Autor Tópico: Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários  (Lida 4433 vezes)

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Offline Gaúcho

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Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Online: 13 de Janeiro de 2014, 18:08:24 »
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Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
Após pedido do shopping, Justiça estabeleceu multa para quem participasse do evento

SÃO PAULO - Marcado para o início da tarde deste sábado, 11, o "Rolezaum no Shoppim", no JK Iguatemi, na zona sul de São Paulo, não aconteceu, mas causou apreensão entre lojistas e a administração do shopping. O evento tinha cerca de 2.200 confirmados no Facebook, mas segundo seu próprio criador, o professor de Inglês Giancarlo Ferreira, de 23 anos, tudo não passava de uma brincadeira. "Estamos buscando nossa criança interior e essa é apenas uma maneira de conectar pessoas em um ambiente seguro e confortável", disse ele.

As portas de abertura automática do shopping permaneceram desligadas até por volta das 16h, e os seguranças organizaram uma espécie  de "seleção" na entrada. Menores de idade (ou quem parecesse menor de idade) desacompanhados eram barrados e só podiam entrar se comprovassem trabalhar no local.

"Eu cheguei e me pediram um documento. Quando apresentei, eles perguntaram se eu trabalhava aqui e pediram um cartão da loja. Aí não explicaram nada e me deixaram entrar", contou Enock Reis, de 21 anos, vendedor da Luigi Bertolli.

Na entrada do shopping, um cartaz avisava que o "Rolezaum" tinha sido proibido por uma liminar de Justiça e que os participantes poderiam receber multar de R$ 10 mil. "A imprensa tem noticiado reiteradamente os abusos cometidos por alguns manifestantes. Ressalta-se que não se pretende impedir o direito de manifestação, mas este deve ser exercido dentro de limites que facilmente se extraem da interpretação sistemática do arcabouço constitucional", diz a liminar do juiz Alberto Gibin Villela, da 14ª Vara Cível da Comarca de São Paulo.



O próprio Giancarlo não compareceu ao "Rolezaum". "Estava de ressaca e não consegui acordar", contou ele, que também não sabe de ninguém que tenha ido até o JK. De acordo com o professor, o shopping - um dos mais caros da cidade - foi escolhido porque ainda não havia sido organizado nenhum evento do tipo lá. "Não esperava toda essa repercussão", garantiu. Giancarlo nega ainda que a brincadeira tenha sido uma crítica. "Deixo as críticas sociais para a academia."

"Se eu soubesse desse evento nem teria vindo aqui. Poderia ter sido roubado no meio da confusão. Vi carros da polícia quando cheguei, mas imaginei que uma loja tinha sido assaltada, e não que havia possibilidade de arrastão", comentou o consultor de vendas José Braz.

A notícia de que um "rolezinho" poderia ter acontecido no JK Iguatemi - um dos shoppings mais caros da cidade - também causou descrença entre alguns frequentadores. "Tem gente falando que esses rolezinhos são uma manifestação de vanguarda, mas isso é uma grande bobagem. E duvido que fosse acontecer aqui. Esse shopping é do Jereissati. Se acontece alguma coisa, o governador manda um batalhão inteiro da Policia Militar", afirmou o advogado João Antônio Carlos da Silva, que fazia compras ao lado da mulher e da filha na tarde deste sábado.

Em nota, o shopping limitou-se a afirmar que "tem como procedimento padrão atuar para garantir a segurança e a tranquilidade de seus clientes, lojistas e colaboradores visando conforto nas compras, lazer, cultura e entretenimento".

Estadão.com

Fiquei sabendo da existência disto hoje. Qual a opinião do pessoal? Enquanto eu concorde que o shopping é um centro comercial privado que pode proibir reuniões/manifestações/etc em seu interior, até que ponto essa "filtragem" na porta não é segregacionismo? Como você proíbe uma pessoa de entrar porque ela aparenta não fazer parte do grupo que deveria frequentar o local? Acho que esse assunto vai dar pano pra manga.
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Offline Mussain!

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #1 Online: 13 de Janeiro de 2014, 18:39:37 »
Quer ir para passear, tudo bem. Quer ir para badernar, aí já outra coisa. Ninguém é obrigado a sair da sala do cinema se deparar com um monte de baderneiros gritando e pulando nas escadas feito loucos....

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #2 Online: 13 de Janeiro de 2014, 20:58:30 »
Pode ser, mas até que ponto é constitucional você constranger alguém limitando a sua entrada em um estabelecimento comercial sem que ela tenho feito nada de errado?

Por exemplo, o pessoal dos rolézinhos só vai armar confusão quando houver um número suficiente deles. E aí? Você passa a tratar todo moleque de 14, 15 anos como potencial vagabundo?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Gigaview

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #3 Online: 13 de Janeiro de 2014, 21:08:56 »
O que é um Rolezaum?
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #4 Online: 13 de Janeiro de 2014, 21:20:43 »
O que é um Rolezaum?
Deve ser alguma coisa relacionada a música clássica, já que tem shoppim no meio...
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Skorpios

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #5 Online: 14 de Janeiro de 2014, 07:23:53 »
O que é um Rolezaum?
Deve ser alguma coisa relacionada a música clássica, já que tem shoppim no meio...

Achei que fosse uma palavra inglesa....
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o professor de Inglês Giancarlo Ferreira

Offline Lakatos

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #6 Online: 14 de Janeiro de 2014, 14:42:44 »
Como li por aí, se fossem jovens brancos e ricos chamariam de Flash Mob.

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #7 Online: 14 de Janeiro de 2014, 14:45:11 »
Pior é ficarem colocando policiais como seguranças privados. Por muito menos eu já vi gente ir parar na rua.
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Offline Lakatos

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #8 Online: 14 de Janeiro de 2014, 14:48:54 »
Legalmente, o shopping poderia impedir a entrada de adolescentes, ainda mais sem comprovar a ligação com o evento?

Offline PauloCesar

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #9 Online: 14 de Janeiro de 2014, 14:52:13 »
O pior são as groselhas usadas como "argumento" para os tais rolezinhos. Esse diz estar "buscando nossa criança interior e essa é apenas uma maneira de conectar pessoas em um ambiente seguro e confortável", hoje na JovemPan, ouvi que "é uma forma de protestar contra a falta de poder aquisitivo"... O fato é que os estabelecimentos não tem estrutura para receber milhares de pessoas juntas de uma só vez... Não há como garantir a segurança dos que estão no rolê, dos que não estão, dos lojistas e seus funcionários. Se eu fosse administrador de shopping certamente tentaria evitar a realização do evento.
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Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #10 Online: 14 de Janeiro de 2014, 15:14:30 »
Legalmente, o shopping poderia impedir a entrada de adolescentes, ainda mais sem comprovar a ligação com o evento?

Na teoria, só se fechassem pra todo mundo. É um estabelecimento privado, podem fechar a hora que quiserem. Na prática, eles vão discriminar por cor, estilo de roupa, idade e vão tomar na b...

O pior são as groselhas usadas como "argumento" para os tais rolezinhos. Esse diz estar "buscando nossa criança interior e essa é apenas uma maneira de conectar pessoas em um ambiente seguro e confortável", hoje na JovemPan, ouvi que "é uma forma de protestar contra a falta de poder aquisitivo"... O fato é que os estabelecimentos não tem estrutura para receber milhares de pessoas juntas de uma só vez... Não há como garantir a segurança dos que estão no rolê, dos que não estão, dos lojistas e seus funcionários. Se eu fosse administrador de shopping certamente tentaria evitar a realização do evento.

Sem entrar no mérito da razão de estarem fazendo isso, é mais um caso que não tem absolutamente nada a ver com segurança pública e que vai acabar repassado pra polícia.

Na época de fim de ano não tem lugar pra andar dentro de Shopping e eu não vejo os comerciantes reclamando. Agora, quando são moleques de periferia o número de pessoas vira problema? Contratem mais segurança, ué.

Até que eles comecem a fazer bagunça e a causar tumulto, têm todo o direito de estarem onde quiserem.

Em breve vão instituir "consumo mínimo" pra poder ficar dentro do Shopping, tô até imaginando.
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Offline West

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #11 Online: 14 de Janeiro de 2014, 15:38:48 »
Isso é o efeito ECA. Como já virou praxe menor fazer o que bem quiser, já que na prática não é responsabilizado, qualquer movimento envolvendo a mobilização de um número considerável de menores fica sob suspeição. Não acho difícil daqui pouco tempo menor se tornar sinônimo de bandido, infelizmente essa é a realidade desse país.
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
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"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
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Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

Offline Gabarito

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #12 Online: 14 de Janeiro de 2014, 15:42:26 »
Isso não é novo. Em 2000, algo um pouco parecido aconteceu no Shopping Rio-Sul.
É um debate difícil. Até que ponto o movimento ameaça as lojas e até que ponto passa a ser discriminação social pura e simples?
Nesse curta-metragem alguns pontos são levantados. Vale a pena ver.

<a href="http://www.youtube.com/v/UHJmUPeDYdg" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/UHJmUPeDYdg</a>

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SINOPSE
Em agosto de 2000 um grupo de manifestantes organizou uma ocupação em um grande shopping da zona sul carioca. O episódio obteve grande repercussão na imprensa nacional e ainda hoje é discutido por alguns teóricos. O filme recuperou imagens de arquivo e traz entrevistas de alguns personagens 7 anos após essa inusitada manifestação.

www.gumefilmes.blogspot.com.br

FICHA TÉCNICA
20'00" | MiniDV | Cor NTSC | Estéreo | 16:9 | 2008 | Brasil
DIREÇÃO Vladimir Seixas | ROTEIRO Vladimir Seixas e Maria Socorro e Silva | MONTAGEM Ricardo Moreira e Roberta Rangé | FOTOGRAFIA Maurício Stal e Vladimir Seixas | SOM DIRETO Vitor Kruter e Helen Ferreira | ASSISTENTE DE FINALIZAÇÃO Juliana Oakim

Offline xamaluk

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #13 Online: 14 de Janeiro de 2014, 21:20:52 »
Manifestação Social: "Não é só por um rolezinho!"

Offline _tiago

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #14 Online: 14 de Janeiro de 2014, 23:19:06 »
Fonte: http://www.oene.com.br/rolezinho-e-desumanizacao-dos-pobres/

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O rolezinho, a reunião de jovens e adolescentes em shoppings que nasceu na periferia de São Paulo e já se espalhou por outras partes do país, virou o assunto do verão deste 2014 de eleições e Copa. Um arrastão de palavras de ordem, à direita e à esquerda, tomou o debate e colonizou as discussões com conceitos confusos, fora de lugar. De repente, festas de funk ostentação viraram manifestações de marxistas culturais contra a civilização ocidental e as reações a elas, vindas de gente tão pobre quanto os jovens, uma prova irrefutável do apartheid brasileiro.

De fato, as reuniões de lazer e a reação a elas foram contaminadas pelo debate político que acontece nas áreas de classe média e classe média alta. Elas foram simplificadas, estereotipadas. O debate se reduz aos exageros, criando adversários irreais e estereotipados: ou as pessoas são elitistas ou comunistas. Mas o mundo real, bem, esse é bem mais complicado. E, no meio desse debate maluco, os sujeitos do rolezinho foram desumanizados e se tornaram categorias para defender posições no debate histérico que vem se desenhando para este ano.

Ninguém ouve ou sabe o que esses jovens pensam, mas praticamente todo mundo no Facebook, no Twitter, em algumas colunas nos jornais e nas revistas sabe o que eles deveriam pensar. Ninguém sabe qual a intenção que eles têm com esses eventos, mas, do lado de cá do rio, todo mundo já tomou as decisões por eles. Pouca gente do centro expandido já visitou o shopping Itaquera ou Campo Limpo, mas não faltam pessoas que já decidiram que ou eles são nobres centros contra a barbárie periférica ou símbolos poderosos da segregação à brasileira.

Esse texto é dividido em três partes. Ele abre com uma história pessoal, avança para algumas hipóteses sobre o rolezinho e termina com pinceladas sobre as reações aos encontros. Mas o principal objetivo é tentar oferecer um caminho para a discussão que devolva às pessoas, façam ou não rolezinho, a humanidade que foi perdida na fúria das discussões. Na área delimitada pelos rios Tietê e Pinheiros, a periferia ainda é um sujeito desconhecido. É uma espécie de Cazaquistão que fala português.
A mensagem é clara: o consumo vem antes de qualquer bandeira / Crédito: Flickr/Funk Ostentação SP

A mensagem é clara: o consumo vem antes de qualquer bandeira / Crédito: Flickr/Funk Ostentação SP
O tédio

Entre 1995 e 1999, eu e os meus amigos passávamos as semanas esperando o dia em que finalmente um shopping seria construído no terreno em que, por muito tempo, funcionara uma fábrica de produtos químicos. O terreno estava abandonado fazia bastante tempo, e sempre surgiam boatos de que um grupo teria comprado o terreno para erguer, nas palavras de um dos jornais da cidade, “um moderno centro de lazer e compras, com direito a McDonalds”. Quando ele fosse erguido, ficaria a 20 minutos a pé de casa. Naquele pedaço da Grande São Paulo, na periferia de Caieiras, na divisa com Franco da Rocha, um shopping era tudo o que a gente poderia aspirar na vida. Com McDonalds, então… Seria o nosso shopping. Na nossa área.

Mas esse shopping nunca foi construído, e os nossos dias seguiram iguais. Quando estávamos no começo da adolescência, nossa diversão era jogar bola na rua de paralelepípedo. Eu sempre invejava as crianças que moravam em Pirituba, um bairro na periferia de São Paulo onde minha avó morava, porque as ruas de lá eram asfaltadas, as crianças não perdiam as unhas do pé por causa de uma pedra mal colocada e o esgoto não passava no canto da rua e levantava aquele desagradável odor de urina fortalecida pelo sol quente do verão. Mais velhos, eu e os meus amigos organizávamos algumas festas na casa de um, na casa do outro, e todos torcíamos por uma quermesse de igreja. Mas nunca saíamos do bairro.

A avenida dos Estudantes, no centro de Caieiras, não era muito receptiva. Havia áreas bem marcadas para cada “tribo”: quem gostava de música eletrônica ficava no começo da avenida, quem adorava rock, no final, quem curtia sertanejo, no meio, quem gostava de axé ficava numa rua ao lado da avenida. Mas os meus amigos gostavam de rap, de pagode, e não havia muito espaço no centro de Caieiras para quem curtia essas músicas e se vestia como Mano Brown. O jeito era ir para Osasco, Perus, Pirituba, para algum lugar onde fosse possível se divertir com os amigos, conhecer umas meninas, beber alguma coisa. Só valia a pena ir para o centro da cidade se fosse com carro. E com muita gente. Caso contrário, era constrangedor.

Uma vez, a gente foi até o centro, a pé, com muita gente – mas, ainda assim, em número menor do que as outras tribos. Fomos parados pela guarda municipal porque estávamos em bando, segundo um deles. Tomamos uns tapas na costela, e fomos liberados. Ao chegar em casa, minha mãe me esperava, rindo, dizendo que uma das alunas dela, no colégio em que ela dava aula, no centro da cidade, tinha ligado dizendo que “o Leandro está andando com bandidos”. Naquela época, eu tinha uma bolsa de estudos na escola em que minha mãe dava aula (só havia duas escolas particulares na cidade). E a menina estava na minha sala. Minha mãe perguntou a ela como eram os bandidos com quem eu andava, e ela descreveu o Zé Luís, vizinho e um grande amigo de infância. Nós dois rimos – agora, de tristeza. Os pais dele eram do Piauí, e ele era mulato. Aliás, naquela turma do bairro, eu era o único cara branco. Os meus amigos todos, assim como boa parte do bairro, era formada por negros e mulatos. Ao se vestir como Mano Brown, Zé Luís, um sujeito com horror a crime, virou ladrão.

Quando sai da cidade para cursar jornalismo, em São Paulo, já tinha perdido o contato com os meus amigos de bairro. Eu passava a maior parte do tempo estudando. Em parte por causa da saudável obsessão familiar com estudos, em parte por causa de uma leve melhora econômica na situação de casa, que deu mais espaço no orçamento para livros e me tirou do trabalho adolescente, e em parte porque eu percebi, ao estudar no centro da cidade, que a faculdade talvez fosse uma alternativa viável para buscar outras coisas na vida que não passassem por esgoto ou batida policial. Muitos dos meus amigos ficaram nas sucateadas escolas estaduais do bairro e só pensavam em conseguir um emprego logo para que finalmente pudessem comprar roupas, tênis, o primeiro carro, telhas para a casa, blocos para o muro alto, geladeira. Eles tinham outras urgências, outras necessidades, outras questões na vida.

Uma vez, no meio da faculdade, cheguei de sandália, cabelo Blond Power e camisa rasgada na casa dos meus pais. Eu morava numa república no centro de São Paulo, com amigos, e contava moedas (por causa do orgulho renitente e de uma busca teimosa por independência). Meus amigos de bairro estavam com carros tunados, tênis bonitões, na esquina de casa. Parei para conversar com eles. Pareciam rappers de filmes americanos. Eles me sacaneavam, dizendo “pô, foi fazer faculdade e virou mendigo, Yellow?” Como eu era o único branco na rua, eles me chamavam de Yellow porque uma professora de inglês não era boa em ensinar cores. A gente conversou sobre a vida, as famílias, os problemas. Vários deles tinham votado pela primeira vez em 1998 – e no Maluf. Segurança era sempre um assunto sério. Alguns deles eram guardas de mercado, operários na fábrica de papel, motoristas de caminhão, operadores de telemarketing. Naquela época, eles só tinham uma preocupação: mostrar que tinham melhorado de vida e proteger as casas de violência. Mas, aos finais de semana, eles e seus carros com som bem alto, ocupavam o centro da cidade tocando rap no último volume. Mas, agora, a guarda municipal já não tinha como pegar ninguém…

 :hein:

Continua no link, a quem se interessar.

Offline Gabarito

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #15 Online: 15 de Janeiro de 2014, 10:15:09 »
Mais um texto:

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ROLEZINHO EM PORTUGAL
Publicado por: em: 15 janeiro 2014 Categoria: Sem categoria | Comentário : 0

Rosângela Biavati, 36 anos, morreu ontem na praia de Santos, litoral de São Paulo. Rosângela foi  vítima de um raio. No Brasil ocorrem, em média, 130 mortes por ano devido a descargas elétricas atmosféricas. No ranking mundial de mortes por raio, ocupamos a quinta posição. Igual ao Neymar Júnior na FIFA. Curiosamente, a probabilidade de um homem ser atingido por uma descarga elétrica é dez vezes maior que a de uma mulher. Coitada da Rosângela: acertou na mega-sena acumulada, só que ao contrário. Nascer, viver e ser feliz dependem de eventos probabilísticos.

Estou em Lisboa há quase uma semana e não consigo tirar os olhos do Brasil. Também pudera, a família Sarney não deixa. A fama da governadora do Maranhão, Roseana, não conhece fronteiras. Aqui na Terrinha, do outro lado do Atlântico, repercute o misto de arrogância e incompetência da filhote de Sarney na condução da crise maranhense. Para não acusar, injustamente, a administração de Roseana de imobilismo, vale recordar a oportuna licitação para a compra de camarões e lagostas. Para quem não sabe, o Maranhão é o segundo pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. Em quase meio século no exercício do poder, o que esta quadrilha, perdão, família, fez em prol do seu estado e do Brasil? Nada. Se de fato nada tivessem feito já estaria de bom tamanho, o pior é que, ao longo destes anos todos de mandonismo feudal, os descendentes da Dona Kyola, dedicaram-se com afinco a acumular imensa riqueza de origem, pelo menos, duvidosa. Poderosos, os Sarneys conseguiram que a justiça brasileira censurasse o jornal Estado de São Paulo, que apurava as denúncias e processos envolvendo a “famiglia”. Isso em plena democracia. Pobre Al Capone, jamais conseguiria vaga de bandido no Brasil, nem como estagiário.

O ano de 2014 não completou duas semanas e já acumulamos dois escândalos: o projeto aero-agro-capilar de Renan Calheiros e a intifada de violência no Maranhão. Voltando à estatística, como média, nada mal. O Brasil é a mega-sena ao contrário.

Os Sarneys nos conduzem aos rolezinhos nos shoppings, curioso e inexplicável fenômeno de massa contemporâneo. Pode-se juntar uns dez especialistas em generalidades da Globo News por três horas e não vai se chegar à conclusão alguma.

Posso enfileirar obviedades: trata-se de um fenômeno de massa, organizado através das redes sociais. Não possui nenhuma liderança identificável, não contém nenhuma reivindicação explícita, mas traz conflito, tensão dramática, pathos, como diziam os gregos. Pode não ser explícito, mas há um conflito. Existem protagonistas e antagonistas. De um lado os frequentadores/consumidores dos shoppings centers e, do outro lado, em bando,  jovens, vestidos à moda fashion dos shoppings, passeando, querendo (mas não podendo) “consumir” tudo aquilo que os shoppings têm a oferecer.

Pelo que pude apurar, pelo menos em bando, os pobres não podem frequentar os shoppings. Peraí! Mas não é isso mesmo que os shoppings querem quando inventam suas “liquidações malucas do lápis vermelho”? E se for um rolezinho de peruas usando grifes? Pode?

Na realidade embaçada surge o contorno de algumas coisas não tão óbvias. Existe um conflito de classe no país tendo o “consumo” como pano de fundo. Uma inversão de valores onde o “ser” social só existe se vier junto com o “possuir”, e principalmente o “ostentar”, e mais ainda: “eu tenho e você não tem”. Vejam as propagandas do governo dizendo “Comprem!”, “Comprem!”, “Endividem-se!”, “Endividem-se!”. Nunca vi reclame governista do PT dizendo estudem, poupem, preparem-se para o futuro. Na ideologia (?) petista, o cidadão só existe e se justifica pela sua capacidade de consumir bens materiais agora. É essa a civilização brasileira que o PT e seus capangas pretendem construir? Como é que o Lula explica isso? E a Roseana Sarney? Já sei! As pessoas estão mais ricas… Ricas de quê?

Sugiro às redes sociais que o próximo rolezinho de shopping seja em São Luiz do Maranhão.

E tenho dito.

Offline Dodo

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #16 Online: 16 de Janeiro de 2014, 10:40:09 »
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“Rolezinho” pernicioso
Nos últimos dias a prática do “rolezinho” em shopping centers de São Paulo tem se tornado uma manifestação quase habitual. Trata-se da invasão de estabelecimentos comerciais por multidões não consumidoras de jovens convocados pelas  redes sociais exclusivamente para um tropel a esmo, à guisa de diversão. Entendo que se trata do mesmo fenômeno que tem chamado multidões às ruas, prejudicando o trânsito e realizando quebra-quebras do patrimônio público e privado. É mais um sintoma da desordem crescente que tomou conta do Brasil nos últimos anos.

É preciso que se diga que é uma obrigação do poder público reprimir os “rolezinhos”. Estabelecimentos comerciais estão sendo prejudicados, mas, mais ainda, estão sendo prejudicados os consumidores, que não conseguem realizar seus passeios em paz, sem que as hordas mobilizadas artificialmente os atrapalhe e os ameace. Esse ajuntamento de desocupados não realiza compra alguma, mas tem um enorme potencial destrutivo. Qualquer correria pode acabar machucando ou matando alguém.

Não se trata aqui do simples direito de ir e vir. Se é injustificada a tolerância do poder público, que evita reprimir as multidões que interrompem o tráfego, em prejuízo da maioria ordeira e trabalhadora, mais ainda o é quando se trata de estabelecimentos comerciais privados. Sem ordem, sob baderna, um shopping center terá sua clientela espantada e dispersada. A única razão de ser desse tipo de estabelecimento comercial é a venda aos consumidores. Multidões de desocupados hostis não podem ser aceitas, sob pena de inviabilizar os estabelecimentos.

É preciso todo rigor na repressão aos “rolezinhos”. Não se invoquem supostos direitos para justificar o malfeito. Não existe nenhum direito consagrado à destruição das vendas alheias e de prejudicar a tranquilidade dos consumidores no interior de estabelecimentos privados. Tolerar esse tipo de atentado é negar o Estado de Direito.

 

Texto de Nivaldo Cordeiro.  :naao:

Este aí disse que o Cabo Anselmo alcançou uma moral superior depois de ter delatado seus amigos.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Stentor

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #17 Online: 16 de Janeiro de 2014, 19:00:14 »
É ilegal barrar. Não há direito à propriedade nenhum que seja plausível pra se conseguir liminar num caso desses. Se a Justiça ficar dando liminares pra barrar gente a torto e a direito, os Shoppings vão sofrer na carne as consequências, é uma tática burra... e com polícia no meio, pior pro governador imbecil que encampar a ideia...

Quanto à baderna e esculhambação, que acontecem mesmo, num tem jeito, os Shoppings que não usarem a cabeça tão fritos. Segurança reforçada e câmeras em todo canto, vários detidos por destruição ao patrimônio e outros enquadramentos por um tempo... em um mês o negócio sai de moda e tudo volta ao normal, não acho que brasileiro vai deixar de lotar shoppings em cidades grandes porque um mês antes teve baderna.

O melhor de tudo é que a Dilma tá piriri, já acionou até ministro hoje pra dizer que tudo tem que ser resolvido na conversa, com medo da PM descer o cacete na molecada e isso descambar pro que deu no meio do ano passado novamente.


Offline _tiago

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #18 Online: 16 de Janeiro de 2014, 20:57:46 »
Acho que pode barrar sim, é um espaço privado e ainda que seja de livre circulação, ao fim de se evitar tumulto com risco de prejuízo ao patrimônio particular, a liminar talvez seja válida. Não é só afronta ao direito de ir e vir, mas do particular resguardar seu patrimônio.

Nesses casos de conflito entre dois bens protegidos por lei, no caso o ir e vir e a propriedade particular, tem-se que proteger, e ideia essa sujeita a mudança de opinião, àquele que, em tese, está sob maior risco e poderá sofrer maior dano. Tumulto e aglomeração de adolescente, independente da renda, eu acho sempre um risco. :P

Andaram falando de preconceito contra a periferia, mas não seria simplesmente um caso de "preconceito" contra tumultos em lugares privados, sob o risco de prejuízo à ordem pública? Eu não tenho grana pra ir nesses Shoppings, mas eu posso passear por lá.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #19 Online: 16 de Janeiro de 2014, 21:31:46 »
Classical music deters teenagers from shopping centre

http://www.bbc.co.uk/news/uk-england-birmingham-16307364



http://latimesblogs.latimes.com/culturemonster/2011/04/classical-music-still-works-at-dispersing-loitering-teens-.html





OT:

Este aí disse que o Cabo Anselmo alcançou uma moral superior depois de ter delatado seus amigos.

Ser agente infiltrado pode ser uma operação bastante arriscada e é sim digna de admiração moral.

Hehehe, me lembrei de uma reportagem onde um detetive infiltrado em um grupo neonazista cometeu o deslize de levar cerveja mexicana para um churrasco em vez de Heineken... mas não foi descoberto, apesar disso. :lol:

Offline Gigaview

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #20 Online: 16 de Janeiro de 2014, 21:39:03 »
Classical music deters teenagers from shopping centre

http://latimesblogs.latimes.com/culturemonster/2011/04/classical-music-still-works-at-dispersing-loitering-teens-.html

Há muitos anos o dono de um posto de gasolina aqui no RJ usou a música clássica para afastar grupos de jovens que se reuniam na frente da loja de conveniência para traficar/consumir drogas. Funcionou perfeitamente.

Citar
...the sound of classical music is apparently so repellent to teenagers that it sends them scurrying away like frightened mice.
« Última modificação: 16 de Janeiro de 2014, 21:42:27 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Dodo

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #21 Online: 17 de Janeiro de 2014, 02:34:42 »

Este aí disse que o Cabo Anselmo alcançou uma moral superior depois de ter delatado seus amigos.

Ser agente infiltrado pode ser uma operação bastante arriscada e é sim digna de admiração moral.


A namorada/amante/mulher dele foi morta nessa operação e, segundo consta, estava grávida. No programa Roda-viva ele rechaçou essa informação*, afirmando que ela usava DIU**. Justiça seja feita, não implico com ele porque traiu seus amigos esquerdistas, ou então por ter trocado de lado "duas vezes" (desertou, virou militante de esquerda, foi preso e virou informante), mas, sim, por existirem indícios de que ele colaborou com a morte da mulher e do filho. Ok, você pode usar de sua ironia e alegar que ele se arrependeu de colocar mais um comunista no mundo e isso justifica o seu ato, mas é algo que eu particularmente considero monstruoso, talvez por eu buscar ser um pai minimamente decente, sei lá...  :?

* Procurei informações que corroborassem essa versão dele, só encontrei a palavra dele de que ela NÃO estava grávida; pode ser uma mentira plantada para tornar a traição dele mais monstruosa? Sim, claro. Pode ser que ela tenha feito tão bem o seu papel que não se importou em engravidar a mulher que sabia que ia ser morta? Também acho plausível.

** Ela poderia ter mentido sobre o DIU? Algumas mulheres até mentem para os maridos/namorados que estão com a pílula em dia ou então que não estão no período fértil, pois desejam engravidar. Se este é o caso dela não tenho como afirmar.

Some-se a isso o fato de eu não encontrar nada que desse uma pista de que ele fala a verdade quando diz que ela não estava grávida, e você entenderá a minha dificuldade em considerá-lo um ser "moralmente superior".

Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #22 Online: 17 de Janeiro de 2014, 04:07:21 »
Como é essa história? Era uma operação de eliminação, eles iam lá para matar todo mundo mesmo? As informações que vi são desencontradas (para variar... heróis ou terroristas, dependendo de onde se checar).

Sobre a gravidez, pode simplesmente não ser imediatamente percebida, e ele poderia simplesmente não saber que fosse o caso. Ainda que, em princípio de gravidez, e se fosse uma operação que realmente objetivasse matá-los, talvez não visse como algo pior a um aborto em princípio de gravidez.

Offline Geotecton

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #23 Online: 17 de Janeiro de 2014, 08:43:24 »
Como li por aí, se fossem jovens brancos e ricos chamariam de Flash Mob.

Eu chamaria pelo mesmo nome que motivou os jovens do tópico em tela: Idiotice.
Foto USGS

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #24 Online: 17 de Janeiro de 2014, 08:45:20 »
Como é essa história? Era uma operação de eliminação, eles iam lá para matar todo mundo mesmo? As informações que vi são desencontradas (para variar... heróis ou terroristas, dependendo de onde se checar).

Sobre a gravidez, pode simplesmente não ser imediatamente percebida, e ele poderia simplesmente não saber que fosse o caso. Ainda que, em princípio de gravidez, e se fosse uma operação que realmente objetivasse matá-los, talvez não visse como algo pior a um aborto em princípio de gravidez.

Vão pra outro tópico com o Off Topic, se foram continuar a discussão.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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