Autor Tópico: Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários  (Lida 4434 vezes)

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Offline _Juca_

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #25 Online: 17 de Janeiro de 2014, 09:30:15 »
Rolezeum

É a "revolução do Facebook" que continua em marcha.  :)

Offline Stentor

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #26 Online: 17 de Janeiro de 2014, 11:36:39 »
Acho que pode barrar sim, é um espaço privado e ainda que seja de livre circulação, ao fim de se evitar tumulto com risco de prejuízo ao patrimônio particular, a liminar talvez seja válida. Não é só afronta ao direito de ir e vir, mas do particular resguardar seu patrimônio.

Nesses casos de conflito entre dois bens protegidos por lei, no caso o ir e vir e a propriedade particular, tem-se que proteger, e ideia essa sujeita a mudança de opinião, àquele que, em tese, está sob maior risco e poderá sofrer maior dano. Tumulto e aglomeração de adolescente, independente da renda, eu acho sempre um risco. :P

Andaram falando de preconceito contra a periferia, mas não seria simplesmente um caso de "preconceito" contra tumultos em lugares privados, sob o risco de prejuízo à ordem pública? Eu não tenho grana pra ir nesses Shoppings, mas eu posso passear por lá.

Que tumulto e aglomeração de adolescente, independente de renda, é risco, não tenho dúvida. Mas pune-se risco de dano ao patrimônio agora, e não o dano em si? Desde quando se limita direito à liberdade constitucional pra prevenir risco de lesão do direito à propriedade, e não a lesão em si? Sacrificar um direito explícito pra tentar proteger o reles risco de lesão a um outro? Desculpe, mas não existe.

Detesto a ideia de rolezinhos de molecada que deveria estar estudando mas fica por aí zanzando. Mas se é pra ser diferente, muda a lei então, detona a Constituição e aí tá tudo certo, a gente acaba logo com o ECA também.

"Poderá" sofrer dano não é sofrer dano, e "poderá" nenhum pode ser utilizado pra sacrificar direito de igual hierarquia. A gente tem que parar com a mania de querer passar por cima do que está feito nas nossas leis por não gostarmos delas. Se você pega um moleque furtando durante o rolezinho, enquadra ele. Se pega algum quebrando vitrine, encoxa ele. Mas se demos pra eles o direito fundamental que é interpretado de acordo com a função social da propriedade de uma ponta a outra e o tempo todo no país, é agora que a vaca foi pro brejo que a interpretação vai mudar?

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #27 Online: 17 de Janeiro de 2014, 11:41:28 »
Se fazer o "rolezaum" de estudo, ninguém vai...

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #28 Online: 17 de Janeiro de 2014, 11:50:38 »
Acho que pode barrar sim, é um espaço privado e ainda que seja de livre circulação, ao fim de se evitar tumulto com risco de prejuízo ao patrimônio particular, a liminar talvez seja válida. Não é só afronta ao direito de ir e vir, mas do particular resguardar seu patrimônio.

Nesses casos de conflito entre dois bens protegidos por lei, no caso o ir e vir e a propriedade particular, tem-se que proteger, e ideia essa sujeita a mudança de opinião, àquele que, em tese, está sob maior risco e poderá sofrer maior dano. Tumulto e aglomeração de adolescente, independente da renda, eu acho sempre um risco. :P

Andaram falando de preconceito contra a periferia, mas não seria simplesmente um caso de "preconceito" contra tumultos em lugares privados, sob o risco de prejuízo à ordem pública? Eu não tenho grana pra ir nesses Shoppings, mas eu posso passear por lá.

Que tumulto e aglomeração de adolescente, independente de renda, é risco, não tenho dúvida. Mas pune-se risco de dano ao patrimônio agora, e não o dano em si? Desde quando se limita direito à liberdade constitucional pra prevenir risco de lesão do direito à propriedade, e não a lesão em si? Sacrificar um direito explícito pra tentar proteger o reles risco de lesão a um outro? Desculpe, mas não existe.

Na verdade, existe, está prevista a possibilidade no Art. 932 do CPC.

Detesto a ideia de rolezinhos de molecada que deveria estar estudando mas fica por aí zanzando. Mas se é pra ser diferente, muda a lei então, detona a Constituição e aí tá tudo certo, a gente acaba logo com o ECA também.

"Poderá" sofrer dano não é sofrer dano, e "poderá" nenhum pode ser utilizado pra sacrificar direito de igual hierarquia. A gente tem que parar com a mania de querer passar por cima do que está feito nas nossas leis por não gostarmos delas. Se você pega um moleque furtando durante o rolezinho, enquadra ele. Se pega algum quebrando vitrine, encoxa ele. Mas se demos pra eles o direito fundamental que é interpretado de acordo com a função social da propriedade de uma ponta a outra e o tempo todo no país, é agora que a vaca foi pro brejo que a interpretação vai mudar?

Como disse antes, existem previsões legais para impedir o acesso a determinados locais, mas isso exige uma série de requisitos que o "rolézinho" não cumpre, por isso o direito de ir e vir, NA MINHA OPINIÃO, não deveria ser mitigado pelo direito à propriedade privada, antes que ocorra uma turbação ou ameaça desta propriamente dita. O risco existe, mas não é absoluto para se conceder uma medida de legítima defesa antecipada à propriedade, até porque o destinatário dessa proteção é indeterminado.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Stentor

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #29 Online: 17 de Janeiro de 2014, 12:15:32 »
Acho que pode barrar sim, é um espaço privado e ainda que seja de livre circulação, ao fim de se evitar tumulto com risco de prejuízo ao patrimônio particular, a liminar talvez seja válida. Não é só afronta ao direito de ir e vir, mas do particular resguardar seu patrimônio.

Nesses casos de conflito entre dois bens protegidos por lei, no caso o ir e vir e a propriedade particular, tem-se que proteger, e ideia essa sujeita a mudança de opinião, àquele que, em tese, está sob maior risco e poderá sofrer maior dano. Tumulto e aglomeração de adolescente, independente da renda, eu acho sempre um risco. :P

Andaram falando de preconceito contra a periferia, mas não seria simplesmente um caso de "preconceito" contra tumultos em lugares privados, sob o risco de prejuízo à ordem pública? Eu não tenho grana pra ir nesses Shoppings, mas eu posso passear por lá.

Que tumulto e aglomeração de adolescente, independente de renda, é risco, não tenho dúvida. Mas pune-se risco de dano ao patrimônio agora, e não o dano em si? Desde quando se limita direito à liberdade constitucional pra prevenir risco de lesão do direito à propriedade, e não a lesão em si? Sacrificar um direito explícito pra tentar proteger o reles risco de lesão a um outro? Desculpe, mas não existe.

Na verdade, existe, está prevista a possibilidade no Art. 932 do CPC.

Detesto a ideia de rolezinhos de molecada que deveria estar estudando mas fica por aí zanzando. Mas se é pra ser diferente, muda a lei então, detona a Constituição e aí tá tudo certo, a gente acaba logo com o ECA também.

"Poderá" sofrer dano não é sofrer dano, e "poderá" nenhum pode ser utilizado pra sacrificar direito de igual hierarquia. A gente tem que parar com a mania de querer passar por cima do que está feito nas nossas leis por não gostarmos delas. Se você pega um moleque furtando durante o rolezinho, enquadra ele. Se pega algum quebrando vitrine, encoxa ele. Mas se demos pra eles o direito fundamental que é interpretado de acordo com a função social da propriedade de uma ponta a outra e o tempo todo no país, é agora que a vaca foi pro brejo que a interpretação vai mudar?

Como disse antes, existem previsões legais para impedir o acesso a determinados locais, mas isso exige uma série de requisitos que o "rolézinho" não cumpre, por isso o direito de ir e vir, NA MINHA OPINIÃO, não deveria ser mitigado pelo direito à propriedade privada, antes que ocorra uma turbação ou ameaça desta propriamente dita. O risco existe, mas não é absoluto para se conceder uma medida de legítima defesa antecipada à propriedade, até porque o destinatário dessa proteção é indeterminado.

Interdito proibitório pra permitir seguranças na porta de shoppings barrando gente julgando pela cor de pele, idade e roupa?

Eu concordo se for cominatória, identificou o grupo dentro do shopping se aglomerando, enquadra e aplica multa alta via identificação positiva.

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #30 Online: 17 de Janeiro de 2014, 12:19:13 »
Acho que pode barrar sim, é um espaço privado e ainda que seja de livre circulação, ao fim de se evitar tumulto com risco de prejuízo ao patrimônio particular, a liminar talvez seja válida. Não é só afronta ao direito de ir e vir, mas do particular resguardar seu patrimônio.

Nesses casos de conflito entre dois bens protegidos por lei, no caso o ir e vir e a propriedade particular, tem-se que proteger, e ideia essa sujeita a mudança de opinião, àquele que, em tese, está sob maior risco e poderá sofrer maior dano. Tumulto e aglomeração de adolescente, independente da renda, eu acho sempre um risco. :P

Andaram falando de preconceito contra a periferia, mas não seria simplesmente um caso de "preconceito" contra tumultos em lugares privados, sob o risco de prejuízo à ordem pública? Eu não tenho grana pra ir nesses Shoppings, mas eu posso passear por lá.

Que tumulto e aglomeração de adolescente, independente de renda, é risco, não tenho dúvida. Mas pune-se risco de dano ao patrimônio agora, e não o dano em si? Desde quando se limita direito à liberdade constitucional pra prevenir risco de lesão do direito à propriedade, e não a lesão em si? Sacrificar um direito explícito pra tentar proteger o reles risco de lesão a um outro? Desculpe, mas não existe.

Na verdade, existe, está prevista a possibilidade no Art. 932 do CPC.

Detesto a ideia de rolezinhos de molecada que deveria estar estudando mas fica por aí zanzando. Mas se é pra ser diferente, muda a lei então, detona a Constituição e aí tá tudo certo, a gente acaba logo com o ECA também.

"Poderá" sofrer dano não é sofrer dano, e "poderá" nenhum pode ser utilizado pra sacrificar direito de igual hierarquia. A gente tem que parar com a mania de querer passar por cima do que está feito nas nossas leis por não gostarmos delas. Se você pega um moleque furtando durante o rolezinho, enquadra ele. Se pega algum quebrando vitrine, encoxa ele. Mas se demos pra eles o direito fundamental que é interpretado de acordo com a função social da propriedade de uma ponta a outra e o tempo todo no país, é agora que a vaca foi pro brejo que a interpretação vai mudar?

Como disse antes, existem previsões legais para impedir o acesso a determinados locais, mas isso exige uma série de requisitos que o "rolézinho" não cumpre, por isso o direito de ir e vir, NA MINHA OPINIÃO, não deveria ser mitigado pelo direito à propriedade privada, antes que ocorra uma turbação ou ameaça desta propriamente dita. O risco existe, mas não é absoluto para se conceder uma medida de legítima defesa antecipada à propriedade, até porque o destinatário dessa proteção é indeterminado.

Interdito proibitório pra permitir seguranças na porta de shoppings barrando gente julgando pela cor de pele, idade e roupa?

Eu concordo se for cominatória, identificou o grupo dentro do shopping se aglomerando, enquadra e aplica multa alta via identificação positiva.

Eu acabei de receber agora há pouco uma decisão judicial de um Shopping aqui de Contagem determinando o reforço no policiamento, mas não concedendo a proteção liminar. Os autores pedem para pessoas específicas dentre as que confirmaram a presença no evento do Facebook, ou seja, se estiver relacionado como "Vou", eles pedem a proteção.

Foi negada, mas mesmo assim, foi uma maneira interessante de individualizar a ação.
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Offline Stentor

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #31 Online: 17 de Janeiro de 2014, 12:24:36 »
Interessante mesmo. E é isso aí... nessa era nossa de informação rápida, chilique midiático e histeria coletiva, prestador de serviços que não usar a cabeça tá morto.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #32 Online: 17 de Janeiro de 2014, 12:47:05 »
Como li por aí, se fossem jovens brancos e ricos chamariam de Flash Mob.

Um monte de adolescentes ricos marcando de ir massivamente no shopping center? Chamariam de "sorte grande". Seriam disputados a tapa.



Offline _tiago

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #33 Online: 17 de Janeiro de 2014, 17:58:51 »
Como disse antes, existem previsões legais para impedir o acesso a determinados locais, mas isso exige uma série de requisitos que o "rolézinho" não cumpre, por isso o direito de ir e vir, NA MINHA OPINIÃO, não deveria ser mitigado pelo direito à propriedade privada, antes que ocorra uma turbação ou ameaça desta propriamente dita. O risco existe, mas não é absoluto para se conceder uma medida de legítima defesa antecipada à propriedade, até porque o destinatário dessa proteção é indeterminado.

No artigo que você postou, como tratar aquele "justo receio"? Quando imagino aglomeração de adolescentes, a meu ver o receio é mais que justificado. :P E no caso dos "rolézinhos", houveram casos de tumulto, não?
Ainda estou um pouco resistente quanto a não concordar com esse tipo de liminar. Não vejo o prejuízo enorme ao "ir e vir" porque, e posso estar falando besteira, ele não foi individualizado, voltado contra um indivíduo só. A liminar foi concedida contra uma circunstância bem específica. Ou não?  :hein:

Offline Stentor

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #34 Online: 17 de Janeiro de 2014, 18:42:59 »
O entendimento de negar as liminares não é tão estranho assim, notícia de hoje da folha: http://migre.me/htKoY.

Tem que deixar acontecer mesmo. E quem aprontar, cana. Aí a coisa vai murchando aos poucos e deixa até de virar notícia.

« Última modificação: 17 de Janeiro de 2014, 18:46:02 por Stentor »

Offline Gabarito

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #35 Online: 18 de Janeiro de 2014, 14:18:54 »
Vem coisa grande por aí.

Citar
Internautas marcam 'rolezinho' no Congresso e no Planalto; Black Blocs poderão fazer parte
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Seguindo a "onda" dos "rolezinhos" que tem ocorrido em centros comerciais do país, internautas criaram, no Facebook, um evento de "rolezinho" no Congresso Nacional (Poder Legislativo) e no Palácio do Planalto (Poder Executivo).

Agendado para as 8:00h de 31 de março, até o momento da finalização da reportagem o evento detinha mais de 45 mil usuários convidados e 2757 confirmados.

Na seção de tópicos e comentários, os participantes discutem como será realizado o evento e um "praticante" Black Bloc debate a possibilidade de participação.

Lígia Ferreira
Folha Política

e

Citar
#vemprarua
Adolescentes marcam “rolezinho” no Congresso e no Palácio do Planalto

Mais de 2 mil já confirmaram presença em “rolezinho” no Congresso
Publicado: 18 de janeiro de 2014 às 10:05 - Atualizado às 10:43
Por: Myrcia Hessen


Os organizadores do chamado “rolezinho” marcaram o evento no dia 31 de março, na Câmara dos Deputados e no Palácio do Planalto, em Brasília. Organizado pelo Facebook, mais de 2 mil adolescentes já confirmaram presença no rolé. O número deve aumentar nos próximos dias, já que 45 mil usuários foram convidados.

O evento está agendado para ter início às 8h e pelos comentários – onde os usuários discutem como será o evento – um integrante do Black Bloc garantiu sua participação. O grupo prega a anarquia e a desobediência civil.

Os rolezinhos começaram nos shoppings de São Paulo e têm se espalhado como uma onda pelo país.  São organizados por meio das redes sociais para que adolescentes se encontrem para passear e paquerar, mas têm causado pânico em lojistas e chamado atenção da sociedade por conta de alguns excessos de participantes. Em dezembro, no “rolezinho” do Shopping Metrô Itaquera, Zona Leste de São Paulo, várias lojas fecharam as portas com medo de saques e o centro comercial encerrou mais cedo o expediente por conta do evento, que causou tumulto ao reunir aproximadamente seis mil adolescentes.

E parece que a organização sai daqui.

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #36 Online: 18 de Janeiro de 2014, 16:58:05 »
O entendimento de negar as liminares não é tão estranho assim, notícia de hoje da folha: http://migre.me/htKoY.

Tem que deixar acontecer mesmo. E quem aprontar, cana. Aí a coisa vai murchando aos poucos e deixa até de virar notícia.



Negativo... Tem que reprimir e fazer isso virar uma bola de neve, e parece que isso vai acontecer...

Mwahahahahahahaha!!!! \o/
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Gabarito

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #37 Online: 19 de Janeiro de 2014, 19:34:20 »
Bom artigo sobre o assunto.

Destaque para este parágrafo:
Da mesma forma que não se deve andar de skate em hospitais nem conversar durante um espetáculo, não é aceitável superlotar casas de eventos para não se repetirem tragédias como a da boate Kiss. Em recintos fechados, não é razoável dar margem a tumultos que ponham em risco a segurança das pessoas.

Citar
"Rolezinhos" em shoppings devem ser coibidos? Sim!

ANDREA MATARAZZO
ESPECIAL PARA A FOLHA
18/01/2014 03h00

O SEU, O MEU, O NOSSO "ROLEZINHO"

Os "rolezinhos" tornaram-se o assunto deste verão. Os encontros de um número expressivo de jovens em shoppings de São Paulo são considerados por muitos como uma espécie de continuação das manifestações de desencanto e indignação de junho passado.

Há, de fato, aspectos em comum. Como as passeatas a céu aberto contra a péssima gestão do Estado brasileiro, os "rolezinhos" reúnem participantes que marcam o encontro previamente pelas redes sociais.

Em ambos, grupos oportunistas de vários matizes ideológicos procuram pegar carona na notoriedade desses movimentos.

No caso dos "rolezinhos", comerciantes e frequentadores dos shoppings e, depois, a sociedade foram pegos de surpresa. Pois, assim como as manifestações de inverno, a moda do verão surgiu inesperadamente e se tornou o tema predominante das últimas semanas.
Mas há diferenças que não podem ser desprezadas. O rastilho de pólvora das manifestações foi o aumento do preço do transporte urbano e, depois, o movimento ganhou corpo com outras reclamações difusas. Não há, no caso atual, um discurso unificado de reivindicações. Não há nem sequer uma reivindicação expressamente declarada.

Recentemente, jovens marcaram um "rolê" em Itaquera a pretexto de diversão. Houve reação dos proprietários de shoppings e das autoridades. Isso acendeu o debate com vezos políticos e ideológicos.

Muitos a favor, muitos contra. A sensação que fica é que apoiar os "rolês" é de esquerda e condená-los é de direita. Isso é ridículo, pois interdita o debate, não traz solução.

Aliás, é o que vem ocorrendo em diversas frentes: o debate morre, reduzido a ideologia de almanaque ou a meras disputas entre quem é o "bonzinho" e quem é o "mauzinho".

Não faz sentido ideologizar ou politizar os "rolezinhos". Ser ou não ser politicamente correto não é nem deve ser a questão. O que temos de defender é a integridade física das pessoas que frequentam locais públicos ou privados de uso coletivo.

Também não se pode deixar de lado evidências como o fato de que grupos de mil jovens ou mais (independentemente da classe social, credo ou bairro) em espaços inadequados podem provocar se não depredações e agressões, como já ocorreu, sustos, correrias e atropelos.

A sociedade demanda códigos e padrões de comportamento para que os direitos de todos sejam assegurados. Da mesma forma que não se deve andar de skate em hospitais nem conversar durante um espetáculo, não é aceitável superlotar casas de eventos para não se repetirem tragédias como a da boate Kiss. Em recintos fechados, não é razoável dar margem a tumultos que ponham em risco a segurança das pessoas.

A liberdade de marcar encontros pela internet é uma novidade que demanda cuidados. Uma chamada pode reunir 20 ou 20 mil pessoas. Como controlar uma multidão sem um mínimo de planejamento e organização? Em São Paulo, qualquer evento que reúna determinada quantidade de pessoas, por lei, exige ação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), do Corpo de Bombeiros, do Samu (Serviço Atendimento Médico de Urgência) e da Polícia Militar.

Eventos sem as medidas de cautela necessárias podem provocar desastres. Como esvaziar um shopping lotado em caso de incêndio? Em caso de tumulto, como evitar acidentes com pessoas mais velhas ou com alguma deficiência? Como proteger as crianças? Como prevenção, é preciso, com bom senso, coibir aglomerações e correrias em qualquer local sem a estrutura necessária.

Ou seja: seu "rolezinho" termina onde começa o do outro, pois a liberdade de cada cidadão é delimitada pela dos demais.

ANDREA MATARAZZO é vereador (PSDB-SP). Foi secretário municipal de Serviços e de Subprefeituras (gestão José Serra/Gilberto Kassab) e secretário estadual da Cultura (gestão Geraldo Alckmin) de SP

Offline Gigaview

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #38 Online: 19 de Janeiro de 2014, 20:01:18 »
Já pensei em criar pulseiras de controle de comportamento que seriam presas no pulso de todas as pessoas após uma rápida revista na entrada no shopping, como acontece no embarque dos aeroportos. Cada pulseira seria monitorada remotamente e um alarme seria emitido quando cinco ou mais pulseiras acusassem proximidade suficiente para caracterizar algum movimento social suspeito. Imediatamente, um choque elétrico de alerta é emitido como aviso de dispersão, aumentando a carga do choque ao sinal de teimosia. A outra idéia é cobrar ingresso de acesso ao shopping, o que não impediria totalmente o rolezinho.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #39 Online: 19 de Janeiro de 2014, 20:11:20 »
Bom artigo sobre o assunto.

Destaque para este parágrafo:
Da mesma forma que não se deve andar de skate em hospitais nem conversar durante um espetáculo, não é aceitável superlotar casas de eventos para não se repetirem tragédias como a da boate Kiss. Em recintos fechados, não é razoável dar margem a tumultos que ponham em risco a segurança das pessoas.


É como dizia a música do Plebe Rude:

...

A PM na rua, a guarda nacional
Nosso medo sua arma, a coisa nao tá mal
A instituição está aí para a nossa proteção
Pra sua proteção

Tanques lá fora, exército de plantão
Apontados aqui pro interior
E tudo isso pra sua proteção
Pro governo poder se impor
A PM na rua nosso medo de viver
O consolo é que eles vão me proteger
A única pergunta é: me proteger do que?

...


Offline Buckaroo Banzai

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #40 Online: 19 de Janeiro de 2014, 20:14:52 »
Já pensei em criar pulseiras de controle de comportamento que seriam presas no pulso de todas as pessoas após uma rápida revista na entrada no shopping, como acontece no embarque dos aeroportos. Cada pulseira seria monitorada remotamente e um alarme seria emitido quando cinco ou mais pulseiras acusassem proximidade suficiente para caracterizar algum movimento social suspeito. Imediatamente, um choque elétrico de alerta é emitido como aviso de dispersão, aumentando a carga do choque ao sinal de teimosia.

Podiam também ter o sistema anti-incêndio ligado não só a um reservatório de água, mas também alternável a um de gás lacrimogêneo.

Offline Diegojaf

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #41 Online: 19 de Janeiro de 2014, 20:31:45 »
Já pensei em criar pulseiras de controle de comportamento que seriam presas no pulso de todas as pessoas após uma rápida revista na entrada no shopping, como acontece no embarque dos aeroportos. Cada pulseira seria monitorada remotamente e um alarme seria emitido quando cinco ou mais pulseiras acusassem proximidade suficiente para caracterizar algum movimento social suspeito. Imediatamente, um choque elétrico de alerta é emitido como aviso de dispersão, aumentando a carga do choque ao sinal de teimosia. A outra idéia é cobrar ingresso de acesso ao shopping, o que não impediria totalmente o rolezinho.

:|

Awesome!!
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #42 Online: 20 de Janeiro de 2014, 14:28:26 »
O entendimento de negar as liminares não é tão estranho assim, notícia de hoje da folha: http://migre.me/htKoY.

Tem que deixar acontecer mesmo. E quem aprontar, cana. Aí a coisa vai murchando aos poucos e deixa até de virar notícia.



Negativo... Tem que reprimir e fazer isso virar uma bola de neve, e parece que isso vai acontecer...

Mwahahahahahahaha!!!! \o/

 :histeria: Circo pegar fogo, vaca ir pro brejo, carroça descer ladeira... tá valendo..

Bom, seria, pois parece que só vai no tranco.

Offline Lakatos

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #43 Online: 21 de Janeiro de 2014, 00:26:42 »
Como li por aí, se fossem jovens brancos e ricos chamariam de Flash Mob.

Eu chamaria pelo mesmo nome que motivou os jovens do tópico em tela: Idiotice.
As pessoas têm o direito de serem idiotas, se quiserem, desde que não prejudiquem as demais. Claro que tem que haver punição se quebrarem as lojas, furtarem produtos etc. mas o que houve foi uma "punição por antecipação", estilo Minority Report. Só que ao invés de um super-humano com simuladores computacionais como no filme, estão "prevendo" os crimes através do preconceito. Eles olham para a pessoa e barram porque ela "potencialmente" cometerá um crime.

Offline Geotecton

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #44 Online: 21 de Janeiro de 2014, 00:35:23 »
Como li por aí, se fossem jovens brancos e ricos chamariam de Flash Mob.
Eu chamaria pelo mesmo nome que motivou os jovens do tópico em tela: Idiotice.
As pessoas têm o direito de serem idiotas, se quiserem, desde que não prejudiquem as demais. Claro que tem que haver punição se quebrarem as lojas, furtarem produtos etc. mas o que houve foi uma "punição por antecipação", estilo Minority Report. Só que ao invés de um super-humano com simuladores computacionais como no filme, estão "prevendo" os crimes através do preconceito. Eles olham para a pessoa e barram porque ela "potencialmente" cometerá um crime.

Concordo. Em tese.

Escrevo "em tese" porque é fácil para nós escrevermos sobre 'preconceito', 'cerceamento' e outros aspectos porque não seremos afetados caso ocorra uma depredação das lojas. Mas para os proprietários e funcionários delas isto pode significar um grande prejuízo e desemprego, respectivamente. Além disto, estamos 'esquecendo' que aquele espaço é privado e os proprietários do shopping podem colocar regras de funcionamento que priorizem a segurança sem incorrer em ilegalidades.
« Última modificação: 21 de Janeiro de 2014, 00:39:42 por Geotecton »
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Offline Barata Tenno

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #45 Online: 21 de Janeiro de 2014, 00:45:26 »
Como li por aí, se fossem jovens brancos e ricos chamariam de Flash Mob.
Eu chamaria pelo mesmo nome que motivou os jovens do tópico em tela: Idiotice.
As pessoas têm o direito de serem idiotas, se quiserem, desde que não prejudiquem as demais. Claro que tem que haver punição se quebrarem as lojas, furtarem produtos etc. mas o que houve foi uma "punição por antecipação", estilo Minority Report. Só que ao invés de um super-humano com simuladores computacionais como no filme, estão "prevendo" os crimes através do preconceito. Eles olham para a pessoa e barram porque ela "potencialmente" cometerá um crime.

Concordo. Em tese.

Escrevo "em tese" porque é fácil para nós escrevermos sobre 'preconceito', 'cerceamento' e outros aspectos porque não seremos afetados caso ocorra uma depredação das lojas. Mas para os proprietários e funcionários das lojas isto pode significar um grande prejuízo e desemprego, respectivamente. Além disto, estamos 'esquecendo' que aquele espaço é privado e os proprietários podem colocar regras de funcionamento que priorizem a segurança sem incorrer em ilegalidades.


Isso é bem perigoso Geo, essa idéia de agir antes de um crime ocorrer é o que sempre justifica regimes totalitários, perdas de liberdades individuais, perda de privacidade. Veja o a NSA faz em nome da "segurança nacional". A mera possibilidade de um dado ao patrimonio não pode servir de desculpa para que liberdades individuais e direitos civis sejam jogados fora. Ninguém pode ser preso sem cometer um crime, não pode haver descriminação num ambiente público, mesmo que seja uma propriedade privada. SE houver um crime, que prendam os criminosos e as lojas que não quiserem assumir o risco de danos podem fechar as portas, fazer seguro, mudar de ramo, etc. Todo negócio tem seus riscos.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Lakatos

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #46 Online: 21 de Janeiro de 2014, 00:51:13 »
Como li por aí, se fossem jovens brancos e ricos chamariam de Flash Mob.
Eu chamaria pelo mesmo nome que motivou os jovens do tópico em tela: Idiotice.
As pessoas têm o direito de serem idiotas, se quiserem, desde que não prejudiquem as demais. Claro que tem que haver punição se quebrarem as lojas, furtarem produtos etc. mas o que houve foi uma "punição por antecipação", estilo Minority Report. Só que ao invés de um super-humano com simuladores computacionais como no filme, estão "prevendo" os crimes através do preconceito. Eles olham para a pessoa e barram porque ela "potencialmente" cometerá um crime.

Concordo. Em tese.

Escrevo "em tese" porque é fácil para nós escrevermos sobre 'preconceito', 'cerceamento' e outros aspectos porque não seremos afetados caso ocorra uma depredação das lojas. Mas para os proprietários e funcionários delas isto pode significar um grande prejuízo e desemprego, respectivamente. Além disto, estamos 'esquecendo' que aquele espaço é privado e os proprietários do shopping podem colocar regras de funcionamento que priorizem a segurança sem incorrer em ilegalidades.


A depredação das lojas pode ser evitada fechando o shopping. Selecionar na porta quem pode entrar e quem não pode (com base em critérios no mínimo questionáveis) é que é o problema, inclusive podendo configurar ilegalidade. Além do mais, nos shoppings onde o "rolezinho" de fato ocorreu não houve grandes desastres, no máximo ocorrências pontuais que devem ser tratadas também de maneira pontual.

Offline Geotecton

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #47 Online: 21 de Janeiro de 2014, 09:12:10 »
Isso é bem perigoso Geo, essa idéia de agir antes de um crime ocorrer é o que sempre justifica regimes totalitários, perdas de liberdades individuais, perda de privacidade.

Sim. Concordo.


Veja o a NSA faz em nome da "segurança nacional". A mera possibilidade de um dado ao patrimonio não pode servir de desculpa para que liberdades individuais e direitos civis sejam jogados fora. Ninguém pode ser preso sem cometer um crime, não pode haver descriminação num ambiente público, mesmo que seja uma propriedade privada.

Eis um ponto nevrálgico. Suponha que seja permitida uma manifestação (estúpida) deste tipo e que gere danos a uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas. O que acontece então? Os prejudicados vão acionar a Justiça, que é o 'órgão' mais lento do Estado e mesmo que ganhem a causa (se não encontrarem um juiz de esquerda imbecil ávido por punir o símbolo-mor do capitalismo) talvez nada recebam porque possivelmente os causadores do problema não terão capacidade econômica para ressarcir os danos e, é claro, imediatamente invocarão a condição de "coitados, vítimas do sistema capitalista opressor". Enquanto isto o(s) lojista(s) e os seus funcionários já foram irreparavelmente prejudicados.


Se houver um crime, que prendam os criminosos e as lojas que não quiserem assumir o risco de danos podem fechar as portas, fazer seguro, mudar de ramo, etc. Todo negócio tem seus riscos.

"Riscos"? Isto não é um risco. É uma atitude criminosa contra o ato de livre-empreendimento, que opera dentro da Lei.

E já que você mencionou a palavra "riscos" vou aproveitar e fazer um desabafo. Estou cansado, como profissional liberal e como empresário, de receber compulsoriamente do Estado uma carga crescente de responsabilidades em todas as áreas (legislação e carga tributária, legislação ambiental e trabalhista, legislação comercial, etc) e de nada receber como contrapartida.

Está mais do que na hora de meu segmento dar um "basta" neste tipo de governo de um país que só fornece "direitos" e mais "direitos" para algumas "castas" e, ao mesmo tempo, faz a 'plebe rude empresarial' pagar a conta e exigir resignação dela, pois que a "atividade empresarial é um risco".
« Última modificação: 21 de Janeiro de 2014, 10:09:19 por Geotecton »
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Offline Stentor

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #48 Online: 21 de Janeiro de 2014, 09:52:09 »
"Riscos"? Isto não é um risco. É uma atitude criminosa contra o ato de livre-empreendimento, que opera dentro da Lei.

E já que você mencionou a palavra "riscos" vou aproveitar e fazer um desabafo. Estou cansado, como profissional liberal e como empresário, de receber compulsoriamente do Estado uma carga crescente de responsabilidades em todas as áreas (legislação e carga tributária, legislação ambiental e trabalhista, legislação comercial, etc) e de nada receber como contrapartida.

Está mais do que na hora de meu segmento dar um "basta" neste tipo de governo país que só fornece "direitos" e mais "direitos" para algumas "castas" e, ao mesmo tempo, faz a 'plebe rude empresarial' pagar a conta e exigir resignação dela, pois que a "atividade empresarial é um risco".

Eu concordo com o pessoal que olhar pra cara de alguém e falar "não, você não pode entrar aqui" ou "não, vocês não podem se aglomerar aqui" é complicadíssimo. Se a gente tá insatisfeito, é melhor rasgarmos a constituição e fazermos uma outra, de algum jeito, já que ela não tem valido grandes coisas mesmo ou pelo o menos todo mundo se esforça pra não valer. E é complicado por causa do critério utilizado pra dizer quem vai ou não ser proibido de pisar no shopping, não pelo risco de baderna, depredação e crime (que são riscos existentes, de fato). O Shopping organiza em seu espaço interesses privados, mas se for proibir gente de pisar lá com base em critérios econômico-sociais, ou a gente assume que isso é um retrocesso legal grave levando em consideração o atual ordenamento ou detonamos logo esse ordenamento e façamos valer a lei do mais forte ou do mais rico, pelo o menos vai valer a coerência.

Sobre sermos espoliados...

Cara, o conceito de estado nesse país parece ser uma coisa de outro mundo. Se não for o único, é um dos pouquíssimos lugares que temos notícia em que se conseguiu criar um aparato de coisas montado pra extorquir quem trabalha, sustentar uma minoria de pulhas e vermes e praticamente acabar com toda e qualquer força dinâmica opositora em quase todos os âmbitos de modo sustentável e seguro (econômico, político, cultural, social), pois se conseguiu unificar todos os aproveitadores e trambiqueiros em uma minoria plutocrática ou fisiológica, depende do momento, que às vezes se confunde com o próprio estado. E o mais impressionante é que conseguiram estabelecer uma rede viciante de apatia populacional baseada em um tipo esquisito de destruição completa de qualquer senso de coletividade que pudesse existir entre brasileiros.

O brasileiro simplesmente não tem como se unir em torno de ideal coletivo justo nenhum, de maneira séria e duradoura, de uma ponta a outra do país e englobando uma maioria, pois parece que lhe falta um senso pra isso.

Não há como empresários se unirem pra exigir do governo o que quer que seja que acabe com esse estupro econômico permanente e reiterado, não adianta irem todos contra a Dilma ou contra quem quer que seja que mude as regras econômicas do jogo no meio do jogo ou que te joguem pra sonegação e te condenem ao ostracismo da prosperidade todos os dias, pois não há poder de contestação forte o bastante em nenhum grupo espoliado no Brasil que represente ameaça aos estupradores econômicos parasitários que se revezam por aqui. Grupos de poder no Brasil não estão e é muito provável que não serão, por tão cedo, roubados ou contrariados. Logo, não precisam contestar nada.

Tem horas que eu penso que uma das únicas coisas que poderiam sacudir a maneira que as coisas acontecem aqui seria rever o pacto federativo, pra que cada região específica pudesse caminhar com as próprias pernas e recursos sem precisar barganhar com mais ninguém. Talvez isso ajudasse.

Offline PauloCesar

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Re:Medo de 'rolezinho' faz JK Iguatemi barrar menores e até funcionários
« Resposta #49 Online: 21 de Janeiro de 2014, 12:56:15 »

Cara, o conceito de estado nesse país parece ser uma coisa de outro mundo. Se não for o único, é um dos pouquíssimos lugares que temos notícia em que se conseguiu criar um aparato de coisas montado pra extorquir quem trabalha, sustentar uma minoria de pulhas e vermes e praticamente acabar com toda e qualquer força dinâmica opositora em quase todos os âmbitos de modo sustentável e seguro (econômico, político, cultural, social), pois se conseguiu unificar todos os aproveitadores e trambiqueiros em uma minoria plutocrática ou fisiológica, depende do momento, que às vezes se confunde com o próprio estado. E o mais impressionante é que conseguiram estabelecer uma rede viciante de apatia populacional baseada em um tipo esquisito de destruição completa de qualquer senso de coletividade que pudesse existir entre brasileiros.

O brasileiro simplesmente não tem como se unir em torno de ideal coletivo justo nenhum, de maneira séria e duradoura, de uma ponta a outra do país e englobando uma maioria, pois parece que lhe falta um senso pra isso.

Não há como empresários se unirem pra exigir do governo o que quer que seja que acabe com esse estupro econômico permanente e reiterado, não adianta irem todos contra a Dilma ou contra quem quer que seja que mude as regras econômicas do jogo no meio do jogo ou que te joguem pra sonegação e te condenem ao ostracismo da prosperidade todos os dias, pois não há poder de contestação forte o bastante em nenhum grupo espoliado no Brasil que represente ameaça aos estupradores econômicos parasitários que se revezam por aqui. Grupos de poder no Brasil não estão e é muito provável que não serão, por tão cedo, roubados ou contrariados. Logo, não precisam contestar nada.

Tem horas que eu penso que uma das únicas coisas que poderiam sacudir a maneira que as coisas acontecem aqui seria rever o pacto federativo, pra que cada região específica pudesse caminhar com as próprias pernas e recursos sem precisar barganhar com mais ninguém. Talvez isso ajudasse.

Cara... embora seja assalariado, minha esposa é empresária e sei como se sente, pois me sinto da mesma forma. Mas penso que o fato de não nos unirmos em torno de um ideal coletivo seja devido ao fato de que, no fundo, o que realmente queremos é fazer parte da "minoria plutocrática e fisiológica de aproveitadores e trambiqueiros". Vivemos no país do "se dar bem"... , na república das recompensas sem esforço, na nação dos espertinhos... infelizmente, para quem trabalha honestamente, para quem ganha bem pelos seus próprios esforços, para quem optou em viver tendo um mínimo de ética, o futuro é sombrio...

Ainda sobre os rolezinhos, acho que todo mundo sabe que ser acusado de "racismo", "discriminação/preconceito" é ruim para os negócios de qualquer empresa, penso ser por esse motivo que os shoppings preferem fechar as portas do que implementar uma espécie de 'triagem maluca', eles sabem as implicações jurídicas que isso pode ter. E discordo do Barata quando ele diz:

Citar
Se houver um crime, que prendam os criminosos e as lojas que não quiserem assumir o risco de danos podem fechar as portas, fazer seguro, mudar de ramo, etc. Todo negócio tem seus riscos.

@Barata Tenno, os caras preferem fechar porque caso ocorra alguma situação que saia do controle e resulte em quebra-quebra, ninguém será preso ou responsabilizado. No máximo, "levado para prestar depoimento e ser liberado em seguida". Todos nós sabemos disso. A insegurança jurídica nesse aspecto é grande, já que essa parcela da sociedade (os menores de idade) não são responsabilizados pelos seus atos. Coitado do lojista: o cara já sai da rua porque não pode contar com o mínimo de segurança e quando se instala num shopping e tem que se deparar com o mesmo tipo de situação. Difícil.
« Última modificação: 21 de Janeiro de 2014, 13:00:52 por PauloCesar »
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