Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Exatamente, em resumo - CULTURA. E nossa cultura trata trabalho como emprego. Se faz, em média, o bastante para manter o emprego, sem responsabilidade, sem comprometimento com o trabalho, com prazo, com qualidade. Precisamos encarar nossos problemas em vez de tapar o sol com a peneira.
Observo e ou experimento este traço cultural nefasto TODOS os dias.
Minha esposa é funcionária pública e os relatos feitos por ela são igualmente estarrecedores. Absenteísmo, leniência, má-vontade no atendimento e mau-caratismo são muito comuns nos locais onde ela trabalha.
Parece que chegamos a um ponto comum e identificamos o vilão da história. A Cultura.
Resta conceituar com alguma certeza o que seja essa cultura, pois parece uma combinação de variáveis com grande subjetividade.
Temos um tópico no fcc que aborda o tema, cultura. Ali, conclui-se que a cultura chega a inocentar o ato ilícito, próprio de um cultura, e condenado em outra.
A poligamia, a extirpação do clitóris, a execução por espancamento e por aí vai.
Então, a cultura é causa ou consequência? Pois ela está profundamente relacionada com o estágio de civilização de um povo. O que é cultural na Guiné Bissal seria bizarro no Canadá, p. exemplo.
Embora nesta discussão tenhamos abordado particularmente a questão do trabalhador brasileiro, que não é o objetivo do tópico, não será o comportamento deste homem uma síntese do geral, ou seja, do que se passa na cabeça do brasileiro?
Se sim, teremos que considerar a qualificação deste trabalhador. Isto definirá seu nível sócio cultural e consequentemente hábitos e costumes a influenciarem em seu comportamento.
Se não, perdemos o foco do debate por abordarmos generalidades.