Véi, no dia que em que os "intelectuais" da direita perceberem que, na Academia, existem mais seguidores de Habermas do que de Gramsci, aí sim podemos começar a levá-los a sério. Aliás, a direita não entra na Academia não porque é um lugar habitado por esquerdistas conspiratórios, mas sim porque a direita ainda não saiu de seus devaneios esquizoides oriundos da guerra-fria.
Há anacronismo na esquerda? Sim, e muito, mas a direita decidiu viver para sempre reclusa em um anacronismo pífio e ingênuo, rançoso e agressivo, mas ingênuo.
E a situação ficou ainda mais difícil, agora que os liberais estão começando a abraçar utopias fictícias e paradigmas contraditórios, como aquelas sofismas propaladas pelos ultra-liberais. Se esquerda ainda é hegemônica é menos por esforço dela e mais pelas sandices indagadas pela direita.