Autor Tópico: A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação  (Lida 2682 vezes)

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Offline AlienígenA

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #25 Online: 26 de Junho de 2017, 23:05:45 »
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Falta de foco e objetividade. De acordo com Nogami, do Insper, não há dados de estudos abertos sobre a objetividade do brasileiro. Mas empresas multinacionais têm comparações internas que apontam que o trabalhador nacional é menos objetivo do trabalho do que europeus ou americanos. “O indivíduo chega, toma um café, verifica as mensagens que recebeu, lê o noticiário. Demora uma hora para começar a trabalhar. E quando vai se aproximando do horário do almoço começa a planejar onde vai comer e a produtividade volta a cair”, diz Nogami. Um efeito colateral dessa tendência a demorar a produzir são as horas extras. “O americano larga o lápis assim que deu o seu horário e vai embora, e mesmo agindo dessa maneira é produtivo. O brasileiro tende a fazer mais horas extras”, diz. Para o professor, isso tem origem na educação básica. “É uma questão cultural sem dúvida nenhuma. À medida que o ensino fundamental é fragilizado, o comportamento ao longo da vida também será. Isso contribui para dispersão, baixo senso de responsabilidade”, diz. 
Meu caro, é minha vez de perguntar: em que país vc vive?

No país do jeitinho?

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Se prestou a atenção no que eu disse vai comparar o ambiente de trabalho do americano, por exemplo, e vai se lembrar quando citei - "trabalhador mal remunerado, sem seguridades e segurança, sem perspectiva profissional, pega no batente depois de duas horas na condução, e com fome."
O patrão, ou empresário, é na maioria das vezes um tiranete que vê em seu empregado um inimigo que sempre quer lhe furar o olho; por aí.

Que papo é esse de "exploradores x explorados" companheiro? Por que você acha que estou falando de um tipo específico de trabalhador? Falo no geral, do mal ao bem remunerado, com ou sem seguridade e segurança, com ou sem perspectiva profissional, que pega no batente depois de duas horas de ônibus ou no engarrafamento, com ou sem fome e, inclusive, empregado ou empregador? Ou, na sua cabeça, patrão/empresário não é um trabalhador, apenas um moedor de carne humana ambulante? Estou falando de uma cultura, que tem sim exceções, mas é disseminada. Há sim profissionais responsáveis, comprometidos, de pedreiros a empreiteiros, e também o oposto, de pedreiros a empreiteiros.

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Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.

Exatamente, em resumo - CULTURA. E nossa cultura trata trabalho como emprego. Se faz, em média, o bastante para manter o emprego, sem responsabilidade, sem comprometimento com o trabalho, com prazo, com qualidade. Precisamos encarar nossos problemas em vez de tapar o sol com a peneira.


Offline Geotecton

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #26 Online: 27 de Junho de 2017, 00:19:44 »
Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Exatamente, em resumo - CULTURA. E nossa cultura trata trabalho como emprego. Se faz, em média, o bastante para manter o emprego, sem responsabilidade, sem comprometimento com o trabalho, com prazo, com qualidade. Precisamos encarar nossos problemas em vez de tapar o sol com a peneira.

Observo e ou experimento este traço cultural nefasto TODOS os dias.

Minha esposa é funcionária pública e os relatos feitos por ela são igualmente estarrecedores. Absenteísmo, leniência, má-vontade no atendimento e mau-caratismo são muito comuns nos locais onde ela trabalha.
Foto USGS

Offline Spencer

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #27 Online: 27 de Junho de 2017, 06:57:02 »
Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Exatamente, em resumo - CULTURA. E nossa cultura trata trabalho como emprego. Se faz, em média, o bastante para manter o emprego, sem responsabilidade, sem comprometimento com o trabalho, com prazo, com qualidade. Precisamos encarar nossos problemas em vez de tapar o sol com a peneira.

Observo e ou experimento este traço cultural nefasto TODOS os dias.

Minha esposa é funcionária pública e os relatos feitos por ela são igualmente estarrecedores. Absenteísmo, leniência, má-vontade no atendimento e mau-caratismo são muito comuns nos locais onde ela trabalha.
Parece que chegamos a um ponto comum e identificamos o vilão da história. A Cultura.
Resta conceituar com alguma certeza o que seja essa cultura, pois parece uma combinação de variáveis com grande subjetividade.
Temos um tópico no fcc que aborda o tema, cultura. Ali, conclui-se que a cultura chega a inocentar o ato ilícito, próprio de um cultura, e condenado em outra.

A poligamia, a extirpação do clitóris, a execução por espancamento e por aí vai.
Então, a cultura é causa ou consequência? Pois ela está profundamente relacionada com o estágio de civilização de um povo. O que é cultural na Guiné Bissal seria bizarro no Canadá, p. exemplo.

Embora nesta discussão tenhamos abordado particularmente a questão do trabalhador brasileiro, que não é o objetivo do tópico, não será o comportamento deste homem uma síntese do geral, ou seja, do que se passa na cabeça do brasileiro?
Se sim, teremos que considerar a qualificação deste trabalhador. Isto definirá seu nível sócio cultural e consequentemente hábitos e costumes a influenciarem em seu comportamento.
Se não, perdemos o foco do debate por abordarmos generalidades.


Offline AlienígenA

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #29 Online: 27 de Junho de 2017, 08:27:28 »
Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Exatamente, em resumo - CULTURA. E nossa cultura trata trabalho como emprego. Se faz, em média, o bastante para manter o emprego, sem responsabilidade, sem comprometimento com o trabalho, com prazo, com qualidade. Precisamos encarar nossos problemas em vez de tapar o sol com a peneira.

Observo e ou experimento este traço cultural nefasto TODOS os dias.

Minha esposa é funcionária pública e os relatos feitos por ela são igualmente estarrecedores. Absenteísmo, leniência, má-vontade no atendimento e mau-caratismo são muito comuns nos locais onde ela trabalha.
Parece que chegamos a um ponto comum e identificamos o vilão da história. A Cultura.
Resta conceituar com alguma certeza o que seja essa cultura, pois parece uma combinação de variáveis com grande subjetividade.
Temos um tópico no fcc que aborda o tema, cultura. Ali, conclui-se que a cultura chega a inocentar o ato ilícito, próprio de um cultura, e condenado em outra.

A poligamia, a extirpação do clitóris, a execução por espancamento e por aí vai.
Então, a cultura é causa ou consequência? Pois ela está profundamente relacionada com o estágio de civilização de um povo. O que é cultural na Guiné Bissal seria bizarro no Canadá, p. exemplo.

Embora nesta discussão tenhamos abordado particularmente a questão do trabalhador brasileiro, que não é o objetivo do tópico, não será o comportamento deste homem uma síntese do geral, ou seja, do que se passa na cabeça do brasileiro?
Se sim, teremos que considerar a qualificação deste trabalhador. Isto definirá seu nível sócio cultural e consequentemente hábitos e costumes a influenciarem em seu comportamento.
Se não, perdemos o foco do debate por abordarmos generalidades.

Uai, mas como identificamos? Estou falando disso - a cultura do jeitinho - desde o primeiro post ali atrás. Não foge ao tema. Isso influencia, inclusive (ou sobretudo) nas relações de trabalho. Confesso que tenho uma impressão distinta da que a pesquisa revela. Convivo, não apenas conheço, convivo intimamente, frequento, ambientes de diferentes níveis sócio-econômico-cultural. Herdei, assim como minha irmã, dos meus pais, o envolvimento com questões sociais. Aprendi a importância do trabalho voluntário desde sempre. Tenho amigos de infância na favela e na zona nobre. E não percebo diferença, no que se refere a mentalidade do jeitinho, num e noutro ambiente, com relação ao grau de instrução formal. É algo que a mim parece estar disseminado de forma geral, com exceções, tanto nas camadas mais baixas como nas mais altas. Cada um dá seu "jeitinho" à sua maneira, dentro da sua própria realidade, seja lesando o empregador ou o empregado e ambos ao cliente e esse a ambos, sempre tentando levar vantagem indevida, ser "esperto". O país inteiro sai lesado com isso, mas sobretudo aqueles que não rendem a isso. Tem que criticar, sim. Bater nessa tecla até cansar. Esfregar essa verdade na cara do país. Tudo é questão de oportunidade. Sujeito que embolsa cinco reais de troco a mais recebido por engano, se tiver oportunidade de desviar verba pública, receber propina, não vai? Difícil acreditar. Patrão que lesa empregado, empregado que lesa patrão, empresa que lesa cliente, cliente que lesa empresa deliberadamente, só precisa de uma grande oportunidade, para fazer um grande estrago. O exemplo está aí no noticiário diário, nas pesquisas, nas estatísticas. É uma mentalidade nefasta para a civilidade, para a economia, para o desenvolvimento. Não evoluiremos como país sem uma mudança profunda de mentalidade, em todos os extratos sociais.

Offline Sergiomgbr

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #30 Online: 27 de Junho de 2017, 10:48:50 »


Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Um homem não é igual a outro nem geneticamente, quanto mais no produto de si mesmo. A cultura é uma expressão biológica de cada grupo humano, fenotipicamente, que por sua vez ocorre por acúmulo de variação genotípica. Um alemão nunca vai ser um brasileiro, ou um angolano, que por sua vez jamais será um japonês, culturalmente falando. Bom, japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola, se não se misturarem aos angolanos é claro e assim sucessivamente, com povos de distintas unidades culturais.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Spencer

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #31 Online: 27 de Junho de 2017, 13:09:03 »


Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Um homem não é igual a outro nem geneticamente, quanto mais no produto de si mesmo. A cultura é uma expressão biológica de cada grupo humano, fenotipicamente, que por sua vez ocorre por acúmulo de variação genotípica. Um alemão nunca vai ser um brasileiro, ou um angolano, que por sua vez jamais será um japonês, culturalmente falando. Bom, japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola, se não se misturarem aos angolanos é claro e assim sucessivamente, com povos de distintas unidades culturais.
Os homens são iguais, na essência, naquilo que a gente chama de "ser humano". Você falou "japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola." Sim, vão. Mas não foi isso a que me referi e sim "um japonês" criado na cultura angolana assimilará, com absoluta certeza todos os costumes do país, a menos de alguma idiossincrasia. (Reencarnação?)

Se assim não fosse haveríamos de supor que aquela criança japonesa trazia traços culturais no seu DNA e não acredito que a Bio-antropologia sustenta tal tese.

Offline AlienígenA

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #32 Online: 27 de Junho de 2017, 14:17:26 »


Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Um homem não é igual a outro nem geneticamente, quanto mais no produto de si mesmo. A cultura é uma expressão biológica de cada grupo humano, fenotipicamente, que por sua vez ocorre por acúmulo de variação genotípica. Um alemão nunca vai ser um brasileiro, ou um angolano, que por sua vez jamais será um japonês, culturalmente falando. Bom, japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola, se não se misturarem aos angolanos é claro e assim sucessivamente, com povos de distintas unidades culturais.
Os homens são iguais, na essência, naquilo que a gente chama de "ser humano". Você falou "japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola." Sim, vão. Mas não foi isso a que me referi e sim "um japonês" criado na cultura angolana assimilará, com absoluta certeza todos os costumes do país, a menos de alguma idiossincrasia. (Reencarnação?)

Se assim não fosse haveríamos de supor que aquela criança japonesa trazia traços culturais no seu DNA e não acredito que a Bio-antropologia sustenta tal tese.

Para nossa sorte, você está errado. Nem todos os japoneses, angolanos, alemães ou brasileiros assumem com absoluta certeza todos os costumes de seus países. Até porque não estamos isolados em ilhas culturais. Existem sim, japoneses, angolanos, alemães e brasileiros, tanto com capacidade para avaliar suas culturas quanto com moral para isso. O jeitinho não está no DNA brasileiro e não necessariamente será bem aceito individualmente, assim como o arroz com feijão. Em todas as culturas há indivíduos que se destacam para o bem e para o mal. 

Offline Sergiomgbr

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #33 Online: 27 de Junho de 2017, 16:18:46 »


Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Um homem não é igual a outro nem geneticamente, quanto mais no produto de si mesmo. A cultura é uma expressão biológica de cada grupo humano, fenotipicamente, que por sua vez ocorre por acúmulo de variação genotípica. Um alemão nunca vai ser um brasileiro, ou um angolano, que por sua vez jamais será um japonês, culturalmente falando. Bom, japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola, se não se misturarem aos angolanos é claro e assim sucessivamente, com povos de distintas unidades culturais.
Os homens são iguais, na essência, naquilo que a gente chama de "ser humano".
O que não quer dizer nada, já que o conjunto de todas as características da espécie homo sapiens é o ser humanismo.

Você falou "japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola." Sim, vão. Mas não foi isso a que me referi e sim "um japonês" criado na cultura angolana assimilará, com absoluta certeza todos os costumes do país,

Nem mesmo um japonês" legítimo" levado bebê do Japão para Angola se tornará um angolano legítimo, ele vai ver antes de mais nada que o próprio fenotipo dele se difere do de um angolano, ele vai ser um estranho no ninho.

 
a menos de alguma idiossincrasia. (Reencarnação?)
e essa "idiossincrasia" não seria parte da tal humanidade dele??? Certamente ela é a biologia falando...

Se assim não fosse haveríamos de supor que aquela criança japonesa trazia traços culturais no seu DNA e não acredito que a Bio-antropologia sustenta tal tese.
Acredite, ela traz! Mesmo uma diferença fenotípica é de fundo deeniazal.
« Última modificação: 27 de Junho de 2017, 16:21:04 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #34 Online: 27 de Junho de 2017, 16:25:56 »
Você é empregador? Eu suponho que não. Emprego é diferente de trabalho. Há muita gente que quer trabalhar, mas infelizmente parece haver muito mais gente que quer apenas um emprego. E esse é um dos nossos problemas.


Nada como acreditar  e seguir  o  dogma do Sagrado Trabalho.  O dogma do Sagrado Trabalho exige  crença incondicional e nada de perguntas.  Pensar, então, de modo algum.  Apenas obedecer.

O dogma do Sagrado Trabalho é eterno  (de forma semelhante aos  dogmas religiosos da ICAR), que ninguém ouse contestá-lo. 
« Última modificação: 27 de Junho de 2017, 16:29:40 por JJ »

Offline AlienígenA

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #35 Online: 27 de Junho de 2017, 17:40:37 »
Você é empregador? Eu suponho que não. Emprego é diferente de trabalho. Há muita gente que quer trabalhar, mas infelizmente parece haver muito mais gente que quer apenas um emprego. E esse é um dos nossos problemas.


Nada como acreditar  e seguir  o  dogma do Sagrado Trabalho.  O dogma do Sagrado Trabalho exige  crença incondicional e nada de perguntas.  Pensar, então, de modo algum.  Apenas obedecer.

O dogma do Sagrado Trabalho é eterno  (de forma semelhante aos  dogmas religiosos da ICAR), que ninguém ouse contestá-lo.

Amém!

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #36 Online: 27 de Junho de 2017, 18:47:51 »


Em suma, meu ponto de vista é que o homem, seja brasileiro, japonês ou alemão, é essencialmente igual. A diferença está no ambiente em que forma seu caráter, sua educação, as instituições que organizam a sociedade, etc.
Um homem não é igual a outro nem geneticamente, quanto mais no produto de si mesmo. A cultura é uma expressão biológica de cada grupo humano, fenotipicamente, que por sua vez ocorre por acúmulo de variação genotípica. Um alemão nunca vai ser um brasileiro, ou um angolano, que por sua vez jamais será um japonês, culturalmente falando. Bom, japoneses típicos indo pra Angola porém vão formar uma cultura legítima japonesa em Angola, se não se misturarem aos angolanos é claro e assim sucessivamente, com povos de distintas unidades culturais.

Isso simplesmente não acontece, cultura não é "genética", ou significativamente "biológica", embora possa haver interações, sendo a determinação cultural da variação biologica de certa forma mais forte do que a inversa, isso é, no que concerne ao que não for de fato fortemente geneticamente determinado na biologia.

Enquanto que colônias imigrantes vão levar e manter mais de sua cultura consigo, os imigrantes mais isolados tenderão a perder elementos característicos, valores, formas de pensar. Alguns desses traços podem até estar embutidos ou ser fortemente influenciados pelo idioma.

Ao mesmo tempo, a maior parte da variação genética se encontra dentro de um mesmo grupo cultural, e não entre eles. Mesmo esta diferença, não será tão homogênea ou exclusiva quanto a cultura, que ainda evolui no tempo a uma velocidade  que dá voltas e voltas sobre a genética, que mal saiu da largada.

A dissociação deve ser ainda mais evidentemente falsa quando se compara não raças ou nacionalidades, mas grupos discriminados em regiões mais geneticamente homogêneas, como os Burakumin, ou mesmo coreanos, no Japão, e fora de lá.

Mesmo diferenças comportamentais entre sexos, podem ser culturalmente moduladas chegando até a inversão do que se poderia assumir ser o padrão geneticamente determinado.

É mais seguro começar a especular sobre diferenças geneticamente determinadas ou influenciadas dentro quando pensando em diferenças idividuais numa mesma cultura, mantendo essa variável igual, se aproximando então ao menos a um mínimo necessário de "isolar" aos genes como fator.


"Hipótese cultural" do subdesenvolvimento desmistificada

https://www.edge.org/conversation/why-did-human-history-unfold-differently-on-different-continents-for-the-last-13000-years

https://www.tofugu.com/japan/burakumin/

Offline Sergiomgbr

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #37 Online: 27 de Junho de 2017, 19:19:02 »
Acho que você incorreu em uma variedade de falácias e sofismas, alguns em forma de mitos estabelecidos sobre o caráter mainstream que se quer adotar politicamente correto. Cultura é de fundo tão expressivamente biológico, que o conceito tem inclusive um contexto de cultivo de bactérias em laboratório!
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #38 Online: 27 de Junho de 2017, 20:05:26 »
:lol:

Ainda bem que está só trolando!

Poderia dizer ainda que o homem culto é não aquele que cultivou ao conhecimento, como pregam os politicamente corretos (culpa apenas de seus genes), mas à própria genética! :biglol: Nela residem todas as enciclopédias; aquilo que você não "sabe", não adianta ler para saber. Apenas calha do que se chama de "ensino" ou "aprendizado" muitas vezes coincidir com o afloramento desse fenótipo cognitivo, mas os primeiros nada mais são do que spandrels.

Fica também etimologicamente evidenciada a genética dos cultos religiosos, nada mais que linhagens mutantes. :histeria:

Offline Sergiomgbr

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #39 Online: 27 de Junho de 2017, 20:31:41 »
:lol:

Ainda bem que está só trolando!
E por que o que eu acho sinceramente pode soar como trollismo? Eu estou dizendo alguma mentira?


Poderia dizer ainda que o homem culto é não aquele que cultivou ao conhecimento, como pregam os politicamente corretos (culpa apenas de seus genes), mas à própria genética! :biglol:

Dizer isso seria reducionismo, além do que, uma pessoa culta é um juízo de valor. De todo modo, culto nesse caso, é um modo figurativo do conceito cultura, por isso, mais um sofisma.


Nela residem todas as enciclopédias; aquilo que você não "sabe", não adianta ler para saber. Apenas calha do que se chama de "ensino" ou "aprendizado" muitas vezes coincidir com o afloramento desse fenótipo cognitivo, mas os primeiros nada mais são do que spandrels.
Falou um grande absurdo do tipo declive escorregadio, mas com algum fundo de verdade.


Fica também etimologicamente evidenciada a genética dos cultos religiosos, nada mais que linhagens mutantes. :histeria:
Um "olha o avião", mas também com algum fundo de verdade.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Spencer

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #40 Online: 27 de Junho de 2017, 20:36:53 »
Um exemplo na História que demonstra, também, o efeito contrário, em que o grupo externo impõe sua cultura, com benefício geral.

A Pax Romana, imposta pela presença das legiões nos territórios conquistados, além de uma estratégia político-militar, se resumia em assumir a cultura do povo conquistado, ou, em alguns casos mais severos, não proibir e nem interferir em hábitos, crenças e tradições. Mas era necessário o culto ao imperador.
A miscigenação era incentivada e havia o recrutamento militar que garantia certa lealdade. Os regulamentos eram severos.

Os nobres e os cidadãos mais influentes da região conquistada tinham trânsito livre nas províncias romanas e até, se quisessem poderiam adotar a nacionalidade, o que lhes conferia status jurídico ao nível do próprio cidadão romano.
Um exemplo clássico na história é Paulo, nascido em Tarso, e que embora rabino, não pôde ser julgado pelo Sinédrio por ser cidadão romano.

Como sempre acontece (nada a ver com o complexo do vira-latas), o mais forte é admirado e cultuado, por isto acaba, querendo ou não, impondo a sua cultura mesmo que este não seja o objetivo.

 O resultado disto é que a pax romana  que iniciou-se quando Augusto, em 28 a.C., declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte do imperador Marco Aurélio, em 180 d.C. foi um dos pilares da civilização romana e da sua difusão e implantação no mundo antigo, responsável pela ordem, tranquilidade, cumprimento da lei. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pax_Romana
« Última modificação: 27 de Junho de 2017, 20:45:05 por Spencer »

Offline Sergiomgbr

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #41 Online: 27 de Junho de 2017, 20:43:39 »

Como sempre acontece (nada a ver com o complexo do vira-latas), o mais forte é admirado e cultuado, por isto acaba, querendo ou não, impondo a sua cultura mesmo que este não seja o objetivo.


Bom, não sei se mirou nesse alvo, mas acertou em cheio, tá ai um exemplo claro de que a cultura é uma consequência de fundo biológico. Em um grupo de indivíduos, um macho dominante passa suas características à sua prole, um macho impõe sua personalidade ao grupo, e por ai vai.
« Última modificação: 27 de Junho de 2017, 20:51:08 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Spencer

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #42 Online: 27 de Junho de 2017, 20:55:46 »

Como sempre acontece (nada a ver com o complexo do vira-latas), o mais forte é admirado e cultuado, por isto acaba, querendo ou não, impondo a sua cultura mesmo que este não seja o objetivo.


Bom, não sei se mirou nesse alvo, mas acertou em cheio, tá ai um exemplo claro de que a cultura é uma consequência de fundo biológico em um grupo de indivíduos, um macho dominante passa suas características à sua prole, um macho impõe sua personalidade ao grupo, e por ai vai.
De fato não mirei, Sergio.
O mais forte a que me referi, o é por ser mais organizado, numeroso, mais armamento, melhores generais. Nada a ver com biologia.
Tanto que a invasão dos bárbaros em 376 dc  acabou com o império do ocidente, porque este havia perdido força, organização e influência.
« Última modificação: 27 de Junho de 2017, 20:58:14 por Spencer »

Offline Spencer

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #43 Online: 27 de Junho de 2017, 20:57:17 »

Offline Rafael_SG

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Re:A Cabeça do Brasileiro - A influência da educação
« Resposta #44 Online: 28 de Junho de 2017, 14:17:52 »
Algo que eu observei fora do Brasil, quando ligado à trabalho é que (generalizando ok !!! )

- Brasileiro perde muito facil o foco
- Brasileiro protela
- Brasileiro acha que o escritorio é um ambiente social e não basicamente de trabalho
- Brasileiro tem medo de falar a verdade se isso vai magoar alguém
- Brasileiro age pra manter a aparência
- Brasileiro se preocupa muito com a vida do colega ao lado
- Brasileiro quer tudo pra ontem quando em seu beneficio, mas pode sempre protelar quando o beneficio é pra outrem
- Brasileiro tem dificuldade em aplicar a mesma regra pra todos


Eu sou brasileiro, então ja agi ou ajo assim em maior ou menor escala.

Porém eu venho aprendendo a ser mais profissional... Essas manias que descrevi acima, prejudicam muito o desempenho ! E como uma nação é basicamente fruto do seu trabalho, acho que esses defeitos prejudicam o Brasil quando olhamos a nivel macro.



 

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