-centrista. Dificilmente conseguiria imaginar uma situação onde poderia "defender" a Ann Coulter, mas essa se aproxima. Não tanto no sentido de "sim, é isso mesmo, ela tem razão, 100%", mas apenas de que pode ser coerente (não-contraditório) ela ser solteira, sem filhos, fazer sexo sem intencionar ter filhos, e ainda ter a posição que tem sobre casamento homossexual. É uma espécie de apelo à natureza, heterossexuais naturalmente geram filhos e constituem famílias, o mesmo não ocorre com homossexuais, é exceção dentro da exceção (e daí a comum "auto-analogia" dos homossexuais com negros pode ser vista como enfraquecida). Não sei se ela defende as coisas com forte embasamento religioso, a mim a impressão que ela passa é de ter uma visão/interpretação (como tantas pessoas) meio "light" das coisas (a partir de leitura seletiva e racionalizações diversas), apenas não tão "light" quanto aqueles que dão um jeito de compatibilizar a religião com a aceitação de homossexualidade ou casamento homossexual. Então essa crítica de incoerência religiosa acaba errando o alvo, acaba sendo praticamente um espantalho, ao menos do ponto de vista deles. Seria tão pertinente quanto questionar o próprio fato dela, sendo mulher, estar dando uma palestra, quando as mulheres devem é escutar caladas e tirar as dúvidas com os maridos em casa.

Os crentes podem estar sendo absurdamente "incoerentes" ao não serem todos fundamentalistas medievais, mas acho que eles não são minimamente afetados por esse tipo de argumentação. Acaba sendo só uma pequena ironia insignificante, não um forte argumento. Algo comparável a eles criticarem ateus/racionalistas por não agirem sempre de forma "plenamente lógica, ou 100% racional," apesar de todo o discurso em favor dessas coisas. Nós simplesmente aceitamos que não ser 100% lógico/racional faz parte da nossa natureza e não nos importamos tanto com isso; de forma similar, eles tendem a enxergar seu nível de literalismo-vs-humanismo/"iluminismo" como algo análogo, subjetivamente, ao nível de abdicação que consideramos aceitável da racionalidade. Assim como nós crescemos treinados a aceitar um considerável papel de emoção e sentimentos sobre "razão pura", eles cresceram com um determinado nível de não-literalismo que é simplesmente "como as coisas são", algo "natural", ou qualquer que seja a racionalização exata.

Dizer que eles "deveriam" ser mais fundamentalistas vai soar meio como argumentos deles nas linhas de "você, não aceitando a moral divina, deveria então estuprar o maior número de mulheres possível, pois assim os seus genes serão propagados em maior número nas próximas gerações", ou "se você não aceita a moral divina, então pode roubar sem qualquer remorso, se assim quiser, se considerar que não será pego." Bem na linha do Datena. Se o seu argumento é visto pelo "outro lado" como você vê o argumento do Datena, provavelmente não está sendo algo muito efetivo, e talvez até contraproducente.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #7 Online: 01 de Maio de 2013, 17:02:14 »
É engraçado ver uma imagem corrigida no photoshop na index do site de um movimento que é contra padrões de beleza. :)

Governabilidade.





Tive a impressão de alguém ter feito alguma piadinha/trocadilho com SEMEN.

Offline Hold the Door

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #8 Online: 01 de Maio de 2013, 18:06:10 »
Sempre achei a FEMEN um movimento, digamos, visualmente interessante...

Depende muito das manifestantes...

Algo me diz que - na linha do photoshop da página delas - elas escolhem as manifestantes com os melhores argumentos para protestar...
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Offline Dodo

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #9 Online: 01 de Maio de 2013, 18:14:27 »
Buckaroo, a minha crítica é mesmo um espantalho. Eu usei a lógica dela para analisar ela mesma, a diferença é que em nenhum momento ela usou qualquer versículo bíblico para embasar a sua opinião sobre o casamento gay, e eu fiz isso. Podia ter usado outra centena de versículos, poderia dizer que Satanás a esta usando como um exemplo para que meninas conservadoras a imitem e não desejem casamento ou filhos, etc. E, acredite, se eu fizesse isso em alguns sites eu ia ser considerado um campeão da fé.

Uma mulher que pratica prostituição (sexo fora do casamento) defendendo os valores bíblicos? Como isso é possível?

Eu estou errado na minha análise? Com certeza, sim. Apenas apliquei a lógica da mesma maneira que ela.

Acredito eu, assim como você já demonstrou, que se ela analisasse a própria posição (uma mulher com idéias, palavras e ações dentro de uma sociedade patriarcal e machista e não apenas uma parideira e dona de casa) talvez ela revesse sua posição sobre os gays.
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Alfred E. Newman

Offline Buckaroo Banzai

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #10 Online: 01 de Maio de 2013, 18:15:56 »
Eu não entendi praticamente nada do que você colocou agora. Só quanto ao último ponto, acho que provavelmente é mais complicado. Para começar ela poderia analisar a própria posição, e apenas continuar não vendo grande analogia com homossexuais, acho que não é improvável e nem extremamente incoerente (se ela fosse fazer isso não se atendo a embasamentos bíblicos, o que deve ser mais provável). Isso em parte vem de uma disposição geral das pessoas simplesmente continuarem racionalizando a própria posição apesar de inconsistências. E é agravado com o incentivo financeiro-profissional dela (e outras pessoas na mesma posição) ser uma "formadora de opinião" profissional, que antes de mais nada são pessoas proeminentes, que apenas expõem articuladamente a opinião já corrente de um nicho, que se vê então legitimado. Mudar de opinião é arriscar perder seu público. Isso pode influenciar até em uma resistência a se arriscar mudar de opinião, quanto a até em considerar uma questão de importância menor, e até discordar, mas usá-la ainda assim apenas pelo apelo populista.

A moral da história é que se "esquerda e direita"/etc vão chegar a algum acordo, provavelmente será mais provável disso ocorrer se algum dos lados conseguir mostrar um meio termo que tenha algum apelo/coerência à própria posição, sendo um "caminho de menor resistência", e não tanto através de espantalhos, que servem apenas aos "vendedores de opinião", para agradar o seu culto fiel, que se sente desconfortável tentando enxergar possíveis concessões ou mesmo em tentar enxergar as coisas pela perspectiva do outro lado, ao mesmo tempo em que se imagina alguém não-idiota ou moralmente repugnante.







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Na entrevista de uma das dissidentes brasileiras, a suposta segunda na linha de comando, ela dizia que isso era política do grupo mesmo. Mas novamente, sempre fazendo papel de advogado do diabo, não acho que não poderia ser uma estratégia de marketing válida. Fazem o escândalo/chamam a atenção para algo que elas julgam que merecia atenção, mas fogem do estereótipo de "feministas lésbicas butch gordas de sovaco peludo," que poderia levar a "mensagem" a ser desconsiderada mais largamente do que se vem com uma "embalagem" melhor/pop.




Offline Dodo

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #11 Online: 02 de Maio de 2013, 00:36:25 »
Eu não entendi praticamente nada do que você colocou agora.

Ironia. Nada além disso. Veja esta frase dela:

"I think [women] should be armed but should not [be allowed to] vote.  No, they all have to give up their vote, not just, you know, the lady clapping and me. The problem with women voting -- and your Communists will back me up on this -- is that, you know, women have no capacity to understand how money is earned. They have a lot of ideas on how to spend it. And when they take these polls, it's always more money on education, more money on child care, more money on day care." -- Ann Coulter, Politically Incorrect, Feb. 26, 2001

Parece uma maneira elegante de dizer que as mulheres devem se contentar em pilotar um fogão. Sim, eu sei, você provavelmente irá ler e dizer que ela se referia, com deboche, as liberais, Hillary e Cia, sobre a (eterna) questão: estado x contribuinte. Para o estado dar tudo o que o contribuinte quer, este tem que financiar o estado e... bom, já sabemos até onde vai esta conversa. Mas é interessante a maneira que ela coloca as coisas (ou pelo menos como eu entendo que ela coloca) sabendo que irão criar polêmica. Tipo: vou falar das mulheres porque eu sou mulher e ninguém espera que eu seja machista. É assim que vejo e acho engraçado. Apenas isso.

Sabe, ela seria um exemplo perfeito da "paralaxe cognitiva" do Olavão.

Tentei ser irônico e não obtive sucesso.

Observação 1: eu acho a Ann Coulter uma imbecil!

Observação 2: a paralaxe cognitiva é uma tremenda groselha, misteriosamente o Olavão só detecta isso na mente revolucionária.

Obervação 3: a mentalidade revolucionaria é coisa do capeta, o comunismo não seria um fato, sem que a concepção teórica existisse no mundo das idéias.

Observação 4: Sim eu me divirto lendo os conservadores.

Observação 5: Sim, admito. Mais uma vez não consegui ser muito claro. Lamento.  :(

E só. Apenas achei engraçado. A FEMEN defende o direito das mulheres, inclusive de não serem exploradas e daí fazem seus protestos peladas. A Ann, é conservadora e defende os valores que, para muitos, devem ser usados para manter as mulheres em seus devidos lugares. Não digo que elas estão erradas ou deviam agir diferentes, mas simplesmente não consigo ver as coisa assim tão preto no branco como elas vem.
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Alfred E. Newman

Offline Price

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Re:FEMEN vs "feminismo de verdade", ou não
« Resposta #12 Online: 02 de Maio de 2013, 08:28:42 »
É engraçado ver uma imagem corrigida no photoshop na index do site de um movimento que é contra padrões de beleza. :)

Governabilidade.

Imbecilidade.
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A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

 

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