Autor Tópico: A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira  (Lida 3493 vezes)

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Offline Bolsonaro neles

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #50 Online: 30 de Abril de 2014, 08:44:08 »
Pausa no governo FHC? A paridade forçada do dólar nã foi uma gigantesca tentativa do governo de controlar o mercado? Eu nunca vi pausa nisso.
A paridade com o dólar estava no contexto da criação do real e da URV, não acho que FHC seja um interventor deste porte, eles estavam tentando achar a hora de sair e claro pensando nas eleições. Mas não era seu modus operandi.

O contexto da criação do real já havia passado a anos, a paridade foi mantida simplesmente por ganho eleitoral, causando muitos problemas econômicos pro país. Isso pra mim esta no mesmo nível do que a Dilma faz. Muda a frequência, muda a motivação, mas o modo de pensar é o mesmo, intervir na economia quando convém.
Completamente errado. Eu vi e vivi isso. Nem sei se vc era nascido. Lembro-me de ter vendido meus dólares para o professor, porque o real não parava de se valorizar.

Depois de alguns anos, lá pra 97, houve uma crise mundial em que o governo elevou assustadoramente o juro. Chegou ao limite absurdo de 50%, isso para manter o cambio menos volátil. Mas nada foi por intervenção direta no dolar. Tudo foi via juros. Isso se mantem até hoje. Sempre se segura a inflação via juros porque o país é desindustrializado.

Offline Bolsonaro neles

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #51 Online: 30 de Abril de 2014, 08:45:41 »
com certeza fins eleitoreiros. Barata lembra de outras intromissões?

FHC também baixou IPI de automóveis com a desculpa de baixar os preços.
Mas é justamente isso que a oposição sempre falou. A política econômica é a mesma, mas o PT diz que foi ele quem salvou a economia.

Offline Barata Tenno

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #52 Online: 30 de Abril de 2014, 12:04:02 »
Pausa no governo FHC? A paridade forçada do dólar nã foi uma gigantesca tentativa do governo de controlar o mercado? Eu nunca vi pausa nisso.
A paridade com o dólar estava no contexto da criação do real e da URV, não acho que FHC seja um interventor deste porte, eles estavam tentando achar a hora de sair e claro pensando nas eleições. Mas não era seu modus operandi.

O contexto da criação do real já havia passado a anos, a paridade foi mantida simplesmente por ganho eleitoral, causando muitos problemas econômicos pro país. Isso pra mim esta no mesmo nível do que a Dilma faz. Muda a frequência, muda a motivação, mas o modo de pensar é o mesmo, intervir na economia quando convém.
Completamente errado. Eu vi e vivi isso. Nem sei se vc era nascido. Lembro-me de ter vendido meus dólares para o professor, porque o real não parava de se valorizar.

Depois de alguns anos, lá pra 97, houve uma crise mundial em que o governo elevou assustadoramente o juro. Chegou ao limite absurdo de 50%, isso para manter o cambio menos volátil. Mas nada foi por intervenção direta no dolar. Tudo foi via juros. Isso se mantem até hoje. Sempre se segura a inflação via juros porque o país é desindustrializado.



Estudar não dói.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Desvalorização_do_real_em_1999

http://200.169.97.236:81/livros/Brasil_endividado.pdf
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline _Juca_

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #53 Online: 30 de Abril de 2014, 17:42:05 »
Dentro do contexto atual, de competitividade e liberalismo:

http://www.valor.com.br/opiniao/3532072/miragem-mexicana

Citar
A miragem mexicana

Por José Luís Fiori

Poucas pessoas inteligentes -fora da Inglaterra - ainda prestam atenção nas notícias da monarquia inglesa e da sua família real, em pleno século XXI. Mas o mesmo não se pode dizer da City britânica e dos seus dois principais órgãos de imprensa e divulgação - o "Financial Times" e o "The Economist" - que seguem tendo importância decisiva na formação das opiniões e dos consensos ideológicos dentro das elites liberais e conservadoras do mundo. A escolha dos seus temas e o uso de sua linguagem nunca é casual. Como no caso recente do seu entusiasmo pelo México e seu modelo de desenvolvimento liberal, e seu ataque cada vez mais estridente ao "intervencionismo" da economia brasileira. Uma tomada de posição compreensível do ponto de vista ideológico, mas que não vem sendo confirmada pelos fatos.

Em 1994, o México assinou o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), junto com os EUA e Canadá, e nos últimos 20 anos tem sido absolutamente fiel ao livre-cambismo, incluindo sua adesão à Aliança do Pacífico, e à iniciativa americana do TPP. Por outro lado, nesse mesmo período, o México praticou uma política macroeconômica e financeira rigorosamente ortodoxa - em particular na última década - mantendo inflação baixa, câmbio flexível, taxas de juros moderadas e amplo acesso ao crédito. Mesmo assim, depois de duas décadas, o balanço dessa experiência ultraliberal deixa muito a desejar1.

Como era de se prever o comércio exterior do país cresceu significativamente no período e passou - em termos absolutos - de US$ 60 bilhões em 1994, para US$ 400 bi em 2013. Mas nesse mesmo período, a economia mexicana teve crescimento médio anual pífio, de 2,6%, sendo o crescimento per capita, de apenas 1,2%. O emprego industrial cresceu de forma setorial e vegetativa, e mesmo nas "maquiladoras" foi de apenas 20%, algo em torno de 700 mil novos postos de trabalho. A participação dos salários permaneceu em torno de 29% da renda nacional e a pobreza absoluta da população mexicana aumentou significativamente.

O modelo mexicano teve um desempenho pior do que o modelo "intervencionista" e "fechado" brasileiro

Por fim, ao contrário do que havia sido previsto, a economia mexicana não se integrou nas "cadeias globais de produção", a produtividade média da economia praticamente só cresceu de forma segmentada e vegetativa e o "investimento direto estrangeiro" (o principal "prêmio" anunciado em troca da abertura da economia) não teve nenhuma alteração significativa.

Esse balanço fica ainda mais decepcionante quando se compara o desempenho do "modelo mexicano", com o "modelo intervencionista" da economia brasileira no período entre 2003 e 2012. Segundo dados publicados pelo Banco Mundial2, e pelos ministérios do Trabalho dos dois países, os números e as diferenças são realmente chocantes. Nesse período, a crescimento médio anual do PIB brasileiro, foi de 4,21%, o do México de 2,92%. O crescimento total da economia brasileira foi de 42,17%, o do México, de 29,29 %. As exportações brasileiras cresceram, a uma taxa anual de 6,59%, as do México, a uma taxa de 5,45%. O crescimento total das exportações brasileiras foi de 65,95%, o do México, foi de 54,45%. As importações brasileiras cresceram a uma taxa média anual de 17,33%, e as do México, a uma taxa de 6,75%. O crescimento total das importações no Brasil foi de 173,32%, e no México de apenas 67,54%.

Por outro lado, a renda per capita brasileira cresceu a uma taxa anual de 2,84%, e a do México, 1,42%; o crescimento total da renda no Brasil foi de 28,4%, e no México foi de 14,26%; e a participação dos salários na renda chegou a 45 %, no Brasil, e no México, a 29%. Nesse mesmo período, o Brasil criou 16 milhões de novos empregos formais, e o México, 3,5 milhões; e a pobreza absoluta foi reduzida a 15,9%, no Brasil, e aumentou para 51,3%, no México.

Por fim, (pasme-se), entre 2002 e 2012, o "investimento direto estrangeiro" no Brasil, cresceu de US$ 16,59 bilhões, para US$ 76,11 bilhões, e no México caiu de US$ 23, 932 bilhões, em 2002, para US$ 15,455 bilhões, em 2012! Só para encerrar a comparação, em 2013 a economia brasileira cresceu 2,3%, (uma das maiores taxas entre as grandes economias do mundo) enquanto a economia mexicana cresceu 1,1%.

Isto posto, o elogio do México deve ser considerado um caso de má fé, fundamentalismo ideológico ou estratégia internacional? As três coisas ao mesmo tempo. Mas o que importa é o que dizem os números e a conclusão é uma só: na última década, o "modelo mexicano" de abertura liberal, integração com os EUA e livre comércio teve um desempenho extraordinariamente pior do que o "modelo intervencionista", "heterodoxo" e "fechado"(apud FT e TE) da economia brasileira, junto com seu projeto de integração do Mercosul.

Offline Moro

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #54 Online: 30 de Abril de 2014, 18:07:06 »
Essa análise também enviesada

A grande questão é esperar que três propostas macroeconômicas façam a diferença que o texto faz supor, câmbio flutuante (que ambos os países adotaram), abertura (que ambos os paises atuam em medidas semelhantes), tentar se manter a inflação baixa (que o Brasil tenta desesperadamente fazer) e juros baixos (que o brasil tentou e se deu mal, e o MX conseguiu) e tratados de livre comércio (MX fez com EUA e nós com o mercosul) são constantes e não são a razão pelo melhor desempenho de um ou de outro.

O Brasil não cresceu por essas ações macroeconômicas comuns, mas sim pois havia uma demanda para produtos que vendíamos, e o crescimento médio não reflete os outliers de desempenho que tivemos, se tirarmos isso e aumentarmos um pouco o período, já muda bastante a comparação.

O problema para o crescimento sustentável é só um: Investimento em produtividade. No longo prazo, isso é o que conta. E o Brasil não fez e paga a conta agora.

Esses intervencionismos não foram a razão do brasil crescer, como parece fazer crer o texto. Tanto que o resultado deles foi desastroso (BR, setor elétrico, etc..)

Produtividade quer dizer investimento em infra, educação, justiça rápida, etc.. tudo o que não fazemos.
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Offline Moro

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #55 Online: 30 de Abril de 2014, 18:20:33 »
Ou seja, sem aumento de produtividade podemos voar, mas será voo de galinha.
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Offline Bolsonaro neles

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #56 Online: 04 de Maio de 2014, 09:53:10 »
O braziu é desindustrializado. Sofre inflação de demanda e o pouco de indústria que existe depende de ações intervencionistas dos governos.

O braziu é uma merda muito grande. Um amigo meu pediu demissão de Merdobras ontem e vai imigrar para a Austrália.

O braziu perde os seus melhores filhos. Lamentável.

Offline Derfel

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #57 Online: 04 de Maio de 2014, 17:20:43 »

Offline Moro

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #58 Online: 04 de Maio de 2014, 17:42:47 »
Não mesmo. Mas a indústria vem perdendo espaço no PIB há muito tempo o que per si não é mal, desde que ela continue crescendo a índices saudáveis.
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Offline Bolsonaro neles

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Re:A Fragilidade da Indústria Naval Brasileira
« Resposta #59 Online: 04 de Maio de 2014, 18:20:28 »
O braziu pode não ser uma África em termos de indústria, mas está longe, muito longe dos países mais industrializados. O braziu sofre inflação de demanda. Isso é um sinal de desindustrialização. O braziu não tem tecnologia. Está longe de China, Russia e ìndia neste aspecto. Sem contar que as indústrias fogem do Rio de Janeiro, que só é a segunda economia por conta do petróleo. A industria naval é fake, a siderúrgica só faz aço comum e o país só produz commoditie.
« Última modificação: 04 de Maio de 2014, 18:26:09 por Bolsonaro neles »

 

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