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Leia antes o exemplo. Como deve ser a ética e a moral em um país corrupto?

Não devemos fazer concessões, ainda que nos pareça inútil ou idiota. A moral vigente não deve influenciar nas nossas decisões que devem ser feitas sobre o que consideramos ético
Tenhamos a ética em mente, agir de maneira mais próxima possível ao que você considera correto, mas fazer concessões à moral vigente, principalmente quando isso o faz perder competitividade ou se sentir perdendo benefícios em relação a outros
Siga a moral vigente. Não seja um sueco em uma tribo de macacos, você sofrerá e será inócuo
Siga o que considera ético apenas se isso se o fará feliz independentemente de sentir que seus atos são inócuos ou não.
Aproveite o máximo, seja até malandro. Você irá ganhar, não haverá problemas, e o país terá apenas um malandro a mais.

Autor Tópico: Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos  (Lida 5838 vezes)

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Offline Gabarito

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #25 Online: 20 de Março de 2014, 13:26:10 »
O país da Lei de Gérson!

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Beneficiários do ‘Minha Casa’ já querem vender imóvel
 
Mar 20th 2014, 14:23, by Myrcia Hessen



Anúncios são feitos na internet

Beneficiários do “Minha Casa Minha Vida” estão anunciado os imóveis do programa em Manaus, mesmo sabendo que só é possível fazer a transferência das unidades habitacionais do governo após dez anos. A denúncia foi comprovada com ligações feitas aos vendedores pela reportagem do site de notícias G1. Os imóveis, que fazem parte do “Residencial Viver Melhor”, estão sendo vendidos por um valor entre R$ 30 mil e R$ 95 mil. De todos os conjuntos habitacionais pertencentes ao programa no país, este é o maior e foi destinado a famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. No total, o local tem 8.895 unidades, entre casas e apartamentos. Destas,  5.384 unidades foram entregues em fevereiro deste ano pela presidente Dilma Rousseff. As parcelas pagas pelos beneficiários do programa giram em torno de R$ 30 durante 10 anos, por meio de um financiamento da Caixa Econômica Federal, que promete investigar o caso. Os vendedores estão sujeitos a pegar de 2 a 6 anos de cadeia, além de multa.

Offline _Juca_

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #26 Online: 20 de Março de 2014, 14:29:43 »
O país da Lei de Gérson!

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Beneficiários do ‘Minha Casa’ já querem vender imóvel
 
Mar 20th 2014, 14:23, by Myrcia Hessen



Anúncios são feitos na internet

Beneficiários do “Minha Casa Minha Vida” estão anunciado os imóveis do programa em Manaus, mesmo sabendo que só é possível fazer a transferência das unidades habitacionais do governo após dez anos. A denúncia foi comprovada com ligações feitas aos vendedores pela reportagem do site de notícias G1. Os imóveis, que fazem parte do “Residencial Viver Melhor”, estão sendo vendidos por um valor entre R$ 30 mil e R$ 95 mil. De todos os conjuntos habitacionais pertencentes ao programa no país, este é o maior e foi destinado a famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. No total, o local tem 8.895 unidades, entre casas e apartamentos. Destas,  5.384 unidades foram entregues em fevereiro deste ano pela presidente Dilma Rousseff. As parcelas pagas pelos beneficiários do programa giram em torno de R$ 30 durante 10 anos, por meio de um financiamento da Caixa Econômica Federal, que promete investigar o caso. Os vendedores estão sujeitos a pegar de 2 a 6 anos de cadeia, além de multa.

É generalizado o quador? Quanto representa do total para você acusar todo o país por causa de uns pilantras?

Offline Gabarito

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #27 Online: 20 de Março de 2014, 16:01:14 »
Há quem goste de ouvir o que acontece no mundo.
Há aqueles que detestam.
Mas o poeta diz que a caravana passa, mesmo que os cães ladrem.

Por isso, mais acontecimentos que "acontecem" no mundo, mais especificamente na vaga de deficientes.
O tópico é pra isso mesmo: ser honesto quando muitos não são.


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Essa notícia contém fatos que podem chocar pessoas mais sensíveis. Recomenda-se cautela, ou evitar a leitura.



Citação de:         D i á r i o     do     P o d e r
Chioro estaciona em vaga destinada a deficientes
 
Mar 20th 2014, 18:30, by Myrcia Hessen

Carro ficou parada em vaga especial por mais de cinco horas

O carro do ministro Arthur Chioro (Saúde) foi flagrado estacionado em uma vaga destinada a deficientes físicos no anexo III da Câmara dos Deputados. O veículo ficou no local ilegal de 11h até às 16h, período em que o político participava de uma audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, realizada ontem (19). Na ocasião, Chioro prestou explicações sobre fraudes no programa de saúde indígena e tentou, a todo custo, justificar o trabalho análogo à escravidão exercido pelos médicos cubanos no Programa Mais Médicos, do Governo Federal. Eles ganham menos que profissionais de outros países, porque são obrigados a doar a maioria para a ditadura cubana.

Segundo relatos de servidores do órgão, o fato é corriqueiro. “Diversas autoridades, inclusive os próprios deputados, costumam usar esse ‘espacinho privilegiado’. Nestes 12 anos que trabalho na Câmara já vi lá veículos de diversas autoridades, inclusive do ministro da Justiça, que comanda o Denatran”, contou um deles no Facebook. “Vi também alguns funcionários da Casa, caras-de-pau, saírem do carro mancando para fingir possuir alguma deficiência”, completou.

A assessora do Ministério da Saúde admite o erro “cometido pelo motorista do ministro”, mas garante que não sabe quanto tempo o veículo ficou na ilegalidade. “O ministro não estava no carro enquanto ele ficou parado no local e o motorista já foi advertido”, informou, sem citar que, ao sair da Câmara dos Deputados, Chioro não fez cerimônia ao embarcar no carro estacionado na vaga para deficientes.



Também quero evidenciar a fonte:




(Confesso que muito me divirto nesse fórum. Obrigado, CC!)

Offline Moro

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #28 Online: 20 de Março de 2014, 16:35:25 »
mas os políticos são deficientes em geral são sociopatas.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline _Juca_

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #29 Online: 20 de Março de 2014, 16:43:22 »
Há quem goste de ouvir o que acontece no mundo.
Há aqueles que detestam.
Mas o poeta diz que a caravana passa, mesmo que os cães ladrem.

Por isso, mais acontecimentos que "acontecem" no mundo, mais especificamente na vaga de deficientes.
O tópico é pra isso mesmo: ser honesto quando muitos não são.




Mas você coloca uma noticia de uma canal claramente enviesado, diz que esse é um país onde levar vantagem sobre outros é "lei" ( lei de Gérson) tomando por base o que algumas pessoas fizeram, sem mostrar o quanto foi feito de modo igual no resto do país ou o quanto aquilo representa na própria cidade. E aí como você justifica sua generalização?

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #30 Online: 20 de Março de 2014, 17:05:03 »
Eu não tenho dados, ainda não vi alguma notícia dizendo que não vendem as casas do programa Minha Casa, Minha Vida em outros estados.
A que saiu foi a de que vendem essas casas em Manaus.
No dia em que sair essa notícia, eu coloco aqui.
Fica bom assim?

Mas eu acho difícil defender que aqui, no nosso patropi, a Lei de Gérson não é aplicada. É isso que você sustenta? Que temos um povo honesto e fazedor da coisa certa quando não tem ninguém olhando?

Já mostrei muitos casos de saques de caminhão tombado, fura-fila de banco, estacionamento irregular, fila dupla, roubo de caneta de Casa Lotérica, prefeitos recebendo Bolsa Família, avanço de sinal vermelho, jeitinho no Cartório para reconhecer assinatura e os "pequenos" delitos do tipo "ah!, mas todo mundo faz!" do dia-a-dia.

Será que não temos em pleno vigor uma Lei de Gérson?

Mas não se preocupe. Quando eu souber que há muitos e muitos casos de honestidade, eu vou trazer pra cá. Ou então você me lembra e eu trago.
Certo?
 :ok:

Offline Geotecton

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #31 Online: 20 de Março de 2014, 17:05:40 »
Há quem goste de ouvir o que acontece no mundo.
Há aqueles que detestam.
Mas o poeta diz que a caravana passa, mesmo que os cães ladrem.

Por isso, mais acontecimentos que "acontecem" no mundo, mais especificamente na vaga de deficientes.
O tópico é pra isso mesmo: ser honesto quando muitos não são.
Mas você coloca uma noticia de uma canal claramente enviesado, diz que esse é um país onde levar vantagem sobre outros é "lei" ( lei de Gérson) tomando por base o que algumas pessoas fizeram, sem mostrar o quanto foi feito de modo igual no resto do país ou o quanto aquilo representa na própria cidade. E aí como você justifica sua generalização?

"Algumas pessoas fizeram"?

Não. Muitas fazem nas mais variadas situações. Desde 'furar' uma fila em um banco até o de 'livrar a cara' de presidentes da república.
Foto USGS

Offline Gabarito

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #32 Online: 20 de Março de 2014, 17:08:55 »
Ah, ia esquecendo da fonte.

Reconheço que a opinião de algumas notícias podem ser desfavoráveis a algumas ideologias.
Reconheço isso.
Mas...
Maaaaaaassssss

A notícia em si não é falsa.
Isso é o que vale.
Ignore o viés que lhe incomoda e se concentre na notícia, no que ocorreu.
O ministro (ou o seu motorista) estacionou ou não? As casas estão sendo vendidas ou não?

Offline Gabarito

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #33 Online: 20 de Março de 2014, 17:10:41 »
Ah!

Esqueci outra coisa:

Apesar dos nossos lados opostos em muitos assuntos, receba o meu abraço.
Gosto de você, prezo a sua companhia aqui.
 :ok:

Skorpios

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #34 Online: 20 de Março de 2014, 17:23:37 »
Bem, aqui em alguns dos conjuntos que foram construidos pelo programa Minha Casa Minha Vida, para os atingidos pelo desastre de 2008, uma grande parte dos agraciados já passou o apartamento para a frente e voltou para as áreas de risco onde viviam antes.
Já saiu no jornal, na TV, e até as pedras sabem...

Offline _Juca_

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #35 Online: 20 de Março de 2014, 18:17:24 »
Eu não tenho dados, ainda não vi alguma notícia dizendo que não vendem as casas do programa Minha Casa, Minha Vida em outros estados.
A que saiu foi a de que vendem essas casas em Manaus.
No dia em que sair essa notícia, eu coloco aqui.
Fica bom assim?

Sim.

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Mas eu acho difícil defender que aqui, no nosso patropi, a Lei de Gérson não é aplicada. É isso que você sustenta? Que temos um povo honesto e fazedor da coisa certa quando não tem ninguém olhando?

Não, temos um povo heterogêneo, num país continental, onde existe gente de todos os tipos. O que me incomoda é a generalização negativa de um aspecto que corresponde a apenas uma parte das pessoas, sem demonstrar que a maioria ou todos fazem exatamente isso para carimbar rótulos pejorativos. E o mesmo vale para rótulos ufanistas.

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Já mostrei muitos casos de saques de caminhão tombado, fura-fila de banco, estacionamento irregular, fila dupla, roubo de caneta de Casa Lotérica, prefeitos recebendo Bolsa Família, avanço de sinal vermelho, jeitinho no Cartório para reconhecer assinatura e os "pequenos" delitos do tipo "ah!, mas todo mundo faz!" do dia-a-dia.

Para todos existem exemplos de gente que respeita a fila, estaciona certo, não avança sinal, tem respeito pela pequenas coisas alheias, devolvem troco a mais, etc, nem por isso eu chamo o Brasil de um país super civilizado, por que não é.

Citar
Será que não temos em pleno vigor uma Lei de Gérson?

Até onde vejo no meu dia a dia não, mas você ainda pode demonstrar.

Citar
Mas não se preocupe. Quando eu souber que há muitos e muitos casos de honestidade, eu vou trazer pra cá. Ou então você me lembra e eu trago.
Certo?
 :ok:

Acho difícil você trazer esses casos na mesma proporção, porque primeiro esses casos não vendem notícia do mesmo jeito, segundo que isso é o certo a se fazer e ninguém vai ficar promovendo aquilo que se espera de outrem com o mesmo rigor de quando se cobra o que ele faz de errado.

Se fulano pagou suas contas, estacionou seu carro certo, respeitou sinal vermelho, a fila, ele não fez mais que se espera de sua obrigação como cidadão entendeu?

Offline _Juca_

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #36 Online: 20 de Março de 2014, 18:19:57 »
Ah!

Esqueci outra coisa:

Apesar dos nossos lados opostos em muitos assuntos, receba o meu abraço.
Gosto de você, prezo a sua companhia aqui.
 :ok:

Ah, sim, a recíproca também é verdadeira. Obrigado. Se esse fosse um fórum onde todos concordam um com o outro, não serviria pra nada e a gente não aprenderia nada.  :ok:

Offline Fabrício

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #37 Online: 20 de Março de 2014, 18:53:21 »
Ah!

Esqueci outra coisa:

Apesar dos nossos lados opostos em muitos assuntos, receba o meu abraço.
Gosto de você, prezo a sua companhia aqui.
 :ok:

Ah, sim, a recíproca também é verdadeira. Obrigado. Se esse fosse um fórum onde todos concordam um com o outro, não serviria pra nada e a gente não aprenderia nada.  :ok:

Vou dizer uma coisa que nunca disse antes: procurem um quarto...  :P
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Offline _Juca_

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #38 Online: 20 de Março de 2014, 18:58:04 »
 
Ah!

Esqueci outra coisa:

Apesar dos nossos lados opostos em muitos assuntos, receba o meu abraço.
Gosto de você, prezo a sua companhia aqui.
 :ok:

Ah, sim, a recíproca também é verdadeira. Obrigado. Se esse fosse um fórum onde todos concordam um com o outro, não serviria pra nada e a gente não aprenderia nada.  :ok:

Vou dizer uma coisa que nunca disse antes: procurem um quarto...  :P

Ta com ciuminho? Que amor... :loving:

Offline Fabrício

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #39 Online: 20 de Março de 2014, 19:00:30 »
Ah!

Esqueci outra coisa:

Apesar dos nossos lados opostos em muitos assuntos, receba o meu abraço.
Gosto de você, prezo a sua companhia aqui.
 :ok:

Ah, sim, a recíproca também é verdadeira. Obrigado. Se esse fosse um fórum onde todos concordam um com o outro, não serviria pra nada e a gente não aprenderia nada.  :ok:

Vou dizer uma coisa que nunca disse antes: procurem um quarto...  :P

Ta com ciuminho? Que amor... :loving:

Não vem não, agora estou magoado...  :beee:
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Offline Gabarito

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #40 Online: 20 de Março de 2014, 19:25:39 »
Apesar das encrencas, é um fórum divertido!  :lol:

Offline Skeptikós

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #41 Online: 21 de Março de 2014, 18:07:10 »
Você esta analisando a atitude moral pela via da utilidade prática, dos benefícios próprios que podem ser gerados por agir moralmente. Kant discordaria de você, para ele agir de acordo com as regras morais visando os benefícios que agir assim pode trazer não é agir moralmente certo, para Kant a única motivação de se agir certo é simplesmente porque este é o certo a se fazer. Somente assim esta agindo de forma perfeitamente moral.

Sobre a questão de porque somente eu devo agir corretamente se a maioria não age assim, para Gandhi devemos ser a mudança que queremos ver no mundo, se você deseja um mundo melhor comece a provocar esta mudança, mudando a si mesmo, policiando a si mesmo de forma a motivar-se a agir da maneira correta. Uma grande jornada começa com um pequeno passo.

Agora se num mundo onde a corrupção impera no lugar da virtude, e os poucos virtuosos desistirem de lutarem por um mundo virtuoso, simplesmente pelo fato de eles representarem uma minoria, o mundo estaria perdido e fadado ao caos.

Porém, existem alguns defensores da corrupção, a exemplo do Marquês de Sade, que afirmava que não faz sentido agir com virtude num mundo onde a corrupção impera, e que somente quem é corrupto num mundo destes sairia ganhando.

Que os corruptos colhem os benefícios da corrupção e que os virtuosos colhem os infortúnios da virtude.

Existe também maneiras diferentes de definir a moral, citei aqui exemplos de Kant e Gandhi, mas você pode encontrar alguns em outros pensadores renomados.

Porém já acho que os três nomes citados, em que trabalham seus pensamentos sobre a corrupção e a moral já são suficientes para gerarem uma reflexão crítica sobre o tema.

Abraços!
« Última modificação: 21 de Março de 2014, 18:10:24 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #42 Online: 21 de Março de 2014, 18:11:19 »
Obs: Não votei em nenhuma das opções pelo fato de não ter me identificado com nenhuma delas.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Gabarito

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #43 Online: 21 de Março de 2014, 18:24:24 »
Você trouxe boas contribuições ao debate.
É bom ter uma referência histórica para mais reflexão sobre o tema.

Offline Moro

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #44 Online: 21 de Março de 2014, 23:24:01 »
bom ponto, eu não acho que a ética deontológica pode promover uma base sólida para mudanças em um país como Brasil, nem na liberdade nem na razão prática.

Na verdade acho que o Brasil precisa de um ciclo mais coeso de julgamentos e punições. Deontologia, mas não utilitarismo, parece uma extravagância em terras brasilis
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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #45 Online: 22 de Março de 2014, 13:28:31 »
O problema do utilitarismo é que ele visa o beneficio próprio do indivíduo que o aplica, ignorando os direitos do próximo, ou mesmo o benefício da maioria ignorando os da minoria.

Muitos problemas éticos nascem da visão ética/moral do utilitarismo. E por isso ele já fora parcialmente (quase praticamente) abandonado pela comunidade do estudo da filosofia moral.

Hoje sobre questões de moral Kant parece ter peso maior, além disso em questões de divisão das riquezas e oportunidades a moral que domina atualmente parece ser o liberalismo igualitário, não unanimemente, mas com muita mais força do que o utilitarismo ou mesmo o próprio liberalismo puro.

Abraços!
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Moro

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #46 Online: 22 de Março de 2014, 17:50:04 »
Diferentemente do consequêncialismo e do utilitarismo, a ética deontológica mensura sua ética a partir da aderência as regras e a ética (sim parece uma petição de princípio)  e há que se ter um bem eterno para ser a fundação sólida dessa ética, ou antes Kant até prioriza a função volitiva que gerou a ação e sabemos que de boa intenção.. , esses pontos para mim acabam sendo um empecilho a sua universalização, uma God's given law, um ato que seja bom não importando como se o analisa é demais para mim e não deve passar do crivo das situações complexas do mundo real
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Offline Skeptikós

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #47 Online: 22 de Março de 2014, 19:53:34 »
Kant recebeu muitas críticas mesmo, por tentar universailizar a moral. As diferenças culturais, e mesmo as matizes entre um contexto e outro dificultavam a aplicação eficiente do seu modelo.

Mas o utilitarismo também falhou, ao negligenciar os direitos das minorias, e acabou caindo por terra.

Me parece que a ética deontológica é muito aplicada em áreas profissionais em forma de códigos de ética profissional. Temos por exemplo na área da saúde um código de ética para cada uma das profissões da saúde.

Como geralmente observado, o valores das pessoas são muito subjetivos e variados, por isso é também fácil encontrar falhas neste tipo de model, pois assim como o utilitarismo, a ética deontológica leva em consideração apenas os interesses e valores daqueles que a aplicam em determinada área, ignorando geralmente os interesses e valores daqueles que não puderam participar da elaboração do código de ética em questão.


Ou no caso onde todos tenham participado, em geral as minorias acabam pelo númeror eduzido de representantes a votar, perdendo e tendo assim seus interesses e direitos novamente negligenciados.

Até hoje o debate na área da filosofia moral continua aquecido.

Eu assisti a um tempo atrás um curso muito bom de Harward sobre filosofia política/moral, e se percebe como existem muitos pontos de vistas sobre a questão. Para quem gosta de filosofia política/moral este curso é muito estimulante.

No youtube temos uma versão traduzida para o português por uma universidade do Brasil, se eu encontra-lo o postarei aqui depois.

Abraços!
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Offline O Grande Capanga

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #48 Online: 23 de Março de 2014, 23:29:38 »
Esticando o conceito tratado aqui no tópico, me pergunto se alguém nunca cometeu o ato infracional de quebrar algum direito autoral: cópias de livros, baixar programas, vídeos, músicas etc. sem pagar por isso, entre outras coisas.

Parece-me que as coisas virtuais não são tão preocupantes quanto as coisas "físicas".

Offline Cientista

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Re:Ser honesto em um país onde sê-lo não gera benefícios sistêmicos
« Resposta #49 Online: 24 de Março de 2014, 04:16:03 »
Você esta analisando a atitude moral pela via da utilidade prática, dos benefícios próprios que podem ser gerados por agir moralmente. Kant discordaria de você, para ele agir de acordo com as regras morais visando os benefícios que agir assim pode trazer não é agir moralmente certo, para Kant a única motivação de se agir certo é simplesmente porque este é o certo a se fazer. Somente assim esta agindo de forma perfeitamente moral.
Ah, sim...  o Kaaant... GRANDE KANT!  That I 'kant' believe how someone believes... O mentor filosófico-espiritual-moral?  Ele discordaria? ...  ...   ...  E?...

Mas... mas...

"Você esta analisando a atitude moral pela via da utilidade prática, dos benefícios próprios que podem ser gerados por agir moralmente."

"Nesse caso" (hahaha) não se aplica o "instrumentalismo esperto" do ceticismo "de verdade" (o "original")?!!


Sobre a questão de porque somente eu devo agir corretamente se a maioria não age assim, para Gandhi devemos ser a mudança que queremos ver no mundo, se você deseja um mundo melhor comece a provocar esta mudança, mudando a si mesmo, policiando a si mesmo de forma a motivar-se a agir da maneira correta. Uma grande jornada começa com um pequeno passo.
E esse é o grande Gandhi (mas que não era dois! hahahaha...), outro líder espiritual? ...Concluo, então, que a "mudança" que ele queria ver no mundo era viver uma vida de %$¨&#@ piegas ridícula patética como ele vivia? O pior é que, olhando para a India, não consigo determinar se ele teve algum sucesso ou não; talvez tenha só mesmo 'espantado girafas na esquina'...

Mas... voltando ao que ele...  evacuava pela cavidade bucal...   E...?


Agora se num mundo onde a corrupção impera no lugar da virtude, e os poucos virtuosos desistirem de lutarem por um mundo virtuoso, simplesmente pelo fato de eles representarem uma minoria, o mundo estaria perdido e fadado ao caos.
(E essas lições vitais, são uma extensão dos ensinamentos do líder espiritual dogmático Gandhi ainda ou devêmo-las ao iluminado Skeptikós mesmo?)

Por favor, retifique-me se eu tiver entendido errado. Seria...  assim como...  a corrupção de se achar "virtuoso" e, com isso, ter o direito de "lutar" para impôr as tais "virtuosidades" à demais restante maioria de "seres corruptos"?

Ademais... então, a concluir por suas análises, o mundo está efetivamente destinado ao caos e à perdição?! Não só te...   "pareceria" assim?...


Porém, existem alguns defensores da corrupção, a exemplo do Marquês de Sade, que afirmava que não faz sentido agir com virtude num mundo onde a corrupção impera, e que somente quem é corrupto num mundo destes sairia ganhando.
Só alguns? O restante da "maioria corrupta" só pratica, então? É... isso deve conferir mais eficiência...


Que os corruptos colhem os benefícios da corrupção e que os virtuosos colhem os infortúnios da virtude.

Existe também maneiras diferentes de definir a moral, citei aqui exemplos de Kant e Gandhi, mas você pode encontrar alguns em outros pensadores renomados.
Pensadores corruptores corrompidos pelo "renome"?


Porém já acho que os três nomes citados, em que trabalham seus pensamentos sobre a corrupção e a moral já são suficientes para gerarem uma reflexão crítica sobre o tema.
Eu encontro que prejudicam qualquer "reflexão crítica *sobre o tema*" porque, "sobre o tema", pode até haver o que "refletir" (embora eu pense nessa tal de "reflexão" realmente como uma espécie de 'boiolagem filosófica'), porém, criticar, só há o que sobre tais nomes, e suas excreções, de arvorados a decidirem como os outros devem e, até mesmo(!!!), **querem** viver. O mundo é real e é sobre ele que se deve "refletir", não sobre um fragmento tão insignificante e corrompido do mesmo (que se supori..imporia validar-se sobre todo o resto), como seja uma trinca de filosofinhos de meia tigela que nada conheciam nem da realidade "mais profunda" do vento; o mundo, a realidade, a realidade do mundo e o mundo da realidade é MUUUUUITO maior que a soma de todos os filósofos inerentemente ignaros de todos os tempos do mundo.







O problema do utilitarismo é que ele visa o beneficio próprio do indivíduo que o aplica, ignorando os direitos do próximo, ou mesmo o benefício da maioria ignorando os da minoria.
Como assim? Se todos forem práticos utilitaristas não se equilibrariam?...   Ora, pois pois...  O que será que não fecha a conta?...  Será que é o mesmo que não a fecha de jeito algum?...  O utilitarismo de negar o utilitarismo?...    Ai, os nós na mente!...

hahahahahahaha...


Muitos problemas éticos nascem da visão ética/moral do utilitarismo. E por isso ele já fora parcialmente (quase praticamente) abandonado pela comunidade do estudo da filosofia moral.
E o mundo ficou bem mais lindo de ser ver!


Hoje sobre questões de moral Kant parece ter peso maior, além disso em questões de divisão das riquezas e oportunidades a moral que domina atualmente parece ser o liberalismo igualitário, não unanimemente, mas com muita mais força do que o utilitarismo ou mesmo o próprio liberalismo puro.
Então, essa "beleza" comunitária toda que vemos no mundo...  devêmo-la, em "peso maior", ao grande Kant?!  Rapaz!  Vais colocar toda essa carga sobre os ombros do pobre?  Oh, poor he...






Kant recebeu muitas críticas mesmo, por tentar universailizar a moral. As diferenças culturais, e mesmo as matizes entre um contexto e outro dificultavam a aplicação eficiente do seu modelo.

Mas o utilitarismo também falhou, ao negligenciar os direitos das minorias, e acabou caindo por terra.

Me parece que a ética deontológica é muito aplicada em áreas profissionais em forma de códigos de ética profissional. Temos por exemplo na área da saúde um código de ética para cada uma das profissões da saúde.

Como geralmente observado, o valores das pessoas são muito subjetivos e variados, por isso é também fácil encontrar falhas neste tipo de model, pois assim como o utilitarismo, a ética deontológica leva em consideração apenas os interesses e valores daqueles que a aplicam em determinada área, ignorando geralmente os interesses e valores daqueles que não puderam participar da elaboração do código de ética em questão.


Ou no caso onde todos tenham participado, em geral as minorias acabam pelo númeror eduzido de representantes a votar, perdendo e tendo assim seus interesses e direitos novamente negligenciados.

Até hoje o debate na área da filosofia moral continua aquecido.

Eu assisti a um tempo atrás um curso muito bom de Harward sobre filosofia política/moral, e se percebe como existem muitos pontos de vistas sobre a questão. Para quem gosta de filosofia política/moral este curso é muito estimulante.

No youtube temos uma versão traduzida para o português por uma universidade do Brasil, se eu encontra-lo o postarei aqui depois.

Abraços!
Meu jovem...  você me lembra tanto o Adriano, por vezes...

 

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