A Coreia do Norte(qualquer coisa aí descrita antes de Kim Il-Sung), tinha a educação moral como a principal responsável pela ordem(que não era lá plena, havendo conflitos de toda natureza) e após abandonar esta forma de governo(desde Kim Il-Sung), começou a manter a ordem(ou seja cessaram os conflitos por completa subordinação as autoridades, até nos cortes de cabelos!) principalmente com a coerção e o medo das leis.
Discordo, segundo a sua referencia fica fácil perceber que a maior parte da história da Coreia é permeada por espécies de governos opressores, sendo um dos poucos oásis onde podemos colocar a educação moral como prevalecente em relação a opressão é justamente no período onde o confucionismo foi implementando como religião/política oficial do estado.
Não importa a maior parte ou toda a história da Coréia para o argumento aqui, e sim a evidenciação de qualquer período de opressão relativa, em contra partida a algum estado de ordem via subordinação moral espontânea, seja confuciana seja budistiana, ou de qualquer outra natureza, anterior a Kim Il-Sung, ante a supressão total da ordem moral relativa naturalmente constituída culturalmente, pelo regime autoritário instituído desde então.
Mais a questão meu amigo, não é se existe hoje uma espécie de ordem mediante um regime opressor, isso é evidente que existe. A questão é se o estabelecimento da ordem mediante um regime opressor é mais eficiente do que o emprego da ordem mediante uma educação moral.
Prosperidade e paz não estavam no post original. Muito menos educação moral como sendo prioridade em relação à opressão (ou a qualquer coisa).
É claro que estava:
Não, não estava. Prosperidade e paz foram incuídos posteriormente.
Não foi isso que o "Claro que estava:" mostrava. O "Claro que estava" apresentava uma citação do tópico original que você omitiu, onde claramente eu considerava a eficiência superior da manutenção da ordem, quando esta é principalmente mantida por educação moral em comparação a lei:
"Para mim, a educação moral deve ser prioridade, leis e medidas políticas devem ser implantadas somente em ultimo caso." Ai esta onde você falha. Tu disse que no tópico original eu não falava em nenhum momento da prioridade da educação moral em comparação ao emprego da lei para manter a ordem, no entanto a minha citação mostra que você esta errado, eu falo sim sobre prioridade da educação moral em comparação ao mantimento da ordem em comparação a opressão como prioridade na manutenção da ordem.
E sobre prosperidade e paz, é possível prosperidade e paz sem ordem?
Elas mesmas prosperidade e paz são ordenações.
Você mesmo então concorda que estão relacionadas, não teria necessidade de cita-las explicitamente se este entendimento já se da de forma implícita.
Estas coisas estão ligadas, é preciso ordem, cooperação e paz interna para uma civilização se desenvolver, ou não?
Não, nescessariamente. Pode-se ter ordem, cooperação e paz, sem que com isso haja desenvolvimento.
Não disse que estas coisas inevitavelmente levam ao desenvolvimento, mas que o desenvolvimento depende delas.
Então me parece claro, que o período onde a Coreia mais se desenvolveu como civilização, foi num ambiente de prosperidade e paz, que existia ordem, onde o confucionismo era a política responsável por tal ordem. No caos interno fica fácil perceber que uma sociedade não teria ambiente propicio para se desenvolver.
Além disso devemos combinar que o assunto do meu tópico já foi desvirtuado a muito tempo (Não por você, mas por outros membros acima). Visto que começamos a falar sobre o que é mais importante para o impulsionamento do crescimento da civilização, sendo que este não era o assunto, e sim o que seria mais eficiente para manter a ordem, se a opressão ou se a educação moral.
A própria citação do Confúcio e o argumento do professor Clóvis, fala sobre a eficiência da opressão, da coerção e do medo das leis, e mesmo da sua necessidade, quando existe uma deficiência moral.
Mas fala também de uma sociedade ideal, onde as pessoas se comportam corretamente, não por medo, mas por que foram ensinadas que agir assim é o melhor e o mais correto para a sociedade em si. Fica muito fácil perceber que a moral ao invés da opressão é muito mais eficiente na manutenção da ordem, pois por opressão, uma pessoa só age enquanto sabe que esta a ser fiscalizada, e no momento onde a certeza de impunidade aparece, ela não hesitará em agir incorretamente para beneficiar a si própria. Já por moral, uma pessoa age corretamente sempre, independente de estar ou não sendo fiscalizada. E é nestes momentos onde fica fácil perceber a vantagem de um governo que prioriza a educação moral em relação a opressão.
Abraços!
Educação moral e opressão são uma redundância.
Não são, educação moral é uma coisa, opressão é outra. Uma pessoa que age moralmente, age por livre e espontânea vontade, uma pessoa que age pro opressão, não age por livre e espontânea vontade, age por medo de possíveis punições. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa, e uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Toda e qualquer educação(moral) redunda de um estado posterior de comportamento em substituição a um outro anterior.
Isso não iguala educação moral a opressão para que sejam consideradas redundantes.
Na educação moral mediante o debate democrático, as pessoas entram em acordo sobre qual a conduta mais adequada, e por livre e espontânea vontade se comprometem a pratica-la, independente se estão ou não sendo fiscalizadas. Neste caso elas policiam a si mesmas, sem medo de serem punidas por terceiros.
Na opressão, um grupo limitado de pessoas que detêm o poder determina o comportamento adequado da população, sem o consentimento desta, e emprega a norma de conduta de forma opressora, onde o descumprimento da mesma é passível de punição. Neste caso as pessoas se sentem oprimidas a se comportarem conforme a norma com medo das possíveis punições em caso de descumprimento da norma, no entanto isto só faz efeito enquanto o medo de ser punido é maior do que a vontade de cometer o ato proibido, e também a norma só é respeitada, enquanto o oprimido sente que esta a ser fiscalizado, o que o leva a desrespeitar a norma sempre que percebe uma oportunidade de impunidade.
A apresentação acima parece evidenciar qual das duas formas de governo é mais eficiente em manter a ordem. A moral parece de longe muito mais eficiente, caso esta seja prioridade na manutenção da ordem. No entanto, é difícil construir uma sociedade onde todos se comprometam e pratiquem a ação correta sempre, dai a necessidade ainda de leis para garantir a ordem, no entanto, se a sociedade tiver uma boa educação moral, sera muito pouco necessário o emprego da força para garantir a ordem. Como dito pelo Johnny Cash: "Deve-se preparar o terreno a fim de que as regras acordadas em sociedade sejam minimamente perturbadas." A moral desta forma passa a ser prioridade, para preparar o terreno, e as leis seriam apenas uma garantia, para segurar a parcela de deficiência moral da sociedade que poderia ocasionalmente vir a perturbar a ordem pública.
Abraços!