Tiago você mesmo em sua tradução disse que o texto era ruim (o Derfel não quis traduzir) e te pergunto quantas linhas você precisa para passar a mesma mensagem e se ficaria mais inteligível ou não
O Derfel não quis traduzir porque acha todo mundo aqui tem capacidade de entender o texto e o Tiago já o havia feito.
A discussão sobre novas formas organizacionais explora modelos de gestão flexíveis,
Pode-se dizer esta é a introdução, sobre o que se estará falando no restante do texto, que são novas formas de organização na administração. No caso ela nos informa que essas novas formas de organização utilizam-se de "modelos de gestão flexíveis". O que são esses modelos? É o que é nos informado a seguir:
caracterizados pela tomada de decisão mais frequente, rápida e complexa, pelo achatamento de níveis hierárquicos, pela contínua e ampla aquisição e compartilhamento de informações e pelo fomento à aprendizagem organizacional.
Ou seja (dentro do meu conhecimento parco sobre Administração - que beira a zero), nesses modelos as decisões gerenciais são mais frequentes e rápidas, mudando de acordo com a necessidade que se apresenta, o que é possível porque a distância entre quem decide e quem executa é menor (o tal achatamento dos níveis hierárquicos, ou seja, o diretor está mais próximo do gerente, por exemplo, dentro do organograma), existe uma maior coleta de informações (do mercado) e essas informações são mais difundidas dentro da organização (acesso mais fácil à informação permite uma tomada de decisão mais rápida) e, por fim, aprendizagem organizacional (aqui preciso de uma ajudinha, já que se trata de um termo técnico.., google, google):
Aprendizagem organizacional pode ser entendida como o alcance de novos, múltiplos e contínuos conhecimentos sobre as dinâmicas e demandas corporativas, seja de maneira direta e/ou indireta, dentro e fora da empresa.
Entretanto, embora busque uma formalização do conhecimento, 80% do que aprendemos em nosso ambiente de trabalho se dá de maneira informal, ou seja, através dos exemplos dos líderes, colegas, do aprendizado com os erros, e, em especial, pela troca e acúmulo de experiências.
Isso, porém, não significa que aquilo que aprendemos em cursos e treinamentos não possa ser aplicado efetivamente em nosso trabalho na empresa. A aprendizagem organizacional é uma junção de conhecimentos formais e informais, que permite à organização criar seus próprios modelos de gestão, coerentes com as suas necessidades e pautados no que ela precisa para alcançar os resultados.
Como se dá a Aprendizagem Organizacional
1- Experiências do Profissional – A partir das experiências positivas e negativas, o profissional pode compreender seus erros e acertos, balizar melhor suas próximas ações e criar estratégias para evitar que estes erros persistam no futuro.
2- Aprendizagem Cultural – Aprendida através da cultura organizacional, da missão e dos valores seguidos pela empresa.
3- Aprendizagem com o Líder – Realizada através das lideranças, de seus exemplos e conhecimentos compartilhados com os seus liderados.
4- Aprendizagem Prática/Ativa – Aquisição de conhecimentos através da prática efetiva das tarefas e do seu desenvolvimento contínuo.
5- Aprendizagem Sistêmica – Entendimento ampliado de toda empresa e seus processos para desta maneira oferecer soluções não apenas para o departamento envolvido, mas para a organização como um todo.
6- Compartilhamento de Informações – Quanto melhor forem distribuídas as informações, maiores serão os conhecimentos sobre os processos internos da empresa o que tornará mais assertiva as ações.
7- Benchmarking – Observar outras empresas e buscar suas boas práticas aplicadas para aplicar em sua organização.
Estes elementos que compõem a aprendizagem organizacional são extremamente importantes, uma vez que, esta mistura de conhecimentos é o que possibilita que os profissionais consigam desenvolver-se efetivamente.
Para isso, a gestão destes recursos é essencial para que as informações não se percam e, este capital riquíssimo de conhecimentos possa ser utilizado de maneira assertiva e, adequada às necessidades dos profissionais, líderes e é claro, de toda empresa.
http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/rh-e-gestao-de-pessoas/o-que-e-aprendizagem-organizacional/?gclid=CMKQqamgx7sCFW0V7Aodb2YAYQCuriosamente, é muito semelhante ao que chamamos de Educação Permanente em Saúde Coletiva.
Em paralelo, questiona elementos do paradigma modernista de organização, como a racionalidade instrumental, a produção em massa e o modelo fordista de organização do trabalho.
Como disse, o texto apresenta diversos termos técnicos (que não impedem de compreendê-lo em linhas gerais) e aqui existem mais alguns. Quando a autora escreve "Em paralelo" ela quer dizer que ao mesmo tempo em que "a discussão sobre novas formas organizacionais explora modelos de gestão flexíveis", ela (a discussão) também questiona (aqui no sentido de discutir, debater) alguns elementos do paradigma modernista de organização. "Paradigma" significa "modelo", ela fala sobre o modelo moderno de organização.
Alguns destes elementos questionados são a racionalidade instrumentral (novamente, google, google)
Razão instrumental é um termo usado provavelmente por Max Horkheimer no contexto de sua teoria crítica para designar o estado em que os processos racionais são plenamente operacionalizados (Escola de Frankfurt); à razão instrumental, Horkheimer opõe a razão crítica.
A razão instrumental nasce quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos. A razão ocidental, caracterizada pela sua elaboração dos meios para obtenção dos fins, se hipertrofia em sua função de tratamentos dos meios, e não na reflexão objetiva dos fins.
Na medida em que razão se torna instrumental, a ciência vai deixando de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominação, poder e exploração, sendo sustentada pela ideologia cientificista, que, através da escola e dos meios de comunicação de massa, engendra uma mitologia - a Religião da Ciência - contrária ao espírito iluminista e à emancipação da Humanidade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o_instrumentalProdução em massa, que é a produção em série e em larga escala, através de uma linha de montagem, que foi popularizada por Ford, que deu origem ao fordismo e ao modelo fordista de organização (uma forma de organização centralizada que se estende até à vida dos funcionários).
Essas novas formas organizacionais são vistas pelos estudiosos de duas maneiras principais:
Ela está retomando as novas formas organizacionais que estão no princípio do texto (as discussões do início) e dizendo que as pessoas que estudam (na Academia, no sentido de pesquisadores e não alunos de graduação) Administração, de modo geral, se dividem entre aqueles que adotam a visão (a) e os que adotam a visão (b) que são dadas a seguir.
a) como representação de uma lógica de ação diferente da instrumental, que é típica do modelo modernista de organização;
Aqui ela quer dizer que essas novas formas de organização não se utilizam da racionalidade instrumental (explicada acima) que, como já dito no texto anteriormente, é um dos elementos do modelo moderno de organização.
e b) como aperfeiçoamento da abordagem contingencial da administração.
Segundo a autora, essas novas formas organizacionais, segundo outros autores, se tratariam apenas como um aperfeiçoamento (melhoria) da abordagem contingencial da administração (outro termo técnico, que melhor pode ser entendido aqui:
http://monografias.brasilescola.com/administracao-financas/abordagem-contingenial-administracao.htm )
Os estudos realizados carecem, entretanto, de aprofundamento para que se possa considerar as chamadas organizações pós- modernas ou como expressão da ruptura qualitativa com a modernidade ou como versão especificamente histórica de organizações modernas.
Aqui ela quer dizer que os estudos realizados até o momento (por aqueles que se dividem naquelas duas correntes apontadas anteriormente) não permitem concluir que essas organizações que são chamadas, pelos autores, como pós-modernas (que seriam um modelo diferente e posterior ao moderno, que são caracterizados por aqueles elementos no início do texto, aos quais propõem rompimento) sejam realmente uma mudança total (ruptura) com o modelo moderno e nem que seriam uma variante da organização moderna (uma evolução).
Espero que tenha conseguido elucidar alguma coisa (ou complicado um pouco

).