Putin e a geopolítica da Nova Guerra Fria (ou aquilo que acontece quando os cowboys deixam de disparar direito … )[ Para tornar a guerra nuclear possível: Sistemas ABM e a Busca da Primazia Nuclear ]As palavras que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin dirigiu aos participantes na conferência anual sobre segurança, Munich Wehrkunde, e o modo sem rodeios como falou, desencadearam nos meios políticos e nos media ocidentais uma onda de protestos imbuídos de moralismo autoconvencido. Alguém que tivesse chegado de outro planeta poderia ser levado a crer que o Presidente russo decidira subitamente, e de forma provocadora, lançar uma política de confrontação com o Ocidente reminescente da Guerra Fria de 1949-1991.
E, contudo, o modo como as políticas militares da NATO e dos Estados Unidos vêm sendo desenvolvidas desde 1991 não são mais do que um ‘déjà vu all over again’,parafraseando o lendário catcher dos New York Yankees, Yogi Berra. Estamos já profundamente mergulhados numa Nova Guerra Fria que ameaça literalmente a nossa existência à superfície do planeta. O desastre no Iraque, ou a perspectiva de um ataque nuclear táctico preventivo (pre-emptive) dos Estados Unidos contra o Irão são, só por si, cenários suficientemente sombrios. E, todavia, parecem questões relativamente menores quando comparadas com aquilo que está em jogo na escalada militar global dos EUA contra aquele que é ainda o seu mais poderoso rival a nível global – a Rússia. As políticas militares dos EUA desde o desaparecimento da União Soviética e a emergência da República da Rússia, em 1991, devem ser examinadas atentamente a essa luz. Só assim os comentários proferidos com grande franqueza por Putin a 10 de Fevereiro na Conferência de Munique sobre Segurança fazem sentido. Uma vez que as afirmações de Putin foram apresentadas de forma distorcida na maioria dos media ocidentais, vale a pena lê-los na íntegra em língua inglesa (em
www.securityconference.de , onde foi colocada a tradução oficial para inglês).
Putin referiu-se, em termos genéricos, à visão que Washington tem de um mundo ‘unipolar’, com ‘um centro de autoridade, um centro de força, um centro para a tomada de decisões’. Descreveu esse mundo como ‘um mundo em que existe um chefe, um soberano, afirmando que ele seria, em última análise, pernicioso não apenas para todos os que vivessem dentro de um tal sistema, mas também para o próprio soberano, porque se destruiria a partir de dentro.’
Depois, o Presidente russo tocou no cerne da questão: ‘Assistimos actualmente a uma hiper-utilização da força – força militar– nas relações internacionais de forma quase irrestrita, que está a mergulhar o mundo num abismo de conflitos permanentes. Em consequência, não dispomos de energia suficiente para encontrar uma solução global para qualquer um desses conflitos. A busca de uma solução política torna-se igualmente impossível.’
E Putin prosseguiu, ‘Vemos um desdém crescente pelos princípios básicos do direito internacional. E as normas jurídicas independentes estão, na realidade, a tornar-se cada vez mais próximas do sistema jurídico de um estado. Um estado e, evidentemente, em primeiro lugar, os Estados Unidos, extravazaram as suas fronteiras nacionais de todos os modos possíveis. Isto é visível nas políticas económicas, políticas, culturais e educativas que impõem a outras nações. Bem, quem é que gosta disso? Quem é que está satisfeito com tal situação?’
Estas frases, ditas sem rodeios, afloram aquilo que constitui a preocupação do Sr. Putin com a diplomacia e a política militar dos EUA desde o final da Guerra Fria, há cerca de 16 anos. Mas é mais adiante no seu discurso que ele explicita as políticas militares a que está a reagir. É nesse ponto que o seu discurso merece alguns esclarecimentos. Putin lança um aviso sobre o efeito desestabilizador das ‘armas espaciais.’—‘é impossível aceitar o aparecimento de novas e desestabilizadoras armas de alta tecnologia … um novo domínio de confrontação, especialmente no espaço exterior. A Guerra das Estrelas deixou de ser uma fantasia – e tornou-se uma realidade … Na opinião da Rússia, a militarização do espaço exterior pode ter consequências imprevisíveis para a comunidade internacional, e provocar nada menos do que o início de uma era nuclear (Nota do autor: corrida aos armamentos).’
Em seguida, ele declara, ‘Os planos para alargar certos elementos do sistema de defesa antimíssil à Europa só podem inquietar-nos. Quem é que precisa do passo seguinte daquilo que seria, neste caso, uma inevitável corrida aos armamentos?’ A que é que Putin se está a referir nesta passagem? Poucos estão conscientes de que os EUA anunciaram recentemente estarem a construir enormes instalações de defesa antimíssil na Polónia e República Checa embora declarem fazê-lo para se protegerem dos riscos de um ataque com mísseis nucleares por ‘estados-párias’ como a Coreia do Norte ou, talvez um dia, o Irão.
Polónia? Defesa antimíssil? Qual é o significado de tudo isto?
Defesa antimíssil e um ataque nuclear norte-americano em primeiro lugar No dia 29 de Janeiro, o Brigadeiro-General do exército americano, Patrick J. O`Reilly,
Director Adjunto da Agência de Defesa AntiMíssil do Pentágono (Pentagon`s Missile Defense Agency), anunciou a existência de planos dos Estados Unidos para estacionar elementos de defesa antimísseis balísticos na Europa até 2011, que o Pentágono argumenta destinarem-se a proteger as instalações americanas e da NATO de ameaças inimigas provenientes do Médio Oriente, mas não da Rússia. Na sequência das afirmações de Putin em Munique, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um comunicado oficial em que a Administração Bush se dizia ‘perplexa pelos repetidos comentários cáusticos vindos de Moscovo sobre o sistema de defesa previsto.’ Ups…O melhor seria enviar de volta o comunicado de imprensa para o departamento de propaganda do Pentágono, a fim de ser reescrito. Com efeito, a ameaça que os mísseis do Irão representam para as instalações da NATO na Polónia não é muito credível. Por que não perguntar à Turquia, membro da NATO de longa data, se os EUA podem estalar o seu escudo antimíssil no seu território, bem mais próximo do Irão? Ou talvez no Koweit?
Ou em Israel?
A política dos Estados Unidos desde 1999 aponta no sentido da criação de um sistema de defesa antimíssil, apesar do fim da ameaça de lançamento de mísseis intercontinentais balísticos (Inter Continental Ballistic Missiles, ICBMs) ou outros por parte dos soviéticos desde o final da Guerra Fria. A lei sobre o sistema nacional de defesa antimíssil de 1999 (National Missile Defense Act (Public Law 106-38)) afirma isso mesmo: ‘Constitui política dos Estados Unidos projectar, logo que for tecnologicamente possível, um Sistema Nacional de Defesa Antimíssil capaz de defender o seu território de ataques limitados com mísseis balísticos (sejam eles de natureza acidental, não-autorizada ou deliberada), cujo financiamento ficará dependente de autorizações anuais de dotações e de dotações anuais de fundos para o Sistema Nacional de Defesa Antimíssil.’ Este sistema de defesa antimíssil constituía uma das obsessões de Donald Rumsfeld enquanto foi Secretário da Defesa.
Porquê agora?
Aquilo que se torna cada vez mais claro, pelo menos em Moscovo e Pequim, é que Washington tem uma estratégia muito mais vasta por detrás das suas iniciativas militares unilaterais, aparentemente irracionais e arbitrárias.
Para o Pentágono e o establishment político norte-americano, independentemente do partido político, a Guerra Fria com a Rússia nunca terminou realmente. Apenas prosseguiu de forma dissimulada. Foi essa a atitude dos Presidentes G.H.W. Bush, William Clinton e George W. Bush.
Um sistema de defesa antimíssil seria plausível se os Estados Unidos fossem vulneráveis a ataques por um pequeno bando de terroristas islâmicos decididos, capazes de assumir o controlo de um avião Boeing armados com pequenas lâminas. O problema é que um tal sistema de defesa não foi concebido para organizações terroristas como a Al Qaeda de Bin Laden, ou estados-párias como a Coreia do Norte ou o Irão.
O risco de um ataque nuclear devastador contra o território dos Estados Unidos por parte destas organizações e estados é inexistente. A Marinha dos EUA e as esquadrilhas de bombardeiros da Força Aérea norte-americana estão actualmente em estado de prontidão para bombardear e mesmo arrasar com armas nucleares o Irão, sob o mero pretexto de que existem suspeitas de que este país procura desenvolver independentemente tecnologia de armas nucleares. Estados como o Irão não possuem a capacidade de tornar a América indefesa sem correrem o risco de uma aniquilação nuclear total. A ideia de um sistema de defesa antimíssil surgiu na década de 1980, quando Ronald Reagan propôs o desenvolvimento de um sistema de satélites no espaço e de radares espalhados por todo o globo, estações de escuta e mísseis interceptores, capaz de monitorizar e abater mísseis nucleares antes destes atingirem os seus alvos. O sistema foi baptizado de Guerra das Estrelas (Star Wars) pelos seus críticos, mas o Pentágono já gastou nele oficialmente mais de $130 mil milhões desde 1983. George W. Bush aumentou significativamente o ritmo das despesas a partir de 2002 para $11 mil milhões por ano, duplicando o nível que elas tinham mantido nos anos Clinton. E, para os próximos cinco anos, estão orçamentados mais $53 mil milhões.
A obsessão de Washington pela Primazia NuclearAquilo que Washington não disse, mas a que Putin aludiu no seu discurso em Munique, é que o sistema de defesa antimíssil dos Estados Unidos não tem de todo um carácter defensivo. É um sistema de natureza ofensiva, e não é pouco.
A possibilidade de equipar um estado poderoso, e que possui o mais impressionante aparelho militar, com um escudo capaz de protegê-lo de ataques limitados, é uma iniciativa dirigida directamente contra a Rússia, a única outra potência nuclear com capacidade de lançar algo que se assemelhe a um contra-ataque nuclear credível.
Se os Estados Unidos forem capazes de se proteger eficazmente de uma potencial resposta russa a um ataque nuclear norte-americano em primeiro lugar (first strike), estarão em condições de ditar as suas ordens ao mundo, e não apenas à Rússia. Uma situação desse tipo corresponderia àquilo que os militares designam por primazia nuclear (nuclear primacy). É este o verdadeiro sentido do discurso invulgar de Putin. O Presidente russo não sofre de paranóia, está apenas a ser friamente realista.
Torna-se agora claro que, desde o final da Guerra Fria, em 1989, o Governo americano nunca deixou de perseguir o objectivo da primazia nuclear. Para Washington e as elites dos EUA, a Guerra Fria nunca acabou. Só que se esqueceram de nos avisar.
As iniciativas destinadas a garantir o controlo global do petróleo e das linhas de abastecimento de energia, o esforço para estabelecer bases militares em toda a Eurásia, os planos de modernização da frota de submarinos nucleares, o comando estratégico de bombardeiros B-52, tudo isso apenas faz sentido à luz da demanda incessante por parte dos norte-americanos da primazia nuclear.
A Administração Bush denunciou unilateralmente o Tratado ABM entre os EUA e a Rússsia em Dezembro de 2001. E lançou-se numa corrida para concluir uma rede global de defesa antimíssil que será a chave para a primazia nuclear dos Estados Unidos. Com um escudo, ainda que primitivo, de defesa antimíssil, os EUA poderiam atacar os silos de mísseis e esquadrilhas de submarinos russos sem receio de uma retaliação eficaz, uma vez que os poucos mísseis nucleares russos que restassem não seriam capazes de lançar uma resposta suficientemente convincente que impedisse um ataque nuclear em primeiro lugar (first strike) por parte dos norte-americanos.
Durante a Guerra Fria, a capacidade de ambos os lados — o Pacto de Varsóvia e a NATO — se aniquilarem mutuamente produziu uma situação de empate nuclear,
designado pelos estrategos militares de Destruição Mútua Assegurada (Mutual Assured Destruction, MAD). Era uma perspectiva assustadora, mas bizarramente também mais estável do que aquilo que temos actualmente, com os EUA a procurarem alcançar unilateralmente a primazia nuclear . A perspectiva de um aniquilamento nuclear mútuo, sem vantagem decisiva para qualquer um dos lados, produziu nessa época um mundo em que uma guerra nuclear se tornou ‘impensável.’
Contudo, os esforços actuais dos EUA indicam que a possibilidade de uma guerra nuclear passou a ser vista como algo ‘pensável.’ E isso é uma verdadeira loucura.
A primeira nação que possuir um escudo de protecção contra mísseis nucleares terá, efectivamente, ‘a capacidade para lançar um ataque nuclear em primeiro lugar (first strike ability).’ Tanto é assim que o Tenente-Coronel Robert Bowman, director do programa de defesa antimíssil da Força Aérea norte-americana, designou correctamente a defesa antimíssil como ‘o elo que falta para um ataque nuclear em primeiro lugar (the missing link to a First Strike).’
Mais alarmante ainda é o facto de ninguém, fora de um círculo restrito de estrategas do Pentágono ou de oficiais séniores dos serviços de informações em Washington, discutir as implicações da instalação de um sistema da defesa antimíssil na Polónia e República Checa, ou da demanda da primazia nuclear pela Administração norte-americana . Tais factos trazem-nos à memória o relatório Rebuilding America’s Defenses (Reconstruir as Defesas da América), publicado em publicado em Setembro de 2000 pelo Project for the New American Century (Projecto para o Novo Século Americano), um grupo de ‘falcões’ de que Dick Cheney e Don Rumsfeld faziam parte. Nesse relatório declarava-se: ‘Os Estados Unidos devem desenvolver e projectar sistemas globais de defesa antimíssil que protejam
a nação americana e os seus aliados, e forneçam uma base segura para a projecção do poder dos EUA no mundo.’ (itálicos acrescentados pelo autor).
Antes de ser nomeado Secretário da Defesa da Administração Bush, em Janeiro de 2001, Rumsfeld liderara uma Comissão Presidencial que advogara o desenvolvimento de um sistema de defesa antimíssil para os Estados Unidos.
A Administração Bush-Cheney estava tão empenhada em pôr em prática os seus planos de defesa antimíssil que o Presidente e o Secretário da Defesa ordenaram a dispensa dos habituais requisitos relacionados com a realização de ensaios para verificação da eficácia desse sistema altamente complexo. Nos comandos militares existe uma oposição tenaz ao programa de defesa antimíssil de Rumsfeld. A 26 de Março de 2004, nada menos que 49 generais e almirantes norteamericanos
assinaram uma Carta Aberta ao Presidente, apelando a um adiamento do programa de defesa antimíssil. Como então referiam, ‘A tecnologia norte-americana já em uso permite localizar com precisão a origem de um lançamento de um míssil balístico. É portanto altamente improvável que qualquer estado ouse atacar os EUA ou permita que um terrorista o faça a partir do seu território com um míssil armado com uma arma de destruição maciça, arriscando-se desse modo a ser aniquilado por um ataque de retaliação devastador.’
Os 49 generais e almirantes, que incluíam o Almirante William J. Crowe, antigo Chefe do Estado-Maior Conjunto dos três ramos das Forças Armadas, argumentavam de seguida com o Presidente, ‘Como afirmou, Sr. Presidente, a nossa primeira prioridade é evitar que os terroristas adquiram e utilizem armas de destruição maciça. Estamos de acordo. E por isso recomendamos, enquanto atitude militarmente responsável, que adie a projecção operacional do sistema GMD (Ground-based Missile Defense, sistema de defesa antimíssil baseado no solo), um sistema dispendioso e ainda não ensaiado, e que afecte os fundos que lhe estão destinados à aceleração dos programas que permitirão tornar mais seguras as muitas instalações contendo armas e material nuclear, e proteger os pontos de entrada no nosso país e as nossa fronteiras de terroristas que procurem introduzir armas de destruição maciça no território dos Estados Unidos.’ Aquilo que estes militares, veteranos experientes, não disseram foi que Rumsfeld, Cheney, Bush e companhia tinham uma agenda muito diversa das ameaças terroristas oriundas de elementos párias. Que o que eles buscam é o Predomínio em Todo o Espectro (Full Spectrum Dominance), uma Nova Ordem Mundial, e a eliminação, uma vez por todas, da Rússia enquanto potencial rival.
A pressa em projectar um escudo de defesa antimíssil não tem que ver, claramente, com qualquer necessidade de protecção contra a Coreia do Norte ou eventuais ataques terroristas. A iniciativa visa a Rússia e, em menor grau, a China e o seu potencial nuclear significativamente inferior. Como fizeram notar os 49 generais e almirantes na sua carta ao Presidente em 2004, os EUA já dispunham de um número de ogivas nucleares mais do que suficiente para atingirem um milhar de bunkers ou caves num potencial estado pária.
Escrevendo em Março de 2006 na influente revista Foreign Affairs do New York Council on Foreign Relations, Kier Lieber and Daryl Press, dois analistas militares norteamericanos, comentavam que ‘se o programa de modernização nuclear dos Estados Unidos tivesse realmente como objectivo os estados-párias ou grupos terroristas, a força nuclear do país não necessitaria das mil ogivas de elevado poder de penetração (groundburst warheads) adicionais que receberá no âmbito do programa de modernização W-76.
Por outras palavras, a actual e futura força nuclear dos EUA parece concebida para levar a cabo um ataque preemptivo e desarmante contra a Rússia ou a China.
Referindo-se aos novos e agressivos planos do Pentágono de projecção de um sistema de defesa antimíssil, Lieber and Press acrescentavam, ‘o tipo de sistemas de defesa antimíssil que os Estados Unidos poderão posicionar serão valiosos sobretudo num contexto ofensivo e não defensivo – como complemento de uma capacidade norte americana de lançar um ataque nuclear em primeiro lugar (first strike capability) e não como escudo de defesa que se justifique enquanto tal. Se os Estados Unidos lançassem um ataque nuclear contra a Rússia (ou a China), o país atacado ficaria reduzido, se tanto, a um pequeníssimo arsenal. Nessas circunstâncias, um sistema de defesa antimíssil relativamente modesto ou ineficaz seria possivelmente suficiente para proteger o território norte-americano de quaisquer retaliações …’
É esta a verdadeira agenda de Washington no Grande Jogo da Eurásia. É claro que afirmar isto abertamente seria correr o risco de desvendar o jogo de Washington antes de a corda ter sido irreversivelmente apertada em torno do pescoço metafórico de Moscovo. E, por isso, o Departamento de Estado e o Secretário da Defesa Gates procuram fazer humor sobre os recentes comentários russos, como se estes fossem o produto das ilusões paranóicas de Putin. Só a ideia deste programa de defesa antimíssil e de modernização da capacidade norte.americana de lançar um ataque nuclear em primeiro lugar é assustadora. Sob a Administração Bush, o programa foi operacionalizado e adquiriu novas capacidades aéreas. Regressámos aos dias perigosos da Guerra Fria, com esquadrilhas de bombardeiros B-52 com bombas nucleares e submarinos Trident com mísseis nucleares em estado de alerta vinte e quatro horas por dia – um cenário de horror nuclear.
Restante do texto em PDF :
http://www.odiario.info/b2-img/ENGDAHL_%20GUERRA%20FRIA_POR.pdf