Tópico: Visita do papa ao Brasil custará R$ 118 milhões para os cofres públicos, diz jor

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Vaticano rejeita aliança com o governo

RIO - O Vaticano se distancia da tentativa do governo brasileiro de propor uma aliança para o combate à pobreza, enquanto nos bastidores a Santa Sé insiste que não quer ser usada politicamente no Brasil pelo governo, principalmente em um momento delicado, de manifestações pelas ruas e preparação para as eleições de 2014.

Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff não perdeu a chance de, no primeiro discurso ao lado do papa Francisco, descrever a política social do governo e formular uma proposta de se aliar ao Vaticano para desenvolver uma política internacional baseada no combate à pobreza. O papa tem cobrado governantes e até mesmo a Igreja para que adotem um discurso e atitudes concretas para ajudar os mais pobres.

A Santa Sé confirmou que, além do discurso, Dilma levantou essa questão com o papa no encontro que mantiveram. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, garantiu ao Estado que o pontífice "apreciou" o tom do discurso e que existem "pontos de sintonia". Mas ele insistiu que não há nada concreto quanto a uma aliança e que, no momento, a Santa Sé não tem a intenção de assinar acordos nessa direção. "Não existe compromisso nesse sentido."

Lombardi explicou que não se trata de um desacordo com a linha adotada pelo Brasil. Mas, ao Estado, pessoas próximas ao papa garantiram que o argentino e o Vaticano sabem do momento vivido pelo Brasil e da necessidade de Dilma de colar sua imagem à popularidade de Francisco. Para completar, a Santa Sé aponta que tanto na Organização das Nações Unidas (ONU) quanto em outros organismos internacionais, o Vaticano e o Brasil já têm uma posição de sintonia.

O distanciamento do Vaticano não significa, segundo seus auxiliares, que o papa não reconheça que tem um papel político importante. "O papa quer ter esse papel. Mas ele defende uma ação política com P maiúsculo, e não a política partidária", explicou um auxiliar.

Carta. Dilma fez de tudo para politizar a viagem do papa ao Brasil. Ela enviou uma carta ao argentino pedindo que ele a transformasse em uma "visita de Estado" e fosse a Brasília. Mas Francisco rejeitou o convite. Nos próximos meses, o governo tentará promover uma aproximação das diplomacias do Vaticano e do Itamaraty para debater estratégias de ação conjunta em fóruns internacionais.

O Vaticano também já deixou claro que nesta quarta-feira, 24, quando o papa visitar a favela de Varginha, no Rio, ele não quer a presença de políticos. "O contato é com o povo, e justamente com o povo mais esquecido pelos governantes", declarou um representante do Vaticano.

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,vaticano-rejeita-alianca-com-o-governo,1056635,0.htm

[Buckaroo Banzai]

Se fosse uma visita do Obama não custaria tão menos assim. Esta custa mais por ser uma semana e o Papa é um chefe de Estado.

É, os presidentes não costumam ficar passeando nos presidentomóveis e jogando beijinhos e água presidencial enfeitiçada. Nesse século, com a velocidade da internet, provavelmente não é menos inútil na maior parte do tempo, bem como a maior parte das viagens do presidente dentro do país mesmo. Só gastança com imagem/publicidade.

[...] O Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) ainda não divulgou o número de acordos que serão fechados com a visita de Barack Obama ao Brasil. Mas uma conta já está certa: o hotel que hospedará a comitiva do presidente dos Estados Unidos custará R$ 200 mil.

Preocupado com a segurança, o governo americano mandou fechar o Royal Tulip, que integra o complexo do Golden Tulip Brasília, o único hotel cinco estrelas da capital federal, às margens do lago Paranoá. As 448 suítes custam, por baixo, R$ 400. A diária das duas suítes presidenciais, por sua vez, não sai por menos de R$ 10 mil.

Em um acordo que o Itamaraty não gosta de revelar, parte dos gastos com a visita de chefes de Estado estrangeiros é paga pelo governo brasileiro. Não há um percentual fixo para o reparte. No caso da visita de Obama, a embaixada reservou a suíte presidencial com dois dias de antecedência. Isso será pago pelo governo americano. A diária do sábado (19), no entanto, pesará aos contribuintes brasileiros.
[...]
http://noticias.r7.com/internacional/noticias/obama-fecha-hotel-mais-caro-de-brasilia-ao-custo-de-r-200-mil-20110315.html

Ainda, mais da metade do país está feliz com sua visita.

Bobos-alegres.