Autor Tópico: Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma  (Lida 3364 vezes)

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Offline AlienígenA

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #25 Online: 29 de Outubro de 2014, 11:30:54 »
E, a propósito,  só foi a votação como vingança do Henrique Alves.
E o que não falta é ressentimento! Upalelê!

Offline Eu

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #26 Online: 29 de Outubro de 2014, 11:34:35 »
Quanto ao decreto, simplesmente as pessoas não entenderam a proposta e não entendem que já existem essas instâncias.


Já existem, mas vão ganhar poderes absolutos, por exemplo, se o Congresso aprovar uma lei e uma dessas instâncias achar a lei ruim essa lei não entra em vigor. O problema é que grande parte dessas instâncias são controladas pelo PT. É o que os bolcheviques fizeram na Rússia. Como eles não conseguiam controlar o Congresso pelo voto controlaram os soviets e passaram a governar indiretamente. E foi o que aconteceu na Venezuela.
« Última modificação: 29 de Outubro de 2014, 12:05:34 por Eu »

Offline Jurubeba

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #27 Online: 29 de Outubro de 2014, 11:50:14 »
Eles já são oficiais, apenas não estão disseminados.
É verdade que são oficiais. O preocupante é que os mais organizados (MST, MTST, etc.) são financiados pelo governo, ampliando ainda mais seu nível de organização e mobilização.

Ademais, ainda estou convencido que as instâncias da "sociedade civil organizada" que têm tempo para ficar filosofando boa parte do dia irão defender apenas e exclusivamente os seus interesses. Mesmo se eu quisesse não teria condições de ficar afastado do meu trabalho e afazeres domésticos para discutir idéias. A grande maioria dos trabalhadores também.

Pode ser boa a intenção, mas o resultado pode não ser dos melhores. E como várias ONG's (ou seria OG, já que o governo financia grande parte delas) são "cevadas" pelo governo, a chance de que interesses das pessoas que estão no submundo do poder venham a ser "insinuadas" nas decisões são enormes.

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Offline Derfel

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #28 Online: 29 de Outubro de 2014, 12:13:47 »
O que estou dizendo é que conferências, conselhos e consultas populares já são oficiais.

Offline Derfel

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #29 Online: 29 de Outubro de 2014, 12:15:58 »
Quanto ao decreto, simplesmente as pessoas não entenderam a proposta e não entendem que já existem essas instâncias.


Já existem, mas vão ganhar poderes absolutos, por exemplo, se o Congresso aprovar uma lei e uma dessas instâncias achar a lei ruim essa lei não entra em vigor. O problema é que grande parte dessas instâncias são controladas pelo PT. É o que os bolcheviques fizeram na Rússia. Como eles não conseguiam controlar o Congresso pelo voto controlaram os soviets e passaram a governar indiretamente. E foi o que aconteceu na Venezuela.
São órgãos de consulta, fiscalização e de pactuação. Não possuem poderes absolutos e não estão acima do congresso (e nem revogam leis). Leia o decreto.

Offline Fabrício

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #30 Online: 29 de Outubro de 2014, 12:31:48 »
Quanto ao decreto, simplesmente as pessoas não entenderam a proposta e não entendem que já existem essas instâncias.


Já existem, mas vão ganhar poderes absolutos, por exemplo, se o Congresso aprovar uma lei e uma dessas instâncias achar a lei ruim essa lei não entra em vigor. O problema é que grande parte dessas instâncias são controladas pelo PT. É o que os bolcheviques fizeram na Rússia. Como eles não conseguiam controlar o Congresso pelo voto controlaram os soviets e passaram a governar indiretamente. E foi o que aconteceu na Venezuela.
São órgãos de consulta, fiscalização e de pactuação. Não possuem poderes absolutos e não estão acima do congresso (e nem revogam leis). Leia o decreto.

Pelo menos não no inicio...

E se esses órgãos já estão tão bem regulamentados, pra que esse decreto?
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Offline Barata Tenno

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #31 Online: 29 de Outubro de 2014, 12:37:05 »
Era exatamente o que eu ia perguntar.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Fabrício

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #32 Online: 29 de Outubro de 2014, 12:42:08 »
O decreto é, no mínimo, suspeito. Melhor barrar essa porcaria logo no início mesmo.
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Offline Jurubeba

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #33 Online: 29 de Outubro de 2014, 12:52:21 »
O decreto é, no mínimo, suspeito. Melhor barrar essa porcaria logo no início mesmo.
Na minha opinião não é suspeito. É um golpe declarado! |(

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Skorpios

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #34 Online: 29 de Outubro de 2014, 13:30:57 »
O decreto é, no mínimo, suspeito. Melhor barrar essa porcaria logo no início mesmo.
Na minha opinião não é suspeito. É um golpe declarado! |(

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Claro que não. Petistas não são golpistas. ::)

Offline Fabrício

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #35 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:04:50 »
O decreto é, no mínimo, suspeito. Melhor barrar essa porcaria logo no início mesmo.
Na minha opinião não é suspeito. É um golpe declarado! |(

Saudações

Claro que não. Petistas não são golpistas. ::)

O decreto vem pelo bem do povo pobre e sofrido, mas a elite branca e preconceituosa mais uma vez sabota uma medida que melhoraria a vida dos desvalidos porque não quer que eles viajem de avião.
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Offline Osler

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #36 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:11:35 »
Peguei a opinião do Sakamoto, acho sempre aa palavras dele importantes pois ajudam a formar a opinião.   :no:

http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/

Deputados têm medo de participação social por se acharem donos do poder
Leonardo Sakamoto



Você empresta a sua caneta para outra pessoa sob a condição de que ela seja usada em seu nome. Mas, em determinado momento, a pede de volta porque descobre que pode escrever você mesmo pelo menos parte de sua própria história. Nessa hora, a pessoa fica indignada, irritada, raivosa. Não devolve e, pior: diz que a caneta agora é dela.

Em resumo, é isso o que a Câmara dos Deputados fez, nesta terça (28), ao sustar os efeitos do decreto presidencial que cria a Política Nacional de Participação Social – que tem por objetivo desenvolver mecanismos para acompanhar, monitorar, avaliar e articular políticas públicas. E fez com o sangue nos olhos do presidente da casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB), que culpa o PT pela derrota que sofreu para o governo do Rio Grande do Norte.

Dessa forma, os nobres parlamentares passam por cima do artigo 1o, parágrafo único, da Constituição Federal: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente''.

Desde que o decreto foi criado, apareceu uma miríade de declarações de deputados e senadores, dando voltas e voltas para construir justificativas estranhas, dizendo que garantir instrumentos de participação social é assassinar a nossa democracia (he), transformar o Brasil em uma ditadura bolivarianista venezuelana (hehehe) e instalar o regime cubano por aqui (kkkkkkkk).

Minha crítica ao decreto é exatamente o oposto: ele é tímido demais. Na prática, regulamenta os conselhos e comissões que não possuem regulamentação e abre a possibilidade (não obriga) a criação de outros. E vem tarde: afinal tudo o que ele organiza já está previsto na Constituição Federal (aquele documento de 1988 que ninguém gosta de levar muito a sério) e não avança tanto quanto seria necessário, nem responde a demandas das manifestações de junho do ano passado. É, portanto, um primeiro passo.

O decreto 8243/2014 não troca a democracia representativa pela direta em nosso país. Até porque não somos uma sociedade suficientemente desenvolvida, com acesso pleno à informação e consciência de seus direitos e deveres para aposentar nossos representantes. Isso é um sonho ainda distante.

Este decreto não cria instâncias, órgãos e cargos automaticamente, não diminui atribuições do Congresso Nacional ou interfere em outro poderes e não centraliza o controle da sociedade civil em ONGs que querem fazer a revolução.

O mais engraçado é que boa parte dos parlamentares age como comentarista de internet: não entendeu bulunfas de um texto e repete frases feitas contra ou a favor do decreto. O que mostra, novamente, que o Congresso é espelho da sociedade brasileira.

Peço licença para retomar o que já havia escrito na época. Levando a sério alguns discursos que estão circulando nos plenários da Câmara e na imprensa (meu Deus, como tem jornalista que não se digna a ler o papel antes de falar groselha…), não poderíamos ter orçamento participativo, conselhos ligados à defesa dos direitos humanos (responsáveis por monitorar políticas como a de combate ao trabalho infantil), muito menos conselhos ligados à educação e saúde – bandeiras importantes de parlamentares marinistas, aecistas, dilmistas, lucianistas e eduardojorgistas, entre outros, durante a redemocratização.

Conselhos são um espaço em que governo e a sociedade discutem políticas públicas e sua implantação, e estão presentes desde o âmbito local – na escola, no posto de saúde – até o federal, onde reúnem representantes de entidades empresariais, organizações da sociedade e governo. Alguns são obrigatórios, exigidos por leis federais, mas cada município e estado pode criar os que julgar necessários.

Quem escolhe? Há diversas formas. O ideal é que seja por eleição, como ocorreu em São Paulo recentemente com as subprefeituras e áreas temáticas.

É óbvio que, para essas arenas de participação popular serem efetivas, precisam deter algum poder e não serem apenas locais de discussão e aconselhamento. E isso gera conflito entre novas instâncias de representação e as convencionais.

Afinal, senadores, deputados, vereadores, membros das esferas federal estadual e municipal e quem sistematicamente ganha com a proximidade a eles, enfim, o grupo de poder estabelecido, tende a não gostar da ideia de ver outros atores ganharem influência, outros que não fazem parte do joguinho. Há gente que teme, com o monitoramento por parte do povo, ficar sem o instrumento clientelista de poder asfaltar uma determinada rua e não outra, empregar conhecidos e correligionários.

Durante décadas, brigamos para a implantação de instâncias de participação popular. E, agora, que elas começam a ser discutidos em determinados espaços, ainda que de forma tímida e por conta de intensa pressão social, as propostas correm o risco de serem congeladas se o Senado confirmar a decisão da Câmara.

E olha que nem estamos discutindo o vespeiro real. Pois, mesmo que tudo isso aproxime as pessoas da gestão de suas comunidades, os conselhos ainda são espaços de representatividade e não de participação direta.

Com o desenvolvimento de plataformas de construção e reconstrução da realidade na internet, as possibilidades de interação popular deram um salto.

Se tomarmos, por exemplo, as experiências de “democracia líquida'' envolvendo os Partidos Piratas na Europa – com seus sistemas que utilizam representantes eleitos pelo voto direto, mas também ferramentas possibilitando ao eleitor desse representante  ajudá-lo a construir propostas e posicionamentos de votação a partir do sofá de sua sala – percebemos que há um longo caminho a percorrer. Podemos chegar a um momento em que a representação política convencional se esvazie de sentido. Não é agora, nem com esse decreto. Mas, quem sabe, com um sociedade mais consciente.

Como já disse neste espaço, muitos desses jovens que foram às ruas em junho do ano passado, reivindicando participar ativamente da política não estavam pedindo a mudança do sistema proporcional para o distrital puro ou misto, como o governo federal e o parlamento pensam. Queriam mais formas de interferir diretamente nos rumos da ação política de sua cidade, estado ou país. Mas não da mesma forma que as gerações de seus pais e avós. Porque, naquela época, ninguém em sã consciência poderia supor que criaríamos outra camada de relacionamento social, que ignorasse distância e catalisasse processos. Pois, quando a pessoa está atuando através da internet, não reporta simplesmente. Inventa, articula, muda. Vive.

Ou seja, plebiscitos, referendos, projetos de iniciativas populares, conselhos com representantes por tema ou distrito são os primeiros passos, não os últimos. Com a próxima geração, a política será radicalmente transformada pela mudança tecnológica. Participar do rumo das coisas a cada quatro anos não será mais suficiente. Pois, em verdade, nunca foi. Iremos participar em tempo real.

Por fim, aos líderes políticos, econômicos e sociais que acham que todo poder emana deles próprios, um lembrete: talvez não seja hoje, mas a gente vai querer as nossas canetas de volta.
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline Fabrício

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #37 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:23:17 »
Pronto, o Sakamoto é a favor, esse decreto só pode ser uma merda. Caso encerrado  :hihi:.

Gostei desses trechos:

Citar
Você empresta a sua caneta para outra pessoa sob a condição de que ela seja usada em seu nome. Mas, em determinado momento, a pede de volta porque descobre que pode escrever você mesmo pelo menos parte de sua própria história. Nessa hora, a pessoa fica indignada, irritada, raivosa. Não devolve e, pior: diz que a caneta agora é dela.

Não estou querendo caneta nenhuma de volta, os chamados "movimentos petistais sociais é que querem tomar minha caneta e impressora. Não faço parte de nenhum grupo ou conselho, eles não me representam, não votei em nenhum deles.

Citar
Minha crítica ao decreto é exatamente o oposto: ele é tímido demais. Na prática, regulamenta os conselhos e comissões que não possuem regulamentação e abre a possibilidade (não obriga) a criação de outros. E vem tarde: afinal tudo o que ele organiza já está previsto na Constituição Federal (aquele documento de 1988 que ninguém gosta de levar muito a sério) e não avança tanto quanto seria necessário, nem responde a demandas das manifestações de junho do ano passado. É, portanto, um primeiro passo.

Primeiro passo rumo ao precipício bolivariano. Não, obrigado. Venezuela e Argentina também começaram assim, dando um passo de cada vez.

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Offline Jurubeba

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #38 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:23:22 »
Peguei a opinião do Sakamoto, [...]
Parei de ler aqui  :no:

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Offline Sergiomgbr

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #39 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:30:48 »
Na verdade, o ideal é que se pudesse acabar com essa casta atual do poder legislativo de uma vez por todas, por que eles não funcionam a contento desde sempre e a sua representatividade não representa a realidade do país.. Há leis há vinte anos esperando para serem votadas, e outras que sequer são propostas.
Até onde eu sei eu não sei.

Online Lorentz

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #40 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:41:29 »
O texto do Reinaldo que está linkado no texto original explica muito bem o problema deste decreto:

link
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Rhyan

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #41 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:46:42 »
A Veja pode ser raivosa, conservadora, pseudo-liberal, mas pelo menos é uma oposição melhor que o PSDB.

Rhyan

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #42 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:48:29 »
O texto do Reinaldo que está linkado no texto original explica muito bem o problema deste decreto:

link

../forum/topic=28367.0.html#msg796634

Offline Moro

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #43 Online: 29 de Outubro de 2014, 14:49:56 »
Osler, o que está presente  no decreto que já não existe? Conferências, conselhos e consultas populares existem há anos, anterior à constituição de 88.

Já existe não precisa mexer então..
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Barata Tenno

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #44 Online: 29 de Outubro de 2014, 15:04:59 »
A Veja pode ser raivosa, conservadora, pseudo-liberal, mas pelo menos é uma oposição melhor que o PSDB.

Até aqueles tiuzões sentados em botecos reclamando do governo são uma oposição melhor que o PSDB, o PT só conseguiu crescer tanto graças a ineficiência e rabo preso do PSDB.
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Offline Fernando Silva

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #45 Online: 29 de Outubro de 2014, 15:37:59 »
Peguei a opinião do Sakamoto, acho sempre aa palavras dele importantes pois ajudam a formar a opinião.   :no:

http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/

Deputados têm medo de participação social por se acharem donos do poder
Leonardo Sakamoto

Mas eles são mesmo donos desse poder em particular. Cabe a eles, eleitos para isto, resolver certas coisas e não a comitês suspeitos escolhidos pelo governo. Não caberia nem mesmo ao povo em geral, que não entende dos assuntos que serão votados, mas a verdade é que não haverá "povo" envolvido.

- Com ou sem cláusula de desempenho?
- Sistema proporcional?
- Distrital simples? Misto?
- Com lista fechada ou aberta?
- Quantos distritos por estado?
- Financiamento público? Quanto custará?

Alguém aqui sabe responder a estas perguntas com segurança?
Alguém acha que o "povo" saberia?

Offline Derfel

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #46 Online: 29 de Outubro de 2014, 15:43:55 »
Era exatamente o que eu ia perguntar.
Por que existe um decreto regulamentando o SUS se já existe uma lei orgânica do SUS? Porque alguns pontos precisam ser melhor definidos. O que decreto fez foi pegar vários instrumentos que já eram previstos ou na CF ou em leis de áreas específicas como a da saúde e assistência social ou ainda práticas não regulamentadas em outras áreas e unir em um único guarda-chuva, que chamou de política nacional de participação social.

Offline Fernando Silva

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #47 Online: 29 de Outubro de 2014, 15:46:20 »
Osler, o que está presente  no decreto que já não existe? Conferências, conselhos e consultas populares existem há anos, anterior à constituição de 88.
Já existe não precisa mexer então..
Quem costuma participar de reuniões de condomínio sabe que as decisões são tomadas pela minoria dos condôminos que comparece.
Neste caso, ainda se pode criticar a preguiça e o desinteresse de quem não foi, mas, no caso do país, apenas uma minoria terá condições e conhecimento de causa para participar.

Aliás, mesmo na reunião de condomínio, a maioria apoia a recomendação do relator que apresentou as opções, sem pensar muito.

Offline Fabrício

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #48 Online: 29 de Outubro de 2014, 15:49:00 »
A Veja pode ser raivosa, conservadora, pseudo-liberal, mas pelo menos é uma oposição melhor que o PSDB.

Até aqueles tiuzões sentados em botecos reclamando do governo são uma oposição melhor que o PSDB, o PT só conseguiu crescer tanto graças a ineficiência e rabo preso do PSDB.

Verdade.
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Offline Jack Carver

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Re:Dois dias depois da eleição, Câmara derruba decreto bolivariano de Dilma
« Resposta #49 Online: 29 de Outubro de 2014, 16:25:59 »

(...)
Como já disse neste espaço, muitos desses jovens que foram às ruas em junho do ano passado, reivindicando participar ativamente da política não estavam pedindo a mudança do sistema proporcional para o distrital puro ou misto, como o governo federal e o parlamento pensam. Queriam mais formas de interferir diretamente nos rumos da ação política de sua cidade, estado ou país. Mas não da mesma forma que as gerações de seus pais e avós. Porque, naquela época, ninguém em sã consciência poderia supor que criaríamos outra camada de relacionamento social, que ignorasse distância e catalisasse processos. Pois, quando a pessoa está atuando através da internet, não reporta simplesmente. Inventa, articula, muda. Vive.

Ou seja, plebiscitos, referendos, projetos de iniciativas populares, conselhos com representantes por tema ou distrito são os primeiros passos, não os últimos. Com a próxima geração, a política será radicalmente transformada pela mudança tecnológica. Participar do rumo das coisas a cada quatro anos não será mais suficiente. Pois, em verdade, nunca foi. Iremos participar em tempo real.

Por fim, aos líderes políticos, econômicos e sociais que acham que todo poder emana deles próprios, um lembrete: talvez não seja hoje, mas a gente vai querer as nossas canetas de volta.

Aqui ele falou uma grande verdade. Será um fenômeno global, apostaria, principalmente nos países de primeiro mundo.

Até onde eu sei o decreto não é mais que um dispositivo consultivo dando voz a própria população para temas que lhes dizem respeito. Imaginemos o Marco Civil, por exemplo, no que diz respeito à Neutralidade da Rede, se o PT não se posicionasse a favor, ficasse neutro ou adotasse o discurso do PMDB(financiado pelas Teles), tocariam para frente o interesse pelo desmembramento dos planos de acesso à internet ao consumidor. Com a consulta popular isso ficaria um pouco mais difícil pela postura favorável do povo(maioria) pela continuidade da neutralidade. A repercussão negativa acerca desse detalhe ia se ampliar. Outra coisa que aconteceu foi a votação negativa da PEC37 que aconteceu em meio às manifestações em junho retrasado. A pauta não era ela( coincidentemente aproveitou-se o momento da ira contra o aumento das passagens ), mas que foram vários dias o povo protestando contra a tal PEC. Se não fosse, passaria sem "consulta".

Aprovado ou não, acho que, em geral, a ideia esse decreto fomenta o debate na sociedade -e por conseguinte na imprensa-, no que tange as futuras decisões políticas(PL,PEC,...) no âmbito federal, seja você de qualquer classe social, basta estar informado/engajado.
« Última modificação: 29 de Outubro de 2014, 17:25:11 por Jack Carver »
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